Pela janela do avião, conseguia ver as nuvens e vários pássaros voando por ali. Um tempo depois avisto Londres, aqueles prédios, a roda gigante, as cores, tudo era muito lindo. Sempre via essa cidade pelas revistas, na televisão, mas agora eu não somente via de frente como também estava nela. É impressionante como eu e a Beatriz ficamos independendo assim tão rápido. Nós moramos sozinhas, trabalhos no mesmo trabalho, e agora estamos viajando juntas para Londres. Não preciso de mais nada!
- Estou enjoada, se eu ficasse mais um pouco naquele avião eu acho que morria. – Falou Beatriz quase beijando o chão firme.
- Não exagera né, você só vomitou.
- Vomitei umas 3 vezes, minha boca esta com um gosto de gambá. – Falou ela mexendo na boca.
- Gambá antes ou depois de soltar um pum? – Perguntei rindo.
- Quem se importa, ele fede do mesmo jeito.
Eu ria enquanto olhava em volta tentando entender um pouco onde eu estava, e procurando a saída do aeroporto. Vi bem de longe o Caicky acenando para mim e fui atrás dele.
- Bom, estamos em Londres, e agora, o que iremos fazer? – Falou a Beatriz toda animada.
- Agora nós temos que arranjar um lugar para ficar. – Falei olhando no catalogo de turismo.
- Me dá isso. – Falou a Beatriz pegando o catalogo. – Para de ser careta, agora nós vamos fazer o que eu quero e você senhora Miranda, vai tentar ser menos responsável pelo menos por um dia.
- Ok, o que nós vamos fazer então? – Falei olhando para os dois.
- Para que planejar? Vamos indo que no caminho nós encontramos algo. – Disse Caicky puxando nós duas.
Saímos do aeroporto direto para as ruas de Londres, andamos um pouco a pé entrando em todas as lojas que víamos pela frente, e é claro que eu e a Beatriz não aguentamos com tantas coisas e lindas, então compramos algumas roupas, sapatos, joias e muito mais. Vimos o tradicional ônibus vermelho de dois andares estacionado e resolvemos entrar para ver a cidade melhor. Foi muito bom, conhecemos Londres praticamente inteiro em um dia, rimos, conversamos com pessoas de lá já que falamos inglês e aproveitamos ao máximo esse dia tão especial que nunca sairá da nossa memoria.
- Estou cansada, muito cansada. – Falou a Beatriz se sentando numa mesa do lado de fora de uma lanchonete. – Mas também estou faminta.
- Eu também, vamos comer. – Disse chamando a garçonete para anotar os nossos pedidos.
Comemos ate não aguentar mais, depois nós fomos num hotel para descansar. Como era férias o hotel recebeu muitos turistas, então o Caicky teve que ficar no mesmo quarto que eu e a Beatriz. Se bem que nós não nos importamos muito, ele já fazia parte da família. Cada um pegou a sua chave, então eu falei para a Beatriz e o Caicky irem para o quarto arrumar tudo, enquanto eu tirava as malas do carro que nós alugamos. O moço que trabalha no hotel pegou a bagagem e levou tudo para o nosso quarto, e eu fui atrás dele. Como parei para ir ao banheiro, eu me perdi do moço, então fui tentando lembrar onde era o meu quarto. Peguei a chave do quarto e fui testando em todas as maçanetas em que eu via pela frente. Finalmente consegui abri uma porta, e de tão cansada me deitei na cama e apaguei.
Já um novo dia, fui acordando devagar com uma enorme preguiça, me espreguiçando por completo, rolando pela cama inteira fazendo uns barulhos estranhos como quem não esta nem um pouco a fim de sair da cama, até que sinto um corpo e logo caiu no chão.
- Ei, o que você faz no meu quarto? – Gritei me levantando.
- Essa pergunta é minha, o que VOCÊ faz no meu quarto?
- Seu quarto? Claro que não, a minha chave abriu essa porta, tenho certeza. – Peguei a chave na escrivaninha e fui ate a maçaneta para provar que era o meu quarto. A chave abriu. – VIU!
- A minha também abre. – O individuo foi ate a maçaneta e a sua chave também abriu a porta.
- Mas como isso? Cadê meus amigos? – Falei meio confusa.
- No meu bolso que não estão e por sorte também não estão no meu quarto, já basta você aqui. – Falou a pessoa. – Porque você não foi embora ainda?
- Porque esse quarto também é meu, eu tenho todo direito. – Falei. – Quer saber, vamos falar com o gerente.
- Tudo bem né, vamos.
