Uma Nova Infância escrita por BabbChan


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

OLAAAAAAAAAA A TOOOOODOS!!!!! OBRIGADA PELAS REVIEWS!!! ME FIZERAM A LEITORA MAIS FELIZ DO MUNDO!!!!! *-------------* Por isso, aqui esta mais um capitulo para vcs ;3 Rapidinho hein? kkkkk Ja tenho todos ate ao 9. A partir ainda tenho de fazer ^^' Por isso posso demorar um pouco mais, mas isso eh depois!! KKKKKKK'
Bem, nao vou atrasar mais!!!
Boa leitura!!!



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Havia mais uma coisa que aquela garota lhe tinha ensinado. Algo muito importante. Ela lhe tinha ensinado a sorrir.

Depois de Kagome e Shippou terem recuperado o fôlego, se levantaram e começaram a arrumar tudo para retomarem a viagem. Shippou ia buscar a bola, Kagome preparava tudo, Miroku passava a mão em Sango, ela dava um tapa em Miroku e Inuyasha observava tudo do ramo da árvore, pensando com uma gota na cabeça "Estes dois nunca mudam!".

– Inuyasha!

Alguém o chamava. Olhou para baixo e viu que era Kagome que acenava para ele. Ela dizia:

– Vamos! Desça! Estamos a ir embora!

Inuyasha acenou com a cabeça e desceu do ramo onde estava, saltando para o chão e indo ter com amigos. Mal se juntaram, se puseram a caminho, descendo do monte onde tinham aproveitado para descansar e se despedindo daquela árvore que os tinha acolhido com a sua agradável sombra.

Enquanto caminhavam, Inuyasha se lembrava de seus pensamentos de há pouco. Dos pensamentos mais ruins, mas também dos mais agradáveis. E então se lembrou do que Kagome tinha feito por ele e pensou, com um pequeno sorriso no rosto e olhando para ela de canto, "Obrigado, Kagome!". Como se tivesse ouvido o agradecimento, ela se virou para ele.

– Disse alguma coisa, Inuyasha?

– Ah….. Nada, não… - e desviou o olhar.

"Ufa! Essa foi por pouco!" pensou.

Pouco depois estavam a entrar na floresta.

Enquanto caminhavam, o grupo nada fez além de trocar algumas palavras e ficar fechados em seus próprios pensamentos: Inuyasha continuava pensando no passado (apesar de não querer, a sua mente sempre voava para esse tempo, o que o estava deixando chateado), Kagome se perguntava porque Inuyasha estava agindo tão estranho e porque estava tão calado, Miroku pensava na sua maldição e em derrotar Naraku, mas ao mesmo tempo imaginava garotas bonitas vestidas com roupas curtas e justas (Só mesmo o Miroku! Ele nunca muda! n.n) e Sango pensava estava preocupada com Kohaku. Queria o encontrar o mais rápido possível para o salvar de Naraku e o libertar. No meio disto tudo Shippou só se questionava porque toda a gente estava tão calada e nada diziam. Foi desta forma que a viagem se prosseguiu; todos permaneciam silenciosos, ninguém falava com ninguém, todos estavam imersos nos seus pensamentos e preocupações.

E assim se passaram três horas andando pela floresta, até que finalmente saíram. A princípio a luz do sol os cegou temporariamente, já que estavam habituados à escuridão da floresta, mas seus olhos logo se habituaram e continuaram andando.

Depois de cinco minutos caminhando, Shippou saltou para os braços de Kagome e sussurrou, de forma quase inaudível:

– Kagome, porque está tudo tão calado? Estão todos agindo muito estranho!

Kagome notou um pequeno tremor na voz de Shippou, quase que não existia, mas ainda assim estava lá.

– Ah! Desculpe, mas estamos todos pensando em nossas coisas e às vezes precisamos de um pouco de silêncio e de tempo para nós.

Shippou acenou com a cabeça, mostrando que tinha compreendido, mas ainda assim não estava descansado, e Kagome se apercebeu disso. Então acrescentou:

– Não se preocupe! Eu trato de os tirar de lá!

Shippou sorriu e agradeceu, mas não saiu do colo da colegial.

Momentos depois Kagome se queixou, fazendo todos "acordarem":

– Ahhh… Estou cansada! Estamos a andar há três horas e ainda não parámos para descansar!

Foi então que Shippou viu algo ao longe e gritou para os outros:

– Olhem! É um vilarejo!

– Podíamos parar lá - sugeriu Miroku.

– Vocês já querem parar?! - perguntou Inuyasha.

