Sweet Danger escrita por Hellen Keller, Mel Borges


Capítulo 2
Capítulo 2 - Aliança


Notas iniciais do capítulo

Eu devia ter postado sexta como era prevido, mas, não deu sinto muito, então...capitulo com um pouquinho de atraso. Espero que gostem.



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O dia clareou e eu continuava ali, intacta, sentada no sofá. Não me mexi, não dormir, apenas senti lagrimas e mais lagrimas saindo de meus olhos e molhando minha blusa durante grande parte da noite. Esperando que qualquer hora eu acorde desse pesadelo terrível que estou tendo. Como isso pode acontecer a mim logo agora que tudo esta se arrumando, como? Por quê? Eu ainda tenho esperanças que minha mãe vai entrar pela porta, brigando comigo por não ter ido à escola. Ela irá dizer que está tudo bem e que sempre voltará ao fim do dia.

Então a realidade me puxou de volta. Pensei em levantar e molhar o rosto. Mas, as lagrimas já não faziam isso para mim? Apesar de saber que era o que devia fazer não encontrei forças para levantar, meus pés e minhas pernas não obedeciam meus comandos e sim o comando da dor que tomara conta de mim. Eu achava que vampiros não sentiam dor, nem física nem sentimental, mas agora eu entendo, eles sentem, não querem, mas sentem.

A campanhinha tocou e eu levantei num pulo. Andei até a porta e uma mão rodou minha cintura dizendo: - Sente-se eu atendo pra você, Car! – disse Tyler.

Tyler ficou ali todo o tempo e eu não o tinha sentido sua presença a noite toda, ele só ficará ali comigo. Ouvir sua voz me tirou um pouco a sensação de vazio que sentia.

Tyler me levou até o sofá e voltou para atender a porta.

- Tyler- era Elena, outra voz que me confortava – Onde está Caroline? – Tyler apenas levantou o queixo mostrando a Elena onde eu estava. Ela veio até mim e num suspiro me abraçou. Não consegui me conter, por mais que queria ser forte, mas simplesmente não conseguia, e comecei a chorar novamente. Ela me afastou levemente com as duas mãos para poder olhar pra mim e me perguntar:

- Como você está Car?

- Elena – disse enxugando um pouco das lagrimas – Agora eu entendo a dor que passou.

- Oh Caroline – disse ela me abraçando novamente - vai passar, eu prometo que a dor vai diminuir. Vai dar tudo certo.

Elena continuou ali, parada, só me abraçando fortemente. A campanhinha tocou novamente e Tyler foi atender.

- Bonnie bom ver você – disse Tyler – Caroline está com Elena ali, entre.

Ela sorriu pra Tyler e entrou, veio até mim e me abraçou.

- Car sinto muito, muito mesmo – disse Bonnie.

Eu limpei minhas lagrimas o Maximo que pude, tenho algo pra falar com Bonnie.

- Bon, sei que não devo pensar nisso no momento, mas, tenho que saber. Você é uma bruxa e sabe me dizer. Há muitas coisas que não sei nessa história né?

- Car, depois... - começou ela a dizer quando a interrompi

- Eu preciso saber, agora – disse muito determinada.

Ela balançou a cabeça e disse: - Minhas ancestrais disseram que algo grande estava pra acontecer, e que o estopim de tudo isso ia acontecer em muito breve, acho que falavam disso.

O que realmente estava acontecendo?

Levantei num pulo, peguei minha bolsa e quando abri a porta, vi alguém que com certeza não esperava.

- Damon – disse surpresa

- Barbie – disse ele com o natural sorriso de lado – não sabia que a Barbie tinha mãe, apenas que ela tinha uma irmã mais velha que é uma copia da Nick Minaj mais bonita.

Fiz cara de desentendida para Damon, dei a volta nele e continuei até o carro. Olhei pra meus amigos que estavam me olhando da varanda sem entenderem nada.

- Vou resolver parte disso – disse explicando o que estava fazendo – fiquem avontade.

Sabia onde deveria ir primeiro, na Delegacia. E já sabia com quem falar, Matt, ele não tem como me esconder nada.


No caminho até a delegacia levou 15 minutos, mas, pra mim foi uma eternidade. Entrei na delegacia e lá vi um cartaz escrito: ’’ Sentiremos sua falta Xerife Forbes ‘‘. Olha o clichê, minha mãe foi assassinada e eles fazem um cartaz todo colorido. Com cores de sol e mar.

- Posso ajudar? – perguntou a recepcionista, ou melhor, a policial que agora estava dando uma de recepcionista.

- Sim, você pode, sou quer dizer eu era, ah sei-la, Caroline Forbes – Ela arregalou os olhos colocou a mão no coração e quando ameaçou falar algo eu cortei.

- Matt, ele esta?

- Sim, só um minuto.

- Ok.

Já estava ficando impaciente quando Matt adentrou o lugar.

- Caroline?

- Matt – quando fui continuar ele veio rápido e me abraçou, um abraço quente e confortante, coloquei uma mão no seu pescoço e outra em sua farda, aquilo me emocionou, e uma lagrima escorreu, ele levantou meu rosto com as duas mãos e com um dedo enxugou minha lagrima.

