A loura despediu-se das amigas e fora sentar-se próximo a mesa de Wendy, Charlie e Happy. Enquanto Natsu conversava com Gray sobre amor, por incrível que pareça estavam conversando sério, nada de briguinhas. Distante de todos, Gray desabafava com o rosado.

- O quê ? – perguntou Natsu espantado.

- Qual é o seu problema cabeça de fósforo ? – perguntou. – Fale mais baixo.

- Eu não sabia que você gostava da Juvia. – disse novamente surpreso.

- Mas eu acho que ela gosta do Lyon.

- Baka! – deu-lhe um soco no ombro. – Ela gosta de você capitão cueca.

- Está maluco seu fogo de merda ? – levou a mão direita ao ombro. – V-Você acha

isso ? – perguntou com os olhos brilhando.

- Eu e todos da Guilda. Você sempre foi idiota assim ? – perguntou o rosado *gota

- Acha uma boa eu me declarar ? – perguntou.

- Acho.

- E você entende de declarações ?

- Na verdade..Não. – coçou a cabeça, fitando os lados.

- Você não me ajuda em nada Olhos puxados. – respondeu Gray visivelmente

entediado. – Oras, por que eu estou tendo essa conversa contigo ?

- Porque você é meu fã. – riu.

- Fã de um cara que se acha o gostosão só porque conseguiu se declarar ? – gargalhou.

- Como ?

- Isso mesmo que você ouviu.

- Quer brigar seu pervertido sem cueca ? – perguntou Natsu fechando os pulsos.

- Com certeza! – respondeu Gray.

- Estou ficando empolgado. – bateu os punhos. – E-Espere!

- O que foi ? Está com medinho ? – implicou.

- E-Erza pode nos ver. – tremeu de medo. – Ah não..Ela não está aqui. Cai dentro gelo encubado.

- Sobre o que vocês estão conversando ? – perguntou Gajeel ao se aproximar dos dois.

- Você não se interessaria. – cortou Gray antes que Natsu pudesse falar algo.

- Nee Gajeel, o que você sente pela Levy ? – perguntou o rosado apressado.

- O que foi isso tão repentinamente ? – perguntou o Dragon Slayer de ferro, um pouco nervoso e ignorando a pergunta. – Cadê o meu neko ?

- O quê ? – perguntou Natsu sem entender.

- Oe Oe! Espere ai Gajeel, não fujas de nós dois. – segurou o braço do Dragon Slayer, impedindo-o de escapar.

- Me solta Gray! – bufou. – Eu fico aqui, agora me solta!

- Vamos tentar conversar. – sorriu Natsu.

- Oras, por que eu deveria conversar com dois babacas ? – cruzou os braços.

- Quer brigar seu lata velha ? – provocou o rosado.

- Eu sinto que estou no meio de dois idiotas. – lamentou Gray. – Vamos tentar uma vez na vida não brigar.

- Está bem, mas pede para esse foguinho calar a boca.

- Manda esse ferro velho parar de se achar.

- Calados! – gritou Gray visivelmente irritado.

Enquanto uma conversa comportada não surgia no meio daqueles três, perto do balcão estava Mira e Cana, conversando sobre assuntos aleatórios.

- Quer algo para beber ? – perguntou Mira sorridente.

- Não, obrigada. Consigo me contentar com este barril. – deu leves batidas sobre o objeto.

- Ah sim. – sorriu. – Como está a sua relação com Gildarts ?

- Ele acha que ainda sou uma criança, aquele mulherengo pervertido. – cruzou os braços e logo revirou os olhos.

- Ora, ora! – apoiou os braços sobre a mesa. – Eu entendo seu pai, pois estou sempre querendo proteger aqueles dois. – fitou por um momento Elfman e Lisanna, esta ainda conversava com Loki.

- E a Lisanna, está bem ? – perguntou Cana, por desconfiar dos sentimentos da albina pelo Natsu.

- Nenhum pouco. – respondeu entristecida. – Já chorou bastante. – completou.

- Entendo. Mas parece que há alguém querendo ajuda-la a superar esta fase ruim. – fitou Loki enquanto falavas.

Mirajane apenas assentiu. Lucy que estava perto de Wendy, decidiu conversar com as duas magas que estavam ao lado do balcão, já que Natsu parecia estar entretido com Gajeel e Gray, numa conversa um tanto estranha.

- Boa tarde Lucy-san. – desejou Mira, mostrando-lhe um sorriso simpático.

- Boa tarde meninas.

- Até que fim arrumou um namorado. – zombou Cana.

- Oh, é mesmo! Agora eu tenho um namorado. – sorriu.

- Mas é claro que tem. – disse a maga sem entender.

- Happy! – gritou. – Eu tenho um namorado agora, seu gato azul irritante. – mostrou a língua.

- Luce, sua má. – cruzou os bracinhos. – Eu ainda vou arrumar uma namorada. – fitou Charlie por um minuto.

