In Fair Verona escrita por Piper


Capítulo 3
I think I know who you are.


Notas iniciais do capítulo

Bem, aqui está mais um capítulo!
Agradeço à todos que estão lendo, isto me deixa realmente feliz, assim como os comentários - cof cof indireta cof cof cof.
Boa leitura ♥



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Chapter Two

I think I know who you are.

Dabria retribuiu o sorriso.

– Prazer.

– Então, o Sr. Teramo já conseguiu te assustar?

– Ah, sim. - a morena riu pelo nariz - Mas, ele ainda me deve algumas respostas. Tirou-me de sua sala correndo.

A loira terminou de arrumar sua cama e se sentou nela.

– Que tipo de respostas?

– Do tipo “O Porquê” de meus pais me mandarem para Inglaterra, do que eles estavam me protegendo e porque esconderam isso tudo de mim. - a garota suspirou ao se lembrar da conversa com o diretor.

– Seus pais já… - Dabria notou o desconfortavelmento da garota ao perguntar e assim a interrompeu.

– Sim. - ela baixou a cabeça - Descobri hoje, fui adotada por um casal de trouxas na Inglaterra.

– Trouxas?! - a outra perguntou confusa e a morena arregalou os olhos ao perceber o que tinha falado.

– Depois eu te explico. - ela balançou a cabeça.

– Meus pais também morreram… - Petrova voltou ao antigo assunto. -… Mas eu fui mandada para cá quando era bem pequena.

– Então, você já está aqui a muito tempo? - Dabria quis saber.

A outra garota assentiu.

– Fui mandada para cá aos três anos. A Sra Welch foi quem cuidou de mim, ela é nossa professora de Latim. - a loira explicou. - Quantos anos você tem?

– Quinze, faço dezesseis no final de Setembro, por quê?

– Queria saber se íamos cair na mesma turma… - ela deu de ombros -… Mas parece que não, você é um ano mais velha que eu… Já pegou seu horário? - a menina mudou de assunto, Dabria apenas negou com a cabeça. - Vou pegar para você.

A morena suspirou quando viu a porta se fechando. Havia feito uma amizade nova… Sua companheira de quarto… Mas queria que esta fosse da mesma sala que a sua, afinal o primeiro dia de aula naquela nova escola não iria parecer tão assustador assim. A menina saiu de seus pensamentos quando viu uma coruja de coloração marrom-acinzentada pousando em sua janela. Era a coruja de Taissa, Dabria correu para pegar o envelope preso nas patas da mesma. Ela abriu a carta cuidadosamente e assim leu o que a amiga havia escrito:

“DABRIA,

Por Merlin, onde você está? Como está?

O diretor Longbotton nos contou que você foi transferida, mas não para onde.

O que aconteceu?

Por favor, responda-nos o mais rápido possível!

Com amor, suas amigas,

Taissa e Bonnie.”

A morena rapidamente pegou papel e pena em sua mochila e sentou-se em uma mesa perto da cama de Petrova.

“Queridas Bonnie e Taissa,

Estou bem, fui transferida para um internato na Itália. Isso mesmo, Itália… O diretor da escola disse que eu nasci aqui.

Está tudo tão confuso… Descobri que as pessoas às quais chamava de mãe e pai, na verdade, são meus pais adotivos e meus verdadeiros morreram no dia em que nasci. Ainda não sei a causa, tudo o que eu sei é que eles estavam tentando me proteger, por isso me mandaram para a Inglaterra.

Acho que não voltaremos a nos ver tão cedo, meninas… Não sei nem se é possível eu sair daqui. Não sei também se isto é um adeus… Estou torcendo para que não seja, pois vocês duas foram as melhores pessoas que eu já encontrei na vida!

Deem-me sempre notícias!

Com amor,

Dabria.”


Dabria limpou as lágrimas enquanto colocava a carta no envelope. Por mais que ela tentasse se convencer, sabia que não voltaria a ver suas amigas. A menina deu a carta para a coruja e assim a mesma saiu a caminho de Hogwarts.

