Shifts escrita por jéssica r
Notas iniciais do capítulo
Castiguinho pra ô ses q
Clove
É domingo de tarde, meu quarto está escuro e revelo fotos.
Comprei luzes, folhas e todas as coisas necessárias para a revelação e á duas horas atrás elas começaram a sair perfeitas.
Eu as penduro num pequeno varal de barbantes e pregos que criei e elas secam mostrando aos poucos as imagens. Passei a tarde revelando as fotos.
Meu pai não estava em casa então com uma lanterna fui para de baixo das cobertas. Algumas fotos já estavam prontas então as peguei.
Haviam luzes e anúncios para todos os lados. Depois Marvel, eu, bolas de boliche Marvel de novo. Cato estava em algumas fotos mas todas dormindo.
Ri com algumas de Marvel, não me contive e mexi em algumas de Cato. Só conseguia pensar em nosso beijo e como ele estava.
O garoto do frágil e amigo era apenas temporário. Cato havia caído e o tombo o fez mal e que agisse como bobo. Por isso me beijou e apenas por isso.
Segunda-feira quando eu for para a escola ele será o mesmo. Não mudará e serei só mais uma.
Mas dessa vez seria diferente. Eu havia conversado com Marvel e ele deixou escapar algumas coisas que me envolviam.
Algo sobre Cato me usar para conquistar Glimmer e no fim eu ser descartada. O plano era horrível mas o seu objetivo seria alcançado. Cato iria ter o que queria e eu ia me sair na pior.
Me deitei na cama e soltei algumas lagrimas. Cato agia como meu amigo mas por trás havia um mulherengo que me fazia de burra.
O relógio toca as sete e meia e me levanto. Tomo uma ducha já que havia tido uma noite difícil. Fiquei chorando, não por Cato mas sim de raiva.
O que planejava fazer era pior que traição e do que qualquer idiotice que lhe desse na cabeça. Era maldade e decido que irei o dar da mesma colher.
Arrumo meu quarto, pego as fotos já secas e as escondo em uma caixa atrás de roupas no armário. Meu pai não mexeria lá e tudo ficaria em segredo.
Trancando a porta procuro por meu pai. Ela já havia ido para o trabalho então teria de ir sozinha, o que era bom porque precisava de um tempo pra mim.
Caminho de vagar em direção da escola e pensando em tudo aqui. Está calor e estou sem vontade nenhuma para fazer nada. Estou triste mas como já estou na metade do caminho, tenho que ir a aula.
Eu daria qualquer coisa por uma carona mas como não conhecia ninguém era quase impossível.
Ouço barulho de correntes e quando olho para o lado vejo um garoto alto. Ele está de camiseta e jeans e irritado palavrões para todos os lados. Quero o ajudar então toco em seu ombro.
– Oi.
O garoto leva um susto e ao se virar vejo o rosto de Cato.
– Droga – Sussurro – quem fez isso?
– Deram uma festa e algum engraçadinho fez isso.
Sua bicicleta estava amarrada em um posto por várias correntes que formavam nos perfeitos. Penso um infantil “bem feito”.
– Ajuda? – Pergunto.
Me aproximo e ele da de ombros. Aos poucos os nos sumiam e depois de alguns segundos não há mais nada.
– Obrigada – Ele agradece – quer carona?
Me lembro da noite da praia e não consigo me conter:
– Não quero ficar perto de você – Grito.
– Por que está gritando?
– Não estou gritando – Mas ele está certo, estou realmente gritando.
– Não está? Explique isso então.
– Pare com o sarcasmo.
– Pare de gritar – Retruca.
– Já parei.
– Não me parece.
Garoto imbecil. Só de sentir seu cheiro eu já sentia uma raiva. Cato pega sua bicicleta mas a empurro no chão. Ele exclama um “ei” e me encara.
– Ei você!
– O que você tem hoje hein Clove? Parece estar maluca.
– Eu a maluca? Deveria estar mesmo com o que você anda fazendo – O bato e ele me encara.
– Aquilo o quê?
– Não se faça de moço – Meio que rio – você sabe do que estou falando. Você estava me usando esse tempo todo. Era tudo um plano desde o início.
– Do que você está falando?
– Ah cale a boca. De Glimmer, de seu plano e você sabe mais o quê.
– Quem te falou isso? Foi o Marvel não foi? – Pega em meu braço com força.
– Não fale de Marvel – Falo e me solto – ele não vale mil de você. E também não teria coragem sabe que ele te daria uma surra.
Falar de Marvel parece abalar Cato. Os dois eram melhores amigos e irmãos.
Algumas lágrimas escorreram em meu rosto e eu as limpo. Cato parece ter lacrimejado porque está vermelho.
– Até onde isso ia? – Sussurro.
– Não sei.
– Já disse que não sei – Repete.
– Isso fica entre nós entendeu?
– Sim – Responde de cabeça baixa.
Viro e caminho para longe me sentindo melhor. Eu precisava desabafar e aquilo já estava trancado em minha garganta a dias. Cato me chama e me viro.
– Isso acabaria em um lugar bom e com você não com Glimmer.
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FIGHT! FIGHT! FIGHT! FIGHT!
Beijos e até o próximo fofas ♥