- Nem vem seu gato macho azul. – ignorou.

- Seja mais legal, Charlie. – pediu Wendy.

Ao ouvir a voz da namorada, Natsu olhou para trás e deu um largo e apaixonado sorriso, o que foi motivo de piada para Gajeel e Gray. Enquanto Lucy, apenas sorriu corada.

- Eu fico feliz por você Lucy-san. – disse Mira enquanto lavava os copos.

- Obrigada.

- Mas..E então, vocês já tiveram a primeira noite juntos ? – perguntou Cana maliciosamente, dando leves batidas sobre o ombro da loura.

- O-O-O quê ? – gaguejou. – Bom..É que.. – não conseguiu terminar a frase, por estar queimando de vergonha.

- Cana! Isso não é lá coisa de se perguntar. – advertiu Mira.

- Ah! Desculpe-me, só foi uma perguntinha inocente. – zombou. – Mas pelo jeito, parece que já tiveram. – levou as mãos sobre a boca e deu risadas abafadas.

- E você, hein Cana ? – arqueou as sobrancelhas.

- O que tem eu, Lucy ? – fez-se de desentendida.

- Não namora ? – perguntou curiosa.

- Na verdade, eu estou conhece.. – fora interrompida de concluir a frase por Gildarts, que havia ficado histérico com a suposta resposta de Cana.

- Mas é claro que minha filhinha não namora. – respondeu de intrometido. – Ninguém aqui merece a minha filhota. – disse aos berros, totalmente derretido pela filha.

- Isso foi uma indireta ? – cochichou Gay para Natsu. Ambos estavam longe de Gildarts, mas como este gritou fora difícil não ouvir.

- Não. Foi uma direta mesmo. – respondeu. – Continuando.

- De onde você surgiu, Gildarts ? – perguntou Lucy espantada por não tê-lo visto antes.

- Eu estava passado e acabei ouvindo. – explicou-se.

- Como assim ? – perguntou Cana furiosa. – Eu namorarei quem eu quiser.

- Não pode filhinha. – alisou os cabelos da maga. – Papai deve aprovar antes.

- Pare de me tratar feito criança! – bufou.

- Ora, ora. – sorriu Mira.

Enquanto a paz reinava na Guilda, as garotas que acompanhavam Erza sofriam, já que esta aceitou ajudar o diretor Uryur Frield em sua peça de teatro: Ricos & Pobres.

- Vamos meninas! Mais animação, por favor. – pediu Frield. – Erza, você está um espetáculo. – elogiou a atuação desta.

- Ah! Obrigada. – chorou de emoção.

- Por que Juvia tem de ser a empregada pobre ? *gota

- Pior sou eu! – protestou Levy. – Não acredito que estou interpretando uma filha sem mãe.

- Ânimo meninas! – incentivou a ruiva.

- Vamos repetir esta cena. – pediu Frield.

- Hai.. – responderam sem entusiasmo, exceto Erza.

------------------------------ Peça On -----------------------------------

- Olha essas roupas sujas! – interpretou Erza.

- É porque eu não tenho mãe e moro na rua. – interpretou Levy sem a menor vontade de dizer aquilo.

- Não tem problema. Eu posso ajuda-la! – deu um giro de felicidade. – Carlota! Traga-me roupas bonitas. – ordenou.

- Sim, Carlota irá trazer agora Srtª Tsubaki. – interpretou Juvia com espanador em mãos.

- Agora, os homens ricos da cidade irão lhe admirar. – interpretou a ruiva, com os olhos brilhando.

- Não vão me admirar! Eu não sou bonita e também não tenho seios. Só a senhora é bonita. – interpretou Levy.

- Espera! – interrompeu a maga azulada. – Qual é o problema de eu não ter seios ?

- Nenhum. Isso é teatro, pequena. – explicou-se Frield.

- Mas se parece muito comigo. – disse entristecida enquanto fitava seus seios.

- Continuando em 3,2,1.. – ordenou.

- Juvia quer falar. – interrompeu.

- Mas o que foi desta vez ? – perguntou o diretor, já visivelmente estressado.

- Juvia não gostou de ser a empregada. E por que a Erza tem de ser a Senhora

mais rica do país ?

- Qual é o problema de vocês ? – perguntou a ruiva, lançando seu olhar amedrontador.

- Querida Titânia, você se importa de trocar o papel ? – perguntou educadamente. – Assim poderemos fazer esta cena em paz.

- Não há problemas Frield. – respondeu normalmente, mas ao fitar as duas amigas, fez com que ambas tremessem de medo.

- Você pode ser a motoqueira pivete tarada ?

- Nossa! Bem melhor do que o meu antigo papel. – mostrou-lhe um sorriso lardo, pegando de pressa os papéis com suas falas.

- O-O quê ? – cochichou Levy para Juvia. – Ela gostou deste papel ?

- Juvia acha que sim.

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