Alvo Potter E O Medalhão De Prata escrita por Amanda Rocha


Capítulo 7
Grifinória VS Sonserina


Notas iniciais do capítulo

Bom, pessoal... Primeiro quero agradecer a minhas leitoras que me mandam reviews, vcs me motivam muito!
E sobre esse capítulo, é mais sobre o jogo de Quadribol, mas é legalzinho até...
Bj, Amandinha Weasley...



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  Na manhã seguinte, Alvo e Tiago saíram para o café. Fazia uma manhã muito fria e chuvosa, como eram as manhãs de outubro. O tempo estava passando muito depressa. Até parecia que o dia estava tendo apenas doze horas.

-Como foi à detenção? –perguntou Rosa. –Acharam pistas?

-Ah, sim – respondeu Tiago. –vocês não vão acreditar! –Olhem só o que eu achei num livro: “Tom Riddle, o pequeno garoto foi para Hogwarts, era um menino muito dedicado e estudioso. Suas notas sempre foram boas, ele tinha tudo para se tornar um excelente bruxo. Foi quando todos pensavam que ele se tornara um maravilhoso bruxo que ele surpreendeu a todos. Se tornou um grande bruxo das Trevas. Matando todos os que lhe apareciam pela frente, sem nunca ter piedade. Tom Riddle começou a atender pelo nome de “Voldemort, o Lord das Trevas”. Mas foi um menino pequeno que ele não conseguiu matar, um garotinho ainda bebê, que protegido pelo amor da mãe sobreviveu com apenas uma cicatriz. Depois disso ele sumiu por muitos anos, até que um dia soube-se que ele havia erguido um grupo de bruxos das Trevas denominado de “Comensais da Morte”. Mas com poucos detalhes tudo o que se soube é que em sua última batalha ele foi derrotado.”

-Nossa! Então é isso! O pai e o avô de Scorpius participaram desse grupo, foram Comensais da Morte! E é por isso que o papai e os outros não gostam dele! Por que ele foi das Trevas e é por isso que o Scorpius devia ter ido para Sonserina! –disse Avo.

-Então tudo se encaixa! Eu descobri que o cara que vem à Hogwarts esse ano, foi teve alguma ligação com esses comensais. Eu não descobri muita coisa, mas pelo que sei ele já está nessa cidade e provavelmente quer mais que só aterrorizar os alunos. –informava Rosa.

-Então é isso? –perguntou Tiago. –Era isso o que estava para acontecer?

-Parece que sim... –comentou Alvo.

-Mas a gente vai conseguir impedir! –tentou Rosa. –Sabem, temos tanta chance como Neville!

-Rosa está certa. Não há por que se preocupar, ele não virá tão cedo, pois tem muitos guardas de Azkaban por aqui. Então temos tempo para descobrir o que ele pretende, e...

-Mas não é óbvio? Se ele quer tomar o lugar desse Voldemort, ele... –foi interrompido Alvo.

-Quer se tornar o Lord das Trevas. –disse Rosa – Mas para isso ele quer alguma coisa de Hogwarts.

-Mas como vamos saber?

-Hagrid! –disseram os três ao mesmo tempo.

Lá se foram até a casa de Hagrid. E para a surpresa de todos Draco Malfoy os acompanhou.

-E então, o que querem na casa do... Hum... Hagrid?

-É um assunto meio particular... –disse Tiago.

-O que foi? Tem alguma coisa errada comigo? –perguntou Draco ao perceber que as crianças não paravam de o olhar.

-Não é nada, não! –disse rápido Alvo.

-Nós só... Bom é que pelo que sei, o senhor tinha uma desavença com nossos pais... –explicou-se Rosa.

-Ah... Isso são águas passadas! Coisas de infância, sabem?

-Ah, sim... É o mesmo com Scorpius que quase matou Rosa, mas eu tenho certeza que daqui uns anos estaremos todos rindo por aí... –disse Tiago num tom mais elevado...

-Ah, Tiago... Como você se parece com seu pai, que tinha... –foi interrompido.

-Que tinha o mesmo atrevimento do meu avô? –perguntou Tiago desafiando-o, Draco ficou calado. –É, talvez eu mereça o nome que tenho.