– Inuyasha, não se esqueça que você é um hanyou, logo é mais resistente que nós, que somos humanos e nos cansamos mais rapidamente que você.

– Feh!

Enfim, lá concordaram e se dirigiram para o vilarejo.

Quando entraram, repararam que ele estava cheio de vida e parecia muito alegre. Havia crianças por todo o lado, umas brincavam às escondidas, outras corriam umas atrás das outras. Havia também crianças brincando com borboletas e outras apanhando flores.

– Quantas crianças! - exclamou Sango, vendo todos aqueles pequenos seres correndo livremente.

– Está tudo alegre e cheio de vida! Parece que a guerra ainda não chegou cá. - respondeu Kagome.

– Parece que alguém esteve trabalhando muito - comentou Miroku, com um sorriso maldoso. Depois o sorriso desapareceu e murmurou – Que pena que esse alguém não sou eu…

Miroku disse isto de forma tão baixa que ninguém poderia ter ouvido (exceto Inuyasha, mas ele não conta), mas, misteriosamente e de alguma forma inexplicável, Sango ouviu e…

*POFT

Sango bateu na cabeça de Miroku com o Hiraikotsu, enquanto murmurava "Idiota."

O monge se aproximou dela e, com a sua mão esquerda, pegou nas dela.

– Sango, não precisa ter ciúmes. Você é a minha flor e a dona do meu coração. - disse Miroku, esfregando as mãos da exterminadora na cara dele. No entanto, a sua mão direita foi parar num lugar onde não devia e…

*PAFT

Sim, é verdade, Miroku tinha passado a mão em Sango e ela não gostou NADA!

– IDIOTA!

Sango deu um grande, repito, GRANDE tapa em Miroku que, no momento seguinte, estava com a marca dos dedos de Sango na cara. Esta, por sua vez, por causa da força com que tinha batido no monge, tinha ficado com os dedos vermelhos e dormentes, mas não iria demonstrar nem dar essa satisfação a Miroku.

Kagome e Shippou olhavam a cena sem compreender nada do se estava passando (N/A.: Kagome e Shippou não ouviram o comentário de Miroku nem viram o que ele fez, por isso não percebiam porque Sango estava brava.)

– Shippou, você sabe o que aconteceu? Porque a Sango bateu no Miroku?

– Não sei, Kagome. Mas tenho a certeza que teve uma boa razão. Além disso, o Miroku deve ter dito ou feito algo que não devia.

– Serio?! Mas eu não reparei em nada… você viu alguma coisa Shippou?

– Não, mas tenho certeza que o Miroku disse besteira.

Entretanto, Inuyasha e Kirara, que tinham presenciado tudo, estavam com uma gota na cabeça enquanto viam o monge e a exterminadora brigando. Depois o hanyou e a gata youkai olharam um para o outro, suspiraram e abanaram a cabeça ao mesmo tempo.

– Baka - disse Inuyasha, se referindo a Miroku.

– Miau! - respondeu Kirara.

Kagome, mesmo não percebendo o que se passava, decidiu intervir:

– Eu não sei o que está se passando, mas será que dá para vocês dois pararem de brigar?

– A Kagome tem razão. Não se esqueçam que ainda estamos procurando os fragmentos da joia. Se Naraku os encontrar antes de nós vamos ter problemas. - concordou Inuyasha.

Miroku e Sango olharam um para o outro e começaram a rir. Não porque estivessem zoando de Kagome e de Inuyasha, mas sim porque, quando eram eles que discutiam (que eram MUITAS as vezes em que isso acontecia), Miroku e Sango sempre tentavam que eles parassem. Agora os papéis se inverteram!

– Porque estão rindo? - perguntou Inuyasha, mal-humorado.

– Nada, não. - respondeu Miroku.

– Isso não me parece nada. - ripostou.

Sango e Miroku explicaram então o motivo do riso, fazendo todos murmurarem um "Aaaaaaah" de compreensão.

De repente, uma mulher veio a correr até eles. Vendo as roupas de Kagome, disse:

– Garota, você é uma sacerdotisa, certo?

– Ah, bem, sim… Posso dizer que sim.

– Então, por favor me ajuda! Meu pequeno filho ficou doente e o médico da aldeia não o pode salvar. Ele está morrendo! Por favor me ajuda!

Kagome estava séria e simplesmente respondeu:

– Me leve até ele!

– Obrigada! Muito obrigada! - agradeceu a mulher, com lágrimas nos olhos. Depois continuou – Venham por aqui, por favor.

