Faça-me Um Pedido! escrita por Apiolho


Capítulo 28
Capítulo 28 - De um erro tem-se o desfecho


Notas iniciais do capítulo

OLÁ, É ISSO AI: FINAL! THE END.

Um ano e meio depois certinho eu termino. AUAHUHAUA

QUERIA AGRADECER A ANGEL E A SWEET, thaaaanks, mesmo. Obrigada por comentar no anterior. Sentirei saudades, muita, mesmo de todos os leitores. Agradeço aos que acompanharam, torceram e sofreram também com os personagens. *-*

ESPERO QUE CURTEM, NOSSA, TRISTE ISSO, ainda não caiu a ficha.

BEIJOSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS



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Capítulo vinte e oito

De um erro tem-se o desfecho

"O cinema possibilita o contar histórias diferentes por mais que o tema seja o mesmo: flagrar o movimento do homem rumo à redenção. Há sempre uma alegria por trás da história"

(Rob Cohen)

 

Cold no domingo mesmo ligou para a morena e pediu para que fosse em sua casa. Ela foi, sabia que era sobre o que tinha dado. Mas ao chegar se surpreendeu.

Charlotte também estava lá.

— Mary, eu te chamei para me desculpar. — declarou.

A outra começou a chorar, eles provavelmente já tinham conversado antes.

— Por quê? — sabia o motivo, mas queria irritar mais a de olhos azuis.

— Eu vi o que colocou, todas aquelas mensagens que ela me chamava de bêbado, idiota e miserável, além de me repetir diversas vezes que não ficaria com um pobre. — as mãos em formato de punho.

— Sinto muito. — não por ele saber a verdade, mas por descobrir ter se iludido novamente.

— Não sinta, eu que agradeço por me abrir os olhos. Essa vagabunda não merece ficar com ninguém. — respondeu.

— Eu te amo meu motoqueiro, tanto, tanto, tanto! — sussurrou Char enquanto o abraçava em desespero.

Ele apenas a afastou com brutalidade. Motoqueiro? Pior apelido que já ouvi. Mentalizou a de olhos pretos.

— Pensasse nisso antes de falar e fazer isso. — gritou.

— Eu perdi minha virgindade com você. — berrou.

— Isso não me comove mais, não somos mais crianças. — revidou.

— Quero que um dia possa me perdoar. E você também Anne, fui consumida pelo ódio que meu pai tinha do Luís, por ter ficado com a empresa do vô. Então quis acabar contigo, fazendo com que ficasse sem amor e atenção e perdesse a herança da sua mãe. Mas estou arrependida, espero que um dia voltamos a ser amigas. — sussurrou.

É tão manipuladora e convincente que pode ser mentira. Pensou a Evans.

— Não posso responde-la ainda, é tudo tão recente. — confessou.

— Entendo. Então é melhor eu indo. — declarou.

Quando estava indo para a porta com o Justine a acompanhando tentou beijá-lo, mas ele desviou. Anne deu apenas um aceno de mão como despedida e quando saiu o bad boy a fitou.

— Tem algo que não perguntei a você. — comentou.

— O quê? — nervosa.

— Se o James é seu primo por que vai casar com ele? Charlotte até pode ser má, mas disse que não é. — perguntou.

— Mas não é mesmo, desculpa se menti aquela vez. É uma longa história, e prefiro não contar agora. — explicou sem graça.

Okay, não está mais aqui quem falou. — com as mãos para o alto em rendimento.

— Mas e ai? Quer ser testemunha no meu matrimonio? — mudou de assunto.

— Com toda a certeza. — aceitou.

— Posso convidar seus pais? — questionou.

— Para quê?

— Para agradecer pelo que fez por mim.

Então ele simplesmente passou o endereço, que ainda se lembrava. Era em um lugar rico da cidade, e se a prima soubesse disso enfartaria. Ela o abraçou e foi em direção a sua casa, sendo bombardeada com coisas sobre o casamento que aconteceria daqui alguns meses.