-Ah, olhem ali, está lá a cabana de Hagrid! –disse Rosa interrompendo a conversa.

 Tiago, Alvo e Rosa entraram na acabana de Hagrid. Draco ficou esperando do lado de fora. Bateram na porta.

-Quem é? –perguntou Hagrid.

-Somos nós Hagrid, Tiago, Alvo e Rosa.

-Ah, sim! Entrem crianças! Querem biscoitos? –perguntou ele oferecendo-lhes uma bandeja de biscoitos pretos, mas pareciam ser de chocolate, então não dava para saber se estava queimado ou não. –Fui eu mesmo que fiz!

Tiago, que era muito esfomeado foi logo pegando, mas Alvo que já tinha experiência sobre a culinária de Hagrid deu-lhe um cutucão e disse que eles não estavam com fome.

-Mas o que querem aqui? Não vieram apenas para me visitar, vieram?

Tiago correu de repente até a porta. Meteu a cabeça para fora, espiou e voltou.

-O metido já foi embora. –disse ele. –Aposto como queria fuxicar a conversa.

-Quem? –perguntou Hagrid.

-Você conhece outro metido? –perguntou Tiago. –Foi o Draco, é claro. Resolveu acompanhar a gente.

-Na verdade Hagrid... Queremos saber se... –Rosa tentou explicar, mas não sabia por onde começar.

-Olha Hagrid! –começou Tiago sem medo. - Nós já sabemos tudo sobre Voldemort e o cara que vem a Hogwarts. Então trate de nos contar o que ele quer em Hogwarts! Por que você sabe, Hagrid, eu sei que sabe! –Hagrid ficou chocado, e ao mesmo tempo emocionado ao selembrar de Harry que tinha a mesma atitude, sempre que descobria alguma coisa, descia até a sua casa junto com Rony e Hermione e sempre acabava descobrindo uma coisa que outra.

-O que vocês sabem sobre Voldemort?

-Sabemos que ele era um bruxo das Trevas; que matava todos que atravessavam seu caminho; que um dia tentou matar uma família, mas quando foi matar o bebê ele sobreviveu.

-E tudo isso, graças ao amor da mãe! Por isso ele desapareceu por muitos anos.

-E ainda alguns anos depois, este mesmo bebê destruiu Voldemort!

-Hum... Você sabe como Tiago e Lílian morreram? –perguntou Hagrid.

-Foi num duelo que meus avós morreram, não foi? –perguntou Alvo.

-Sempre num duelo... –resmungou Tiago. -E desde então o papai tinha ido morar com os Dursley.

-Bem... Não sei como vocês descobriram isso, mas eu já vou avisando que Bob Rondres não fará mal algum a se quer um aluno de Hogwarts, por isso podem...

-Bob Rondres? –perguntou Rosa.

-Eu falei de mais... –disse Hagrid abrindo a porta.

-Bob Rondres é o nome do cara que pretende vir à Hogwarts? –perguntou Tiago.

-Olhem aqui, vocês três parem com essa ideia, ouviram?

-Mas Hagrid, se você não nos ajudar ele vai conseguir vir até a escola, ainda mais com a ajuda de Draco!

-Draco? Draco Malfoy? –perguntou Hagrid.

-Bom... Nós não sabemos de nada... É que, ele e o Scorpius...

-É eu sei. A família de Scorpius não é nada amigável, adoram se exibir e são tão arrogantes... Não faço ideia de como aquele menino foi parar na Grifinória.

-Então, Hagrid! –pediu Rosa.

-Hagrid, Neville sozinho não vai conseguir e nós sabemos tanta coisa...

-Neville já sabe de tudo isso, por que se vocês querem saber ele lutou na última batalha. –informou Hagrid.

-Lutou? Na última batalha? –perguntaram os três.

-Eu falei de mais... Agora vão, ou vão acabar se atrasando para a primeira aula.

Alvo, Rosa e Tiago foram subindo para a escola.

-Ouviram o que ele disse? –perguntou Alvo.

-É, mas vocês acham que é mesmo verdade? –perguntou Rosa.

-Com certeza! Viram o jeito com que ele disfarçou depois: “eu falei de mais, agora vão...”. - disse Tiago pensativo - Mas se Neville esteve nessa tal batalha...