Em passo rápido, foram andando pelos caminhos do vilarejo, passando por casas e campos, até que chegaram a uma cabana pequena e simples, mas o suficiente para se poder viver nela.

– Mãe! Mãe! Ele está piorando!

Um menino veio a correr até à mulher e abraçou as pernas dela. Seus olhos estavam lacrimejando.

– Não se preocupe, meu filho. Está aqui uma sacerdotisa que nos pode ajudar.

– Sério? Você pode salvar meu irmão?

– Vou fazer os possíveis. - garantiu Kagome, com um sorriso no rosto.

A mulher os conduziu até ao interior da cabana. Este era simples, quase não tinha mobília: três espaços para três camas e ao centro um lugar para acender a fogueira, caso fosse precisa. Ao canto estava uma criança deitada, coberta por um cobertor. Ela suava muito, estava pálida e tinha um sono muito agitado. Kagome se acercou da criança. Logo viu qual era o problema dela: tinha sido envenenada por um youkai. Este era muito fraco, assim como seu veneno, mas era suficiente para conseguir matar aquela criança.

– Ele foi atacado por um youkai e está muito fraco. - declarou ela, depois de avaliar o estado da criança.

– Consegue o salvar? - perguntou a mãe, preocupada.

– Vou tentar.

Kagome se ajoelhou ao lado dele, e logo se lembrou do treino que tinha feito com Kaede para desenvolver seus poderes.

Flashback

Kagome passeava pelo vilarejo, quando Kaede veio ter com ela.

– Aconteceu alguma coisa, Senhora Kaede? - perguntou Kagome.

– Kagome, preciso falar com você.

– Pode falar.

– É sobre seus poderes. Você precisa começar a treinar para os desenvolver. Você é uma sacerdotisa muito poderosa, mas primeiro precisa descobrir quais são os seus poderes e como os utilizar. Se forem atacados durante a viagem, ou se alguém se ferir e os remédios de seu mundo não funcionarem, você precisa saber como utilizar seus poderes para conseguir ajudar.

Kagome apenas assentiu com a cabeça. Kaede continuou.

– Temos três dias antes de vocês partirem, ou seja, não temos muito tempo. Por isso, temos de aproveitar o pouco que nos resta.

Kagome concordou. Então combinaram começar os treinos logo no dia seguinte: iriam acordar cedo para começar o mais depressa possível. Só iriam parar para almoçar. Depois recomeçariam os treinos até ao sol se pôr.

E assim foi por três dias. Os poderes de Kagome depressa aumentavam, tal como os conhecimentos dela. Ao fim de três dias, aprendera a criar barreiras e já conseguia fazer uma bem sólida só com a sua concentração, sendo ela intocável para qualquer youkai. Sabia como juntar os vários fragmentos para formar um maior, assim como os quebrar, através de suas mãos. Kaede também lhe ensinara como purificar humanos e youkai. Ela conseguia facilmente curar qualquer humano que tenha sido atacado por um youkai, envenenado, que esteja muito doente… No entanto, ela aprendera como purificar um youkai, mas ainda não conseguia fazer isso. Outra coisa em que tinha um pouco de dificuldade era em criar Shikigami. Porém, estava treinando e sabia que iria acabar por conseguir.

Fim do Flashback

Kagome agradeceu mentalmente a Kaede por a ter ajudado. Agora percebia o que ela queria dizer e sabia o que fazer.

Olhou para a criança. Estendeu suas mãos sobre ela, fechando os olhos, e se concentrou. De suas mãos começou a aparecer um brilho rosa. Pouco a pouco, a criança foi recuperando a cor e seu sono ficou mais calmo. A luz desapareceu e Kagome tirou as mãos. Agora parecia que o menino sempre esteve dormindo.

Todos olhavam admirados a recuperação da criança, inclusive Inuyasha. Agora ele percebeu o que ela ia fazer todo o dia, quando saía de manha bem cedo e só voltava ao fim da tarde. Kagome tinha estado treinando seus poderes! E agora percebia porque: mal ele viu o estado do menino, soube que ele tinha muito pouco tempo de vida, e que os remédios de Kagome não seriam rápidos o suficiente para o salvar. Mas foi então que ele a viu utilizar os seus poderes espirituais no garoto e como ele melhorava depressa: a cor regressou ao rosto, o sono ficou mais tranquilo e seus batimentos cardíacos acalmavam. Kagome tinha conseguido salvar a criança, mas quando ele olhou para ela, viu que estava mais cansada.

E era assim como ela se sentia. Esgotada.

