Only My Little Clove (Jogos Vorazes) escrita por Clove Flor


Capítulo 29
Capítulo 30 -


Notas iniciais do capítulo

*Esquiva-se de teias de aranha* oi gente.
*suspira*
Entrei num Hiatus não planejado, me perdoem, não queria que vocês tivessem que esperar tanto por motivos sentimentais dessa autora panaca. Fala sério. Eu deveria postar com mais frequência, me dedicar mais.
O problema é que eu havia "entendido mal" um e-mail que a editora me enviou (ainda me sinto um pouco magoada com isso, mas bola pra frente, eles ainda querem meu livro). O editor tinha dito que "se sentiu burro lendo", "andei faltando as aulas de português" e porra, foda-se (lindo palavreado garota!).
O bom é que eu voltei, e HEY, nunca mais faço isso.
Agradeço a compreensão e, em minha opinião, gostei do capítulo C:
Beijinhos :*

PS: Geeeeeeeeeeeeeeeente, como o Percy Cato é lindo, demais, fofo, engraçado, gzuis. Pode deixar, Loph, eu cuido dele u-u


OBRIGADA PELA RECOMENDAÇÃO apesar de que eu nunca te vi no nyah, ok. OBRIGADA.



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Capítulo 30- Do not let me cry



POV Cato.





Mas não soou. Sei disso porque eu acordei poucas horas depois, dentro de uma barraca, empapado com umas plantas. Eu me senti mole, como se um mero toque me destruísse.





Que bobagem, eu, Cato, quase desmaiando novamente. Fracote, é, eu sou.





Talvez eu consiga te derrubar com um dedo, quebrar seu pescoço com duas mãos, te matar esmagando seus ossos, mas mesmo assim me sinto um fracote. Qualquer coisa me abala, tenho conversas e xingamentos mentais comigo mesmo, fico repetindo, batendo na mesma tecla de que “oh, não, eu não amo a Clove”, mas porra, eu a amo demais; tem vezes que viro um louco e saio quebrando crânios, e não me sinto bem com isso.





Eu poderia pensar em voltar ao tempo, para que eu nunca tivesse entrado no Centro de Treinamento do Distrito 2, porém eu nunca teria a conhecido. Também não seria forte assim, não...





Suspira.





Assim você me deixa preocupada, otário. – recebo um soco em meu ombro ao abrir levemente os olhos. Quem você pensa que é para sair por aí, sem falar nada? – outro soco, dessa vez, seguido por resmungo.





Era o meu turno. – respondo rispidamente, tentando me erguer. Retiro essas folhas grandes de meus braços, sentindo-as se desgrudarem de minha pele. Havia um rastro vermelho e volumoso por toda a extensão.





Senti vontade de ‘gosmar’.





E foi ótimo ter de fazer uma busca para te encontrar junto ao garoto do 3! – outro soco.





–Quer parar de me bater?!- grito, olhando-a. Ela tem problemas?!





Mas você merece! –também alterou o tom de voz. E me deu outra pancada.





Fui eu que menti? Foi eu que SEMPRE, SEMPRE tive segredos?! – respirei fundo. Creio que não.





Ela parou seus movimentos e deixou seus braços caírem de lados, seus olhos aparentavam cansaço e estavam levemente avermelhados e inchados. Suas sobrancelhas se abaixaram e ela parecia prestes a gritar. Olhei para a tela que havia na barraca, permitindo que possa ver o céu. Continuava escuro, aparentava lá para quatro e pouco da madrugada. Eu havia apagado por três horas.





Apoiei-me em meus cotovelos, erguendo um pouco meu tronco. Encarei-a novamente. Clove estava mordendo com força seu lábio inferior, sem afastar seu olhar.





Está tudo bem?- indaguei.





Seu rosto estava começando a se avermelhar, dos olhos quase pude ver lágrimas.





Escorreu um rastro fino de sangue de sua boca, alcançando seu queixo. Sentei-me completamente e passei meu polegar por ele, tocando de leve seu lábio, tentando limpá-lo.





Macio, como eu me lembrava.





Quando fiz tal ato, sua boca ficou entreaberta. Clove começou a respirar e inspirar fortemente, como se estivesse todo esse tempo, prendendo o ar. Seus dentes chocaram-se diversas vezes, tremendo.





