The Hunger Games - Peeta P.O.V escrita por Christine Silva


Capítulo 23
Duvidas


Notas iniciais do capítulo

Olá tributos! Mil perdões por passar mais de um mês sem postar aqui sem aviso, eu tive um problema com a minha internet e até agora não consegui arrumar, eu não queria postar pelo celular, mas foi a unica maneira que eu encontrei. Enfim, não abandonei a fic. Pra falar a verdade, eu tava morrendo de saudade de vocês aqui do Nyah e estou de volta u.u vou tentar postar com mais frequencia ok? Se vocês encontrarem qualquer erro por favor me avisem. É isso. Beijos para todos ;*



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Acordo gritando novamente. Estou soando frio. Minha perna dói, mas não é nada comparado ao pesadelo que eu acabei de ter. Era real demais.
Espero a nova onda de horror me atacar novamente com outros pesadelos, mas felizmente nada acontece. Eu me sinto fraco, com fome. Com muita fome na verdade. A dor de minha perna é inenarrável, mas posso descrevê-la como insuportável. E não tenho nada, nem comida, nem armas. Seria muito perigoso sair daqui de meu esconderijo, ainda mais no estado em que me encontro. O rastro de sangue me tornaria uma presa muito mais fácil do que eu já sou. Seria suicídio. Por fim, decido ficar aqui até quando eu conseguir e não me arriscar a sair na selva e dar de cara com o bando de carreiristas que devem estar querendo meu coração como café da manhã.
[...]
Os próximos dias se arrastam numa velocidade mínima e tudo o que faço é ficar ali, imóvel porque sei que se eu me mexer o mínimo que for a dor de minha perna esquerda será maior. Por isso prefiro não me mexer. Depois de um longo período sem comer, minha fome se foi, mas tenho certeza de que estou muito fraco e devo ter perdido alguns quilos. Eu bem que tentei comer uma das algas aqui do lago, mas foi uma tentativa um tanto inútil. Sinto falta do meu pai, dos meus irmãos e até de minha mãe.
Pergunto-me se Katniss ainda está viva.
Pelas minhas contas, passaram-se cinco dias. Cinco longos dias. Não sei quantos de nós ainda restam aqui na Arena. Vez ou outra eu ouvia tiros de canhões anunciando as mortes. Vez ou outra eu estendia os braços com dificuldade e pegava mais algas e lama pra aumentar minha camuflagem. Vez ou outra minha perna ficava dormente, eu tentava move-la e isso só aumentava minha dor. - Não conseguimos muitos patrocinadores afinal.
E mais frequentemente meu subconsciente me mostrava minhas lembranças. Algumas boas, outras nem tanto. As que mais se repetiam mostravam meu pai me ensinando a fazer pães ou a decorar bolos ele sentia muito orgulho de mim porque eu realmente me interessava pelas tarefas da padaria. É claro que meus irmãos também se interessavam, mas não tanto como eu. Ou as de Katniss, no meu primeiro dia de aula, meu pai apontando pra ela, ela cantando na frente de toda a sala de aula, ela na porta de minha casa naquele dia chuvoso em que eu lhe dei o pão minha mãe me batendo depois disso -, ela se oferecendo como voluntária no lugar de Prim, eu falando que era apaixonado por ela na frente de toda Panem e ela me jogando no cesta com flores - eu acenando com a cabeça em negativa e ela correndo para a Cornucópia, ela me olhando com ódio quando eu me juntei ao grupo de Carreiristas e por fim eu ajudando-a a fugir.
Olhando as árvores em torno do riacho eu vejo um Tordo em um dos galhos. Ele assobia desanimado imitando o som de algum animal da floresta.
- Eu também sinto falta dela. Sussurro mesmo sabendo que ele não pode me entender.
Tomo um grande susto quando a voz de Claudios Templesmith em algum lugar na imensidão parabenizando os seis tributos restantes. Então sobraram apenas seis de nós?! Devem estar querendo acabar com os Jogos de uma vez por toda convidando os tributos restantes para um banquete. Que é obvio que eu não vou.
Queridos tributos restantes, houve uma mudança nas regras dos Jogos. Isso mesmo, uma mudança! Segundo o Chefe dos Idealizadores desse ano Seneca Crane, dois tributos do mesmo distrito poderão ser considerados vencedores dos Jogos se estes forem os últimos a permanecerem vivos. Boa sorte! E que a sorte esteja a favor de vocês!
Claudius repete a mensagem novamente e só então consigo absorvê-la.
Dois tributos podem ir pra casa.
Nós dois podemos vencer.
Antes que eu saiba o que estou fazendo eu tento inutilmente me levantar e grito o nome dela. Minha perna dói e eu tenho que voltar para a mesma posição que eu estava. - Que droga de perna diz meu subconsciente que acabou com o momento nostalgia. Minha vontade era procura-la encima de todas as árvores, embaixo de todas as pedras e folhas dessa arena, mas... será que ela ainda está viva? E, se estiver, será que ela faria uma aliança comigo?
Não.
Não faria.
Ainda mais no estado em que me encontro. Eu não lhe serviria de nada. Um esquilo morto seria mais útil que eu neste estágio dos Jogos. Ela provavelmente me mataria e voltaria para casa sozinha depois de tudo o que eu fiz.
Meu pai não deve estar nada orgulhoso de mim agora. Eu mesmo não estou. Bem que eu queria me levantar daqui e ir procurar Katniss. Eu queria olhar em seus olhos nem que seja uma ultima vez.
Queria ter certeza de que ela está viva.
[...]
Acabo cochilando e acordo quando ouço alguém se aproximar por entre as rochas, se eu não tivesse o sono tão leve, talvez não pudesse ouvir.
Minha morte está a alguns passos de mim. Como um sussurro quase inaudível, eu me despeço de todos eles. Meu pai, meus irmãos, minha mãe e de Katniss. Sei que quando ela for vencedora, vão lhe mostrar uma gravação com os momentos na Arena. Espero que lhe mostrem isso.
Posso sentir passos se aproximando cada vez mais de mim. Até que escuto uma voz abafada gritando por mim.
- Peeta! Peeta!
Permaneço imóvel. O que devo fazer? Sei que se eu ficar aqui parado, ela não irá me ver e voltará para onde veio. Será que ela me mataria? Não tenho certeza.

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Notas finais do capítulo

E então? Comentem pfvr, nem que seja pra me chingar por ter deixado vocês por mais de um mês --*
Enfim, obrigado por lerem e até o proximo capitulo ;*



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