Dabria percorreu os olhos por toda a extensão do quarto, ele era muito bonito. As paredes eram pintadas de um beje rosado e as únicas luzes que iluminavam o local eram as dos abajures, havia um banheiro próximo à porta do quarto onde a garota logo pegou seu pijama e foi tomar um banho. Assim que terminou, pode perceber Petrova capotada na cama, o horário que a menina havia pegado estava em cima da mesinha de cabeceira da morena. Dabria se sentou em sua cama, não estava com sono, olhou no relógio e viu que já se passava da meia-noite. Pegou seu diário e começou a relatar os acontecimentos daquele dia:

”(…) E agora estou aqui. Sinto-me um pássaro em uma gaiola… Sei que com o tempo vou me acostumar com a nova escola, mas não consigo suportar a ideia de que mentiram para me proteger… Por Merlin, que diferença fazia se eu soubesse ou não que meus pais morreram e que nasci na Itália? Outra pergunta que também não sai da minha cabeça é: Por que eu tive que voltar agora?”

A menina escrevia sentindo seus olhos fecharem.

“Enfim, amanhã é meu primeiro dia de aula. É horrível ser aluna nova, mas já fiz uma amizade… O nome dela é Petrova, é minha companheira de quarto. Ela é bem simpática, queria que fossemos da mesma sala, mas infelizmente ela é um ano mais nova e…”

Dabria não continuou, acabou caindo no sono deixando o diário cair no chão. E assim, como nas outras noites, a menina teve o mesmo sonho.

Verona, Itália - 1580 séc. XVI.

Ao ver o castelo da família, Dabria diminuiu a velocidade de sua corrida, assim que passou pelo portão, uma figura loira que até então permanecia na varanda da casa se aproximou da garota.

– Mamãe está uma fera com você!

– Eu acho que não. - a morena disse caminhando-se para dentro do castelo.

– Sabes que ela terá aquela conversa com você novamente, não é? - a loira deu um sorrisinho.

– Sim, Petrova, eu sei! - a garota se irritou com a irmã. - Mas não mudo minha opinião.

Petrova ia responder, mas foi interrompida pela mãe que também havia acabado de chegar.

– Pois terás de mudar! Não quero que minhas filhas morram sozinhas!

Dabria virou-se para a mãe, aquela conversa iria se repetir novamente.

– E eu não irei me casar com alguém que eu não ame!

Os pais já estavam desesperados, a menina já tinha quinze anos e ainda não havia nenhum pretendente para se casar, até Petrova já estava noiva, eles já haviam achado muitos homens para se casar com Dabria, mas ela sempre recusava. Dizia que se tivesse que se casar com um deles, iria embora de casa.

– Dabria, essa história de novo não. - suplicou a mãe.

– Mamãe, eu vou repetir isso quantas vezes forem necessárias até algum de vocês entenderem isto. EU NÃO IREI. ME. CASAR. COM ALGUÉM. QUE EU. NÃO AME! - a menina pontuou e com passos firmes entrou na casa subindo direto para seu quarto.

Petrova bateu na porta do quarto da irmã e sem esperar uma resposta entrou no cômodo a encontrando jogada na cama.

– Sabe, tu deverias pedir desculpas, ela só estava nervosa…

Dabria bufou e assim a irmã continuou.

–… Pelo vaso quebrado. - ela segurou o riso.

– Petrova, por favor. - a morena se sentou na cama. - Sabe, eu não suporto a ideia de que temos de nos casar com alguém que nossos pais escolheram.

A irmã baixou os fitando o anel de noivado.

– O que sentes quando está com ele?

– Eu gosto dele.

– Mas ama? - Petrova levantou os olhos para os cor de avelã da irmã, ela pensou por alguns segundos até baixar os olhos novamente. - Viu? É isto que quero evitar.

A loira suspirou.

– Bem, eu vou ao centro. Vais me acompanhar? - ela sorriu, Dabria achava incrível como Petrova conseguia mudar o rumo da conversa como se nada tivesse acontecido.

– Claro.

Não muito longe dali, uma carruagem chegava à cidade, o transporte fez uma rápida parada ao centro. Assim que a porta se abriu, um homenzinho parou-se ao lado da porta.

– Alteza. Senhores. - Ele curvou-se para a família.

