Depois do ocorrido, eu e Mikey, "os irmãos Way, nos tornamos o assunto do momento. Levamos advertência para casa, mas a escola inteira aclamou os dois garotos que se voltaram contra o Nelson. Onde qualquer um de nós passávamos eu ouvia alguém gritar "Isso aí Way, bate mesmo no Nelson, aquele idiota!" Era uma sensação legal, ser um tantinho popular, mas meu pensamento sobre isso era "o que será que o Frank está pensando disso tudo?" Eu caminhava pelo corredor vazio dos armários, e pensava, será que Frank está feliz por eu ter defendido ele daquela maneira? Ploc, ploc, ploc, eu escutava o andar de alguém logo atrás de mim, mas nem me importei. Abri meu armário e guardei minhas coisas lá dentro, ao fechar a porta, alguém me chamou. - Huum... Gerard... Gee... - começou, e logo reconheci a voz. - Frank? - falei surpreso olhando para ele - você está bem? Como está seu nariz. - Estou bem obrigado. Sabe Gerard, realmente muito obrigado por ter me defendido, fiquei muito feliz. Como posso retribuir? - Que isso Frank, foi uma ato de um amigo - falei sem jeito - eu nunca tive um antes, mas presumo que eles ajudem um ao outro. Frank sorriu. - Bem, também nunca tive amigos antes, e não sei como lhe retribuir - falou - mas será que hum... é... a gente podia sair algum dia sabe, para encher a cara. F iquei corado, Frank Anthony Iero queria sair comigo. Provavelmente uma reuniãozinha de "machos" sabe, mas mesmo assim, ele queria minha companhia, estava tão feliz. - Claro, é só marcar o dia. - Amanhã? De noite? - Combinado. - Leve o Mikey também. Droga! Meu irmão iria junto. Bom, mas nada poderia abalar meu humor agora, tudo estava indo muuuuuito bem. Eu estava "famosinho" na escola, e Frank queria sair comigo. Acho que consegui a amizade dele. Por que não estou com a sensação de contentamento? No dia seguinte fui feliz para a escola, encontrei Frank e conversamos muito. Mas não foi uma manhã tão agradável quanto eu esperava, Nelson e sua gangue resolveram me dar uma surra, e dez garotos vieram para cima de mim. Socaram meu estômago, meu nariz, chutaram todo meu corpo, pularam em cima de mim, e ninguém levantou um dedo. Frank tentou retribuir o favor naquele momento, mas não houve sucesso nenhum. Meus cinco minutos de fama naquela escola foram embora, e eu voltei a ser Gerard, o covarde. Meu único consolo foi que de noite eu Mikes e Frank fomos ao Bar do Pereira tomar umas. Estava indo tudo muito bem, tudo muito bom, até que uma garota de nossa escola de nome Jamia Nestor começou a se insinuar para o Iero. E ELE ESTAVA DANDO BOLA! Que raiva que fiquei! Mas por que? Que o Frank seja feliz ele é um cara legal. Acho que era alguma coisa com a tal da Jamia, JAMIA VAGABUNDA, meu coração batia frenético de raiva. Começei a pensar talvez que Frank fosse mais que um amigo para mim, tive medo, afinal eu gostava de garotas.