- Eu queria te dar um abraço desde ontem, mas, não achei oportunidade. Sinto muito mesmo Car.

Eu acabei de limpar o resto de lagrimas que meu rosto poderia ainda apresentar, me recompus e falei firme.

- Eu quero respostas Matt

- Caroline ainda esta cedo pra falar sobre isso, você está em choque, espera as coisas se acalmarem – Seu olhar se mostrava preocupado comigo.

- Não Matt, e não adianta insistir não me convencerá do contrario. Não vou fazer vista grossa, não dá, não consigo. Por favor, eu estou te pedindo, coloque-se no meu lugar, por favor, Matt.

Com o sinal de negativo Matt bancou a cabeça, eu senti o que passou na cabeça dele, sei que ele pensou ’’ Eu sei que não é boa ideia, eu sei que vai dar merda‘‘.

- Caroline isso não é uma boa ideia, vai dar coisa muito ruim, por favor, Car deixe sua dor diminuir, supere o falecimento de sua mãe e ficará tudo mais claro – O que Matt me escondia era tão grave assim? Só pode.

- Matt eu juro solenemente que se você não me contar eu vou destruir cada pedacinho dessa delegacia e vou acha sozinha. – falei decidida – Matt Donovan, você pode salvar a delegacia e as pessoas que aqui estão e facilitar um pouco minha vida – coloquei as mãos na cintura – Eu posso ter perdido minha mãe, posso estar triste e de luto, perdida e passando por muita coisa, mas, eu ainda sou uma vampira e sempre estarei pronta pra um bom estrago.

Matt deu um sorriso lindo, ele parecia não acreditar completamente, mas, não parecia duvidar que eu fosse capaz tanto que disse por fim:

- Ok! Com uma condição me dê às chaves de seu carro – disse ele estendendo a mão – Chaves- balançou os dedos reafirmando o que queria.

- Ok – bufando entreguei as chaves do carro. Matt não pode ser tão loiro pra pensar que eu precisaria de um carro pra ir a qualquer lugar que quisesse, Hello Sou uma vampira.

Ele me guiou até o escritório. Matt jogou uma pasta amarela escrita ’’ Elizabeth Forbes’’, eu olhei, e por um momento hesitei porem peguei a pasta. Fiquei com medo que visse fotos e eu não me considero pronta pra ver minha mãe morta. Mas, a primeira folha só tinha inscrições, li rapidamente e achei o que me interessava.

- Onde é isso? – perguntei lhe mostrando o que estava escrito em Local da morte.

- A uns 12 km do Camping Fall, mas, nem pense nisso Carol...

Não escutei as duas ultimas palavras que Matt disse, eu corri o mais rápido que pudê para lá. Meu instinto gritava ’’ Vá até lá Caroline, vá até lá”. Ao chegar ao local eu levei um choque, paralisei. Parecia que ocorrera uma guerra ali. Havia muito sangue em partes do chão, havia arranhados e marcas de tiros em algumas arvores, outras estavam quebradas. Levei um tempo analisando a cena quando algo me chamou grande atenção: perto de uma pedra com um pouco de sangue vi uma pulseira de prata. Estava quase coberta por terra, se eu não tivesse uma visão ampliada não veria. Fui até lá e imediatamente reconheci, era da minha mãe. Eu dei a ela no dia das mães quando eu tinha cinco anos, a pulseira tinha duas menininhas, que simbolizava eu e ela.

Sentei-me na mesma pedra e fiquei olhando a pulseira, meus olhos rapidamente molharam, e minha dor voltou com tudo.

- Car – olhei pro lado pra ver quem tinha me chamado era Tyler – Matt me ligou na hora que você saiu. Ele deve estar vindo pra cá, achei melhor vir ver como você está, ele disse que você estava exaltada.

Eu mal olhei pra Tyler, não conseguia parar de olhar para a pulseira em minha mão. Vi ele se aproximando e se sentando na pedra perto de mim em silencio.

- Caroline – Matt disse descendo do carro e ficando perto de nós.

Ambos respeitavam meu silencio e fiquei agradecida por isso.

Eu me levantei, limpei meu rosto como podia e assumi uma postura mais forte.

- Eu juro que vou descobrir o que aconteceu aqui, nem que seja a ultima coisa que eu faça.

- Não importa o que acontecer Car, eu vou te ajudar – disse Matt – Não só por você, por mim e pela Xerife.

- Você sabe que eu também estarei com você pra tudo – Disse Ty.

Olhei pra Matt e Tyler, olhei a pasta amarela que ainda estava em minha mão, estava escrito embaixo do nome de minha mãe: Caso não solucionado.

Juro que essa inscrição mudará, não importa como eu vou descobrir tudo.

E ali estávamos, o triangulo mais bizarro possível e sobrenatural que já existirá: uma vampira, um lobisomem e um humano.

Mas, bizarro ou não, é o que éramos. E ali, no local que minha mãe morreu foi formada nossa louca e bizarra aliança.




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Notas finais do capítulo

Desculpem-me os erros de ortografia e coerencia. Também nasci no país errado. Já sabem né? Reviews nunca fazem mal.



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