– Bom dia, Arnos! - A mulher cumprimentou. Ela era realmente muito bonita, estava vestida em um vestido branco com alguns detalhes em vermelho, o cabelo loiro encaracolado estava preso em um coque e possuía a forte cor de batom vermelho nos lábios. Ao lado da mulher havia dois homens, o mais velho estava vestido em um terno elegante e possuía a aparência de uns dez anos mais velho que a esposa, já o mais novo tinha lindos olhos verdes vivos com cabelos castanhos claro rebeldes e uma boca meio rosada.

– É um prazer, tê-los de volta a Verona!

– É realmente ótimo estar de volta, Arnos. - O homem sorriu.

Na mesma rua, duas jovens saiam de uma loja de vestidos para festa “discutindo” uma com a outra.

– Fracamente, Petrova. Não podias levar aquele? - A morena comentou segurando o riso.

– É claro que não!

– Mas ele era lindo!

– É, mas a mulher não! Viste o jeito que ela olhou para mim?

A irmã apenas riu e sem querer teus olhos foram parar na carruagem parada no final da rua.

– O que é aquilo? - Dabria perguntou e a loira direcionou o olhar para onde a garota apontava.

Rapidamente o olhar do mais novo se voltou na direção da morena. Ela sentiu um frio percorrer sua espinha ao sentir o menino fitando-a. Permaneceram assim por longos segundos até Petrova interromper estalando os dedos na frente dos olhos da irmã.

– Vamos? - Ela perguntou com um sorriso malicioso nos lábios.

Verona, Itália - 2030.

– Dabria! - Petrova chacoalhava a companheira devagar - Acorda, já amanheceu. - lentamente a morena abriu os olhos. A menina sorriu. – Bom dia!

– Bom dia! - a outra respondeu com um bocejo.

– É melhor você ir tomar banho logo e não se preocupe, eu levo você até sua sala.

Dabria assentiu e fez o que a amiga mandou, assim que saiu do banheiro separou a roupa que iria usar. Era estranho. Ela estava acostumava com uniformes como os de Hogwarts, mas ela se sentia feliz por poder usar o que quisesse. Ela vestiu uma blusa de manga comprida cor verde-azulada clara com uma estampa qualquer e uma meia-calça preta com uma saia da mesma cor por cima. Colocou suas sapatilhas da mesma cor da blusa e prendeu o cabelo em uma trança lateral.

– Já está pronta? - Petrova apareceu na porta vestindo uma calça jeans, uma blusa branca rendada nas mangas e tênis. Os cabelos loiros da menina estavam enfeitados com uma tiara branca, fazendo com que o rosto da menina se destacasse e Dabria perceber que assim, ela ficava muito parecida com a morena.

– Sim. - a menina disse pegando suas coisas.

– Então vamos! - A loira acompanhou a amiga no café da manhã, conversaram sobre tudo, Petrova explicou as aulas que a morena iria ter e como eram os professores. Acabaram se tornando mais amigas ainda, Dabria também contou o que costumava fazer no outro colégio, o que desencadeou a pergunta “Qual era o nome de sua antiga escola?” feita pela loira. A menina conseguiu falar algo como “É uma longa história” causando um olhar confuso na amiga. Depois de uns vinte minutos, as duas se levantaram e Petrova levou Dabria para a sala. Explicou para a menina que a primeira aula dela era História e que a encontraria na porta do refeitório para almoçar.

Dabria sentiu um frio na barriga ao olhar a porta semiaberta da sala, seus pés não queriam se mover de jeito nenhum.

– É nova aqui, não é? - ela escutou uma voz doce falar às suas costas. A menina se virou e se deparou com uma garota muito bonita, ela possuía cabelos ruivos um pouco acima dos bustos, olhos castanho-esverdeados e a boca extremamente rosada. Dabria assentiu e a menina sorriu estendendo a mão. - Sou Juliet.

– Dabria. - ela cumprimentou.

– Também está na sala, 31B? Pode se sentar comigo, se quiser!

– Obrigada. - ela sorriu.

As duas entraram na sala onde alguns alunos já estavam acomodados em suas carteiras. Dabria se sentou com Juliet na primeira mesa da fileira que ficava na esquerda, as mesas eram iguaiszinhas às de Hogwarts, a morena não pode deixar de perceber isso.

– E então, de que escola você veio? - a ruiva puxou assunto e quando a morena ia responder foi interrompida por dois garotos que entraram na sala.

