Born To Die And Born To Love (clato) escrita por Lady Spoiler


Capítulo 12
Ameaça


Notas iniciais do capítulo

Quem acha que dois anos é mais do que suficiente??
'sem resposta, porque ninguém lembra dessa fic'
Demorei mas estou aqui. E sabe, me dói bastante que essa fic tenha ficado tanto tempo parada, mas eu tive uns problemas pessoais e tals. Bom, voltei!
Um agradecimento super especial pra Miss Secret, que recomendou, e a todos que comentaram durante esse hiatus



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Talvez você pense que depois de deuses, monstros e vida-após-a-morte, um garotinho que pegue fogo simplesmente do nada não fosse algo tão desesperador, afinal eu era algo que eu já tinha visto antes. Mas nesse caso em particular, a arena do Mundo Inferior era banhada pela tétrica luz da lua, o garoto cuspia fogo para os céus e eu já estava cansada o suficiente para ter um ataque de nervos. Foi ainda mais aterrorizante perceber que o fogo atingia também as árvores ao redor da criança sádica, que nem por um único instante deixava de sorrir.

Porque não podíamos resolver tudo isso com algumas partidas de pedra-papel-e-tesoura, é o que eu me pergunto. Nos pouparia tempo e e energia.

Mas agora só nos restava correr o mais rápido que podíamos, fugindo do garoto e do incêndio em potencial que ele criava.Não foi necessário um prévio aviso, Cato parecia tão alerta quanto eu, e começamos a praticamente ao mesmo tempo. Eu só esperava que fossemos para a mesma direção, embora salvar minha vida fosse minha maior prioridade.

Depois de certo tempo, longo o suficiente para que eu me sentisse mas tranquila, me permiti ter a coragem de olhar para trás e conferir se já era seguro para, mesmo que o crepitar do fogo tornasse claro que a criança ainda estava próxima. Ainda assim, não parecia estar nos seguindo. E digo "nos", porque, por algum milagre, Cato permanecia a meu lado. Ofegante, mas vivo e perto.
Tomamos uma mútua e silenciosa decisão de pararmos de correr, mas continuei atenta a qualquer mudança brusca do ambiente ao nosso redor.

–Pelo menos um de vocês me seguiu.– digo, e ele me olha sem entender, então aponto para trás, na direção do fogo, distante o suficiente para que nossa posição fosse segura.
–Por que aquele garoto demoníaco não veio atrás da gente?!– Cato exclama, mas estou tão confusa quanto ele. Se tudo isso fosse só uma prévia de todo o poder que mais tarde teríamos de enfrentar, estávamos perdidos. No fundo, eu sentia que era apenas uma brincadeira de mau gosto, e a criança não nos apresentava ameaça alguma, apenas me deixando com raiva e vontade socar uma parede ou degolar alguém.

Era estresse demais para um período tão pequeno de tempo, e, honestamente, eu só queria que tudo aquilo acabasse logo.

–Clove?– ouço Cato chamando meu nome, embora não dê muita atenção a isso.–Está pensando em ir atrás daquele pirralho, não está?

–Não se preocupe, eu não vou.

– Isso é bom, porque agora tudo o que eu quero é ir lá e estrangular aquele garoto. Eu esperava que você me impedisse.

Eu sorrio. A naturalidade ao falar sobre matar uma pessoa era algo que adquiríamos no Distrito 2 desde muito pequenos, mas naquele momento eu sabia que ele estava brincando. Nós dois sabíamos que não poderíamos vencer alguém como aquela criança, se ele realmente viesse atrás de nós com o intuito de matar, e era isso que tornava aquela situação frustrante.

A tensão que pairava o ar havia desaparecido, embora ainda estivéssemos arena. Enquanto caminhávamos para um lugar qualquer, por entre as muitas árvores e o ambiente assustador a nossa volta. O fogo já não podia ser visto. Ouvimos o barulho de um canhão ao fundo uma única vez, anunciando a morte de mais um participante. Respiro fundo, tentando decidir o que fazer a seguir.

A direção correta a tomar seria buscar outros tributos e eliminá-los, alcançando a vitória rapidamente. Mas não era o que eu queria. Em parte, porque não me sentia capaz de matar como faria antes, não depois de saber o que viria após a morte. E também porque algo me dizia que se as poucas criaturas que encontramos no caminho não foram grande ameaça, os tributos seriam.

Isso se confirmou quando, após muito tempo de caminhada, encontramos nosso primeiro real adversário, um jovem baixinho, de rosto bonito, sorrindo de orelha a orelha. Suas roupas estavam cobertas de sangue.

– Oh, muito prazer!– ele disse, erguendo as mãos.

Em uma ele segurava uma espada. Na outra, uma cabeça. Uma apresentação impressionante, assustadora, e muito provavelmente aprovada pelos deuses.

A sorte realmente não estava ao meu favor.


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Notas finais do capítulo

Tá virando padrão terminar capítulo com um personagem novo e um climinha de suspense de meia tigela aqui na fic, sim ou claro?

Sinceramente, eu não sei se ficou como eu queria, eu me desliguei da história, acho. Era pra ser um capítulo de ''reconciliação" com quem lê minha fic, e eu tinha grandes expectativas. Tanto que eu o reescrevi muitas vezes, e estou com ele pela metade desde o final ano passado!
E ainda acabou ficando tão curto (decepcionante D:), mas já chega de prolongar minha volta pra Born to Die And Born to Love :3. O próximo capítulo vai ser mais comprido, eu preciso compensar!
Obrigada por ler



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