-Os nossos pais também! Eles vivem dizendo que não tiveram um ano de sossego em Hogwarts! É claro que se teve uma batalha eles também lutaram. –exclamou Rosa.

-Então é isso! –disse Alvo. –Papai e os outros estavam falando do Voldemort, por que o conheceram pessoalmente!

-É, mas isso não nos ajudou muito, não é? –perguntou Tiago.

-Como não ajudou? –perguntou Rosa. –Agora sabemos que esse tal de Voldemort viveu na época de escola dos nossos pais, o que pode nos dar uma pista de quem é esse Bob Rondres.

-Acho que não vamos conseguir mais do que isso. Nem Hagrid quer nos ajudar! – disse Alvo.

-Por que será?! –perguntou Tiago. –Somos crianças! Eles acham que tudo o que fazemos e falamos é bobagem. Mas... Acho que podemos fazer mais do que isso, sabem? Está chegando o Natal...

-O Natal! Mas é claro! Vamos passar o Natal lá em casa, vai ter muita gente reunida. Vai ser fácil descobrir alguma coisa.

-Então está decidido? –perguntou Alvo. –Vamos passar o Natal em casa?

-Como se mamãe fosse deixar a gente por aqui... –resmungou Tiago.

-Sim. Mas ainda temos uma semana. Podemos continuar com as pesquisas?

-É, é melhor nos prevenirmos.

E foram para as aulas. Alvo e Rosa estavam mais ansiosos, era a sua primeira aula de feitiços e o mais legal era que hoje essa seria a única aula que eles teriam juntamente com Sonserina. Ninguém conhecia o professor ou professora, mas sabiam que a aula de feitiços seria muito animada. Chegando lá, todos se sentaram nas classes que desta vez eram para cinco pessoas. Alvo e Rosa sentaram-se junto com Jordan Telfis, Annie e Clarissa. Annie era uma bruxa que conhecera Rosa quando estudavam na escola de trouxas. Clarissa nascera trouxa e também conhecera Rosa e Annie na escola de trouxas.

-Desculpem a demora! –falou a voz de um homem, era o professor. Era alto e pouco gordo, de longe até se parecia com Hagrid. – Eu sou o professor Denóires! Callum Denóires!

-Eu conheço o senhor! –falou Rosa!

-Ah, eu também te conheço, mocinha! Você é Rosa Granger, a menina que estava lá quando eu estava vendendo o meu livro!

-De onde você o conhece, Rosa? -perguntou Alvo.

-Eu fui comprar um livro que ensinava feitiços básicos para crianças que ainda não estavam na escola e ele estava vendendo e dando autógrafos.

-Muito bem! Então eu ainda não conheço todos, então se eu errar o nome de alguém, por favor, me corrija! Eu ensino Feitiços, que é, sem favor nenhum, a matéria mais difícil. Eu queria começar ensinando a vocês um feitiço simples e bem fácil de fazer. Na verdade ele nem é recomendado para o primeiro ano, pois exige um pouco de esforço, mas é como eu digo... Todo o feitiço é simples basta ter o domínio da regra principal dos feitiços, o contato visual fixo. Se você conseguir fixar o olhar em quem vai lançar o feitiço, basta pronunciá-lo. Mas voltando ao feitiço, ele se chama “Trebeck”. Parece um pouco confuso, mas é bem fácil, trata-se de fazer desaparecerem objetos, é um feitiço pequeno serve apenas para objetos. A primeira coisa que precisam fazer é visualizar o objeto fixamente! Apontar a varinha e dizer: Trebeck! Alguém quer tentar? Ninguém? Rosa?

-Claro, senhor! –disse Rosa pegando a varinha e mirando na sua pena. –Trebeck! – disse, e no mesmo instante a pena desapareceu.

-Ah, muito bem, Rosa! Cinco pontos à Grifinória!

-Desse jeito, a Grifinória vai ganhar a taça das casas! –resmungou Draco para Dominique.

-Que foi que disse? Devia estar feliz por sua casa estar com mais pontos, senhor... Hum... Weasley?

-O quê?! Chamou-me de Weasley?

-Ah, perdão, é que eu estava em dúvida se você era Weasley ou Malfoy, por causa do símbolo da Grifinória em sua roupa.