Depois de ter salvado o menino, se sentiu exausta. Seu corpo pedia para descansar. Kagome se levantou, mas estava tremendo um pouco devido ao esforço. Ela se desequilibrou e ia caindo, mas sentiu uma mão firme segurar sua cintura. Olhou para o lado e viu que Inuyasha a segurava de forma que ninguém visse, mas de maneira a ampará-la, para que ela não caísse e ficasse segura.

Kagome agradeceu com um sorriso que só Inuyasha viu.

Entretanto, mais ninguém tinha percebido o que estava acontecendo.

A mãe correu até Kagome, pegou em suas mãos e disse, a olhando nos olhos:

– Obrigada! Lhe agradeço do fundo do coração! Você salvou a vida do meu filho! Muito obrigada!

Inuyasha continuava segurando ela firme para não cair. Kagome sorriu e respondeu:

– Ah, não foi nada! Mas agora nós temos que ir! Se cuidem!

Estavam todos a ir embora quando viram que Miroku não estava com eles. Olharam para trás e viram a seguinte cena: Miroku pegando nas mãos da mulher e "falando" com ela.

– Você cuidou dessas crianças sozinha?

– Teve de ser… Depois de meu marido ir embora não as podia deixar, então tive de trabalhar mais para poder as sustentar…

– Que mulher corajosa… E por acaso não quer ter um filho meu? Prometo que nunca ia abandona-la!

*TUMP

A mulher nem teve tempo de responder. Sango tinha se aproximado e dado uma FORTE cotovelada a Miroku, que acertou em cheio nas costelas e obrigou ele a se dobrar de dor.

– Peço desculpa pelo incômodo. Nós já estamos saindo. - disse Sango, friamente, saindo da cabana e arrastando Miroku, sendo seguidos por Shippou e Kirara e depois Kagome e Inuyasha, que ainda a segurava pela cintura, com medo que ela caísse de repente.

Quando estavam lá fora, Inuyasha lançou um olhar para Kagome, como que a perguntar "Você está bem? Consegue se aguentar em pé?". Kagome simplesmente sorriu, mostrando que já estava bem e já conseguia se equilibrar sem cair. Depois alargou seu sorriso, agradecendo a ajuda de Inuyasha. Este ficou meio sem graça, corando, e desviou a cara para o lado oposto.

Depois de Miroku se ter "recuperado", continuaram a andar pelos caminhos do vilarejo. Caminhavam por uma estrada de terra, com campos de animais à esquerda e homens trabalhando à direita, quando viram ao longe uma mulher e decidiram se aproximar dela.

Mal chegaram lá perto, repararam que ela cuidava de uma criança e estava rodeada por tantas outras. (Já deu para perceber que neste vilarejo há muitas crianças…) No entanto, o grupo reparou que, enquanto a mulher dava de comer ao garotinho, ela estava muito triste. Aliás, estava quase chorando. Eles decidiram se aproximar dela.

– Hum, … Desculpe interromper, mas posso perguntar porque está chorando? - perguntou Kagome.

– Esse garotinho é seu filho? - interrompeu Sango. – Ele é muito bonitinho!

– Esse menino não é meu filho… - respondeu a mulher, já com os olhos marejados.

– O que quer dizer? - perguntou Miroku, se aproximando com olhar desconfiado.

– Esse menino não é meu filho… - repetiu. Depois continuou – É meu marido! - e com isso suas lágrimas se soltaram.

– O QUE?! - perguntaram todos em conjunto.

Depois se seguiu um silêncio tenso mas estranho. Estavam todos muito admirados para conseguirem dizer mais alguma coisa.

– Como…? - foi a única coisa que Kagome conseguiu dizer para quebrar aquele clima. Em seguida, ela se aproximou da mulher e a abraçou, a consolando.

Ao fim de alguns minutos, a moça já se tinha acalmado e os outros já se tinham recuperado do choque.

– Tome. - disse Kagome, entregando para ela um lenço.

– Obrigada.

Kagome e Sango fizeram ela se sentar, respirar fundo e se acalmar. A mulher limpou suas lágrimas, agora mais serena.

– Não queria ser indelicado, mas poderia me dizer o que aconteceu ao seu marido para ele ter ficado… assim? - Miroku perguntou de forma séria.

Então a mulher começou a contar o que tinha acontecido.

Flashback

Era um dia como os outros. Ele estava de saída para ir caçar com os outros homens do vilarejo. Mas não iam todos porque, se o vilarejo fosse atacado, ficava indefeso. (Ao ouvir isto, Sango sentiu um aperto no peito. Seria culpa? Mas decidiu não dizer nada. A mulher continuou com a sua história.)

