Meu Cupido Atrapalhado escrita por Tarver


Capítulo 1
Prólogo




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– Pai, por favor, qualquer coisa menos ele! – pedi caminhando a sua frente, tentando demonstrar que era uma missão impossível fazer um completo tapado se apaixonar por alguém, ou alguém se apaixonar por ele – Eu prometo melhorar!

– Você disse isso nas últimas cinco vezes e fez burrada de novo – nem mesmo tirou seus olhos do jornal e continuou com sua calmaria de sempre. Pra ele é fácil dizer, nunca fez ninguém derramar refrigerante em outra pessoa, andar pelado na rua ou ficar preso na cesta de basquete! Sem contar com a vez em que eu acidentalmente, fiz uma garota se apaixonar por um garoto que já tinha namorada.

– Me dá mais uma chance!

– Eu te dei cinco, Jess! Na sua primeira missão, eu até entendi, por que você não tinha prática. Na segunda, pensei que fosse medo. Da terceira em diante, simplesmente fiz vista grossa. E, pense bem, não é tão ruim quanto parece. Ele é tão atrapalhado quanto você.

É... Talvez eu não seja tão boa, mas, qual é, receber essa missão é de acabar com a graça de ser cupido! Isso aí, cupido mesmo. Mas não, não do tipo com asinhas e arco-e-flechas. Claro que eu tenho que dar um empurrãozinho para ajudar as pessoas, mas as vezes acho que exagero e agora meu pai quer que eu ajude um garoto chamado Seth Miller, que nem sequer beijou alguém na vida toda! Tá, eu também não beijei, mas vivo mudando de cidade e tenho que me preocupar com a vida amorosa das pessoas, não com a minha.

Bufei e subi as escadas batendo os pés até meu quarto. Meu irmão estava ali, pulando em minha cama e soltando pó brilhante – isso soa ridículo – com a ponta dos dedos. Michael só tem três anos, então não precisa fazer nada relacionado à amor ainda. Por isso, passa o dia com minha mãe, que tenta fazê-lo entender que esse pozinho que sai de seus dedos não é como o da Sininho, que pode fazê-lo voar. O.k., serve pra isso também, mas ela quer deixar claro que não fazemos só isso.

É estranho, eu sei, mas somos uma família de cupidos no meio de Los Angeles e eu não queria ser assim, acredite. Primeiro, porque eu nunca consigo cumprir minhas missões – duas macacas apaixonadas não são exatamente o que meu pai quer de mim – e, segundo, porque isso atrapalha minha vida como adolescente.

– Mãe! O Michael tá bagunçando minha cama! – gritei, o tirando dali em meus braços e o colocando sentado no corredor, de frente à porta do quarto dos meus pais.

– Como se você não pudesse simplesmente estalar os dedos que ela estaria arrumada – minha mãe o pegou e ajeitou seus cabelos.

– Já disse que quero ser normal!

– Jess, qualquer garota daria tudo para ter os poderes que você tem.

– Você é quem pensa – suspirei – Posso ir na Starbucks?

– Se levar seu irmão e o Todd para passear, sim – assenti, pegando Michael de seu colo.

Desci as escadas de dois em dois degraus, fazendo Michael rir, peguei a guia de Todd e fui para o quintal procurar nosso labrador.

O prendi, coloquei meu irmão no chão e entreguei a guia a ele e fomos andando. Ah, sim, eu precisei correr atrás dos dois para que Michael não fosse arrastado pela calçada.

Entramos na Starbucks, pedi meu café e um chocolate para Michael e nos sentamos em uma mesa perto da saída. Todd tinha ficado lá fora, preso pela coleira junto a outros cachorros.

Depois de um tempo, Seth – é, o Miller – entrou na loja e pediu o que queria. Não se sentou. Quando estava saindo, derrubou todos os papéis que levava nos braços equilibrando seu copo, fazendo tudo cair pelo chão e todos olharem para ele.

Idiota.


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Notas finais do capítulo

Ficou legal? Eu nem ia postar, pelo menos não agora, mas aí umas garotas da minha sala começaram a ler e eu fiquei com preguiça de ficar imprimindo, aí postei, é.
Mas eu não gosto de postar pro vento, então... se leu, deixa um comentário, ok? Nem que seja pra me lixar, deixa, pelo menos vou saber que leu u.u
Já tenho alguns capítulos escritos, então não devo demorar à postar, só depende mesmo de vocês.