-É, todo mundo acha que eu me encaixaria melhor, em outra casa. Mas isso não é motivo para me chamar de... Weasley!

-É eu também não acho que você não se adequade com o nome de Weasley! Sabe como é, nenhum Weasley mereceria um menino como você em sua família!

-O que você quis dizer com isso? Meu pai é o professor dessa escola! E ele não gostaria nada de saber do que o senhor falou!

-Então não conte a ele, oras! –disse o professor debochando e a sala inteira caiu na gargalhada.

-Eu gostei desse professor! –disse Alvo.

-Eu também! –concordou Rosa. E o professor seguiu a aula. Demorou, mas todos conseguiram fazer sua pena desaparecer, até mesmo Jordan Telfis e Dennis Finnigan, bom, Jordan fez a pena ficar invisível, mas não desapareceu, e Dennis conseguiu explodir a sua pena, de certa forma ele a fez desaparecer.

-Então todos já conseguiram desaparecer com sua pena? Então agora vamos a segunda parte desse feitiço. Quando vocês fazem desaparecer as penas, elas são mandadas a uma dimensão da qual podem ficar lá para sempre, entretanto se quiserem trazer de volta esse objeto, têm que se visualizar o local desejado e falar Trebeck Tsereckiton! Agora tentem!

-Trebeck Tsereckiton!- gritou a sala inteira. Não foram muitos os que conseguiram. Júlia Dreyman e Rosa, obviamente não precisaram de uma segunda tentativa. Alvo também não, até mesmo Jordan e Dennis conseguiram, não exatamente no lugar desejado, pois a pena de Dennis foi parar na mesa do senhor Denóires. Quem não conseguiu foi Scorpius, foi o único que ainda não havia conseguido.

-Concentre-se, Malfoy!

-Eu não consigo concentrar mais que isso! –disse Scorpius.

-Olhem só a hora! Acabamos por hoje, todos pratiquem esse feitiço, principalmente você, Scorpius.

-Ah, professor! –chamou Rosa. –Esse feitiço... Ele tem algum limite de distância?

-Sim... Esse é um feitiço bem simples, como eu disse... Não pode ser transportado para digamos... Mais de dez metros de distância.

-E ele serve somente para objetos, ou pode ser feito com pessoas?

-Não, esse, especificamente, é para objetos, na verdade queria trazer um mais complicado, mas Neville não deixou... Sabe, acho que alunos como vocês, conseguiriam perfeitamente um feitiço de nível mais avançado. Mas por que a pergunta?

-Foi só uma dúvida, professor! –disse Rosa indo embora. Todos não paravam de falar o quanto o professor ela legal, menos Draco e todos da Sonserina.

-Al! Anda, logo! –disse Tiago que vinha correndo e estava terminando de vestir o uniforme de quadribol. –Pedro disse que o jogo foi adiantado para hoje! Agora!

-Minha nossa! Eu vou lá para o dormitório me vestir!

-Não! Não dá tempo! Pegue o uniforme e a vassoura e se vista no vestiário de quadribol da Grifinória!

-Certo! –disse Alvo. Rosa foi para a arquibancada. Tiago e Alvo foram correndo para os dormitórios. Alvo entrou e pegou as roupas. Depois pegou a vassoura. Foram correndo para a quadra de quadribol. Atravessaram todo o campo e foram para o vestiário. Todos do time estavam lá.

-Onde eu me visto? –perguntou Alvo.

-Se vista no banheiro, fica logo ali. –respondeu Pedro Lepos. –Então, pessoal! Eu lamento dizer, mas nós temos uma grande desvantagem.

-Grande desvantagem? –perguntou Patrícia Kentill. -Estamos em enorme desvantagem! Eles têm Edgar Vultroth como apanhador! O cara está no sexto ano! É o artilheiro mais velho de Hogwarts!

-Eu não estou nem aí para esse Edgar Vultridith! –informou Tiago.

-É Vultroth! Edgar Vultroth! –disse Patrícia.

-Tanto faz!