Ele estava quase saindo de casa. Estava preparando o cavalo, quando eu fui ter com ele. Ele havia esquecido sua comida.

– Não esqueça de seu almoço!

– Ah, é verdade! Já ia esquecendo! Muito obrigado!

– Volte depressa para mim!

– Não se preocupe! Até já!

– Até!

E fiquei a vê-lo ir embora.

Passei o resto do dia fazendo o que sempre fazia: cuidava da casa, das crianças e preparava tudo para o regresso dele.

Estava varrendo a entrada quando ouvi gritos.

Vinham da floresta.

Larguei tudo o que estava a fazer e corri para lá. Algo não estava bem.

Quando cheguei ao local, vi todos com caras de medo, olhando para algo. Desviei o olhar para conseguir enxergar o mesmo que eles, e foi então que vi: uma grande luz branca. Com medo, me escondi atrás da árvore mais próxima.

De repente essa luz engoliu o meu marido e os outros homens. Ao princípio, os seus gritos eram horríveis, mas depois "daquilo" os engolir, eles cessaram e ficou tudo calmo e quieto.

Percebendo que tudo tinha parado, eu decidi sair do meu "esconderijo"… e o que vi me deixou estarrecida: no lugar onde estavam antes os homens do vilarejo, estavam agora crianças.

Eu não sabia o que fazer: há momentos atrás eram o meu marido e os outros homens e agora eram crianças… então decidi pegar em todos e os levar de volta ao vilarejo.

Quando saí da floresta, reparei que estavam lá algumas mulheres e percebi que também devem ter ouvido o grito mas não tiveram coragem para entrar. Mal elas me viram, vieram ter comigo e me perguntaram o que tinha acontecido. Eu lhes contei tudo o que sabia e o que tinha visto. Mas como é óbvio, elas não acreditaram em mim. Quem iria acreditar que a maioria dos homens do nosso vilarejo eram agora crianças? Se me contassem, eu também não iria acreditar.

Foi então que uma das mulheres, grande amiga minha, a Sayuri, exclamou:

– Esperem! A Mizura (esse é o meu nome) pode estar dizendo a verdade! Olhem aqui!

Ele pegou uma criança de cabelos castanhos e olhos escuros. Lhe segurou no braço e apontou para o ombro.

– Quando era mais novo, um youkai atacou meu marido no braço, mas ele conseguiu escapar apenas com uma ferida, que mais tarde deu origem a essa cicatriz. Por isso, Mizura está dizendo a verdade!

Sayuri acabou de falar e logo todas as mulheres começaram a procurar seus maridos.

– O meu está aqui!

– Encontrei o meu!

– E eu também!

Aos poucos, cada uma pegou o seu e fomos para nossas casas com um peso no coração. Nossos maridos não se lembravam de nós e, pior ainda, quando eles crescessem e ficassem adultos de novo, nós já estaremos mortas!

Quando acabou de dizer isto, Mizura recomeçou a chorar. Então Kagome a abraçou, a consolando.

De repente, Inuyasha e Miroku se lembraram de algo que a mulher cujo filho estava doente disse e compreenderam tudo.

"Meu pequeno filho ficou doente e o médico da aldeia não o pode salvar." "Depois de meu marido ir embora…" O médico da aldeia não podia salvar o menino porque não se lembrava como o fazer pois... e o marido da moça não "foi embora" porque... Ambos tinham sido transformados em crianças! Inuyasha e Miroku se viraram um para o outro e trocaram um olhar de entendimento: era a mesma pessoa que estava por detrás daquilo!

Sango se aproximou, colocou a mão no ombro de Mizura, que já não chorava, mas ainda tinha os olhos vermelhos, e disse:

– Não se preocupe. Nós podemos ajudar você.

Mizura levantou a cabeça.

– Sério…?

– Sim. - confirmou. Depois se virou para Inuyasha e os outros e perguntou – O que me dizem?

– Conta comigo - respondeu logo Kagome.

– Não podia deixar de ajudar uma bela senhorita como você - APENAS disse Miroku. (ATENÇAO! O Miroku não fez nada! Nem passou a mão nela! Parece que ele não quer apanhar mais da Sango. KKKKK Ou então está começando a se comportar! … Acho que a primeira hipótese é mais provável! rsrs n.n)

– Também quero ajudar! - exclamou Shippou.

– Miau! - concordou Kirara.

– E você, Inuyasha? - perguntou Kagome.

