Barulho. Muito barulho.

Eu sinceramente gostaria de saber como conseguiria dormir com toda aquela barulheira irritante.

Olhei ao meu redor. Vários poleiros para aves estavam ali, entremeados por algumas gaiolas. Centenas de comedouros e potes d'água para pássaros estavam disponíveis no local. O chão estava coberto de sujeira, que aliás era limpa todos os dias, e pequenas carcaças de camundongos meio comidos estavam espalhados aqui e ali. Ah, e havia alguns milhares de corujas no corujal.

Claro, eram corujas marrons e sem graça. Cujo único objetivo era entregar cartas.

Já eu, uma linda coruja branca com olhos cor de âmbar, era uma visão para os outros apreciarem.

Tá bem, estou sendo um pouco metida. (N/A: Não, que isso, imagina, você nem tá exagerando... ¬¬)(N/Edwiges: Dá o fora daqui ou eu como o seu hamster)(N/A: Nããããão, o meu hamster nããããão...T-T)(N/Edwiges: E depois eu que sou exagerada ¬¬) Bem, voltando, essa é a mais pura verdade, mesmo que outros seres inferiores não sejam capazes de admitir. É natural que uma coruja branca se destaque no meio das marrons. E, modéstia a parte, eu sou uma coruja maravilhosa.

Uma figura solitária apareceu na porta, interrompendo meus pensamentos e meus autoelogios.

Reconheci meu dono na hora. Piei alto, animada, e voei até pousar em seu braço.

Ele sorriu e coçou o topo da minha cabeça. Eu a inclinei. Nossa... Como isso é bom.

Ele parou, de repente. Ouço o som de alguém se aproximando. Passos apressados. E uma respiração ofegante.

Estendi a pata, e meu dono amarrou a carta nela. Então, sussurrou para mim:

- Leve para a sede da Ordem da Fênix. Não deixe ninguém te capturar.

Ele ergueu a mão, e eu voei. Enquanto batia as asas velozmente, olhei para trás e tive um vislumbre de meu dono se escondendo, e de uma coisa horrorosa, louca, fedida e oxigenada entrando pela porta. Sim, esse era o comensal da morte conhecido como Draco Malfoy.

Subitamente, comecei a rezar para que eles não começassem a duelar ali. Eu sinceramente gostava daquele corujal.