- Não vai botar uma roupa? Você esta de cueca. – Falei sem um pingo de vergonha.
- Nem percebi. – Falou ele abrindo o armário pegando uma roupa e já enfiando no corpo. – Eu não estava nu?  Acho que algo me disse que você viria e me fez por uma cueca para dormir.
- Para de falar bobagem e vamos. – Disse o puxando pelo braço.
Entramos no elevador e apertei o botão da portaria, e então descemos. Ele ficava me olhando o tempo inteiro, eu o mandava parar com aquela idiotice mais não adiantava, ele continuava sem menos escutar o que eu dizia. Parecia uma criança com o corpo de homem.
- Vai logo idiota, sai desse elevador. – Disse o empurrando pelas costas.
- Que mulher agressiva, ui. – Falou ele rindo.
- Calado, deixa os adultos resolverem as coisas.
Cheguei à bancada e fui esclarecer o incidente:
- Bom dia senhor, houve um engano aqui, vocês me entregaram a chave do mesmo quarto que aquele homem ali. – Falei apontando para o babaca que me chamou de agressiva.
- Bom... Não há mais quartos, então sugiro que você fique com esse mesmo.
- Mas como? Não vou dividir um quarto com aquele idiota. – Falei no mesmo minuto.
- Não ligue para ela Paul, vamos dar um jeito nisso.
- Tudo bem Sr.Styles, tenha um bom dia.
Ele me puxou pelo braço e me levou para o elevador de volta para o quarto. SR.STYLES? Eu conhecia esse sobrenome de algum lugar, mas não me lembro de onde. Que seja, ele é um idiota do mesmo jeito e sem chances eu dormir no mesmo quarto que ele novamente.
- Quem é o agressivo agora? – Falei tocando em meu braço logo depois dele me soltar.
- Não foi por querer, eu não consigo controlar a minha força. Ela é desproporcional para os meus músculos. – Falou ele mostrando os bíceps.
- Músculos? Cadê, não estou vendo. – Falei encarando o braço dele tentando achar alguma coisa ali.
- Só se você for cega, porque eles estão bem à vista. Lindos né?!
- Eu cega? Você que se acha até demais, está bem à vista. – Falei soltando um sorriso.
Estava me sentindo um pouco suja, ate porque o dia ontem foi agitado e nem tinha dado tempo de tomar uma ducha antes de desmoronar na cama, que pelo visto era a mesma de um estranho. Peguei uma toalha que estava em cima da cadeira giratória e fui para o banheiro.
- Aonde você pensa que vai? – Falou o garoto cujo sobrenome era STYLES.
- Tomar um banho, ou você esqueceu que esse quarto também é meu?!
- Aiai, estou vendo que não vai ser fácil dividir esse quarto com você. – Disse ele deitando na cama.
- Nossa como você adivinhou?! – Falei fechando a porta do banheiro.
Botei a lista de reprodução do Marron 5 para tocar no meu celular e liguei o chuveiro. Tomei um banho demorado para tirar toda sujeira e azar que estava comigo. Não consigo controlar a cantoria, a música simplesmente me domina. Fiquei cantando e dançando igual uma louca, quando terminei o banho peguei a toalha e enrolei em meu corpo. Parei um minuto e pensei: ‘‘DROGA’’.
- Ei idiota, me empresta uma roupa sua? – Falei saindo do banheiro.
- Só porque você me chamou de idiota eu não vou emprestar. – Falou ele. – E pra que? Você ficou bem nessa toalha. – riu ele.
- Vou arrombar seu armário se você não me emprestar!
- Isso foi uma ameaça?  :O – Disse ele fingindo estar assustado.
- Pode se dizer que sim. – Fiquei encarando ele com um olhar maligno.
- Não me assustou nem um pouco, mais pega ali uma blusa vai. – Disse ele apontando para o armário.
Fui ver uma blusa no armário e peguei uma branca que era grande, então serviria. Mandei ele virar para eu por a camisa, ele virou e eu botei a blusa rapidamente antes que ele fizesse a brincadeirinha sem graça de se virar antes do tempo certo. Quando eu fui ver a camisa era do One Direction.
- Sério? Você é fã deles?
- Não, eu sou um deles. – Falou ele se virando para ver como eu fiquei.
- Que? – Olhei para a camisa e pra ele, para a camisa e pra ele. Repeti isso umas cinco vezes com uma cara estranha, levantando as sobrancelhas. Apontei para o menino da camisa que se parecia com ele, e que era ele no final das contas. – Esse aqui...
- Sou eu, Harry Styles.