Crônicas Da Raijinshuu - Aqueles Dias... escrita por Hana chan


Capítulo 2
Capítulo 2: Parceria inexistente


Notas iniciais do capítulo

Yooh, miina!
Eu sei que ando inativa por aqui, mas a preguiça fala mais alto...gomene por isso.Além disso, minhas aulas voltam na segunda (aleluia!), então essa semana eu vou fazer de tudo pra atualizar todas as minhas fanfics e reviews e respostas essa semana!De boa assim? =)
Sem mais, aproveitem!
Ps: meu teclado anda mais inútil que a Lucy nos Jogos Mágicos, então apesar de eu ter betado a fic 2 vezes podem haver erros.Se eles existirem não hesitem em me avisar! =D



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Em algum lugar a quilômetros de Magnólia, três patéticas, exaustas e mal-humoradas figuras caminhavam em uma estrada empoeirada, sofrendo sob o sol forte às duas da tarde.Uma curiosa característica de fazia notar: enquanto os dois rapazes tinham uma grande quantidade de bagagem em suas costas, a garota,não levava absolutamente nada consigo.

Outra característica ainda mais estranha: a maior parte da bagagem era dela.

-Evergreen, pode me explicar mais uma vez por que é que EU estou carregando as suas coisas?O que tem nessa bolsa, a sua coleção de estátuas? - se queixou Freed, arfando sob o peso de uma bem-munida e constrangedora mochila verde e rosa.

-Só as de bolso! - Ela rebateu, sarcástica. - Além disso, você não pode reclamar de nada, foi por SUA culpa que nós perdemos o trem e agora somos obrigados a ir a pé! - era quase possível ver fumaça saindo de suas orelhas. - Não entendo qual parte do "estejam lá ao meio-dia" esse seu cerebrozinho limitado não conseguiu captar!O que estava fazendo durante todo aquele tempo?

-Devia estar hidratando essas longas e brilhantes madeixas... - Bickslow comentou, incapaz de se manter alheio a uma oportunidade para tirar um sarro.

Era só uma piada, mas a correção automática da postur associada às bochechas levemente rosadas indicavam que ela chegara bem perto da verdade..Arrumou a própra postura e assumiu a frente da caminhada, para não ser forçado a encarar os outros dois.

-Além disso, o Bickslow deve ter trazido meia tonelada de brinquedinhos nas coisas dele, e eu não reclamo de tamanha infantilidade!

-Pera lá, chibi fairy, eles são os meus instrumentos de batalha!Eu sou um manipulador de almas, já se esqueceu?Consequentemente eu preciso de receptáculos pras minhas almas!

 -Só pode ser piada...- Ever apoiava o rosto com a palma da mão. - Onde é que eu vim parar?

Uma reação retardada do esverdeado se fez ouvir:

-Isso não é da conta de vocês!

-Muito pouco e muito tarde, Freed-kun...

-Muito tarde, muito tarde!- As pequenas marionetes murmuravam confortavelmente instaladas nos ombros e na cabeça de seu mestre.

-Calado!

As coisas estavam complicadas ali.Bickslow estava sentindo algo que ele raramente experimentava: mal-humor.Procurava estar pra cima o máximo que ele pudesse, mas ter ao lado duas figuras que claramente se fuzilavam com o olhar estropiava os nervos de cada um.

Falando em convivência...

-Ô Freed, me diz uma coisa...

A expressão de pensador dele devia estar hilária, sendo abafada somente pelo clima hostil e por aquele elmo idiota.

-Hm? - perguntou de sua dianteira estratégica, fingindo desinteresse.

-De onde é que tu veio, heim?Quer dizer, a Ever... - olhar petrificador. - ...GREEN, eu já tinha visto pela guilda, mas você não...qualé a sua, heim?

Com a circulação mais uma vez sob controle, ele olhou para trás com a testa levemente franzida.

-Oque quer dizer?

-Digo, o que você quer?De onde veio, o que quer fazer, qual é a sua magia?