Inuyasha olhou para o lado e resmungou:

– Parece que não tenho escolha…

– Então estamos todos de acordo! - finalizou Sango.

Mizura agora sorria. Sua tristeza tinha desaparecido, dando lugar a um sorriso.

– Obrigada! Muito obrigada!

– Ah, não tem que agradecer! Nós íamos ajudar mesmo! - responde Kagome, sorrindo.

– Por favor Senhorita, nos espere aqui. Continue com a sua vida, cuide de suas crianças e prepare a casa para quando seu marido regressar. Avise também as outras mulheres. - acrescentou Miroku.

– Sim! Não se preocupe! Eu digo pra elas!

Eles estavam a ir embora, em direção à floresta, quando ela disse:

– Se precisarem, há uma cabana na floresta. Ela não é muito grande, mas dá para todos vocês. Tem lá um pouco de comida e o rio é perto de lá. A água é limpa e tem peixes. O meu marido e os outros homens costumavam ir para lá, quando iam caçar…- a sua voz falhou e seu semblante entristeceu. Mas depois ela recuperou o sorriso – Obrigada por tudo! E boa sorte! Tenham cuidado!

Eles estavam se dirigindo para a entrada da floresta, enquanto ela lhes acenava e Kagome e Shippou lhe acenavam de volta.

Pouco depois eles entraram naquele lugar que notaram ser perfeito para qualquer youkai: escuro, com pouca luz, com um ar sombrio e estava perto de um vilarejo. Assim, o youkai podia se alimentar quando quiser.

Sim, porque o Inuyasha, Miroku e Sango já desconfiavam que quem estava a causar todos aqueles problemas era um youkai. Iam até à floresta, encontravam e matavam o youkai e depois voltavam para a sua perseguição a Naraku e procura pelos fragmentos.

Enquanto eles caminhavam, alguém os observava de perto.

"Hmm… Aqueles ali me parecem perfeitos… Três humanos jovens e bem frescos, e ainda por cima não são nada feios! Servem perfeitamente para mim. MUAHHH Agora vamos lá acabar com isto depressa."

Inuyasha, que ia no fim, notou que estavam a ser observados e olhava para os lados, procurando quem estaria os vendo. Reparando na atitude de Inuyasha, Miroku pergunta:

– Inuyasha, algum problema?

– Sinto que não estamos sozinhos. Está alguém aqui perto e não é humano.

– Também senti uma presença aqui perto. Acha que é o tal youkai?

– Só pode ser ele. Temos de ter cuidado. Ele pode atacar de repente. Temos de estar prevenidos.

– Não se preocupe. Damos cabo dele num instante.

O youkai se preparava para atacar, mas foi então que viu Kagome. "Aquela garota… É perfeita! Suficientemente jovem, mas não é criança, e consigo sentir que tem um grande poder! Se me apoderar dele, nunca mais vou ter que andar atrás dos humanos idiotas. Mas… o que é aquilo?… A garota trás consigo fragmentos da Shikon no Tama? Hoje é o meu dia de sorte! Ela não vai escapar!" Dito isto, ele saiu do lugar donde estava e se colocou à frente do grupo, impedindo a sua passagem.

– AHHHHHH!- gritou Shippou, se escondendo atrás de Kagome. Nesse momento, Inuyasha saltou e se colocou na frente de Kagome, ficando entre ela e o youkai.

– Ah, então você finalmente se mostrou! - disse ele.

– O que quer dizer, Inuyasha? - perguntou Kagome.

– Esse imbecil estava nos vigiando há algum tempo, mas só agora decidiu aparecer. - explicou Miroku.

– Então é você o youkai que anda a atacar as pessoas do vilarejo? Você vai se arrepender de se ter encontrado connosco. - disse Sango.

O youkai começou a rir.

– Não se incomodem. Eu só vim para levar a garota!

E dito isto, um tentáculo gigante e coberto com uma espécie de baba apareceu do nada, indo em direção a Kagome, tentando atacar ela pelo lado.

– Ahhhhhh! – Kagome gritou.

– TESSAIGA!

Inuyasha atacou com a Tessaiga e desfez o tentáculo em pedaços.

– Inuyasha, acha que consegue dar conta do recado? - perguntou Sango.

– Podem deixar! Trato dele num instante. Ele vai se arrepender por ter me feito perder tempo!

– Se precisar de alguma coisa, estaremos logo aqui ao lado, está bem? Senhorita Kagome, venha para aqui.- disse ele para Kagome, que veio logo ter com ele e Sango, com Shippou no seu ombro.

