Eu apertei os olhos quando o peso colidiu com meu corpo e os abri novamente, dois olhos azuis, um grande sorriso e covinhas estavam sob mim. Harry ria da situação e eu tentava não morrer sufocada.

–Sai de cima de mim, Harry! Você é pesado! –eu gritei.

Ao invés de me ajudar, os quatro riam da minha cara.

–Tirem ele de cima de mim! -eu choraminguei.

–Eu saio! -Harry gritou e começou a levantar, mas antes disso fez questão de me espremer contra o chão.

Eu percebi que enquanto eu não me irritasse de verdade, ele não sairia, então levantei o braço, levei minha mão até suas costas e subi até sua cabeça. Eu puxei os cachos perfeitos e castanhos de seus cabelos e sua expressão divertida mudou para dolorida.

–Sai agora ou eu puxo mais forte. -eu disse, séria.

–Ta doendo, Luh!

–Essa é a intenção! Você também está me machucando! -eu disse.

Ele começou a se levantar e eu sorri, vitoriosa.

–Obrigada pela ajuda, inúteis! -eu murmurei para os meninos.

–De nada! -eles responderam.

–Ai, eu cansei! -Harry disse.

–De que? De ficar deitado em cima de mim? -eu disse sarcástica.

–É! -ele respondeu.

–É melhor eu ir, já está tarde e amanhã eu tenho aula. -eu desviei do assunto.

–Dorme aqui! -ele disse.

–Eu não posso, não tenho nem roupa para dormir aqui!

–Eu posso te emprestar uma blusa minha.

–Mas...

–Fica! -ele fez cara de pidão.

–Tá! -eu cedi.

Ele me guiou até o quarto.

–Boa noites, meninos! –eu disse, antes que Louis terminasse de feichar a porta.

–Agora você é só minha. -nós rimos.

Ele me beijou e foi até a cômoda. Ele abriu a segunda gaveta e dela tirou um moletom branco e que em mim ficaria longo.

–Vista isso! -ele disse, jogando o moletom para mim.

Da mesma gaveta ele tirou uma calça de moletom e uma regata branca. Ele começou a tirar a roupa e agora estava apenas com a boxer, o que, na minha opnião, era extremamente sexy, mas eu não ia dizer isso, então apenas mordi disfarçadamente o lábio.

–Onde é o banheiro? -eu perguntei.

–Eu já vi tudo o que está aí mais cedo. -ele disse, se jogando na cama, enquanto me encarava.

–Mas eu ainda tenho vergonha. -eu respondi num tom quase anaudível.

–Eu tampo os olhos. -ele disse pondo as mãos sob os olhos. Eu sabia que ele estava espiando, mas ignorei e tirei minha roupa até estar só com minhas roupas íntimas.

–Eu sei que você espiou. -eu disse me deitando ao seu lado.

–Eu sei que sabe disso! -ele respondeu e me cobriu.

Eu me virei para ele e me ajeitei o máximo possível para que me sentisse confortável ali, o que não demorou muito. Ele me abraçou e deitou minha cabeça sob seu peitoral quente e macio. Eu estava exausta, então logo caí no sono, mas ainda podia sentir ele me dando leves beijos na cabeça.