Um Conto De Natal 01 escrita por Camila Dornelles


Capítulo 5
Capítulo Unico, parte 05.




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            Olívio se levantou e Fe lhe deu um caixa, dentro um celular trouxa.

- Pra você aprender a se misturar aos trouxas. E acompanhar a Camila.

- Eu tirei um ex-inimigo, eu acho. Sempre fomos meios rivais e... Bom, eu tirei o Malfoy.

            Draco se levantou e os dois trocaram um aperto de mão caloroso. Olívio lhe dera um bonito relógio.

            Como Draco já havia entregado seu presente. Os dois se sentaram.

- Quem falta? – perguntou Andy – Severo e...

- Eu. – disse Sirius.

            Os dois se levantaram.

- Eu o tirei. – disse Sirius.

- E eu o tirei. – repetiu Snape.

            Fernanda e Andy se levantaram e seguraram os maridos pelo braço antes que eles se matassem. A ruiva enfiou a mão no bolso de Sirius e tirou de lá sua varinha. Os dois trocaram pacotes. Sirius ganhara um vinho tinto e Snape um livro com poções antigas de outras culturas. Fe puxou Sirius de volta para o sofá enquanto Andy falava com Severo.

- Usarei esse vinho em você mais tarde. – sussurrou Sirius.

            Sua esposa corou.

- Seria legal se alguém contasse uma historia para as crianças não? – indagou Leh olhando para os filhos.

- Mas quem? – perguntou Rony.

- Alguém sábio... – disse ela – Que conheça boas historias.

- Dumbledore seria perfeito! – exclamou Rony.

- Sim legume! – ralhou Fred – Mas Dumbledore esta morto. Não sei se você se lembra desse pequeno detalhe.

- Eu sei! – retrucou Rony – Mas então, quem?

            Camila e Fernanda trocaram um olhar cheio de ideias.

- Espera. – disse Olívio – O que as duas estão tramando?

- Quando elas se olham desse jeito, vem bomba por ai. – disse Sirius revirando os olhos.

            As duas deram as mãos e fecharam os olhos. Segundos depois uma outra porta surgiu no canto da sala e alguém começou a bater.

- O que é isso? – indagou Draco.

            Todos os adultos empunharam as varinhas. Harry se aproximou da porta e a abriu. De lá, saiu um velho. Ele tinha cabelos e barba branca e olhos incrivelmente azuis. Vestia um avental sujo e trazia uma flanela na mão.

- O que diabos...

- Alberforth! – exclamou Camila correndo para abraça-lo. – Funcionou!

- Que parte da fic eu perdi? – indagou Rony.

- Nós pensamos que ele seria perfeito para contar uma historia. – esclareceu Fernanda – e desejamos a sala que o trouxesse aqui.

- Espera! – disse ele – Contar historias? Que palhaçada é essa?

- É! – disse Andy se aproximando – Para nossos filhos!

            Ele ergueu uma sobrancelha.

- Por favor. – implorou Camila.

            O velho olhou para seus olhos azuis e bufou.

- Certo. Não estou fazendo nada mesmo!

- Eba! – exclamou Leh – Crianças! Venham! Vamos ouvir uma historia.

            Na frente da arvore, ficando em frente aos sofás e cadeiras que estavam os adultos, surgiu uma poltrona. As crianças se agruparam algumas sentando no chão e outras no colo dos pais enquanto Alberforth se sentava na confortável poltrona.

- Muito bem, muito bem. – começou ele – Vejo que já formaram suas famílias. Filhos lindos vocês tem.

            As mulheres sorriram.

- Lembro-me de vocês todos no primeiro anos. Todos uns fedelhos birrentos. – eles riram – Todos com fogo na poupança... Mais bem. Que historia vocês querem ouvir?

- Alguma de Natal. – pediu Gaby.

- Muito bem. – ele assentiu – Vejamos... Tem uma muito boa, que conheço de cor. Acho que vocês vão gostar... É uma historia antiga, da época que ainda se usavam carruagens para andar pelas ruas, e não carros.

“ Tudo começou em uma tarde de véspera de Natal em uma pequena cidade na nossa querida Londres trouxa. Um senhor, chamado Forth, estava sentado em uma confortável cadeira em seu escritório cuidando de alguns papeis. Quando um grupo de pessoas passou pela rua cantando uma musica natalina.

