Simplesmente Viver: Anos Um e Dois escrita por CR


Capítulo 8
Coisas Estranhas e a Reunião


Notas iniciais do capítulo

Percebam que eu quero que a Siria seja um pouco diferente do Harry, pelo menos, a reação que ambos têm à sua primeira experiência, porque sempre pensei nas várias maneiras de reagir às criaturas.
Não peço que toda a gente goste da Siria, eu só quero que saibam que a Siria não é assim tão perfeita e ao longo de Simplesmente Viver eu espero mostrar isso.
Por favor comentem, nem que seja a dizer para eu não publicar o ano dois

Boa leitura



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Coisas Estranhas e a Reunião

Estavam os três a caminho quando Hagrid veio ter com eles. Siria ficou espantadíssima com a altura de Hagrid, ele era tão grande em relação a ela, em relação a todas as pessoas que já conhecera.

- Prof. Dumbledore, Profª. McGonnagall, e menina, boa tarde. - Cumprimentou ele com um sorriso. Siria retribui-o com um enorme sorriso. - Prof. Dumbledore, posso dar-lhe uma palavrinha sobre um assunto muito importante? São só uns minutinhos.

- Claro, claro, Hagrid. Minerva, leva, por favor, a Siria até ao meu gabinete. Os professores já devem estar todos lá. - Pediu Dumbledore, retirando-se, juntamente com Hagrid, para uma sala.

- Vamos, Siria, não falta muito. - Mandou Minerva.

- Professora, que tipo de reunião é esta que eu e os professores vamos ter? - Perguntou Siria com receio.

- Não sei. - Mentiu McGonnagall. A verdade é que a professora já sabia, Albus já lhe contara a razão da reunião e, por mais que tentasse, McGonnagall não percebia o Diretor. Porquê julgar Siria pelo poder mágico que tem? Ela era apenas uma criança de 13 anos e um doce de criança.

- Posso ir ao meu quarto, Professora? Esqueci-me de uma coisa lá. - Pediu Siria abruptamente.

- Do que é que te esqueceste?

- Duma coisa que me acompanha para todo o lado, é muito importante que venha comigo para esta reunião também. - Disse Siria.

- Claro, claro. Eu vou andando para o gabinete do Diretor. Como tu já sabes onde é, suponho que não haja problema algum. - Siria foi quase a correr e Minerva seguiu para o gabinete de Dumbledore.

Siria estava a caminho quando encontrou a sala onde Dumbledore e Hagrid entraram para ter a tal conversa. Sem resistir à curiosidade, pôs-se à escuta.

- Tem calma, Hagrid. Hogwarts é o sítio mais seguro do mundo mágico e não-mágico para guardar o que quer que seja. - Dumbledore tentava acalmar Hagrid, dizendo a verdade acerca da escola. - Tu sabes isso, Hagrid. Tu fazes sempre questão de o dizer aos alunos. Por que razão estás preocupado agora? - Perguntou Dumbledore.

- Porque assaltaram Gringots, um dos sítios mais seguros do mundo, tentaram assaltar o cofre ond' estava escondida a P...

- Mas, Hagrid, não compares a segurança de Hogwarts com a de Gringots. Todos os professores a protegem, os professores de Hogwarts são os melhores feiticeiros do mundo. - Descansou-o Dumbledore.

- Eu não duvido disso, professor, mas mem' assim, parece-m' algo perigoso. Imagine se Hogwarts é atacada pelos assaltantes, os alunos podem correr risco de vida.

- Eu preocupo-me com isso, Hagrid. Está descansado, tudo vai correr bem. - Tentou confortar Dumbledore. - Vá, eu agora tenho que me reunir com os professores e com a aluna Siria Sfear.

- O Harry falou-me dela, diz que é a sua melhor amiga desde que tem 3 anos, deve ser uma pessoa muito especial pela maneira como ele falou dela. Via-se que ele gostava mesmo dela. Parece que a amizade deles é muito forte. - Siria sorriu com a afirmação de Hagrid. - Gostaria de a conhecer.

