Love Vs. Friendship escrita por Alaska
Notas iniciais do capítulo
Esse ta até legalzinho, ta ficando cada vez mais quente, espero que gostem ^^
Passou-se uma semana e eu agia naturalmente, fingindo que não sabia de nada e que acreditava no que ele me contava sobre o que era debatido na Reunião do skate.
Era quinta-feira de tardezinha, trancados dentro do meu quarto, Dudu e eu assistíamos filme na TV a cabo, embora ele não prestasse muita atenção ao filme, quem dirá a mim, não parava de ficar brincando com o celular com os dedos. Eu só fazia que não notava.
–- Amor vou na cozinha buscar algo pra nós bebermos -- falei dando um selinho nele
–- Ok pequena, pra mim só água.
Fui na cozinha rapidamente e peguei a água dele e o suco de laranja pra mim. Quando já estava para abrir a porta do quarto ouço ele no celular:
–- Não ligue novamente -- falou -- é arriscado.
Contei até cinco e esperei até ter certeza que ele tinha desligado, entrei no quarto fingindo animação e falsa simpatia.
–- Sua água mor -- sentei ao seu lado na cama
–- aaa brigada linda -- agradeceu ele
–- Amor tem reunião hoje?
–- Tem sim, já ia te falar -- respondeu -- é daqui a pouco.
–- Ah que chato -- eu era puro cinismo -- vamo aproveitar.
Ele colocou o copo no chão, me deitou na cama e se jogou em cima de mim me beijando, enquanto descia para o pescoço.
–- Eu te amo -- sussurrei
–- Eu também
Eduardo foi frio comigo. A cada beijo que ele me dava eu sentia que ele estava distante, aquilo me machucava, queria que ele fosse embora logo, não que eu quisesse perdê-lo, mas eu precisava descobrir a verdade, por mais que já suspeitasse, eu precisava ver com meus próprios olhos. Ficamos ali deitados por mais alguns minutos, até que ele me disse que precisava ir.
–- Ah que droga, ta né então -- concordei -- acho que vou sair mais tarde, vou na casa da Lucy, fazer uns trabalhos da escola – menti.
–- Você sabe que é importante -- disse -- quando eu sair de lá eu te ligo antes de eu ir dormir, gosto que sua voz seja a ultima que eu ouço antes de pegar no sono.
Me aproximei e uni nossos lábios em um beijo longo, nossas línguas dançavam nas nossas bocas, Dudu apertava cada vez mais minha cintura. Parei o beijo antes que o clima esquentasse demais, não deixaria aquilo acontecer novamente.
Já tinha escurecido e eu o acompanhei até lá na frente com ele, nos despedimos e esperei que ele se afastasse uns 100 metros e comecei a segui-lo.
A principio parecia que ele simplesmente seguia o percurso normal para o Clube, até que ele virou para uma rua que já conhecia o que me fez assustar um pouco. A rua estava deserta a não ser por uma garota que eu já conhecia. Manuela, a piriguete da escola. E foi a ela que ele se dirigiu. Me escondi atrás de um carro para que não me vissem.
Manuela era a vadia da escola, ficava com todo mundo e se orgulhava disso, já havia ido para cama com todos os garotos que se insinuavam pra ela. Agora ela vestia short curto, salto alto, barriga a mostra para exibir o piercing, enfim tudo muito bitch. Os pais dela estavam viajando a trabalho e com ela ficou apenas o irmão velho irresponsável, que numa hora dessas deveria ta em alguma balada. Ela estava sozinha em casa, até agora.
Senti nojo assim que vi. Eles começaram a se beijar ali na rua mesmo. Ele chupava o pescoço dela enquanto colocava a mão nas suas coxas e bunda, ela simplesmente se esfregava nele. Sussurrava coisas em seu ouvido, percebi que as coisas esquentavam cada vez mais entre eles, até que ela o chamou para entrar. Eu só olhava transtornada.
A casa dela era uma daquelas de dois andar, então a janela dela dava para a rua, e como era noite e as luzes do quarto dela sendo incandescente dava pra mim ver por sombras tudo que se passava por dentro. Eduardo a beijava enquanto suas mãos percorriam o corpo de Manuela tirando a roupa dela aos poucos (se bem que não tinha muito a tirar), logo os dois estavam nus. Foi nessa hora que perdi o controle.
Me aproximei da casa com os olhos molhados de lágrimas e ao mesmo tempo fervendo de raiva. Peguei uma pedra no meio-fio e atirei com toda minha força na janela fazendo a se estilhaçar. Corri dali cega pelas lágrimas, não me interessava se a pedra tinha acertado um dos dois, logo eu não estaria mais ali.
***
Cheguei em casa, fui para meu quarto e desabei. Chorei, chorei como nunca havia chorado antes, chorei até meus olhos incharem e encharcar o travesseiro. Eu o odiava, odiava por amá-lo tanto assim e não receber um pingo de valor em troca. Quebrei todas as fotos que tinha dele, apaguei todas as mensagens que tinha no meu celular, e joguei todos os presentes que ele havia me dado na lata de lixo onde ele também deveria estar. Chorei. Doeu. Abri minha mala e enfiei lá todas as minhas roupas, coloquei meus sapatos em suas devidas caixas e enfiei numa mala maior, depois peguei meus acessórios, maquiagens, jóias e fotos da minha família e pus em uma mala menor. Deixei a gaiolinha de Bonie já preparada ao lado delas. Em seguida deitei e voltei a chorar até pegar no sono.
No dia seguinte contei aos meus pais o acontecido e comprei minha passagem para Londres. O vôo saia ao meio dia.
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Você deve está se perguntando como é o Eduardo, eu o imagino assim:
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E a Manuela assim, só que mil vezes pior:
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