Faça-me Um Pedido! escrita por Apiolho


Capítulo 25
Capítulo 25 - A verdade vem à tona


Notas iniciais do capítulo

BOA NOITE! *-*

Novamente resolvi dar uma agilizada, mais de um ano com essa fanfic é uma vergonha para mim.

Quero agradecer a Claray e Sparkly Dark Angel por comentar no anterior, muito mesmo.

ANUNCIO QUE TEM APENAS MAIS TRÊS CAPÍTULOS, É O QUE EU ESTOU PLANEJANDO PELO MENOS. BRIGAS, TRETA, VERDADES, VENENO NESSE CAPÍTULO. MOMENTO ESPERADO POR MIM, LOUCA PARA ESCREVER ELE. APESAR DE NÃO TER SAÍDO COMO ESPERAVA.

Beijos e espero que curtem.



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Capítulo vinte e cinco

A verdade vem à tona 

“Quando o assunto é família, no fundo ainda somos crianças não importa o quão velho ficamos sempre precisamos de um lar para chamar de lar. Porque sem as pessoas que você mais ama, você não pode evitar em se sentir sozinho do mundo.

(Gossip Girl)

 

— Sente-se. — começou o pai com o intuito de acalmá-la.

— Está bem. — respondeu com muito esforço.

Eles estavam do lado contrário de Anne, o que a deixava mais nervosa. Pegou os papéis e colocou na mesa de maneira separada. Suas mãos tremiam e não tinha tanta esperança de que sua mãe acreditasse.

— O que é isso marido? — questionou a loira.

— Veja por si mesma. — rebateu.

Ela então pegou os documentos e começou as olhas, começando pela foto do primeiro porre de Charlotte. Quando virou a imagem se espantou com o que leu. A figura era realmente comprometedora.

— É montagem. — declarou de forma desesperada.

— Não tire conclusões precipitadas, Márcia. — sussurrou o homem.

Então correu seus olhos pelos bilhetes dos momentos que julgou a filha como culpada. Aquilo parecia mentira. Sua sobrinha que era tão doce e meiga não teria coragem de mentir ou omitir que era a autora deles.

— Quem deu isso para vocês? Mary, essa letra é da sua prima? — perguntou de forma irritada.

— É. — gaguejou.

—Está mentido, não pode ser verdade o que estou vendo. Se estiver tramando algo desse gênero Anne, considere-se expulsa dessa casa! Vou ligar para a Charlie. — exclamou. A voz que nem trovão.

Então os dois que estavam junto com a senhora ouviram um pouco da conversa em que constataram que a de olhos azuis ia comparecer na residência. Já a morena imaginava a prima vindo com as suas roupas comportadas, parecendo uma freira.

Pai e filha sentaram-se no sofá e ficaram vendo um programa que gostavam, entretanto a outra estava andando de um lado para o outro. Realmente preocupada.

— Sei que logo descobrirá que foi injusta contigo e iremos ser uma família de novo. — o moreno disse em um tom baixo para a garota.

— Espero que sim. — revidou com os olhos cheios de água.

— Meu amor, por favor, não chore. Pense positivo. Por que não chama seu noivo para te ajudar? — perguntou em forma de consolo.

— Melhor não, mas obrigada. Eu te amo pai. — confessou enquanto o abraçava de forma carinhosa.

Ia ser terrível se chamasse James para vir. Muito. Pensou.

— Eu também, sempre acreditei que era inocente.

Sorriram um para o outro e continuaram a assistir a TV. Já a loira parecia que ia furar o chão de tanto que se mexia. Logo a campainha do portão tocou, o que fez com que todos pulassem para atender. Parecia o juízo final, e para Anne realmente era.

— Boa noite, eu trouxe um filme para vermos. — cumprimentou com uma falsa animação ao entrar.

— Não te chamamos para isso Charlotte. — respondeu a mulher de forma séria.

— Mas para quê? — questionou ao levantar uma sobrancelha.