2 meses depois.

Nesse tempo Anne ficou ocupada com os preparativos que não deu de conversar com o gênio depois daquele dia. O momento passou muitas vezes por sua cabeça. Tanto o gosto dos seus lábios quanto as três palavras ditas pelo moreno.

“Vou levar a Char porque não arranjei outra.” — bad boy.

Esse apelido, frase, mensagem a arrasaram. Teria de encarar a de olhos azuis e seus pais. A vontade de se matar era grande. Não sei como ele conseguiu ser enganado por ela pela terceira vez.

“Faz o que quiser. Tenha um péssimo dia.” — Anne

Tinha dezoito anos, o aniversário tinha sido perfeito e havia ganhado um carro e a mansão sendo colocada no seu nome. Tinha agora que encarar um casamento praticamente arranjado.

James se encontrava direto com Ashley para ver as roupas, sapatos. Era muito boa em moda e poderia ajuda-lo com isso. A morena pouco gostou, mas como era corno e tinha colocado pares de chifres no noivo não ligava. Até seria melhor se fugisse com ela.

Estava terminando de provar o vestido quando um ser apareceu na porta.

— Olá. — cumprimentou o ruivo.

Parecia querer contar algo.

— Sai daqui, não pode ver o vestido que dá azar no casamento. — berrou o enxotando.

E como queria que fosse verdadeiro o que disse. Quando virou de costas percebeu uma presença, alguém ainda nesse quarto.

— Eu disse para sumir. — irritada.

— Tem certeza? — questionou.

Quando virou percebeu que era o Ethan, o gênio, o corredor, funcionário do seu pai. E começou a dar passos em sua direção, o sorriso no rosto.

— Não. E ai? Como estou? — iniciou enquanto rodava.

— Perfeita. — a expressão triste.

— Onde estava que não te vi há tempo? — curiosa, porém era para alegrá-lo.

— Trabalhando na empresa, sua mãe ficou o importunando com os preparativos que tivemos que fazer tudo dobrado. — explicou.

— Dona Márcia não tem jeito. — rebateu aos risos.

— Queria saciar uma dúvida. Poderia me responder?

— Se souber. — alegre.

— Por que você e Charlotte não são mais tão amigas? — questionou.

Ah! Nunca havia contado para eles, não queria. Só seu noivo, mais ninguém. Então Anne trouxe uns documentos e a fita, pois tinha deixado uma cópia consigo.

Então o moreno observou tudo e ficaram alguns minutos vendo a filmagem, o tapa, tudo. A morena que nunca tinha tocado nisso ficou surpresa e até com mais raiva da prima.

— Ela não mereceu sua amizade, é uma ingrata. — sussurrou.

— Dá para trocar de assunto? — questionou, o tom magoado.

— Está bem. Até tentei adiar o que tinha de contar, mas não há como deixar mais para depois. — sussurrou ao sentar-se na cama com ela.

— Pode dizer. — apoiou-o, entrelaçando sua mão na dele.

— Eu menti para você. — sincero.

— No quê? Por favor, seja mais direto. — esbravejou.

— Não sou gênio, tudo o que fiz foram truques de mágica, aparecia nos telhados de repente porque fiz um curso de Le Parkour. — confessou.

Em resposta recebeu um tapa no rosto, daqueles bem doloridos. Chegou a ficar a marca no local, e ela só não desferiu socos porque estava com vestido.

— Não vou reclamar, eu mereci. — continuou.

— E aquele dia que flutuou? — em dúvida.

Dava até vergonha, por ter deixado de ser cética com esses seres de repente. E saber que era falso o alivio vinha.

— Max tirou rapidamente a corda para que não descobrisse e quando vimos o barulho do portão resolvemos fazer esse truque. — a voz embargada.

— Falou tudo o que tinha a dizer? — questionou.

— Sim. — sussurrou.

— Aparece apenas no casamento, depois nunca mais quero te ver. Nunca mais. — irada.

