Only My Little Clove (Jogos Vorazes) escrita por Clove Flor


Capítulo 30
Capítulo 31 - I Don't Shipp Clarvel


Notas iniciais do capítulo

1.300 PALAVRAS, OLHA SÓ, VOLTEI COM ESTILO.
Yay, eu voltei. Passei um tempo sem postar capítulo, mas foi porque desta vez minhas férias estão corridas demais. Hoje vou para São Paulo, para que amanhã eu vá no Anime Friends com a minha melhor amiga e eu TO SUPER ANIMADA, não vejo a criatura há 1 ano.
Bem, novidades? PercyCato e eu não existe gente >< Não sei o que dizer sobre isso para vocês, mas só queria dizer que eu não sinto mais nada, o garoto virou um desconhecido para mim. Triste.
OUTRA NOVIDADE: EU FIQUEI EM 3° LUGAR DO BRASIL NUM CONCURSO DA AMÉRICA LATINA INTEIRA SOBRE CONTOS, OLHA AQUI O SITE: http://www.elfuturoennuestrasmanos.com/pt/participantes/ coloquem "Brasil" e o "Vale a pena tentar" é o meu conto ♥

Quero dedicar este capítulo a todos, todos mesmo.
Mas por favor, façam um comentário lógico gente, quero opiniões, apenas "amei, continua" não dá asdfghjklç

Um beijo grande pra vocês todos! *.*



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I don’t shipp Clarvel. –Capítulo 31.

*Atenção, este capítulo vai ter música, ok? Okay. Já coloquem o link pra carregar que demora um pouquinho: (o link falhou muito, mas é a música "stop crying your heart out - oasis, faz um favorzinho e pesquisa lá :c*

Acordamos com as faixas de luz penetrando a tela da cabana, refletindo em nossos rostos. A temperatura da Arena parecia estar úmida, mas ao mesmo tempo num calor insuportável.

Tentei me levantar, mas percebi que Clove estava ao meu lado, usando meu braço como travesseiro improvisado.

Aproximei-me de seu ouvido, retirando seu cabelo de cima.

─Ei, acorda. Você está babando em meu braço.

Senti sua pele se arrepiar contra a minha. Clove se moveu, remexendo-se enquanto abria os olhos lentamente, tentando focalizar sua visão.

─En... Engraçadinho. – ela disse, bocejando.

─Vamos sair daqui antes que alguém nos mate.

─E acha isso possível? – indagou com a voz arrastada, passando a mão sobre seus olhos.

─Só se você não se levantar.

Clove assente, erguendo seu tronco, permanecendo sentada. Ergui-me, agachando-me contra o teto da barraca, procurando minha espada e o estojo da pequena garota. Encontrei-os jogados no canto ao lado de uma pequena cesta. Ela parecia ter sido feita com folhas de bananeira, estavam entrelaçadas entre si.

Olhei para dentro dela, observando as pequenas frutas vermelhas.

─Que foi? – Clove deu de ombros, ainda sonolenta. ─Marvel sempre encontra morangos.

Cerrei os punhos, suspirando. Esse garoto merece morrer. Morrer agora, de preferência, sem que eu tenha que sujar minhas mãos.

Por fim, acabei dizendo:

─Vamos lá fora logo.

Abri a tenda, a luz tão forte que fez meus olhos se contraírem.

Marvel e Alan estavam sentados em troncos, uma pequena fogueira assando algum animal estranho para comer.

Sentei-me também, pegando um dos espetos que estava no fogo, observando ser um esquilo. Mordi, desfrutando sua carne – da qual nunca havia comido.

Clove logo se juntou com nós, pondo sua cestinha em seu colo, comendo morangos. A cena era engraçada, ela parecia inocente. Eu não diria que essa garota poderia matar alguém apenas com o olhar.

─Ei! – Marvel gritou, se levantando imediatamente. ─O que é aquilo?!

Ergui-me, tentando visualizar o que ele estava querendo nos mostrar.

─É uma fogueira!

As chamas daquele local subiam rapidamente, a fumaça exalava-se por todas as partes. Já estava pensando que a diversão havia acabado.

─Cuide de nossas coisas. – disse para Alan, antes de sair em disparada, meus pés mal tocando a grama.

─Quem chegar por último vai... vai morrer na cornucópia! – Clove gritou enquanto tentava nos alcançar.

Marvel estava na liderança, correndo tão rápido que eu não pude alcançar. A morena logo atrás de mim, suas bochechas coradas pelo calor. Os cabelos ainda estava preso em um rabo de cavalo alto, com elásticos distribuídos no mesmo, formando pressão.

Chegamos no local, Clove chateada por ter sido a última, repetindo “vocês roubaram!” em todos os instantes. Muitas folhas e galhos de árvores juntos num mesmo espaço, o ambiente abafado pelas chamas e a fumaça nos rodeando.

─É uma armadilha! – gritei, tentando ser ouvido.

─Estou vendo outra ali! A pessoa deve estar por perto! ─ Marvel também elevou sua voz, esquivando-se da fogueira enorme em nosso centro.

─Não! – ela alcançou a mão do moreno. ─É uma armadilha, Marvel.

─Tudo bem, Clovelícia. – ele sorriu. DE NOVO COM ISSO?

