Shifts escrita por jéssica r


Capítulo 6
Capítulo VI


Notas iniciais do capítulo

Castiguinho pra ô ses q



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Clove

É domingo de tarde, meu quarto está escuro e revelo fotos.

Comprei luzes, folhas e todas as coisas necessárias para a revelação e á duas horas atrás elas começaram a sair perfeitas.

Eu as penduro num pequeno varal de barbantes e pregos que criei e elas secam mostrando aos poucos as imagens. Passei a tarde revelando as fotos.

Meu pai não estava em casa então com uma lanterna fui para de baixo das cobertas. Algumas fotos já estavam prontas então as peguei.

Haviam luzes e anúncios para todos os lados. Depois Marvel, eu, bolas de boliche Marvel de novo. Cato estava em algumas fotos mas todas dormindo.

Ri com algumas de Marvel, não me contive e mexi em algumas de Cato. Só conseguia pensar em nosso beijo e como ele estava.

O garoto do frágil e amigo era apenas temporário. Cato havia caído e o tombo o fez mal e que agisse como bobo. Por isso me beijou e apenas por isso.

Segunda-feira quando eu for para a escola ele será o mesmo. Não mudará e serei só mais uma.

Mas dessa vez seria diferente. Eu havia conversado com Marvel e ele deixou escapar algumas coisas que me envolviam.

Algo sobre Cato me usar para conquistar Glimmer e no fim eu ser descartada. O plano era horrível mas o seu objetivo seria alcançado. Cato iria ter o que queria e eu ia me sair na pior.

Me deitei na cama e soltei algumas lagrimas. Cato agia como meu amigo mas por trás havia um mulherengo que me fazia de burra.


O relógio toca as sete e meia e me levanto. Tomo uma ducha já que havia tido uma noite difícil. Fiquei chorando, não por Cato mas sim de raiva.

O que planejava fazer era pior que traição e do que qualquer idiotice que lhe desse na cabeça. Era maldade e decido que irei o dar da mesma colher.

Arrumo meu quarto, pego as fotos já secas e as escondo em uma caixa atrás de roupas no armário. Meu pai não mexeria lá e tudo ficaria em segredo.

Trancando a porta procuro por meu pai. Ela já havia ido para o trabalho então teria de ir sozinha, o que era bom porque precisava de um tempo pra mim.

Caminho de vagar em direção da escola e pensando em tudo aqui. Está calor e estou sem vontade nenhuma para fazer nada. Estou triste mas como já estou na metade do caminho, tenho que ir a aula.

Eu daria qualquer coisa por uma carona mas como não conhecia ninguém era quase impossível.

Ouço barulho de correntes e quando olho para o lado vejo um garoto alto. Ele está de camiseta e jeans e irritado palavrões para todos os lados. Quero o ajudar então toco em seu ombro.

– Oi.

O garoto leva um susto e ao se virar vejo o rosto de Cato.

– Droga – Sussurro – quem fez isso?

– Deram uma festa e algum engraçadinho fez isso.

Sua bicicleta estava amarrada em um posto por várias correntes que formavam nos perfeitos. Penso um infantil “bem feito”.

– Ajuda? – Pergunto.

Me aproximo e ele da de ombros. Aos poucos os nos sumiam e depois de alguns segundos não há mais nada.

– Obrigada – Ele agradece – quer carona?

Me lembro da noite da praia e não consigo me conter:

– Não quero ficar perto de você – Grito.

– Por que está gritando?

– Não estou gritando – Mas ele está certo, estou realmente gritando.

– Não está? Explique isso então.

– Pare com o sarcasmo.

– Pare de gritar – Retruca.

– Já parei.

– Não me parece.

Garoto imbecil. Só de sentir seu cheiro eu já sentia uma raiva. Cato pega sua bicicleta mas a empurro no chão. Ele exclama um “ei” e me encara.

– Ei você!

– O que você tem hoje hein Clove? Parece estar maluca.

– Eu a maluca? Deveria estar mesmo com o que você anda fazendo – O bato e ele me encara.

– Aquilo o quê?

– Não se faça de moço – Meio que rio – você sabe do que estou falando. Você estava me usando esse tempo todo. Era tudo um plano desde o início.

– Do que você está falando?

– Ah cale a boca. De Glimmer, de seu plano e você sabe mais o quê.

– Quem te falou isso? Foi o Marvel não foi? – Pega em meu braço com força.

– Não fale de Marvel – Falo e me solto – ele não vale mil de você. E também não teria coragem sabe que ele te daria uma surra.

Falar de Marvel parece abalar Cato. Os dois eram melhores amigos e irmãos.

Algumas lágrimas escorreram em meu rosto e eu as limpo. Cato parece ter lacrimejado porque está vermelho.

– Até onde isso ia? – Sussurro.

– Não sei.

– Já disse que não sei – Repete.

– Isso fica entre nós entendeu?

– Sim – Responde de cabeça baixa.

Viro e caminho para longe me sentindo melhor. Eu precisava desabafar e aquilo já estava trancado em minha garganta a dias. Cato me chama e me viro.

– Isso acabaria em um lugar bom e com você não com Glimmer.


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Notas finais do capítulo

FIGHT! FIGHT! FIGHT! FIGHT!
Beijos e até o próximo fofas ♥