O choro veio com força enquanto apontava para a porta, lágrimas molhando o vestido branco.

— Ainda vai casar? — desesperado.

— Por que não iria? — revidou.

— Se eu não sou gênio não está presa mais a esse matrimonio! — exclamou.

— Mas é agora que eu caso, ninguém mandou esconder e me enganar esse tempo todo. — respondeu.

— O que não entende é que eu amo você. Tanto, mais tanto, que eu não vou permitir. Por acaso você gosta do James? — questionou.

Nesse instante ele também estava chorando.

— Isso não importa mais. — falou.

— Claro que sim, e é por isso que eu não a deixarei desgraçar a sua vida. — gritou e foi saiu do quarto e bateu a porta com força.

Ficou trancada no cômodo até que o maquiador chegasse e o cabeleireiro. A veste já estava seca e colocaram um pano por cima para que não manchasse. Eram praticamente oito horas e os convidadas já deveriam estar na igreja.

Quando ficou pronta foram correndo com o Zacky a levando, mas agora em uma limusine branca. E era nesses momentos que não sabia para que ter um carro próprio.

— Chegamos madame. — declarou, abrindo a porta.

Estava tão nervosa que suas mãos tremiam. A última frase do Ethan pairava sobre a sua cabeça. Notou que Cold estava na frente do local, assim como Alex, Robertha, sua mãe, pai, Charlotte, Max, Penélope e seu amado com a Ally. Os pais de Justine estavam presentes e devem ter feito as pazes com o filho por estarem juntos dele. Ashley também estava, mas olhando para o altar.

“É pecado desejar homem do próximo, sua lambisgóia”. Pensou a morena. “E também é ficar xingando outros em local sagrado”. Rebateu.

— Está linda querida. — comentou Luis.

O resto a elogiou e ela deu a mão para ir no altar. Os padrinhos, testemunhas e ela com a daminha atrás – que provavelmente foi contratada. Parecia que estava em uma prova, em um primeiro dia de aula. Olhou para o ruivo e não viu aquele brilho, porém no dela também não estava.

Ethan só a mirou com a expressão mais dolorosa que já vira. Aquilo dilacerava seu coração e a fazia ficar arrependida, mas só um pouco. Quando lembrava-se de que era um mentiroso aquilo sumia.

— Mary Anne Evans, aceita o James Collins como seu esposo?

Pensei tanto que já estamos aqui? E esse é o sobrenome dele? Não sabia. Questionou-se. O peso de não amá-lo, arruiná-la e passar a vida inteira (ou não) infeliz não a abalaram.

— Sim. — sussurrou.

— E você James Collins, aceita Mary Anne Evans como sua esposa? — calmo.

O suspense reinou o ambiente.

— Não padre. Eu passei a minha vida inteira não tomando as decisões por mim, me preocupando com as reações das pessoas, mas não serei mais assim. Amo a Ashley. Desculpe Anne, entretanto não posso continuar com isso.

Gritou e foi em direção a garota, a faladeira, desbocada, que não para quieta em um prova. E em contrapartida foi atenciosa o bastante para ajuda-lo, coisa que a morena não fez.

Percebeu que sua mãe desmaiou e alguns ficaram atônitos.

— Podem ir para a festa, o casamento acaba aqui. — berrou Max e foi junto com o pessoal.

Por comida são capazes de tudo. Parecia uma maratona para irem até seus carros e chegarem no salão. Apenas ficando Anne, seus pais e o gênio.

— Farei nos pagar por esse prejuízo, meu anjo. — declarou dona Márcia ao despertar.

— Sim. — respondeu simplesmente, olhando o moreno com um sorriso.

— Isso não vai ficar assim. — o pai.

— É. — novamente ficou entretida com o amado.

Os dois foram indo na frente falando sobre o que ocorreu enquanto deixaram o casal na igreja. Então o de olhos cinzas se aproximou e ofereceu seu braço para ela engatar.

