Desejos. escrita por RafaFraga


Capítulo 5
Capítulo 5 - Poxa, era só diversão.


Notas iniciais do capítulo

Jane quer aproveitar seu poder, mas isso pode fazer ela se afastar das pessoas.



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Não conseguimos dormir tão cedo, ficamos imaginando o que eu poderia desejar, pensamos em carros, mansões, todos os shows que podíamos ir, as respostas das provas, muito dinheiro e claro, meninos gatos. Lembrei-me que a ultima coisa eu já tinha pedido, pelo menos em parte, comecei a contar tudo o que eu sabia sobre o Jonh pro Carlos e no fim da madrugada, estava apaixonado por ele.

Carlos me contou sobre a sua primeira vez, somos amigos, mas eu não gosto de saber como é sexo entre dois homens, então, ele sempre me poupa das partes estranhas. Ele estava feliz e apaixonado, isso era o mais importante. Crescemos juntos, dividimos tudo, somos irmãos por escolha e quando ele me contou sobre a homossexualidade dele, eu não me surpreendi, no fundo, eu sempre soube. A nossa amizade não mudou em nada, só tenho que tomar cuidado, porque ele pode roubar meus namorados!

Brincadeiras de lado, eu não sei se é certo sair desejando tudo a toda hora, mas Carlinhos me convenceu a usar o poder um pouco, só no começo, pra aproveitar, vai que não dura pra sempre. Então passei o resto da noite pensando no que eu pediria quando acordasse, já que hoje é sábado e não quero ficar em casa, pensei em pedir algo relacionado com o Luke, mas não sei se tem conseqüências e como aquele senhor me disse, sendo verdade ou não, tenho que tomar cuidado com o que eu desejo.

Resolvemos que iríamos à praia, moramos longe dela, num interior no meio do nada e raramente vamos por lá. Sem falar que eu quero conhecer uns surfistas pra variar, quem sabe eu tiro o meu atraso, em relação a beijar, claro. Acho que virgindade é coisa sagrada, talvez seja besteira minha, mas sei lá.

Finalmente peguei no sono, mas senti como se não tivesse descansado nada. Meu corpo estava todo quebrado, acho que foi de tanto pular com o Carlos e a Gaga ontem. Tomamos um café reforçado e liguei para minha mãe, avisando que passaria o dia todo na rua, estudando, claro, as provas finais estavam chegando, mas, não ligo muito pra isso. Puxei a inteligência da família e nunca me preocupei com os estudos.

Coloquei dois biquínis na bolsa, toalha, protetor solar, óculos de sol e dinheiro, claro. Eu e Carlos ficamos pensando em qual praia iríamos, já que podíamos ir a qualquer uma que desejarmos. Ele me disse que queria conhecer a Califórnia, eu também. Então, em um piscar de olhos estávamos nos Estados Unidos, Califórnia. Parecia mentira, o sol, a praia, as pessoas na areia e os meninos jogando vôlei.

O que poderia ser melhor? Arrumamos nossas coisas e nos sentamos para olhar a paisagem.

– Isso é mais do que perfeito. – Carlos sorria. – Posso viver assim todos os dias.

– Aqui é o paraíso. – No mesmo instante que disse isso, um menino muito gato passou na minha frente e sorriu para mim. – Nossa! Viu isso, Cah?

– Se vi menina. – Nos dois rimos e começamos a conversar.

Fomos mergulhar e o dia passou rápido, eu estava convencida a fazer apenas um desejo por dia, pra não abusar demais do poder, mas hoje não dava pra fazer isso. Eu queria muito conversar com as pessoas e meu inglês estava um pouco enferrujado, então desejei ser fluente. Fui logo testando a minha nova habilidade.

– Oi, boa tarde. – Eu disse para um menino que estava sentado na nossa frente. – Você poderia me informar as horas?

– Claro, é uma hora da tarde. – O menino me respondeu com aqueles olhos azuis em direção ao meu decote.

– Obrigada. Pode me informar um lugar legal para almoçar? – Eu sorri como quem não queria nada. – Primeira vez por aqui.

O menino me olhou de cima abaixo, meu corpo não é melhor, mas não sou gordinha e nem magra demais. Como Carlos diz, estou no ponto.

– Conheço um lugar legal, é aqui perto. – Ele olhou para o Carlos. – Está acompanhada?

Eu virei para Carlos e ele me olhou sorrindo, é claro que ele entendia o meu lado, o menino era um gato e hoje era um dia sem regras. Ele piscou um dos olhos pra mim e sussurrou boa sorte.

– Não, o meu amigo vai me esperar aqui.

Saímos juntos da praia e tudo aconteceu em questões de segundos, ele me puxou para perto dele e me beijou. Ah, que beijo gostoso e cheio de vontade. Os lábios dele eram macios e molhados, com um gostinho de praia, se me entendi. Eu não perguntei o nome dele e nem ele o meu, foi algo apenas carnal. O beijo foi ficando mais intenso e ele me levou para uma barra vazia, eu sabia onde iria dar aquilo tudo e não queria isso. Então, me afastei dele e com um sorriso eu disse:

– Esqueça tudo o que aconteceu aqui.

Virei-me e o deixei no canto, feito um bobo, pensando em como tinha chegado ali.

Carlos estava conversando com um garoto perto da barraca onde eu estava, ele me olhou e fez cara de nojo, disfarcadamente, eu cheguei do lado dele e dei um selinho, fazemos isso quando alguém chato esta dando em cima de algum de nos.

– Vamos para casa? – Carlos me pediu.

– Por quê? Estamos só começando a diversão. – Pisquei para um surfista que passou ao meu lado.

– Não posso trair meu namorado. – Carlos fez um bico.

– Ta bem, vamos pra casa.

Em segundos estávamos na minha casa, na sala. Pedimos pizza e Carlos foi para meu quarto ligar para o namorado, eu me senti mal por ele. Está tão apaixonado, mas era apenas uma diversão, poxa. Nada demais.


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