-Isso não te interessa.Cada coisa deve ser revelada em seu devido tempo.

-Mimimi, seus fricotes...

-Lembrando que a idéia de formar esse grupo foi dele, não é mesmo? - Evergreen sussurrou em tom de segredo. - Não acha isso um pouco suspeito?

Ele abriu ainda mais o sorriso e se aproximou dela, com as mãos em concha mas mantendo o tom de voz alto o suficiente para que atravessasse quilômetros.

-Um pouco?É suspeito demais!Um homem tendo tanta admiração por outro...sei não, viu?

Ele manteve o decoro e tentou ignorar.

-Mas você também está nesse grupo, acha que tem alguma moral pra falar dele assim? - Ela lançou um olhar malicioso pra cima do azulado.

-Hihihi, eu tive as mnhas razões, mas simplesmente fazer parte do grupo é beeem menos queima-filme do que fundá-lo, não acha?

Freed ainda tentava manter o decoro...

-Sei lá, não me interesso pelos motivos que ele teve pra isso.Afinal, cada um faz as escolhas que quer, não é mesmo?Huhuhu...

Ainda tentando...

-Será que ele está querendo compensar alguma coisa?

-Compensar, compensar!

OK, dane-se o decoro!Ele largou as mochilas que carregava e sacou o florete a uma velocidade assustadora, parando a ponta da arma a meio milímetro da garganta de Bickslow.Este estancou e recuou dois passos, alarmado demais pra reagir.

-Ô meu, ficou maluco!

-Não vou aceitar essa afronta a minha honra por muito mais tempo!Me mostre do que a sua magia é capaz, e vamos agora mesmo provar qual dentre nós dois é realmente digno de servir ao Laxus-sama!

Bickslow piscou os olhos vermelhos por três segundos.A maga não fazia a menor idéia se deveria se exaltar, rir ou simplesmente ficar na dela.

Optou pela terceira alternativa.Era mais cômodo ser expectadora.

-Porque só eu?E ela? - apontou indignado para a morena,que se abanava despretensiosa com o leque.

-Não é da minha índole atacar mulheres, mas se ela assim o desejar... - os olhos sérios faiscavam.Ele não estava brincando.

Pra descrença de ambos, Bickslow apenas cruzou os braços, suspirando.

-Fala empolado desse jeito e não quer ser tratado feito mulherzinha...cê tem alguns problemas pra resolver, meu caro!Acho que eu posso te ajudar com isso!

-O-o que você... - o musculoso braço dele desceu sob seus ombros, e um dos bonequinhos pousou em seus fios macios e brilhantes. - N-não se aproxime de mim!

-Hehehe,eu acho que já sei qual é o seu problema.Não será fácil, mas eu posso fazer alguma coisa a respeito...

-Heim?Problema?E-EUNÃOTENHONENHUMPROBLEMADEONDEÉQUEVOCÊTIR-

Nhac!

-AII!!! - Ele projetava a língua pra fora da boca, mostrando uma grande área avermelhada na ponta, com gotinhas de sangue escorrendo. - OIA SÓ O QUE VOXÊ FESSS!

-Não é assim, Freed, é assim, óóóó! - E ele esticou a língua pra fora com a máxima potência que sua boca lhe permitia, a marca negra da guilda brilhando, e gargalhava durante o processo.

Se não tivesse o orgulho inversamente proporcional a comprimento de sua saia, certamente Evergreen já se atirara a chão apertando a barriga dolorida por causa das risadas.A expressão de Freed certamente era impagável, resmungando palavras desconexas por causa da fala afetada.

-Ora, ora, então o nosso Freed-kun tem um segredo...muito interessante isso! - os lábios sensuais se curvavam em uma expressão de total interesse.Ela  faria revelar aquilo à força, ou não se chamava Evergreen!

-Hahaha, acho melhor voltarmos a caminhar.Precisamos estar lá até amanhã ao meio-dia, ou eles podem considerar que nós cancelamos a aceitação do pedido! - Bick alertou, ainda rindo fracamente.