Inuyasha ouviu, mas não pode responder, porque o youkai logo recomeçou o ataque.

– Pensa que é páreo para mim? Como é ingénuo! - o youkai começou a rir de desprezo. – Vou acabar logo com você!

Ele atacou Inuyasha com mais tentáculos, mas este desviou e acertou um golpe na cara do youkai, que gritou de dor.

– Seu hanyou miserável e desprezível, como ousa sequer tocar em mim! Vai sofrer pelo seu atrevimento!

Dito isto, outra daquelas coisas viscosas brotou do chão e se enrolou à volta de Inuyasha, apertando-o sem piedade. Ele não se conseguia mexer e, como tal, não se conseguia libertar. O youkai ria dos esforços dele e dizia:

– É inútil tentar se libertar! Agora vai pagar bem caro pelo que fez!

O youkai começou a apertar mais, esmagando Inuyasha pouco a pouco.

Vendo que o hanyou estava com problemas, Sango e Miroku não hesitaram em o ajudar.

– HIRAIKOTSU!

Sango, com seu Osso Voador, cortara os tentáculos, libertando Inuyasha.

– Valeu Sango!

– Por nada!

– Parece que subestimamos esse youkai! Vai nos dar mais trabalho do que pensávamos. - disse Miroku.

– Então vamos acabar com ele rapidamente! - ripostou Sango.

– Vamos! - concordou Miroku.

Então os três se lançaram contra o youkai, o atacando todos ao mesmo tempo.

– TESSAIGA!

– HIRAIKOTSU!

– Bastão de monge!

Inuyasha e Sango param de repente, ficando um pouco atrás de Miroku e olharam para ele, cada um com uma pinga na cabeça.

– Bastão… - começou o hanyou.

– … de monge? - acabou a exterminadora.

– Que é? Não podia ficar calado! - disse Miroku, como se justificando.

– Cuidado!- avisou Kagome, vendo que vários tentáculos se aproximavam deles a grande velocidade.

– Vamos mas é acabar com isto! – disse Inuyasha.

E começaram a se defender dos tentáculos que os tentavam atacar: Inuyasha os cortava com a sua espada, Sango com seu Osso Voador e Miroku com seu bastão.

Ao longe, Kagome e Shippou observavam a luta. Os três combatiam contra aquelas coisas para não serem atingidos, mas os tentáculos apareciam de todos os lados, não os deixando parar um segundo. Kagome percebia que eles estavam se esgotando pouco a pouco, e a qualquer momento o cansaço os venceriam.

Kagome se preparava para ajudar na luta com seu poder, agora mais forte.

– Não posso ficar mais a ver, enquanto eles lutam. - disse para Shippou. Depois acrescentou, séria – Vou ajudá-los!

– Não Kagome! Isso é muito perigoso! Ele pode te ferir! - Shippou a contraria.

– Mas eu não posso ficar aqui a ver enquanto eles lutam! Eu tenho de os ajudar!- respondeu Kagome decidida.

Ela se preparava para lançar uma flecha, mas Inuyasha a impede.

– Não Kagome! Não faça isso!

– Inuyasha tem razão! - concordou Miroku. "Me sinto tão estranho dizendo isso! Desde quando Inuyasha tem razão em alguma coisa? Ah, deixa para lá!" – Fique aí senhorita Kagome! É mais seguro para você!

– Mas eu quero ajudar vocês!

– Fique aí Kagome-chan! Não se preocupe connosco! Nós ficamos bem! - exclamou Sango.

– Está bem… - bufou ela contrariada e voltou para a proteção das árvores.

Inuyasha falava com ela ao mesmo tempo que lutava com aqueles "braços" viscosos, que o tentavam apanhar, mas o hanyou sempre os cortava antes de conseguirem sequer o tocar.

A colegial, ao vê-lo lutar, não conseguiu reprimir o desejo de os ajudar, mas Inuyasha a impediu novamente.

– Não Kagome! - ele repetia. – Fique aí! Aqui você pode atrapalhar a luta! Se você se ferir, eu não vou conseguir lutar e proteger você ao mesmo tempo!

– Inuyasha…

– Ah… Quer dizer… Como vamos conseguir encontrar os fragmentos sem você? - tentava ele disfarçar.

Kagome viu um tentáculo a ir em direção à cabeça de Inuyasha e aproveita a oportunidade.

– SENTA!

*CAPOF

Inuyasha caiu de cara no chão.

– Maldição Kagome!