- Droga! – exclamou ele fechando as cortinas da janela – Odeio o Natal!

- Feliz Natal tio! – disse uma voz na porta.

            Era Gabriel seu sobrinho.

- Que Deus o proteja. – exclamou ele sorrindo.

- Que droga. – disse Forth mal humorado.

- Que droga? – repetiu Gabriel – O senhor ainda tem essa birra?

- Feliz Natal. – repetiu o velho bufando – Que direito você tem de estar feliz? É pobre, não tem um tostão no bolso.

- Que direito você tem de ser melancólico? – retrucou Gabriel – É rico esqueceu?

- Que droga. – repetiu o velho mexendo com um falso entusiasmo em alguns papeis.

- Não fique zangado, tio. – disse ele.

- Como não vou ficar zangado? Se por todos os lados tem vários paspalhos cantando canções felizes e saltitando pelas ruas. O que é o Natal, além de uma época que você fica um ano mais velho e nem um centavo mais rico.

- Tio! – disse ele franzindo a testa irritado – Você pode jantar la em casa e...

- Festeje o Natal do seu jeito – interrompeu o velho – e deixe que em festeje do meu.

- Festejar? O senhor não festeja!

            Dito isso, ele saiu batendo a porta.

            Duas horas depois, o velho Forth fechou o escritório e foi para sua casa. As ruas estavam decoradas com piscas-piscas e laços. Ele revirou os olhos perdido em lembranças amarguradas. Seus pais haviam morrido há sete anos, naquele dia. No Natal. Então, seu irmão mais velho, Al, foi viajar pelo mundo com um amigo, e sua irmã mais nova, Ana, foi morar com a tia. Forth, então, ficou sozinho e com a maior parte da fortuna dos pais. ”

- Coitado do Forth. – disse Nico sentando no chão ao lado de Alvo.

- É mesmo. – concordou o filho dos Potter – Deve ter sido horrível.

- Acho que foi sim. – concordou Alberfoth e continuou a historia.

“ Ele chegou em sua grande mansão e, depois de entrar, fechou-a com treze cadeados, uma superstição boba que tinha na época. Ele vestiu seu pijama e com um prato de sopa nas mãos foi para o seu quarto.

            Era um dos maiores aposentos da casa, porem não tinha muitos moveis, só uma cama de dossel com cortinam vinho e douradas que iam até o chão, uma lareira, duas poltronas em frente à mesma (embora uma nunca tenha sido usadas), e um pequeno guarda-roupas no canto.

            Forth sentou-se em sua poltrona e começou a comer.

            TOC TOC

                        Alguém batia na porta do quarto. Mas, era impossível! Tudo estava trancado, ele estava sozinho em casa. Então, o barulho mudou, agora grossas correntes pareciam arrastar algo pesado pelo chão.   

- Quem esta ai? – indagou ele.

            Ninguém respondeu, as correntes agora estavam mais fortes, o som estava mais perto. A maçaneta da porta rodou para um lado e para o outro, mas a porta não se abriu. Então, uma enorme caixa presa por uma corrente, em um tom acinzentado, atravessou a porta e parou ao lado da poltrona.

- O que é isso? – exclamou o velho assustado tentando ver por onde a caixa passara. Impossível de ter atravessado a parede.

                        Então outras caixas caíram ao redor do velho Forth, presas por grossas correntes. E todas elas iam para a porta, como estivessem presas ou ligadas a algo do outro lado do objeto. Alguma coisa rosnou, e atravessando a porta, apareceu um homem.   Ele era cinza como as caixas, e tinha um aspecto apavorante. Ele era meio transparente também, mas Forth podia ver exatamente seu rosto e as correntes, que estavam amarradas em seu corpo. O homem flutuou até mais perto de Forth, que pela primeira vez, em muito tempo, sentiu medo.

- E isso agora? – indagou apavorado – O que você quer de mim?

- Muitas... coisas. – respondeu o fantasma calmamente.

- Quem é você?

- Pergunte... quem... eu... era... – corrigiu o fantasma falando pausadamente.

- Quem era você então? – indagou Forth com as pernas tremendo.

- Em vida... Eu era seu pai... Richard. – respondeu ele com o olhar perdido.

            Forth ofegou.

- Quer sentar um pouco? – indagou apontando para a poltrona a sua frente.