Ever viu seu recentemente adquirido bom-humor se esvaindo, e fechou a cara mais uma vez.Freed aproveitou a pausa pra pegar de dentro de um kit portátil de primeros socorros um rolo grande de bandagem.Pôs-se a enfaixar a língua, resmungando e lacrimejando de dor.

-Ah não, não quero continuar caminhando por mais três ou quatro horas até encontrarmos algum lugar pra descansar!Além disso, estou com fome!

Os dois se entrelharam, a língua de Freed ainda pendurada pra fora da boca e agora envolvida por uma grossa camada de atadura.A expressã era clara: quem conta pra ela?

-O-K, desembuchem! - começou a bater pé direto de forma irritantemente ritmada, um movimento que a interpretação automática da linguagem corporal revelava como sendo: "Perigo.Cuidado!"

Bick começou, amaldiçando o olhar aliviado do mago das runas por se encontrar sem condições de dizer algo.

-Eh, Evergreen, eu não sei como tre dizer isso,mas...não tem parada.

Ela ergueu uma sobrancelha.

-Como assm?

-É caminho direto.Não tem nenhuma cidade ou mesmo vilarejo daqui até lá.De trem chegaríamos direto ainda esta noite, mas como estamos caminhando...precisaremos acampar.

Os ouvidos preventivamente tapados vieram na mais abençada das horas; o grito agudo que ela soltou quebraria até mesmo vidro temperado.

-Acham mesmo que eu vou e sujeitar a dormir no relento, nessa mata imunda, cercada de animais nojentos e de volcanos pervertidos? MAS NEM MORTA!

-Tá me devendo 500 pratas! 

-Calado, seu projeto barato de personagem de livros infantis!E você, senhorita das madeixas brilhantes...

-Heu? -  Freed engasgou, temendo o que vira a seguir.

-...você pode tratar de solucionar isso, já que é por sua culpa que estamos nessa situação!

-Eu nhão tchenhu idjea do thi facher!

-Traduzindo: eu não tenho idéia do que fazer! - Bick manifestou, em um tom de voz baixo.

-Dane-se, pense em alguma coisa!

As pernas magras e torneadas se puseram a caminhar com mais intensidade, a fome substituída pela raiva.Não havia nenhuma opção a não ser segui-a, mesmo contrariados.Freed recolheu (mas não sem um gemido de resignação) as volumosas mochilas.

-Devemos dizer a ela que temos barracas?

  O outro negou com a cabeça.Era melhor deixá-la sozinha por enquanto,descarregando as frustrações em qualquer outra coisa que não fosse eles dois.

-Mas não pense que eu me esqueci da nossa conversinha de antes, meu caro.Eu VOU descbrir tudo a seu respeito, por mais que vcê não queira...

Um suspiro alto, e ele negou com a cabeça mais uma vez.Sabia que não revelaria quaisquer informações sbre si mesmo nem sob a mais pesada tortura, então simplesmente deu de ombros.Não interessava a eles porquê de ele ter decidido servir a Laxus com tanto desejo.Na verdade, não interessava a mais ninguém...aquele era um segredo apenas dele, e de mais ninguém!

Por um milagroso momento, o silêncio se sobressaiu, e teve início um percurso bem diferente ao anterior.Ele tinha como trilha sonora apenas os sapatos de salto alto castigando o chão de terra, a aura afastando até mesmo pequenos animais e fazendo com que a sua usuária sumisse gradativamente das vistas de seus dois forçados acompanhantes.

-Não devíamos alcançá-la?

Freed deu de ombros; "Ela sabe se virar.Não vou correr com essa mochila pesada." O outro assentiu, mas estava com um mal pressentimento... 

-KYAH!!!

E esse presentimento acabarade se confirmar!Íris turquesa se cruzaram com as orbes vermelhas, deixando transparecer uma leve preocupação, e ambos correram em direção à origem do som.


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Notas finais do capítulo

Curta, né?Minha cena preferida vai ser no próximo cap, então esperem mais um pouco!
Kissus, e reviews? =)