Nesse momento aquele braço coberto de baba passou pelo lugar onde, poucos segundos atrás, estava sua cabeça. Ele se apercebeu disso e se levantou , olhando par Kagome com desconfiança. Ela reparou no olhar dele e sorriu com uma cara de santa inocente, mas Inuyasha não se deixou enganar.

O youkai viu a distração do hanyou com a humana e aproveitou a oportunidade: rápida e silenciosamente, atacou Inuyasha. Este ainda percebeu o perigo, mas não conseguiu reagir a tempo e um dos tentáculos do youkai trespassou a barriga de Inuyasha.

– AHHHH!

– INUYASHA! - Kagome gritou.

Com a força do impacto, ele é atirado ao chão.

– Inuyasha, você está bem?- perguntou Miroku, preocupado.

– Maldito!…

Inuyasha tentou se levantar, pondo uma mão no ferimento para que este parasse de sangrar, e a outra na Tessaiga, que estava a servir de apoio para ele se conseguir manter em pé. Ele pegou na espada com as duas mãos e começou a correr em direção ao youkai.

– Vou acabar com você!

Porém, como Inuyasha estava mais lento por causa da ferida, não conseguiu acertar nele. Este, com um de seus tentáculos, atingiu Inuyasha com bastante força no sítio da ferida, o atirando de costas a grande velocidade contra uma árvore, a partindo ao meio, enquanto ele escorregava até à base, desacordado.

Miroku e Sango, que tinham visto tudo, ficaram muito preocupados com o estado de Inuyasha.

– Inuyasha! Você está bem? - perguntou Sango. No entanto, não obteve nenhuma resposta.

– Inuyasha responda! - Agora era Miroku quem chamava, mas, mesmo assim, não recebeu resposta.

Miroku e Sango estavam tão preocupados com Inuyasha, que não se aperceberam que uns quantos tentáculos se dirigiam para eles.

– Cuidado! Miroku! Sango! Atrás de vocês!- Kagome tentou avisar, porém já era tarde de mais.

Eles os dois se viraram para trás mas o youkai conseguiu os acertar, jogando-os longe.

Kagome presenciou toda a cena e tomou uma decisão: tinha que ir os ajudar!

– Fique aqui Shippou! Eu vou os ajudar!

Shippou concordou com a cabeça e desceu do ombro dela. Kagome se aproximou do youkai, com o arco e a flecha a postos. Mirou bem e depois atirou. No entanto, o youkai se apercebeu do ataque inesperado e conseguiu desviar, mas a flecha lhe passou de raspão e acabou lhe acertando um pouco.

O youkai se vira para ela com uma expressão aterradora e começa a rir.

– AHHHHH!- grita Shippou, cheio de medo, e se esconde nas árvores.

– Agora você vai ser minha e ninguém vai me impedir! Primeiro vou roubar essa sua linda juventude. Depois, com os fragmentos da Shikon no Tama, nunca mais vou precisar de me alimentar através de humanos inúteis! Serei jovem e poderoso para sempre! MUAHHHHH

Mal acabou de falar, dois grandes tentáculos se dirigiram para ela a grande velocidade.

Kagome não se conseguia mexer. Não conseguia gritar. Estava paralisada.

O youkai ia conseguir a apanhar por culpa dela. Inuyasha a tinha avisado, mas ela não ligara. Agora não estava lá ninguém para a salvar. E a culpa era dela.

– GAROTA, VOCÊ É MINHA!

A única coisa que foi capaz de fazer foi fechar os olhos e esperar o momento fatal.

Mas ele nunca chegou.

– KAGOME!

Ela abriu os olhos. A partir daí aconteceu tudo muito rápido.

Inuyasha estava à frente dela, a protegendo dos tentáculos. Eles se enrolaram à volta do hanyou, que fez uma careta de dor.

No meio de toda aquela confusão, ele sussurrou para ela:

– Eu disse que te iria proteger, não disse?

De repente, uma grande explosão de luz branca e muito forte.

Kagome desviou o olhar por causa da intensidade da claridade.

Quando tudo voltou ao normal, o youkai tinha desaparecido.

E aos seus pés estava um Inuyasha…

…com pouco mais de sete anos de idade.


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Notas finais do capítulo

ESPERO QUE TENHAM GOSTADO!! *-* O Inuyasha finalmente virou criança! Olha a coisa fofa!! >U< HUSHAHUAHSUAHS
REVIEWS/COMENTARIOS POR FAVOOOOOR!!!! Quantos mais, mais rapido sai o capitulo! *U*
Beijos e ate ao proximo!!!
Babb-chan



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