Coisas De Garotos E Garotas escrita por Nina0207


Capítulo 11
Capítulo 10 - Toma logo uma decisão!


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, se que não tenho sido muito irresponsável com a estória, mas é que eu andei tendo que fazer varias coisas e não deu pra parar pra escrever e postar, sinto muito por isso. Espero que vcs não deixem de acompanhar, mesmo depois da minha sumida.
Por isso decidi postar o capitulo. Leem o anterior novamente para se situarem do que tá acontecendo com os personagens.
Prometo não sumir assim de novo. E agradeço se vcs ainda estiverem acompanhando. Beijinhos



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No dia seguinte, acordei cedo – uma coisa realmente fora do normal -, e resolvi dar um banho no meu cachorro. Minha mãe havia saído para o trabalho e eu estava sozinha em casa. Estava um calor dos infernos e quando olhei para George, ele estava com a língua toda para fora da boca, babando, com a orelhinha para trás, me encarando como quem dissesse: “Jogue um balde de gelo em mim!”.

- Certo, vamos tomar banho – falei para ele. Peguei suas toalhas – sim, ele tinha duas -, um balde e um potinho. Chamei-o para o banheiro e ele veio obediente e de bom grado. Enchi o balde com água gelada, enfiei George dentro do box, me despi, e entrando também no box, dei banho no meu cachorro, e claro, tomei um banho. Até por que dar banho em George é sem sombra de duvidas, tomar um banho também! Depois de secá-lo, deixei-o sair do banheiro e tomei um banho decente. Enrolada na toalha, coloquei um short e uma regata e resolvi passar na Pilar. Interfonei para ela e após 300 toques, ela, finalmente atendeu.

- Sério que você me ligou a essa hora? – perguntou ela, com uma voz de sono que me fez rir.

- Claro! To indo aí. – falei.

- Agora? – resmungou ela.

- Exato. E abra a porta pra mim. – falei. Ela soltou um resmungo e desligou.

Peguei meu celular e minha chave e subi. O prédio da Pilar ficava na mesma rua que do meu. Chegando lá o porteiro já me conhecia e me deixou subir direto. Diante de sua porta, apertei a campainha. Demorou alguns minutos para que ela atendesse a porta. Quando a abriu, uma garota com os cabelos bagunçados, uma calça moletom e uma camisa branca, me encarava com os olhos semicerrados, e com cara carrancuda.

- O que você tá fazendo aqui a essa hora, cara? – perguntou ela, me deixando entrar. Fechei a porta atrás de mim, passei a chave e olhei para ela, com um sorrisinho travesso nos lábios.

- Estava pensando em fazermos algo hoje.

- É sério? Logo hoje? – ela se jogou numa das cadeiras da cozinha e passou a mão pelo cabelo, puxando-o para trás e o prendendo em um coque. – Mas temos aula.

- E dai? Podemos faltar a primeira aula. – falei, apoiando-me na pia.

- Quem é você e o que fez com a Marina? – perguntou ela, arqueando as sobrancelhas pra mim. – Você nunca foi de matar aula.

- Só não estou muito a fim de ir hoje. – falei, bufando.

- É por causa de Bernardo? – ela se levantou e abrindo a geladeira, tirou de lá queijo, presunto e, pegando pão, fez sanduíches para a gente. – O que aconteceu entre vocês exatamente?

- Rolou clima entre a gente.

- Jura? Nem tinha reparado! – soltou ela, revirando os olhos.

- Você podia ser menos sarcástica nessas horas. – falei, soltando-me num banco e mordendo o sanduiche que ela fez.

- Tsc! Você não quer ouvir a verdade! – ela mastigou seu sanduiche e revirou os olhos mais uma vez pra mim.

- Tudo bem, eu já admiti que gosto dele.

- Sim, e que ele gosta de você. – disse ela. – Qual o problema? Vocês se gostam, fiquem juntos, fim.

- Não é tão fácil. – resmunguei, mordendo meu sanduiche.

- O que está te empacando? – perguntou ela, levantando do banco, abriu a geladeira e tirou uma jarra de suco de lá.