– BOM DIA, QUERIDOS COLEGAS DE CLASSE. - O moreno de cabelos rebeldes e olhos azuis gritou. Ele estava acompanhado de um menino com os cabelos castanhos claros também rebeldes com lindos olhos verdes vivos. Eles se aproximaram e se sentaram atrás de Juliet e Dabria com sorrisos extremamente marotos. - Então, Juliet meu amor. Sentiu minha falta de ontem para hoje? - o moreno perguntou.

– Ah cale a boca, Bellini! - a ruiva bufou.

– Olha só, aluna nova. - Ele disse fitando a morena que corou. - Sou Tyler e esse é meu namorado Scott. - ele abraçou o amigo que estava sentado ao seu lado. Um arrepio percorreu a espinha da menina ao olhar o outro garoto. Era o mesmo que ela havia visto no corredor quando chegou à escola. O menino estendeu a mão e ela apertou timidamente.

– Sou Dabria. - ela deu um sorrisinho extremamente vermelha e logo se voltou para frente quando uma mulher de no máximo quarenta anos entrou na sala.

– Bom dia, crianças! - Ela seguiu até a frente. - Como estão? - ela perguntou e sorriu ao ouvir alguns “bem” pronunciados pelos alunos, correu os olhos pela sala até os mesmos pararem na morena - Oh, você deve ser a Srta. Prescott, a aluna nova. Sou Abigail Carli, a professora de história. - ela sorriu se aproximando.

– Sim - a menina também sorriu. - Meu nome é Dabria.

– Muito prazer, Dabria! E você sabia que seu nome era o mesmo de uma antiga princesa que viveu no final da renascença italiana?

A menina negou com a cabeça surpresa. Nunca achou que seu nome fosse grande coisa e nunca gostou muito dele também, mas se surpreendeu ao saber da novidade.

– Ui, princesa. - Tyler comentou baixinho arrancando algumas risadinhas de Scott e Dabria, e fazendo com que Juliet revira-se os olhos.

– E é nela em que vamos começar nosso próximo trabalho! - a Sra Carli explicou para a classe. - Sabe, a princesa Dabria era diferente das outras garotas de sua idade. Ela não concordava com a ideia de que…

–… Os pais escolhessem os maridos para suas filhas. - Dabria a interrompeu involuntariamente fazendo com que todos a encarassem.

– Isso mesmo. Como sabia disso? - a professora sorriu.

– Eu… - Dabria estava de olhos arregalados e seu coração batia tão forte em seu peito que chegava a doer. -… não sei.

A sala ficou em silêncio. A menina estava realmente muito confusa e isto não deixou de passar despercebido pela professora. Ela nunca tinha ouvido a história da princesa Dabria em sua vida. Nem sequer sabia da existência dela.

– Talvez - Sra Carli quebrou o silêncio -, você já tenha lido em algum lugar… - A morena balançou a cabeça murmurando um “É, talvez” e logo a professora continuou. - Bom, como estava dizendo… A princesa não concordava com esta “regra”, mas isso não impedia os pais de achar um marido para a filha. Infelizmente a princesa foi morta aos Dezesseis anos por uma causa desconhecida. Há muitos mitos sobre a morte da garota. Um deles conta que a mãe escreveu em uma carta a causa ou quem matou sua filha. Dizem também que esta carta foi salva e colocada em um livro, ao qual desapareceu misteriosamente. - ela frisou o “misteriosamente”. Uma menina de cabelos cor de ébano levantou a mão. - Sim, Srta. Agnelli?

– Hm, professora… Por que aqui não há nenhuma foto dessa princesa? - Ela perguntou folheado o livro.

– Isto é outro mistério. - Sra Carli suspirou fazendo todos a olharem - Não se sabe o porquê, mas não há nenhuma pintura ou esboço da época sobre a garota.

– Se não há nenhum meio visual de se provar a existência da princesa, como sabem que ela viveu de verdade? - perguntou Juliet.

A professora sorriu.

– É isso o que vocês irão pesquisar. Vocês formarão duplas e assim devem pesquisar meios que as pessoas acharam de se provar que a princesa realmente existiu.

Dabria ainda sentia um frio na barriga toda vez que falavam na tal princesa. Ela acabou por formar dupla com Juliet. Sra Carli ainda explicou algumas coisas finais que eles deveriam saber para o trabalho e assim os dispensou-os para o almoço.

