Crônicas Meios-sangue:o Retorno Do Rei escrita por Number Nine


Capítulo 2
Capítulo 2 - Mark II


Notas iniciais do capítulo

Bom se alguém tiver lendo ou gostando da fic vou postar o outro cap, deixem reviews sobre a opinião de vcs



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Mark II

Mark teve um sonho estranho. Ele estava caminhando com um grupo de pessoas atrás dele, pareciam segui-lo como se ele fosse o líder deles. Foi então que ele percebeu que não era ele ali, ou melhor, era ele, mas em outro corpo.

 Eles subiam uma escadaria sem fim, parecia que estavam escalando um monte ou algo do tipo, pois era interminável. Ele pode sentir o cansaço surgir um pouco. O mais apavorante era o topo do monte, tinha uma espécie de Névoa espessa lá em cima, teve uma hora que parecia até se ouvir gritos de frustração de alguém lá em cima.

 Mark olhou para traz e viu melhor as pessoas que o seguiam, uma garota loira de olhos azuis com uma aljava e um arco preso as suas costas. Ela parecia vestir uma combinação meio bizarra de armadura grega com camisa laranja e calças jeans comuns. O garoto ao lado dela era mais alto até que Mark. Tinha a pele um pouco mais escura e o cabelo raspado. Usava a mesma combinação que a garota, de camiseta laranja, armadura e calças jeans também . Só que ele tinha nas costas o que parecia ser uma espada e um escudo, e tinha um cinto cheio de bolsos especiais onde ele provavelmente deveria guardar algumas coisas que deveriam fazer o os monstro chorarem de dor e implorando piedade.

- O que houve? – a garota perguntou para mim.

- Não estão ouvindo? – eu falei a fitando e depois olhando para o grandalhão.

 O Garoto pareceu entender, pois ele pegou a sua espada. Mesmo a garota sem entender ela já estava preparando seu arco também e já tirando uma flecha da aljava e a preparando para disparar na primeira coisa suspeita que aparece-se em sua frente.

 Eles andaram mais um pouco e encontraram uma árvore gigante. Um pomar ao que parecia, mas tinham coisas douradas penduradas nele. Foi ai que Mark percebeu que eram as maçãs, eram maçãs de ouro.

 Ao se aproximarem um pouco mais, começaram a ouvir vozes. Era uma espécie de canção. Então um grupo de quatro garotas apareceu por de trás do pomar. Eram lindas. Tinham a pele morena olhos castanhos penetrantes, usavam roupas gregas o que tornava a beleza algo ainda mais atemporal.

 Elas pararam o cântico ao se aproximarem do grupo.

- Visitantes, dêem o fora daqui antes que morram. – uma delas que assumiu a liderança falou.

 A garota do grupo de Mark apontou a flecha para a cabeça dela.

- Acha que viemos de tão longe para sairmos daqui sem nada? – ela grunhiu.

- Victoria se acalme. – Mark interveio. – Vamos tentar resolver isso da maneira mais pacífica possível.

 Eu voltei a fitar a garota que sorria agora pra mim.

- Vocês querem a maçã, não é? – ela perguntou, mas ela nem esperou a resposta e continuou. – Não poderão tê-la, são o presente de casamento de Zeus e Hera. Nós a protegeremos ninguém aqui será traidora como “aquelazinha”. Ela terminou se referindo com tom completo de desprezo a alguma pessoa.

- Sinto muito senhoritas. – Mark falou preparando para sacar a sua espada. –, mas essa é uma missão especial do Acampamento Meio-Sangue e nós não atravessamos o país inteiro para voltar sem que ela seja concluída.

 A garota sorriu, como se aquela fosse à resposta que ela estava esperando ouvir.

- Que seja então. – ela grunhiu. – Ládon meu querido, venha! Está na hora do seu lanche!

 Ele falava como se tivesse chamando o seu próprio filho ou algo assim, foi então que uma sombra gigantesca começou a cobrir todo o pomar. Era sinal que algo gigantesco estava chegando.

- Isso não é bom. – disse o grandalhão nervoso. – Ordens.

- Preparem-se! – Mark gritou correndo. Dando um leve salto. – Maya!

 De repente dos sapatos dele surgiram asas e ele começou a planar.

- Luke cuidado! – berrou Victoria em advertência e logo depois tudo começou a escurecer.

 Uma risada sinistra tomou conta do sonho de Mark.

