Faça-me Um Pedido! escrita por Apiolho


Capítulo 1
Capítulo 1 - Senhorita Ego


Notas iniciais do capítulo

Boa noite! Estou aqui, passando da uma hora da madrugada, para postar minha nova história.
Prometo que tentarei continuá-la.
Beijinhos e espero que gostem.



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Capítulo um

Senhorita ego

“Amor e desejo são coisas diferentes. Nem tudo o que se ama se deseja e nem tudo o que se deseja se ama.”

(Miguel Cervantes)

 

Seu cabelo, de um estranho tom preto, se mexia constantemente por causa do vento. Praguejou quando alguns fios acertaram seu rosto, fazendo com que não pudesse ver nada a sua frente. Tentou andar para o outro lado do lago particular, mas de nada adiantava. Seus pensamentos sobre o quanto era azarada vieram à tona quando um tropeçou em algo duro, provavelmente uma pedra.

Pegou o objeto em suas mãos com raiva. “Era sempre assim”. Constatava com cólera nos olhos de cor preta, tão grandes que poderiam ser comparados com duas jabuticabas. Não soube como aconteceu, mas logo estava pensando em sua escola. Sua maldita vida educacional! A garota não entendia por que isso tinha que existir, principalmente na parte em que tinha que conviver com aquelas pessoas vulgares.

Só se importam em ser populares. Apenas isso.

E ela, como uma incrível antissocial, os julgava como inferiores por só pensarem nisso. Mesmo não tendo amigos seu ego era enorme. Mas, na maioria das vezes, queria ser como eles. Lanchar no lugar mais “badalado”, não ser zoado e, principalmente, não ser tão diferente.

Seus pais a mandaram várias vezes para a psicóloga. Sendo que eles sempre tinham uma péssima impressão dela, pensando que tivesse auto-estima baixa e que esse era o problema por ser tão solitária.

Ah! Até um diário a guria teve que fazer, imagina?

E essas simples anotações foram vistas por sua mãe, a psicóloga e pela patricinha mor do colégio, sendo xerocado e mostrado para quem quisesse ver na escola. Podem ter certeza que ela espalhou em todos os cantos daquele imundo lugar. Bem... no final todos os papéis e o próprio diário foram queimados pela “vítima”.

A verdade é que Anne tem o ego de uma popular e isso a fazia se sentir mais confusa ainda com seu destino. Seus parentes que tiveram sorte, pois todos são os melhores em algo. Sua prima Charlotte é líder de torcida, seu primo é capitão de futebol americano, até seu irmão tinha algo com que se orgulhar, era superdotado e já estava fazendo faculdade com apenas 15 anos de idade.

E ela uma nada. Tirava notas razoáveis, pintava, porém todos a superavam em qualquer coisa que era boa. O problema é que bom não é bastante, tinha que ser maravilhosa. E odiava tudo isso, toda aquela gente mesquinha, sua mãe e pai que davam mais atenção aos outros, mas mesmo assim a amava. Não davam o devido valor que merecia e isso a deixava angustiada.

Jogou a pedra com toda a sua fúria no lago, fazendo com que ela pulasse até cair a 6 metros da onde estava. Logo uma fumaça começou a surgir da enorme pedra que estava perto dela, deixando-a assustada.

Três pessoas rapidamente aparecem em sua frente, trajando roupas esquisitas. Tinha um de cabelo loiro, preto e ruivo. O do meio era mais forte, porém não pareciam que usava bomba. Ela prestou mais atenção neste, notando que ele estava usando uma burca mediana, com uma pedra enorme no meio, e tinha um sorriso sarcástico em seus lábios.

— Você se chama Anna, não? — perguntou, estufando o peito enquanto falava.

— É Anne! — berrou, ela sentia raiva quando erravam seu nome. — Mas... quem são vocês? — disse aos gaguejos.

Droga! Geralmente é os outros que fazem isso em sua presença, não ela.

— Sou um gênio, não é óbvio? — declarou o moreno, dando um sorriso torto.

Seria tarada demais se ela o achasse bonito desse jeito? Claro que não mais lindo que os do lado, mas isso não importava. Ela logo gargalhou ao ouvir o que ele disse, encostando as mãos na barriga de forma exagerada.

— E eu ganhei a miss universo no ano passado. — ironizou, indo em direção a sua casa. — Acho melhor vocês irem embora agora, pois eu posso chamar a polícia em um minuto. — finalizou, começando a andar novamente.

— Ei! Não faça isso, por favor. Eu posso realizar o que quiser, mas
apenas tem direito a um pedido. — declarou, correndo atrás dela com os outros em sua cola.