E então, desabou a chorar.





Suspirei.





Algumas horas atrás eu teria, sem hesitado, beijado-a. Mas não, sou frio demais para isso, não é? Eu preciso de Clove, sempre precisei, porém quero ser o ‘durão’.





Aí está, ela chorando bem na minha frente, seus lábios sangrando, olhos fechados, pele arrepiada.





Vamos lá, disse para mim mesmo. Larga a mão de ser um idiota.





Desviei meu olhar. Seus soluços ficaram mais fortes, senti minha manga começar a ficar úmida.





Não a deixe chorando, imbecil!





Num movimento rápido, virei em sua direção, puxando-a em meus braços. Ela cedeu, sem lutar, deitando contra meu peito, agarrando-se em minha jaqueta.





M-me descul-culpa, C-Cato! –a pequena tentou soar audível.





Vou pensar no seu caso. – respondi ríspido, ouvindo o som forte da chuva do lado de fora. Nossa barraca é feita com uma espécie de tecido não absorvente vindo da Capital, portanto não nos afeta.





Inclinei minha cabeça para baixo, tentando enxergar seu rosto. Ele estava um pouco mais erguido, totalmente molhado. A parte esquerda de sua boca estava um vermelho borrado. Umas gotas de sangue misturadas com o salgado das lágrimas.





A ignorei, voltando meu foco para o teto da cabana. Não iria ser tão fácil.





E-eu recebi um pa-paraquedas.





Jura? –pergunto com falsa curiosidade. Que ótimo.





N-não fala assim comigo!





Fechei os olhos, sentindo um líquido sob as folhas em meus braços. Deve estar fazendo efeito, já que sinto a pele formigar.





Algo gélido encosta em minha bochecha, fazendo um estalinho. Sei que Clove me deu um beijo, mas ignoro novamente.





Devagar, puxo-a um pouco mais perto de mim. A quero longe, mas não chorando.





Em minha mente ouvi uma voz indagar:





*Ponha este ‘vídeo/música’. Para escutar melhor (som baixo), aumente um pouco o volume. Ignorem o “Cato! Cato!” que soa, eu estava programando essa música para o final:   http://www.youtube.com/watch?v=Gt0_6JRBQDQ *





“What’s a Soulmate?"





─É como se fosse seu melhor amigo, porém mais. –inicio minha resposta, umedecendo meus lábios. Clove não aparecia entender o que eu estava dizendo. ─É a única pessoa em todo o mundo que te conhece melhor do que qualquer um. – minhas mãos tremeram. ─É alguém que te faz uma pessoa melhor. Na verdade ela não te faz uma pessoa melhor, você faz a sua vida sozinha. Porque ela te inspirou. A soulmate é alguém que você carrega com você para sempre. –suspiro. ─É uma pessoa que... Acredita e aceitou você antes de mais ninguém.- olhei em seus olhos verdes, estavam um pouco arregalados e muito marejados. ─E não importa o que aconteça, você sempre vai amá-la. Nada nunca irá mudar isso.




Quando pequenos, Clove havia me perguntado isso. Guardei durante a vida essa questão, martelando em minha cabeça. Nunca tive uma chance adequada de responder nem a resposta correta, mas gora tenho. Agora, durante o barulho da chuva forte, agora, tentando acalmar-me com minha pequena, agora. Porque o amanhã ainda não chegou e não sei se vou estar vivo até lá.




─Não minta mais para mim. – foi só o que eu consegui dizer, antes que Clove me apertasse em seu abraço, soluçando e molhando meu agasalho.




Acariciei seus cabelos, sentindo seu perfume.



─Eu sou sua alma-gêmea, Cato? –sua voz se torna abafada.



Puxei seu queixo com minha mão vaga e beijei rapidamente seus lábios.



─Não tenha dúvidas.



E não foi preciso dizer mais nada.





 

 

 

 





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Notas finais do capítulo

Reeeeeeeeeeeeeeeeeevvvvvvvvvvvvvvviiiiiiiiiiiiiiiiiiieeeeeeeeeeeeeewwwwwwwwwwwwwwwwwssssssssssssssss.
Saudades leitores! TENTEM COMENTAR ALGO COM SENSO CRÍTICO, PLS ♥

ps: o tamanho não foi tããoo pequeno ♥