O silêncio reinou na sala. A verdade é que não tinham combinado o que falar.

— É para ajudar no que comprar para o baile de formatura. Queremos que escreva no papel qual vestido e acessórios quer. — disse o Luís.

Bela sacada!

— Onde está a caneta e o papel, Anne? — é uma folgada.

Então quando voltou ela começou a mexer no papel e a riscar nele para ver se o objeto pegava. Todos observavam com tensão. Era um momento decisivo.

“Vestido longo Stella McCartney champanhe, bolsa com pérolas da Chanel, joias de ouro branco ou diamante”

Parecia que estava esperando por esse momento e que nós pagássemos por isso. Márcia sempre a dava presentes e a mimava por não crer mais na filha. Ao ver que a caligrafia era igual à dos documentos se tornou uma fera.

— Mary, faça o favor de escrever o que quer também? — questionou.

“Como assim? Ela também vai me dar um presente?” Anne se perguntou e quase derramou lágrimas pelo que ocorreu. Faz anos que a mãe sequer olhava em seu rosto.

Então escreveu poucas coisas, não queria nada tão extravagante quanto o que a prima desejava. A mulher olhou para o papel e constatou que a letra era completamente diferente, a forma, o tipo, tudo.

 — Tia, quer que eu te ajude a comprar os presentes? — expressão de inocente.

Cínica manipuladora!

Dona Márcia então fez algo que surpreendeu a todos. Ela chegou perto da sobrinha e deu um tapa que doeu até em Anne. Chegou a estralar de tão forte e o que restou disso foi um rosto vermelho e uma garota caída no chão.

— O que foi isso? — gaguejou de forma triste.

E então começou a chorar.

— Pode se descabelar que eu não ligo. Como pude acreditar em alguém como ela, Luís? Que mentiu descaradamente, ainda acusava a prima e se fazia de santa. — rosnou em raiva.

O rosto estava vermelho.

— Eu não fiz nada, crê em mim! — exclamou de maneira desesperada.

A loira então foi em direção ao escritório e pegou uns documentos e jogou a folha em direção da Charlotte, que ainda estava fazendo seu teatro. O rímel escorrendo pelo seu rosto.

— Isso foi armação da sua filha. — berrou.

— Não tem mais o que inventar? Vai dizer que não bebe agora? A letra atrás é sua, falsa. — revidou com rancor.

Os outros que nada falavam até então olhavam a cena assustados.

— Foi ela que escreveu isso, Dona Márcia. — e ainda insiste em tentar se explicar?

Isso foi a gota da água para a mulher, que a pegou pelos cabelos e a obrigou a olhar para si.

— Nem em mil anos a minha Mary conseguiria imitar sua caligrafia, de tão feia que é. Chega de mentir e seja corajosa uma vez na vida para admitir o que fez. — gritou, estavam cara a cara, próximas demais.

Mas isso não era nem de longe uma cena romântica.

— Eu bebi sim e nunca sequer li um livro inteiro, pedi para meu ex-namorado me empurrar e colocar a culpa na minha prima também. Você é tão estupida, baixa e arrogante, que consegui te enganar direitinho. Eu sempre odiei a família perfeita de vocês e só te aguentei por causa dos presentes. — confessou, soltando-se.

Isso foi surpreendentee merecia ser filmado. E foi isso que Anne fez. Então quando guardou a câmera a de olhos azuis foi na direção dela.

— E você, sua sonsa, seu noivo não te ama e te trai comigo a todo momento. É um lixo, medíocre, tanto que nem sua mãe te quis. — ronronou.

Nesse momento até a morena não aguentou, puxou-a pelo cabelo e começou a dar socos por todo o corpo dela, mas Charlotte também se defendia. Aquele local se tornou um ringue de luta e só acabou quando Luís puxou a filha e expulsou a sobrinha aos berros.

— Não fale assim da minha filha e nunca mais ouse colocar os pés nessa casa, está me ouvindo? — gritou a Márcia quando ela estava saindo a passos fundos.

