Senti alguèm me cutucando, eu abri os olhos lentamente e vi uma moça:

– Já chegamos mocinhas! – Olhei pro lado e Débora ainda estava dormindo. Cocei meus olhos inchados e acordei-a com um pouco de dificuldade. Pouca não, muita. Ela só despertou quando eu disse a ela:

– Estamos em Londres Débora! – Ela arregalou os olhos na hora, fiquei a até com medo. Débora levantou-se da poltrona na maior alegria, então nós descemos da aeronave e fomos pegar nossas bagagens.

Nossos pais combinaram que nós ficaríamos na casa de uma alma caridosa que iria nos receber. Na verdade, uma filha de uma amiga da minha mãe. O nome dela é Lua, ela é inglesa mesmo e é muito bela. Lua nos recebeu com abraços:

– Olá meninas! Você devem ser a Giulia e a Débora, não é?

– Sim, somos nós!

– Bem vindas a Londres garotas! Deixa eu ajudar vocês com as bagagens! – Ela trouxe um carrinho, onde colocamos as malas.

Londres era realmente encantadora, tinha um ar completamente diferente. O prédio de Lua era espetacular, era grande. O apartamento dela era lindo,arrumadinho,reformado e espaçoso. Lua fez questão de nos mostrar cada cantinho e depois nos deixou no nosso quarto.

Débora resolveu tomar um banho e eu fiquei colocando meus pertences no armário. Coloquei os fones de ouvido e me desliguei do mundo, fiquei ali colocando as roupas nas gavetas, parecia que era automático, eu nem sabia o que estava fazendo, apenas fiz.

Despois de arrumar a maioria, dei um suspiro e desci um pouquinho para conversar com Lua.

– Oi Lua

– Olá Giulinha, quer lanchar?

Adoraria! - Ela arrastou um uma vasilhinha com alguns biscoitinhos em minha direção e eu os provei.

– Que delicia! Você fez isso?

– Sim!

– Está muito bom.

– Giulinha, tem uma cafeteria aqui perto, muito boa. Todo mundo aqui bairro sempre vai nela. Você quer ir?

– Claro, vai ser demais!– Interrompendo a nossa conversa, Débora desceu as escadas, ainda com cabelos molhados e entrou na conversa:

– Você falaram em sair de casa? Opa!

– Vamos na cafeteria que tem ali perto.

Nós fomos pro nossos quartos onde nos arrumamos. As meninas estavam bem vestidas como sempre, muito belas. Descemos de elevador e caminhamos até chegarmos lá.

O lugar era bem decorado, confortável... Eu adorei, combina comigo. Eu pedi uma torta e um suco de laranja. O prato estava lindo que dava dó de comer, uma bela foto pro instagram. Débora começou a puxar assunto conosco:

– Tem garoto bonito aqui?

– Ô se tem! Tem muito Débora , muito!

– Wow! Dá pra gente ir numa pub hoje?

– Dá sim, conheço umas pubs legais!

Depois de passar um tempo conversando com as meninas, nós pedimos 3 frappés e fomos caminhando pra casa. Havia muitas pessoas caminhando pelas ruas naquele momento.

Eu me distraí por um segundo quando esbarrei me um garoto e todo meu frappé espalhou-se em nossas roupas:

– Ai meu Deus, desculpa, princesa.

– Não tem problema, não.

Nos olhamos por alguns segundos até que eu "voltei pro planeta Terra":

– Então... Eu tenho que ir, boa tarde.

– Eu também... boa... tarde...

[...]

Que principe. Fiquei com a roupa toda manchada, mas valeu muito a pena. Ele foi um fofo, e o melhor... Me chamou de princesa! Fiquei boba. Graças a Deus as meninas não perceberam, eu acho.

Dessa vez que foi tomar banho primeiro fui eu, enquanto isso, Débora mexia do notebook. O garoto loiro de olhos azuis não saía da minha cabeça, aquela cena se reproduzia em minha mente e sua voz ecoava várias vezes. O que ta acontecendo comigo? Não, isso não! Essa não! Não acredito, to apaixonada. Mas o que eu posso fazer? Ele é lindo! Para Giulia... se controla, minha filha.

Depois de tantas reflexões, eu sai do banho e coloquei uma http://www.polyvore.com/cinema_em_londres/set?id=57038126 . Gastei alguns minutos dando os ultimos retoques. Desci as escadas, fazendo barulhos com meu salto e lá estavam a Lua e a Débora, lindas. Ambas muito bem vestidas.

Lua é mais velha que nós duas, ela ja tem 18 anos e eu e a Débora temos 15. Entramos no carro e demos partida. Londres é simplesmente linda de noite.

Chegamos. Wow, a noite estava animada. Primeiramente, nós tomamos umas bebidas e depois elas foram dançar um pouquinho. Eu fiquei ali sentada, viajando.

– Garota do café?– Caralho! Era ele. Eu explodi de felicidade e o sorriso foi inevitável:

– Oi garoto do café! - Ele sorriu. Que sorriso lindo.

– Tudo bem garota do café? Sou Niall.

– Estou ótima, sou Giulia. Tudo bem contigo?

– Estou muito bem. Desculpa pelo café hoje, sério desculpa.

– Que isso, não precisa se desculpar. Foi um acidente.

– Você é muito fofa, sabia?

– Awn, brigada. Fofo aqui é você!– tempestade de borboletas no meu estômago.

– Você é inglesa mesmo? Você me parece diferente.

– Não sou inglesa. Sou... brasileira.

– Sério?! Brasil é demais, eu queria muito conhecer.

– É lindo lá.

– Giulia...

– Fala Niall

– Quer... dançar?

– Niall, eu não sei dançar. Me desculpe.

– Nem inventa Giulia! Vem logo!– Ele me puxou pela mão e nós fomos pra pista. Eu realmente não sei dançar. Niall requebrava quem um boneco de posto e tudo que eu fazia era ficar dando passinhos pro lado e pro outro.

Depois de dançar um pouco nós pedimos bebidas e ele me levou pra conhecer uns amigos dele. Adivinha quem tava lá... A Débora, Lua e uns 4 garotos. Lindos. Eu e Niall sentamos no meio de todo mundo. Ele colocou o braço em cima de meus ombros. E nem estava prestando atenção no que estavam conversando, deve ser o efeito das bebidas. Eu fiquei meu tonta, deitei minha cabeça no ombro dele e apaguei.

[...]

– Ei, pequena... – Alguem acariciava meus cabelos. Eu abri meus olhos e lembrei que havia dormido.

– Ai meu Deus! Desculpa Niall. Estou muito cansada da viagem, desculpa.

– Nada de desculpas. Vamos, eu te deixo em casa.

– E as meninas?

– Estão curtindo por ai com os meninos. Você está cansada, eu te deixo em casa.

– Tudo bem. Obrigado.

Nós fomos até carro dele e de lá partimos pra "minha casa". Ele fez questão de subir o elevador comigo e eu acabei convidando-o para entrar (sem segundas intenções). Eu detei na cama e ele também e nós ficamos tirando fotos no Iphone. Somos gatos. Até postei uma no instagram com a legenda: " Garoto do café".

Já era bem tarde então ele se despediu com um beijo na minha testa e foi pra casa. Eu fiquei encarando o teto, mordendo os lábios e tentando crer no quão perfeito tem sido quando cheguei aqui. Fiquei sonhando acordada.