— Não vou acreditar em você, gênios não existem! Apenas algo que ocorre em desenhos como o Alladin. — exclamou, tapando os ouvidos.

Lembrou-se de todas as vezes que foi zoada por sua família por ter amigos imaginários até os 13 anos e o quanto ficou triste quando disseram que o papai noel, coelho da páscoa e a fada do dente, fazendo com que ficasse vários dias trancada em um quarto ao choro.

Hoje ela ri disso e conta para quem quiser que fosse que nada disso era real.

— Então irei te provar o que estou te dizendo. Sei que queres um amor, e é isso que vou te dar. Pode escolher qualquer um dos dois. — comentou, apontando para os meninos ao seu lado. — Um é rico e outro é pobre, porém o segundo a fará feliz e o primeiro a fará sofrer. — declarou, mostrando o loiro e depois o ruivo.

— Cala a boca! Nem todas as mulheres sonham com o príncipe encantado, tá? — declarou.

— Mas ter um namorado fará com que tenha popularidade. É isso que quer, não é? — perguntou, mostrando seu terceiro sorriso: O sacana.

— Estou perdendo tempo aqui. — disse, virando as costas.

Foi impedida com um puxão brusco em seu braço, notando que era o líder do trio. Já que gangue só pode ser feito com quatro pessoas.

— Não toque em mim! — rosnou, dando um tapa na mão dele.

— Nunca te ensinaram que é feio sair no meio de uma conversa, criança? — questionou, sabendo que iria irritá-la.

— Em primeiro lugar eu não sou criança, já tenho 17 anos de idade. Você não sabe com quem tá lidando, Sr. gênio. Meu pai é dono da maior empresa do Estado e pode arruinar a vida de vocês, é só eu pedir. — disse.

— Meu é Ethan, criança. Faça-me o favor, eu não tenho medo de uma garotinha que não chega nem a ter 1,50m.

— Eu tenho um e cinquenta e cinco, tá legal? Aliás, por que eu ainda continuo aqui, em? Adeus. — de que adiantava fugir, se ele sempre a impedia?

— Não vai responder a minha pergunta? — estúpido.

— Está bem, apenas saia daqui! — furiosa.

— Boa garota! Só tem uma condição para isso, quem escolher irá se casar contigo. — ela fechou o punho.

— Está louco? Você faz o que quero e casar com um deles não está em meus planos. — disse.

— Estou apenas fazendo um favor, pois com esse corpo de tábua e essa cara monstruosa não vai arranjar ninguém. E você aceitou e não estipulou suas regras, agora já é tarde demais e único pedido já foi usado.

— Para com isso, você não é um gênio! — disse.

Dava para ver, ele já tinha perdido a paciência.

— Apenas escolhe um. Aliás, nós vamos morar na sua casa, pois precisamos estar contigo para que o pedido seja feito.

— Agora você enlouqueceu de verdade, eu não quero três pervertidos na minha mansão. — disse de forma manhosa, batendo o pé na grama de forma afoita.

Notou que tinha pisando em um esterco, notando que deveria seu siamês afeminado, um capeta em forma de gente.

— Ei! Não sou um pervertido. — declarou o ruivo, fazendo seu rosto ficar vermelho.

— Já de mim eu não garanto. — disse o loiro dando uma piscadela.

— Agora vocês falam, não é? — revirou os olhos.

— Apenas diga o escolhido, depois resolvemos sobre morar em sua casa. — declarou.

— O ruivo. — disse. — Odeio pervertidos.—murmurou depois para si, fazendo com que ninguém ouvisse. Ethan depois que ouvir quem ela escolheu deu seu sorriso sacana. — E em relação a moradia não a escolha, vocês não vão ficar aqui e pronto.

— É o que tu pensa. — disse, saindo com eles em seguida.

O moreno sussurrou algo para o homem do lado, fazendo com que o ruivo fosse em direção a ela e a beijasse no rosto, corando em seguida.

— Eu não me apresentei né? Eu sou o James, prazer. Aquele ali é o Max. — finalizou, saindo rapidamente em seguida,

Estranhou tudo que aconteceu, correndo para a sua residência às pressas. Isso foi algo muito maluco, principalmente a decisão que tomara. Seu vestido levantará com o vento, fazendo com que o abaixasse e virasse para trás, fazendo com que visse o loiro a olhando com malícia.

Céus! Onde ela foi se meter?


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Notas finais do capítulo

Gente! Quem talvez já tenho lido outra fic minha percebeu que eu sou fissurada por James, não é? Qualquer coisa é só mandar no review, até me xingar pode. Eu deixo!
Beijos! *-*