Em resposta obteve um dedo do meio, o que fez a outra querer ir atrás dela e esbofeteá-la, mas fora impedida pelo marido.

Evans ficou satisfeita por ver uns vermelhões no braço da biscate e pelo que sua progenitora disse, o que fez com que sorrisse. Uma expressão de vitória. Mas quando olhou para o sofá isso sumiu, já que sua mãe estava aos prantos agarrada no escoro. E quando chegou perto para consolá-la a loira enlaçou suas pernas.

— Desculpe essa pobre mulher, por favor. Por não acreditar em ti e te bater por isso, dê-me uma chance para que possamos recomeçar. — declarou.

— Eu... — não sabia o que dizer e olhou para seu pai.

Ele apenas fez um meneio com a cabeça, em sinal de positivo.

— ...te perdoo, mãe. — respondi com um fraco sorriso.

A loira então levantou a cabeça e a abraçou corretamente, as lágrimas caindo no ombro da pequena.

— Espere um momento, pois tenho algo para te mostrar. — disse após o ato, parecia alegre e aliviada ao mesmo tempo.

Então foi até o escritório e buscou umas sacolas, pareciam ser pesadas, e deu a Anne. Quando a morena abriu percebeu ser presentes, umas bonecas, pulseiras, brincos, um relógio caríssimo e roupas da moda. Então ao constatar o que tinha dentro olhou para os dois em dúvida.

— Esses são todos os presentes que comprei para você minha filha, de cada momento festivo depois do que ocorreu, mas não tive coragem e estava muito magoada para dá-los. Guardei todos porque meu marido pediu, e hoje fico grata por ele ter me impedido de jogá-los fora. — confessou.

— Então você lembrou? Muito obrigada mãe, mesmo. — deu a resposta e enlaçou os dois com carinho. — Eu amo vocês.

— Também te amamos.

Família reunida, comendo pipoca e vendo o filme que Charlotte havia deixado na casa deles. Era até um roteiro bom, mas nada melhor que ter presenciado uma briga estilo novela mexicana.

— Filha, o que a Charlotte disse sobre o seu noivo te trair é verdade? — questionou o homem.

E vai começar. Só que não ia mentir novamente, não com o que foi esclarecido hoje.

— A biscate que o beijou a força, mas ele correspondeu sim. Só que isso não me impede de me casar com James. — explicou.

— Olha a boca Mary Anne Evans! — limitou a mãe.

— Como assim vai se unir a ele? Eu a proíbo. — ameaçou o moreno.

— Não comecem, eu vou me casar com ele e pronto. — contrariou.

A de olhos pretos não queria ficar com o ruivo, entretanto sabia que nada poderia fazer. E rebater seus pais era no mínimo divertido.

— Desmarque esse matrimonio já! — esbravejou.

— Pai, ele me ama, e a Charlotte só sabe fazer intriga por gostar dele. Por favor, aceitem. — calma.

— Você é que tem nos obedecer. — revidou.

— Ele até já me deu o anel, seria ruim ter de devolver essa linda joia. — declarou, tentando parecer tristonha.

— E é maravilhoso mesmo, é de diamante? — comentou a mãe.

— Sim! — animada.

Compraram com o dinheiro dela, mas tudo bem.

— Mas você não irá se casar com esse tal de James. — interrompeu o moreno.

— Deixa ele para lá filha e conte-me como foi a declaração. — falou.

— Eu estava no pátio da escola e...

Então a noite seguiu com brigas, contos e nada foi decidido. Algo que Anne sentia falta e ficou feliz por novamente estar envolvida nisso.


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Notas finais do capítulo

Gostaram do capítulo? Eu achei super legal, bem feito para a Char.

Mandem-me reviews? Pelo menos para dizer: adorei a surra que ela levou. IUUUUUUUPI, uma recomendação seria demais também.

Beijossss.



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