A morena encontrou com Petrova na porta do refeitório assim como a loira havia combinado, esta ficou feliz em saber que a garota havia se tornado amiga de Juliet, de acordo com ela, a ruiva fora umas das primeiras amizades de Petrova quando entrou no colégio. As três se sentaram juntas para almoçar, assim que a loira saiu para pegar sua refeição, Juliet puxou assunto com Dabria.

– Então, como sabia daquele negócio da princesa? Já tinha lido a história em algum lugar?

– Não, eu nunca li e nunca ouvi falar sobre a história.

A ruiva arregalou os olhos.

– Então como…

– Eu não sei. - Dabria a interrompeu. - Aquilo só saiu da minha boca, eu não pude controlar. Nem eu sabia o que estava falando. - a menina suspirou.

– Isso é bem… Estranho. - afirmou Juliet.

– Obrigada.

A outra deu uma risadinha, mas parou assim que dois garotos de cabelos rebeldes passaram em frente à mesa das meninas, Tyler piscando para a ruiva que revirou os olhos.

– O que rola entre você e ele? - a morena perguntou com um sorriso maroto no rosto.

Juliet olhou para a garota como se ela havia dito o maior desaforo do mundo.

– NADA! - ela suspirou - Tyler é um idiota, Scott nem tanto, mas se deixa levar pelas gracinhas do amigo. - ela terminou cruzando os braços.

Dabria riu da amiga. Petrova voltou para a mesa e elas terminaram o almoço com uma conversa qualquer, as três saíram para suas respectivas salas. A morena conheceu um monte de outros professores novos, entre eles, Sra. Welch, a professora de Latim de quem tinha cuidado de Petrova quando ela era pequena. A senhora era realmente uma pessoa muito adorável, devia estar no auge de seus cinquenta anos e ela tinha uma filha que estava no último ano do colégio. Dabria se simpatizou com ela mais do que com os outros professores. A mulher até pediu para ela ficar um tempo depois da aula para conversar, como a morena nunca tinha aprendido a falar Latim, a senhora ajudou a menina ensinando algumas coisas básicas, como o alfabeto. Depois disso apenas jogaram conversa fora, ela admitiu que sentia muita pena dos órfãos da escola e que Petrova fora a única que chegara com aquela idade no internato. Dabria se despediu dela dizendo que estava completamente cansada, a mulher sorriu e a dispensou, mas antes deu para a garota uma lista de livros que poderiam ajudar ela na matéria. A menina pegou o papel e foi embora lendo, só parando quando sentiu alguém esbarrando em seu braço fazendo esta pessoa derrubar a pilha de livros que estava levando, como naqueles típicos filmes de adolescentes a menina se abaixou e foi ajudar a pessoa.

– Me desculpa mes… - ela parou quando viu os olhos verdes.

– Está tudo bem. - a voz rouca pronunciou fazendo os pelos da nuca da menina arrepiarem. Os belos olhos vivos se encontraram com os da garota e uma leve lembrança apareceu em sua mente.

(Verona, Itália - 1581 séc. XVI.)

Era um lugar rústico. A menina de longos cabelos cor de avelã estava deitada em uma espécie de altar. Ela queria sair dali correndo, mas estava fraca demais, sentia cada órgão do seu corpo parar a cada segundo. Um rapaz da mesma idade veio correndo até a garota.

– DABRIA! DABRIA! POR FAVOR! DABRIA! - ele pedia segurando-a em seus braços. - POR FAVOR, POR FAVOR, AGUENTA. Por favor…

Foi tudo o que ela ouviu antes de ficar escuro.”

– Está tudo bem? - ela ouviu a voz de Scott a tirando de seus pensamentos. - Você está pálida…

– Ah… Sim… Não é… Não é nada. - a morena suspirou fazendo o menino assentir. - Boa noite…

– Boa noite! - Ele a desejou e a menina seguiu seu caminho ainda com as cenas em sua cabeça.

Assim que chegou ao quarto admitiu para si mesma que já estava mais do que na hora de uma boa noite de sono.



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Notas finais do capítulo

Por favor deixem reviews! Me deixa feliz e faz bem para o meu coração - by Nyah.
:(



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