Era a hora. Eu me levantei ansiosa e tomei um banho, parecia que toda minha infancia passava diante de meus olhos, que estavam já cheios de lágrimas. Eu ainda não creio nos mais recentes acontecimentos.

Minha mãe insistiu que eu fosse para Londres com a Débora, com o objetivo de ter um futuro melhor. Bem, eu nem discuti com ela, Londres é linda e eu queria ter o prazer em conhecê-la.Débora sempre me fala bem dela, pra falar a verdade, ela só fala nisso. Se Londres for como ela sempre diz, eu tenho certeza que vou ser feliz lá.

De banho tomado, fui para o quarto, ainda enrolada na toalha e coloquei uma roupa. Minha mãe me apressava a todo momento, eu juro que estava fazendo tudo o mais rápido o possível, mas sabe como mãe é né? Pra falar a verdade, ela tinha toda razão. E se acontecesse alguma coisa? É sempre bom ter um pouco de precaução.

Tomei uma xícara doce de café e comi um pão de queijo que a mamãe havia preparado. Estava maravilhoso, como sempre. Rapidamente escovei meus dentes e fomos pro carro. O silêncio prevalecia.

No aeroporto, nós fizemos o check-in e logo depois encontramos a Débora e seus pais. Nos comprimentamos e ficamos conversando até que senhorita chamasse por nós, o que não demorou muito. Antes de irmos, nos abraçamos todos, como uma verdadeira família. Lágrimas inevitáveis não podiam faltar né? Todos estavam emocionados com a viagem. Meu pai mandou irmos logo antes que minha mãe nos impedisse, e assim o fizemos.

Mal decolamos e a Débora ja começou a tagarelar:

– Giulia você vai amar Londres, é linda, perfeita, encantadora!

– Isto é o que espero!

– Giulia você não está me entendendo, cara! Nós estamos indo para LONDRES! L O N D R E S!

– Eu sei!– Ficamos tagarelando alto e todo começou a olhar, mas o desconfiômetro da Débora deve está com defeito, só pode. Depois de blá blá blá, nós lachamos e caímos no sono.