— Como está se sentindo ao saber que seus amigos estão com as garotas que mais detesta?

— Péssima, até a Robertha tem um gosto melhor que o deles. — argumentou.

— A Ashley até que é legal. — deu sua opinião.

— Mas é atirada, e a próxima vítima pode ser você. — declarou.

— Não deixarei, meu objetivo é ficar com outra. — indireta.

— Pode até ter sido romântico agora, mas não me faz esquecer a sua mentira. — parecia braba.

— Desculpe-me, por favor. — sussurrou enquanto a abraçava de forma gentil.

— Responda-me rápido: qual o motivo de ter feito isso? — questionou.

— Demos esse golpe para que um de nós fique com alguém rico e o resto foge e tenta fazer isso de novo. Éramos de um grupo grande que moravam em um orfanato, mas só sobrou nós três. Estavámos terminando o ensino médio em uma cidade próxima e quando passeavamos por aqui vimos a sua mansão. O resto você sabe. — explicou.

— E por que escolheu ser o gênio?

— Era a minha vez apenas. — deu de ombros.

— E o que disse é verdade? Sobre me amar. — questionou.

— Não sabe o quanto, e não é só porque é rica, mas também por ser divertida, maravilhosa e no fundo ter um bom coração. — divertido enquanto dizia baixinho em seu ouvido.

— Ama quanto? E a Ally?

— Ela sabe sobre o que eu sinto e entende, até aconselhou para eu lutar por você. Eu sou apaixonado ao ponto de te deixar ficar com o Cold se quisesse, se a fizesse feliz. — confessou.

— Bom saber. — disse.

Ele engoliu em seco.

— Você o ama então? — a voz esganiçada.

Anne então o olhou quando estavam em cima das escadas da igreja, na parte da frente, ficou o mirando e de súbito passou a mão pelos seus cabelos de forma lenta. Sorriu, o maior que teve.

— Está com ciúme?

— Ainda dúvida? Eu não acredito que vou te perder! — exclamou nervoso.

Colocou as mãos na cabeça enquanto lágrimas caiam de seus olhos, virando-se de costas.

— É você que eu amo, seu bobo, mesmo depois de me enganar. Porque foi você que me ajudou e mudou minha vida. Com esse erro eu tenho amigos, a família está unida e um amor. — finalmente pode dizer enquanto o abraçava por trás.

Então ele deu um selinho nela, não aqueles beijos de cinema. Não poderia, até porque os pais dela estavam no local. Mas a rodopiou no ar e ao soltá-la deram as mãos.

— Anda Anne, senão nada vai sobrar para nós. E pode vir também garoto. — gritou o Luís.

Foram com a limusine que estava com latas atrás e o “felizes para sempre” escrito no vidro. Eles ficaram se olhando de forma atenta, analisando-se.

— Ficaria feliz se fosse meu genro Ethan. — começou a mulher.

Nada disseram por causa da vergonha. Sabiam que logo seriam apresentados como namorados, talvez virassem noivos e casassem. A roupa tinha e até era irônico pensar como conheceu seu amado. Iria para Harvard com ele e talvez até tivessem um cachorro chamado Max e dois filhos ou um.

— Saiba que está linda e queria muito que esse fosse o nosso casamento e que estivéssemos indo para a nossa festa, mas temos tempo ainda. Desejo muito aproveitar ao seu lado, só quando estiver pronta eu possa te levar para a cama e passar o resto da vida contigo, Anna. Minha pequena. — sussurrou.

— Nós ouvimos! — exclamaram os pais.

Ai que vergonha. Pensou. E esperava que continuasse como está. Mesmo que o ruivo tenha a deixado no altar, foi um alivio, considerado até como um presente. Já sobre perdoar sua prima, só o destino sabe a resposta.


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Notas finais do capítulo

Desculpa ter falado pouco do final, é que estou muito correndo contra o tempo

Beijos, até uma próxima.



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