- Tomar uma decisão. – falei, tomando o suco de laranja que ela colocou pra mim. - Tenho saudades da época em que a decisão mais difícil era escolher o sabor do sorvete. – resmunguei. Pilar riu de mim e tomou um pouco de suco.

- Te falar que eu só comia o de pistache. – olhei para ela e ri. Rimos durante um tempo, até que a enxotei da cozinha para o banheiro, mandando-a tomar um banho. Enquanto ela tomava banho entrei rapidinho no meu e-mail. Recebi algumas coisas sobre boates e um sobre horoscopo, decidi dar uma olhada no horoscopo. Nada demais até a seguinte frase: “Mudanças importantes no relacionamento...” Que ótimo! Mudanças é? Tô ferrada!

Pilar saiu do banho ainda resmungando comigo. Arrumou-se, colocando um short e uma blusa soltinha, calçou seu chinelo, penteou o cabelo e, pegando um lápis de olho, se postou em frente ao espelho.

- Pra que lápis? – perguntei.

- Posso me arrumar? – falou ela, me olhando pelo espelho. – Nunca se sabe quem você vai encontrar na rua. – revirei os olhos para ela e fiquei me rodando em sua cadeira. Ela terminou de se arrumar e, pegando sua id e celular, os colocou no bolso do short. Pegou dinheiro e olhou para mim. – Certo, tô pronta. Pra onde vamos?

- Andar por aí. – falei. Desliguei seu PC e pegando meu celular, saímos de sua casa.

No ponto de ônibus, pegamos um que ia para a Lagoa.

- Por que Lagoa? – perguntou ela, descendo do ônibus.

- Achei um lugar legal, longe de tudo e de todos, onde podemos fofocar a vontade. E quem sabe até andar de bicicleta.

- Você tá precisando transar, sabia? – disse ela, parando ao meu lado para atravessarmos a rua.

- Quem disse? – revirei os olhos para ela, e ri. Talvez!

Lá, resolvemos alugar umas bicicletas. Demos a volta na Lagoa pedalando. Paramos num dos quiosques e tomamos uma água de coco.

- Me conta de você e do Bento. – pedi, bebendo um gole da água de coco.

- O que você quer saber?

- Ah, como estão as coisas, se estão ficando pra valer. O que você quer... essas coisas. – falei, olhando dela para as bicicletas, me certificando que elas estavam ali.

- Estamos ficando sim, nada muito sério e tal... mas eu gosto dele. – ela deu um sorrisinho e depois começou a gargalhar. – Nossa, eu to adorando ficar com ele.

- Eu to vendo. – falei, sorrindo e dando um empurrãozinho nela. – Tá na cara que ele gosta de você.

- Como tá na cara que o Bê gosta de você.

- Por que sempre volta pra mim e o Bê? – pergunto. Levanto e vou até o cara do quiosque e peço para ele abrir o coco para mim. Volto, com o coco aperto em minhas mãos, e me sento de frente para Pilar.

- Por que você é a única que está arrumando obstáculos pra ficar com ele. Minha situação já está boa com o Bento, não tenho muito com o que me preocupar. A gente tá se curtindo, pra valer... – fala ela, deixando morrer.

- Pra valer?

- Isso. Pra valer. A gente se gosta, quer ficar junto e tá curtindo isso. Já conversamos e estamos deixando levar. Você devia fazer o mesmo com o Bê.

- Deixar levar o que, Pili? Não tem nada pra “se levar”.

- Por que você está empacando isso! Para de pensar e se joga nos braços dele logo. – Pilar se levantou e jogou o coco no lixo. Terminei de comer o meu, o joguei no lixo e voltamos as bicicletas. Demos mais uma volta pela Lagoa. Paramos onde alugamos as bicicletas, pagamos pelo tempo que a usamos e voltamos ao ponto de ônibus.

- Vamos pra onde agora? – perguntou ela.

- Hm, está com fome? – ela assentiu e eu fiz sinal para o ônibus. – Vamos comer. 


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