O Meu Imortal escrita por ThatFearlessGirl


Capítulo 2
Capítulo 2 - Delineando Estratégia.




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E tudo aconteceu da maneira mais real possível… sem ilusões. Eu fui violada e aquela pessoa não estava para me proteger, para afastar todos os perigos e me abraçar, para me dizer que tudo iria ficar bem.

As minhas roupas estavam rasgadas e a escuridão aumentou. Estava de novo sozinha. Levantei-me com dificuldade pois o meu corpo estava magoado, com várias nódoas negras. O meu olhar pousou em uma pequena manta suja e velha, talvez de algum sem-abrigo. Coloquei-a à minha volta. Desejava chegar a casa…

Cada vez mais eu desejo a vingança.

Não iria contar à minha mãe o que havia acontecido. Ela iria ignorar mas pelo menos abraçá-la-ia. Sentiria alguma proteção.

Até isso ele conseguiu arrancar de mim. 

Depois apenas choraria durante a noite tudo para no dia seguinte ninguém ter a felicidade de me ver débil.

Eu segurei todas as lágrimas pelo caminho vazio, nenhuma escapou. Para quê? Para o mundo se desfazer logo a seguir.

A porta de casa encontrava-se aberta e ecoavam várias vozes no ar. Tentei fazer o mínimo de barulho possível ao pisar as folhas secas que se encontravam no chão. Dirigi-me até às traseiras da casa onde se encontrava a janela do meu quarto. Eu nunca a fechava por isso foi fácil entrar.

Eu precisava de fingir um sorriso quando entrasse naquela sala. Precisava de exibir uma boa aparência. Eu não podia simplesmente aparecer com os olhos húmidos e enrolada numa manta. Porquê? Eu não sabia o porquê, apenas o sentia.

Fechei a janela e tranquei a porta do quarto.

Despendurei do armário o único vestido que tinha. O vestido era de seda branca. Estava velho e o branco estava sujo. Precisava também de uns sapatos. Encontrei uns sapatos rasos que embora um pouco largos, me serviam.

Mas estavam em mau estado com o forro verde-água roto nas biqueiras e aqui e além com manchas de bolor.

Limpei-os o melhor que pude mas pouco melhoraram.

Eu apenas tinha que ignorar o facto de viver uma vida de pobre.

E por fim… eu vi uma rapariga de cabelos cor de mel e longos, pele branca, olhos de um verde-esmeralda imenso, olhando de volta para mim através do espelho. O vestido assentava no meu corpo perfeitamente. Eu estava quase bonita… apenas faltava ignorar a tristeza que sentia dentro de mim.

E fingi, fingi estar bem quando entrei pela porta principal da casa. Fingi um dos meus melhores sorrisos.

No entanto não foi o suficiente…

- Boa noite, Brooke. – E reconheci de imediato a voz da assistente social. Nesse mesmo instante eu gelei.

- Bo-boa noite, Mrs. Moore. - O meu olhar pousou nos dois homens jovens que a acompanhavam, depois percorreu por inteiro a sala e não a vi. – Onde está a minha mãe?

Aquilo me preocupou, muito.

Todos estes pensamentos me enervam. Sempre acabo explodindo de raiva, como agora. Sempre acabo relembrando a ideia de vingança que veio clarificando dentro de mim, embora neste momento eu ainda veja sombras porque minha cabeça está confusa.

Com quem irei jogar? Quais os trunfos que tenho? E como vou enfrentar a Brenda? Ah, eu nem sei se estou preparada para ser demónio… começando pelo facto que nunca mais irei ver o Nathan se o fizer. Devo contar a ele… ou não? Que merda! Eu acho que imaginei de mais e muito de leve esta vingança.

Nathan me irá impedir se souber, é óbvio. Mas eu preciso da ajuda de um fantasma para sair desta porra. Podia-me atirar da janela, estou morta, se não fosse a espécie de campo elétrico que existe de volta deste edifício e nos atira de novo para o nosso quarto. Eu duvido que aquilo seja eletricidade porque estamos no mundo dos mortos, né… mas foi tudo o que compreendi das explicações de Nathan após a minha tentativa de fuga quando aqui cheguei. Então só resta a porta principal. Ela não abre. Então como conseguimos atravessá-la? Na verdade ninguém consegue, só um fantasma. Sabe aquela espécie de mito sobre os fantasmas atravessarem as paredes e essas porras? Então está aqui a prova, o que faz com que eu precise de um para a atravessar junto a mim. Você entrelaça sua mão na dele e então é guiado para o exterior, sempre em contacto com este. Também só assim é possível atravessar os portais.

Hum, Alexis… Tudo que ela quer é que eu suma. Alexis fica repetindo isso sempre que me vê, por isso acho que posso contar com a ajuda dela.


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Notas finais do capítulo

ficou um pouco aborrecido porque não houve diálogo, né? no entanto é necessário explicar algumas coisas, mesmo que ainda tudo continue confuso... mas vai melhorar, eu prometo. ((:
mereço reviews ainda assim? *--*