- Interessante não?! – ela soava como um som metálico na mente do garoto fazendo doer. – Foi assim que a jornada para o meu renascer começou da última vez.

- O que? Quem é você? – grunhiu Mark agora em seu próprio corpo.

 A voz deu outra gargalhada sinistra.

- Na hora certo garoto... Você saberá!

 Ele disse e de repente surgiu um buraco que sobre os pés de Mark ele começou a ser sugado para dentro dele. O garoto entrou em puro desespero e antes que pudesse terminar sua queda tudo escureceu novamente.

 Mark acordou gritando. Logo ele percebeu que tudo aquilo foi um sonho. Ele começou a se recordar das coisas que aconteceram com ele, à fuga, o mendigo a luta contra os lestrijões. Ele foi com a sua mão instintivamente para onde estavam as suas costelas quebradas e elas agora não doíam mais, de algum modo voltaram para o lugar.

 Foi então que Mark teve uma surpresa maior ainda, ele percebeu que estava sentado no banco de trás de uma caminhonete e na frente havia duas pessoas na frente. Uma delas o motorista que ele não conseguiu olhar o rosto dele do ângulo que ele se encontrava, a outra, era uma garota que o fitava provavelmente fora por causa do grito que ele dera antes acordar.

 Ela tinha a pela branca meio pálida cor de oliva, cabelos longos e negros que iam até um pouco depois do ombro, tinha um pouco de sardas ao redor do nariz e olhos negros penetrantes, daqueles que faziam Mark pensar se ela estava planejando como ia matá-lo, Mark por um momento sentiu falta do Querido da Mamãe.

 A garota revirou os olhos e começou a olhar para frente.

- Grover nós realmente tínhamos que resgatar esse histérico? – ela perguntou para o motorista como se Mark nem tivesse ali.

 O Motorista coçou a cabeça e para a surpresa de Mark ele reparou que o cara tinha chifres saiam uns cinco centímetros pelos cabelos encaracolados dele.

- Não seja tão má Julie. Ele ia ser devorado por aquele monstro. – o motorista o defendeu. – Além do mais ele parece ser bem poderoso, porque pelo jeito que estava àquela estrada ouve uma boa luta.

- Eh obrigado por me defender, mas se vocês perceberam, eu já acordei, então... Quem são vocês? – Mark falou já um pouco irritado por estar sendo excluído da conversa. – E para aonde estamos indo?

 A garota se voltou para ele novamente com olhar de superioridade que deixou Mark um pouco irritado com isso.

- É sério isso? Como você sobreviveu até hoje garoto? Você tem a mesma idade que eu e mesmo assim não tem idéia? – ela falou como se Mark fosse uma aberração.

- Você parece estar indo pra lá também e parece ter a mesma idade que eu. – Mark retrucou.

 Os dois trocaram olhares de desprezo. Ele definitivamente não estava gostando da garota.

- Eu só estou indo pra esse acampamento ridículo porque fui forçada... – ela disse com um tom triste na sua voz e se voltou para frente deixando Mark falando sozinho. – Ninguém nunca entenderia... – ela murmurou baixo, mas o garoto ainda assim conseguiu ouvir.

 Grove deu um pigarro e começou a explicar tudo pra Mark. Desde as partes que ele já sabia, como  o fato dele ser um semideus, dos monstros, deuses que ainda existiam e andavam pelo mundo se apaixonando por mortais e tendo filhos com eles. Que os semideuses tinham que ser treinados, pois os monstros gostavam de comê-los como lanchinhos e coisas do tipo. Até que chegou a parte que Mark queria ouvir.

- Só tem um lugar que 100% seguro para os meios-sangue, esse lugar e o Acampamento que fica em Nova York, mas especificamente em Long Island. Lá é o lugar onde vocês poderão ser treinados adequadamente, aprenderem táticas de guerra e descobrirem quem é seu parente olimpiano. – Grover explicou

- Como se eu estivesse indo mal onde eu estava. – Julie murmurou.

 Eles agora estavam chegando à Nova York. Grover tomava cuidado pelo caminho para ir desviando do máximo possível de engarrafamentos. Mark olhou para a janela e viu enormes arranha-céus que pareciam que furariam as nuvens. Até que eles passaram pelo Empire State Bulding, o garoto teve estranha sensação de que ali havia algo muito poderoso sendo escondido.