            O fantasma flutuou e deixou-se cair pelo móvel.

- Você... não... acredita... em... mim? – indagou ele.

- Não acredito. – disse Forth.

- Por que... duvida de seus sentidos? – perguntou Richard.

- Porque qualquer coisinha atoa pode afeta-los! Pode ter sido um pedaço de bife mal feito, ou um pedacinho de queijo! Ou...

- CHEGA! – pediu ele.

- Que aparição horrenda. Porque veio me perturbar? Porque esta acorrentado?

            Richard olhou para suas correntes.

- Eu uso a corrente que fiz em vida... Fiz cada metro dela, não lhe parece familiar? – ele pegou uma corrente e levou para perto do rosto do velho.

- Não. – respondeu ele rapidamente – Nunca vi isso na minha vida.

- Pode imaginar o peso e o tamanho da corrente que você carrega? A sete Natais já era longa e pesada, imagine agora.

- Pai... – disse ele com a voz que ainda lhe restara – Não faça isso comigo.

            Richard se afastou flutuando.

- EU ESTAVA CEGO! – rugiu ele balançando suas correntes – Não enxergava minha própria vida! Escute-me! Meu tempo esta acabando... Vim aqui para avisa-lo. Você ainda tem uma chance, ainda tem uma esperança. Três espíritos virão vê-lo.

- Essa é a chance que eu terei? – indagou Forth meio irritado – Prefiro não ter.

- Essa é a sua ultima chance... – alertou o espirito de seu pai.

            Ele flutuou para a janela, e atravessou o vidro flutuando pelo céu, e desaparecendo em seguida.

            O velho Forth encarou a poltrona que o fantasma estivera, e chegou à conclusão de que estava com sono. E que fora viagem da sua cabeça.

            Deixando o prato de sopa inteiro como o trouxe, ele deitou-se em sua cama e fechou as cortinas, cobrindo-se até a cabeça e fechando os olhos com força. Sabia que não conseguiria dormir, de jeito nenhum... Então ele se pôs a pensar em dinheiro. Seu assunto preferido. Seu coração deu um pulo, alguém abrira as cortinas de sua cama. Mas Forth só via uma luz, uma bonita luz amarela. Ela foi ficando mais forte e uma pequena forma surgiu.

            Quando a luz ficou mais fraca, ele pode ver quem, ou melhor, o que era.

Uma criança. Uma garota. Ela usava um vestido branco e tinha asas. Era loira e tinha feições albinas.

- Qu-Quem é você? – indagou Forth ficando sentado.

- Eu. – anunciou a menina sorrindo – Sou o Espirito do Natal passado.

- Passado há muito tempo? – indagou ele.

- Do seu passado. Venha, vamos passear! – e estendeu a mão.

            Forth se levantou e vestiu um hobe, afinal, lá fora nevava. A menina sorriu e pegou na mão dele, o levando para a janela.

- Espera! – exclamou ele – Eu não voo como você.

- Basta eu tocar aqui – ele depositou a mão no coração dele.

            Imediatamente, seus pés saíram do chão. Ele exclamou assustado. O fantasma pegou sua mão e Forth se viu voando em alta velocidade por uma floresta coberta de neve. A menina ao seu lado, sorria, seus cabelos balançavam, mas não ficavam despenteados. Os dois chegaram então, a um vilarejo e pararam.

- Céus. – disse Forth – Eu fui criado neste lugar. Eu cresci aqui.

- Ainda se lembra do caminho?

- Se eu ainda me lembro? – indagou ele – Posso andar por aqui de olhos vendados.

            Crianças passaram brincando a cavalo, e uma delas atravessou o corpo de Forth. Ele gritou.

- São só sombras de coisas que existiram. – esclareceu o espirito – Não podem nos ver nem ouvir.

            Uma carruagem com varias crianças passou frente a eles cantando uma musica de Natal.

- Conheço eles! – Forth apontou para as crianças – Foram meus colegas de classe!

- Vamos continuar...

            O espirito pegou seu braço, e eles voltaram a voar, em alta velocidade. Passaram pelo vilarejo, e Forth reconheceu a padaria, a praça central, a igreja, e vários outros lugares que frequentara quando era menor. Eles pararam frente a uma grande casa de tijolo antigo. Varias janelas escuras preenchiam a grande parede.


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