Jogos- A Minha Batalha Começa escrita por Fran Marques


Capítulo 40
Coração e mente




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Adam caçava pela floresta. Teria sorte quem não o encontrasse, apesar de ele rezar friamente por qualquer alma viva que cruzasse seu caminho. Você conhece todos os sentimentos e provavelmente deve ter sentido um pouco de cada um. A coisa mais forte do mundo é o sentimento, você possui duas opções, ou você as controla, ou elas controlam você. Adam foi controlado. 

Ele era um garoto cauteloso e esperto, Flo sempre o invejou por ele ser esperto, mas ele era burro. A burrice em si é uma dádiva muito difícil de se conseguir, verdadeiramente é impossível uma pessoa não ser inteligente, mas se ela não usa essa inteligência, fica burra.

Adam, ali, procurava qualquer coisa que pudesse solucionar suas dúvidas, as marcas de Flo e a raiva que ele sentia sobre as carreiristas que ainda restavam. Ele sentia raiva te todos ali, de Flo, por ter deixado ela viva, Annie e Lira, por terem dado as frutas a ele e pela confiança que ele as colocou e, de um modo imbecil, ele sentia raiva de Giulliano, por ele ter achado que poderia enfrentar-lo.

Giulliano foi o infeliz que cruzou a linha de Adam. Os dedos fortes do garoto seguravam a lança habitual, era apenas alguns passos. Se você olhasse para Adam e o estudasse, veria uma raposa matando um coelho, o problema é que Adam tinha outros pesadelos em mente. 

A mão que ainda vagava no ar foi despachada para dentro das vestes brancas do garoto forte, alto e com os olhos verdes-castanhos. Uma lâmina apareceu, a lâmina vinha de muito longe dali. 

Ele correu como uma raposa até o garoto do 12 e a lâmina cortou a pele dele. Sangue caiu de sua panturrilha e ele desmontou.  

Adam chutou o corpo do outro e fez com que seu rosto ficasse virado para o céu, ele urrava de dor, estava pronto para ver seu aniquilador. O garoto do 11 continuou segurando a faca, ele sentiu sua bainha incomodar o seu tronco, como estava dês do momento que ele tinha chegado na arena, antes até. 

A primeira coisa que Adam fez foi cortar a língua de Giulli para que só ele conseguisse escutar os gemidos inúteis dele. Porque ninguém iria vir ajudá-lo. Porque não sobrava nenhuma pessoa boa o suficiente para tentas salva-lo, apenas Florence. Ela era a salvação, ela não era um monstro, e todos ali sabiam, menos a própria. 

Os cortes seguiram por cada dedo da mão e do pé, cata corte pintava o chão de um belíssimo vermelho, cada nova ferida dava uma nova cor a floresta. Giulliano chorava, sendo uma pobre vítima de Adam, ele chorava mas era tanto sangue que espirrava de seu corpo que suas lágrimas quase saíam vermelhas, pela vontade da água de virar o líquido que se transpassava das veias para o chão. 

Adam sentou ao lado do cadáver vivo e sussurrou:

-Não adianta tentar emitir um som, nem se preocupe, daqui a pouco você estará morto.

Ele sorriu sarcasticamente. O sorriso dele e de Flo eram muito parecidos, mas tinham uma diferença, o sorriso dela era como se ela estivesse prestes a roubar algo, seus olhos brilhavam, o sorriso dele era de sede. Sede de morte. Ela nunca soube desse gênio dele. 

Se você quer saber como Giulliano acabou, ele foi deixado, com seus membros espalhados pelo gelo e apenas seu coração e mente restavam. Ele morreu lentamente de hemorragia enquanto Adam se afastava, seus passos eram lentos e tinha começado a gear. Quando eu morrer eu não vou para um lugar bom, ele pensou.


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