-Não, Patrícia está certa. Esse Edgar é um ótimo jogador, e o pior é que ele já jogou em todas as posições no time! Não é à toa que ele se tornou o capitão da Sonserina, o cara sabe todas as técnicas e às vezes parece até que ele sabe o que vamos fazer antes mesmo de fazermos... Mas eu tenho uma ideia, ouvi-os dizendo que vão acabar com os artilheiros. Então o que eu tenho à propor é o seguinte: nós artilheiros, vamos nos deixar ser atingidos por balaços, mas somente eu e Patrícia. Logo eles não vão se preocupar com nada, pois se eu e Patrícia estivermos machucados não poderemos jogar bem, então só vai sobrar o Alvo, mas como eles não viram o Alvo jogar bem, não vão se preocupar em botar marcação nele, então ele vai até os arcos e faz o gol. Então, topam?

-Eu topo! –afirmou Patrícia.

-Por mim está ótimo! –disse Tiago.

-Mas eu não topo! –disse Alvo que estava chegando. –Não vou deixar que Patrícia e Pedro se machuquem para que eu fique com a responsabilidade dos gols!

-Mas Alvo, você é a nossa chance de vencer! –tentou convencê-lo Pedro.

-É, Alvo. Eu e Pedro não nos importamos de levar balaços. –disse Patrícia. –Já estamos acostumados!

-Mas por que eu tenho que ser o artilheiro que não se machuca? –perguntou Alvo.

-Por que ninguém te viu jogando seu cabeça-oca! Você está tendo a chance de não ser atingido por balaços e quer trocar isso com alguém e passar o jogo todo machucado? –perguntou Tiago.

-Não... Eu só...

-Bem, eu vou entender se você quiser passar uma semana no hospital com a cabeça enfaixada, -disse Tiago. -tenho certeza que depois de uns dias você volte ao normal, claro, com sequelas, mas é o quadribol...

-Tudo bem... Eu topo. –disse Alvo.

-Então está certo. Quanto aos batedores quero vocês de olho nos balaços, não quero nenhum balaço tocando em apenas um fio de cabelo de Alvo, ouviram? Ele é a nossa chance de ganhar. Agora vamos! Temos um jogo a vencer! –exclamou Pedro.

 Todos saíram para a quadra. Os sonserinos já estavam lá. Ao chegar frente a frente com os jogadores da Sonserina, Alvo sentiu um frio na barriga. Era estranho ter toda a responsabilidade de levar o time à vitória. Tudo estava nas mãos de Alvo, um erro dele poderia ser fatal para que perdessem o jogo. Alvo ainda não havia parado para pensar mas...

-É o meu primeiro jogo! –exclamou ele para o irmão, enquanto Pedro apertava a mão do capitão da Sonserina.

-Hum... –disse Tiago. –É verdade.

-E se eu for mal? E se der vexame?

-Não estaria fazendo nada fora de sua rotina. –disse Tiago com um sorriso maroto, mas depois acrescentou depressa: -Desculpa, força do hábito.

 A professora Filepów apitou o jogo.

-“E a goles é lançada!” - disse Guto Rendrow. –“É um jogo entre Grifinória e Sonserina! E Pedro Lepos, o capitão da Grifinória está com a posse da goles! Ele está chegando perto dos grandes aros e parece que vai marcar o gol, mas... Não, o que é isso?! Pedro é atingido por um balaço e cai ao chão. Enquanto isso, Patrick Galdevicson com a goles, uma grande injustiça, professora Filepów! Eu acho que aquilo foi uma...

-Sr. Rendrow! Será que não consegue conter-se e ficar parado por apenas um jogo completo? –perguntou Neville.

-“Perdão, professor!” – continuou Guto. –“Ah, então, a bola com Rogério Crickey! De Rogério Crickey vai para Patrick Galdevicson, de Galdevicson vai para Edgar Vultroth! Que repassa para Galdevicson que passa para Crickey e volta para Edgar e ele... Ele marca o gol! Mas isso é roubo! Como o Marcos saberia que iria marcar o gol se eles ficavam brincando com a bola, assim qualquer um pode...”

-Sr. Rendrow, por favor... Entendo que você torça pela Grifinória, mas tente se conter! –pediu Neville.