 Eles viram a esquerda passando por uma praça onde Mark pode ver alguns espíritos da floresta. Pelo que Grover os explicara que protegiam o ecossistema agora, que antes isso era a obrigação do Deus Pã que morreu. Antes que o garoto pudesse perguntar como era possível um Deus morrer, ele viu uma garota com uma veste grega só que verde de cabelos com de chocolate acenando para eles como se fossem uma atração.

- Dríades, espíritos das árvores. – Grover se adiantou.

- Eu sei, eu li sobre elas, vocês sátiros tem uma queda por elas certa. – Mark falou.

 Ele pode ver o rosto do motorista corar pelo retrovisor.

- Sátiros se apaixonam por qualquer coisa. – Julie adicionou.

 Grover se calou e continuou a dirigir até que eles saíram da cidade e começaram a seguir por uma estradazinha que parecia que levaria a lugar nenhum.

- Vocês dois são dois meio-sangues excepcionais sabiam? – Grover falou do nada isso. – Quer dizer e a primeira vez que vejo dois com uns 15 anos sobreviverem todo esse tempo sem terem o treinamento adequado. E pelo cheiro de vocês, são bem poderosos.

 Mark se lembrou da hora que enfrentara os lestrijões e como o líder deles dissera que após ele perceber que era um semideus o cheiro ficou mais forte e como Grover disse, mais poderoso.

- Eu sou Grover Underwood, esqueci de me apresentar, essa garota simpática – ele disse apontando para Julie e o mais impressionante é que Mark não percebeu nenhum tom de sarcasmo nele. – é Julie Archbold filha de Hades, pela sua idade você já deve ter sido reclamado também, certo Mark?

 Mark olhou novamente para a janela e teve a sensação de ver dois homens montados á cavalo passeando pelas colinas de Long Islando, mas quando o garoto percebeu melhor, eles eram metade homem, metade cavalo. Centauros, ele conseguiu lembrar o nome.

- Não sei, ainda não fui reclamado, só descobri que era um semideus ontem á noite quando fui atacado. – Mark falou com um tom meio triste na voz. No fundo ele queria saber quem era seu parente. – Quer dizer que você é uma filha de Hades? Quer dizer então que você pode ter aqueles poderes lá que Hades tinha nas histórias?

 Julie simplesmente se calou e nada respondeu.

- Tenho... Alguns. – foi o máximo que ele conseguiu extrair dela.

 Mark ficou com uma pontada de inveja, ele queria saber quais poderes tinha, sem falar que assim ele poderia dizer que teria uma família. E sem falar de dar um belo murro na cara divina dele por ter feito o garoto viver durante quinze anos sob a tutela de um monstro que se poderia tê-lo transformado numa das estátuas bizarras de jardim que ela vendia na loja.

 Grover começou andar numa estrada que aparentemente levava há uma espécie de Colina.

- Preparem-se meninos vocês logo irão conhecer seus novos amigos. – o sátiro falou animado.

 Ele dirigiu até um local onde havia um enorme pinheiro que tinha algo dourado pendurado nele, talvez fosse uma pele de ovelha que fora tocada pelo Rei Midas. Mark pensou, mas ele logo se lembrou de outra história da mitologia.

- O Velocino de Ouro? – ele perguntou espantado para Grover.

- Exatamente – o sátiro assentiu.

- Aquilo enroscado no pinheiro... é um dragão? – Julie agora perguntava também.

 Era verdade, enroscado no pinheiro havia um lagarto gigantesco dormindo bem ao lado dele. Mark teve um frio na barriga lembrando-se do seu sonho louco que tivera e por um momento imaginou que esse fosse o monstro do pomar.

- Sim, o dragão Peleus. Lembro dele quando era do tamanho dessa picape. – Grover falou nostálgico. – Bons tempos aqueles.

 Eles pararam um pouco mais ao leste do pinheiro, onde havia um enorme arco com os seguintes dizeres. Acampamento Meio-Sangue e estava escrito em grego antigo. Mark arregalou os olhos, aquele era o Acampamento que as pessoas do seu sonho estavam falando. Será possível que aquilo tenha acontecido de verdade?! O garoto pensou. Quando ele ia tomar coragem de perguntar sobre o  tal de Luke o carro parou.

- Todos para fora. – Disse Grover olhando para Mark e Julie e saindo do carro.- Quíron vai ficar feliz em vê-los.


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Notas finais do capítulo

Qualquer erro de português, ou palavra comida me avisem que eu dou uma corrigida, valeu



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