Dei um passo a frente, como se estivesse impondo minha “autoridade”.

─Nos vemos em breve. –seu olhar pousou em mim, e então o garoto adentrou a floresta, sendo consumido pelas árvores.

Clove ficou estática.

─Cato... E-ele...

Seu corpo inteiro tremeu, e de repente, caiu como se tivesse tropeçado, de costas, por um... Terremoto?

Segurei-me em um tronco de árvore, segurando a mão da pequena, tentando mantê-la em pé enquanto o chão sob nós tremia.

Um barulho se seguiu por muito tempo, tão alto que quase me ensurdeceu. Uma explosão?!

Corri até a Cornucópia, onde havia frutas, caixas, mochilas, equipamentos, armas queimados e espalhados pelo chão. Alan olhava para tudo espantado, assim como eu e Clove.

─O que diabos aconteceu aqui?! – gritei alto, tentando esvaziar minha raiva. PERDEMOS TUDO! COMO ELE PODE TER DEIXADO ISSO ACONTECER?!

─E-eu... E-eu não... Não sei!

Minhas mãos, controladas pelo ódio e adrenalina, foram ao redor do pescoço do menino. Girei-o, ouvindo o doce som da morte.

Um canhão.

E mais outro.

Olhei para a morena, tentando identificar alguma outra pessoa caída ao seu redor. Não havia ninguém.

─Clo... Clove? – indaguei, pensando que ela poderia ter atirado uma faca em alguém.

─Não. – ela respondeu, como se pensasse a mesma coisa que eu.

Nos entreolhamos.

─Deve ser a garota do 12, querida. – eu disse, tentando soar agradável.

─É.

Seu olhar parou na floresta, vazio, pensativo. Ela parecia querer chorar, mas por fim, deu de ombros.

─É, Cato. É.

Fui até nossa barraca, desmontando-a. Como já está óbvio nosso local, seria melhor mudarmos. Consegui encontrar poucas frutas e algumas armas que sobreviveram e as guardei em uma pequena mochila. Enrolei a barraca e a coloquei por baixo de meu braço.

Um canhão soou alto.

Olhei para ela de novo, meio hesitante. Eu sabia que Marvel havia morrido. Ele está morto, e mesmo não gostando dele, Clove gostava. Droga, como ela gostava.

─Venha. – a chamei. ─Vamos sair daqui.

ŸŸŸŸ

*Pode apertar o play, queridos*

Estendi a barraca novamente. Era como se fossemos pequenos de novo, brincando de acampar na sala de estar, as lanternas nos rostos, as conversas paralelas. Estávamos em uma parte afastada da arena, escondidos entre um ninho de árvores.

Hold on... (Aguente)

Hold on...

Don't be scared (não se assuste)

You'll never change what's been and gone (você nunca mudará o que aconteceu e o que passou)


Clove estava sentada ao meu lado, abraçada aos seus pés. Eu podia ver sua relutância para não chorar.



A morena anda mostrando demais seus sentimentos. Anos atrás, a garota era tão fria quanto uma geleira. Era dura como pedra.


Como nós mudamos.

Inclinei-me mais em sua direção, tentando nos aproximar. A temperatura da Arena estava tão fria que chegava a sentir meus ossos tremerem. Minhas mãos soavam geladas.

'Cause all of the stars (Porque todas as estrelas)

Are fading away (Estão desaparecendo)

Just try not to worry (Tente não se importar)

You'll see them some day (Você as verá algum dia)

Take what you need (Pegue o que você precisa)

And be on your way (E siga seu caminho)

And stop crying your heart out (E faça seu coração parar de chorar)


Retirei meu casaco, térmico, e cobri nossos ombros com ele.



A abertura da Capital soou alta, e tentei visualizar os rostos nos céus pela tela na “parede” da barraca.


Marvel; Alan; Garota do Distrito 11;

─Quem? – sua voz soou fraca.

─Você já sabia disso.

E então seu corpo inteiro tremeu em um choro. Ela me abraçou, seus braços finos me envolvendo.

─Pequena, ele não valia a pena. ─ afaguei com minhas mãos seu cabelo, mechas escapando de seu penteado.

Just try not to worry

You'll see them some day


─E-ele me aju-ju-dou, Cato. Ele me mante-teve em pé. Sei lá. Queria ele vivo.



─Está bem... – apenas consegui dizer isso. Ela se agarrou em minha blusa, e então se forçou a parar. ─Pare de pensar no mundo a fora. Deixa eu ficar com você, Clove.


Senti seu corpo relaxar contra o meu, num sorriso silencioso. Eu espero que esteja me escutando.

Nem eu sei o porquê dessa frase. Acho que só queria que ela confiasse em mim. Queria deixar tudo o que aconteceu de lado, pensar que nós temos algumas páginas antes do final. Para viver, de sorrir, de nos amar.

─Eu sei que erramos muito. ─ disse por fim. Suspirei. ─Mas estou disposto a esquecer, pequena. Nós não temos mais tempo. Apenas o agora. Então deixe eu te amar, por favor.

Mas ela já havia dormido.



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Notas finais do capítulo

Reviews?
—@CloveFlor_
CAPÍTULO QUE VEM ELES AMANHECEM COM UMA GRANDE NOTÍCIA, YAY *-*