-“Ah, tudo bem, professor, desculpe!” - pediu Guto. Naquele momento um balaço se aproximava de Patrícia. Ela se virou e deixou que ele a atingisse. Naquele momento fez-se um silêncio em todo o campo. A não ser pela arquibancada da Sonserina que davam vaias. Alguns até vibravam de emoção quando ela desmaiou e caiu da vassoura. Guto ficou mudo. Não falou nada por pelo menos dez minutos.

-Sr. Rendrow, está tudo bem? –perguntou Neville. –Tem que voltar a narrar o jogo...

-Sim, eu... Só acho que...

-Você acha que pode continuar? –perguntou Neville.

-“Ah, claro, professor! Dez pontos para a Sonserina, graças aquele brutamontes que fica atingindo meninas, ah, com exceção do Pedro... Guilherme Weich e Tiago Sirius brigam pela busca do pomo. Parece que o único artilheiro da Grifinória que ainda não foi atingido por nenhum balaço, foi o Alvo Potter... O jogo está nas mãos dele” - disse Guto observando. A arquibancada toda da Sonserina começou a gritar: “Alvo Potter não é de nada, o jogo é da Sonserina!”. Quando aquela frase chegou aos ouvidos de Tiago ele parou imediatamente a vassoura e foi lentamente até a torcida da Sonserina. Procurava alguma coisa, ou alguém. Ou melhor, procurava Scorpius. Quando achou, lhe lançou um olhar tão ameaçador que na mesma hora Scorpius parou. E deu um cutucão nos irmãos Jofrey para que parassem também. Alvo começou a sentir uma tontura e por um segundo apagou. E acordou com os gritos de Tiago.

-O balaço, Al! O balaço! Bem atrás de você. –disse. Alvo deu um grande impulso para cima com sua vassoura e desviou. No mesmo momento, Pedro que estava com a goles, lhe passara a bola. Alvo parecia não saber o que fazer e tocou a bola para Patrícia que lhe passou novamente e desta vez deu um berro:

-Anda logo, marca o gol!

 Alvo saiu avoado em direção aos aros. Olhara por cima do ombro e vira os três artilheiros da Sonserina virem com tudo à suas costas. Acelerou mais ainda. Estava chegando perto, viu o goleiro da Sonserina, Roberto Dangers, fixar os olhos nele. Sem medo, Alvo seguiu o caminho sem olhar para trás e...

“GOOOOOOOOOL!” - berrava Guto. –“Bem feito, Dangers! Tomara que você seja substituído por outro goleiro! Ah, brincadeira, - disse ele ao ver o olhar de Neville. - você é um... Ótimo goleiro.” – acrescentou com certo desprezo. –“Então, Sonserina com dez e Grifinória com dez pontos, o jogo empatado, graças ao pequeno Alvo Potter.” – disse Guto, tentando se controlar para não falar mal da Sonserina. Alvo ouvira Edgar Vultroth dizer alguma coisa a Roberto Dangers:

-... Não se preocupe, Roberto. Os dois artilheiros deles estão machucados, só sobra o garotinho, e ele não é dos melhores...

 Eles estavam caindo direitinho na emboscada que Pedro preparara. Alvo mal esperava para marcar outro gol, o que não demorou muito, pois dez minutos depois, quando Pedro lhe passou a goles ele havia marcado outro gol.

-O Alvo está jogando bem! Estamos na frente! –disse Jordan Telfis a Rosa, quando o placar foi sessenta a vinte para a Grifinória. 

-É, agora só falta o Tiago capturar o pomo. –disse Rosa muito animada.

-Ora, mas o Guilherme Weich acabou de levar um balaço na cabeça, aposto que ele mal enxerga, se o Tiago perder o pomo para Weich, ele é muito tonto. –comentou Alice que estava ao lado de Jordan.

 Tiago também estava animado com os pontos que Alvo fizera, nem ele estava acreditando muito que Alvo conseguiria marcar. Estava tentando se concentrar, mas era impossível quando os balaços só pareciam perseguir ele. O pior era que os batedores estavam em volta de Alvo.

-Ei, Charlie! Eduardo! –chamou Tiago. –Será que um de vocês podia ajudar aqui? Não dá para eu ficar prestando atenção no pomo quando tem dois balaços me perseguindo!

 Charlie foi até Tiago e quando os balaços chegaram, ele os rebateu para o outro lado do campo. –Satisfeito? –perguntou.

-Não muito, mas obrigado! –respondeu Tiago debochando. Nesse mesmo instante, o pomo parara na sua frente. Tiago ficou parado olhando.

-Pega logo! –disse Charlie, mas Tiago continuou admirando o pomo que ele não sabe como, mas fora voando lentamente até sua mão, sozinho. Tiago sempre ficava hipnotizado por aquela bolinha dourada.

“Esperem! Tiago Potter... CAPTUROU O POOOOMO!” –dizia Guto aos pulos. –“E a vitória é da Grifinória! Da Grifinória! Cadê a Sonserina agora, hein? Cadê a...” –ele parou ao se lembrar de Neville que, para sua surpresa olhou-o e deu um sorriso. Alvo fora voando até Tiago, que ainda estava segurando o pomo no ar.

-Conseguimos Tiago! –exclamou.

-É... –respondeu Tiago pensativo, admirando o pomo. –Ganhamos o jogo! Eu capturei o pomo! Eu capturei o...

-D-deu certo! –disse Pedro num gemido.

-Está tudo bem, Pedro? –perguntou Alvo.

-Não se preocupe, Patrícia está pior, acho melhor levá-la à ala hospitalar.

-E você também. –disse Tiago ao ver que ele mal conseguia se segurar em pé. Eles desceram atém o chão, e Charlie e Eduardo levaram Patrícia e Pedro até à ala hospitalar. Jordan, Rosa, Alice e Dennis foram ao encontro de Alvo e Tiago. Daniella e Suzana Crater vieram logo atrás.

-Foi um ótimo jogo, meninos! –disse Daniella.

-É verdade, Alvo e Tiago jogaram muito bem! –disse Alice.

-É, mas ainda vamos ter... –foi interrompida, Rosa.

-“Alunos do terceiro ano!” - ouviu-se uma voz pelo microfone. Era Luna. –“Ouve um erro, a visita a Hogsmead que estava marcada para a semana que vem será trasferida para hoje, por tanto encontrem o diretor de sua casa e lhe entregue a autorização, mil desculpas!”.

-A visita a Hogsmead estava marcada para semana que vem? No natal? –perguntou Rosa.

-É, mas eu nem tinha visto que já era Natal na semana que vem... Nossa! Então Vamos poder perguntar aos nossos pais sobre o...

-Sobre aquele feitiço que... Hum, tínhamos vontade de aprender... –inventou Rosa dando um cutucão em Tiago.

-A gente está indo bem, não está? –disse Alvo. –Já ganhamos o primeiro jogo...

-Meu caro irmão... –disse Tiago passando o braço por cima dos ombros de Alvo. –Grifinória jamais perdeu uma partida desde que o talentoso do seu irmão veio para o time. Espero que um dia você consiga ser tão bom quanto eu, maninho... Mas não tenha esperanças...

-Ah, tudo bem então... Vamos até o dormitório pegar as autorizações, Tiago? –chamou Daniella. –Suzanna, fique aqui com eles.

-Ah, eu vou com vocês! –disse Alice.

-Queria ir a Hogsmead também... Dizem que é um lugar lindo... Queria tanto ir... –queixou-se Rosa.

-Assim você está parecendo Hugo ou Lilí! –disse Alvo.

-Além do mais nem é tudo isso que dizem... –comentou Dennis.

-Você já foi? –perguntou Rosa muito excitada.

-Já, papai e mamãe me levaram uma vez. Não sei se é por que não me deixaram ir a Dedosdemel, mas eu não gostei muito do lugar...

-É muito chato ser filho de trouxas, assim eu nunca visitei nenhum povoado mágico! –reclamou Jordan Telfis.

-Mas pensei que sua mãe fosse bruxa, Jordan.

-Bom, ela é, mas... Mesmo assim desde que me lembro, ela quase nem fala em magia, mal usa para dizer a verdade... Se fosse por ela, eu nem viria a Hogwarts, meus tios é que são verdadeiros bruxos. Mal posso esperar até chegar ao terceiro ano...

-Eu também!


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Aceito recomendações, viu! E ah, já estou começando a escrever a segunda temporada e aceito ideias, pq tô um pouco sem criatividade... Bem,
bjs, Amandinha Weasley...