- Mas tu já a viste, Hagrid. Eu estava com ela e com a professora McGonagall quando tu nos interrompeste. - A voz de Albus era de aborrecimento. - Mas nós vamos ter a reunião com ela, porque ela tem muito poder mágico e, assim, pode ser uma ameaça à segurança dos alunos. - Siria sentiu-se ofendida, ela controlava muito bem o poder que tinha.

- Mas ela não consegue controlá-lo? - Perguntou Hagrid preocupado.

- Consegue. Por isso mesmo é que pode ser perigosa, porque pode virar para o lado do Mal. - Esclareceu Dumbledore. Siria foi embora dali a correr para o quarto. - Ela não me inspira coanfiança.

- Mas ela é a melhor amiga do Harry, Prof. Dumbledore.

- Bom, eu tenho que ir, Hagrid, já devem estar todos à minha espera.

- Claro, claro. - Dumbledore saiu para o seu gabinete.

No seu quarto, Siria chorava enquanto pegava num fio com 4 medalhas. Abriu-as mostrando as caras dos seus pais, dos seus avós paternos, da sua avó Lindis e de Harry, beijou cada uma delas e pôs o fio ao pescoço. Saiu, tentando limpar as lágrimas que caiam. Siria começou a correr em direção ao gabinete do Director. Ela não queria chegar depois do diretor para não deixar a Profª. McGonagall mal vista, mas tal seria impossível, visto que ele já devia ter saido. No minuto a seguir, já estava em frente à porta do gabinete, Siria não entendeu como foi aquilo possível, mas nem sequer quis saber.

- Sapatos de chocolate. - Disse ela para a gárgula, que se moveu, dando-lhe passagem. Siria depressa subiu as escadas a correr. Os professores já estavam todos lá, exceto o Diretor e o Prof. Snape. Todos os professores conversavam uns com os outros.

- Siria, já chegaste. E vejo o objeto de que tanto falavas. - Disse Minerva, sorrindo. Siria retribuiu-lhe o sorriso, passando a mão pelo fio e segurando as lágrimas, não queria que as pessoas pensassem que ela era uma fraca.

- Por que razão é que o Severus ainda não chegou? - Perguntou Dumbledore, entrando no seu gabinete. Siria olhou para ele com um olhar que não transparecia nenhum sentimento. Siria não o podia julgar, pois ainda não o conhecia verdadeiramente. Lá por ele desconfiar dela, que estava cheia de boas intenções, não queria dizer que era uma pessoa estúpida, apenas uma pessoa muito desconfiada.

- Não sabemos. - Respondeu McGonnagall prontamente.

- Ah, já estão todos presentes. - Disse Snape, entrando no gabinete sem dar nenhuma desculpa para o seu atraso. Siria ergueu a sobrancelha incrédula com a cena que via.

- Bom, vamos começar então a reunião. - Disse Dumbledore com imponência. Depois virou a cara para Snape, acenando com a cabeça. Snape assentiu, olhando para Siria, que fingia não estar atenta àquela cena.

- Miss. Sfear, dê-me a sua varinha. - Mandou ele, estendendo-lhe a mão. Siria olhou para a mão estendida do professor, sem fazer menção de lhe dar a varinha.

- Para que fim o senhor quer a minha varinha? - Ela tentou ser diplomática.

- Quero apenas vê-la, saber a sua composição. - Respondeu ele friamente.

- O senhor sabe a composição. Estava presente quando Mr. Olivander ma disse. A minha varinha tem 30 centímetros, é de madeira de nogueira e o seu núcleo é composto por sangue de leão, pêlo de unicórnio e fogo de fénix. Agora, diga-me a verdadeira razão para querer que lhe entregue a minha varinha. - Pediu ela raivosamente.

- Miss. Sfear, eu quero a sua varinha porque acho melhor não a ter durante a reunião pelo bem estar de todos. - Siria enrugou a testa ao aperceber-se de que ela não era perigosa apenas para o diretor, mas para outros professores.

- Claro, professor, aqui tem a varinha. - Disse ela estendendo-lhe a varinha, ele aceitou-a. Quando Severus pegou na varinha, esta emitiu um raio de luz amarela, deitando o professor contra uma estante de livros. Siria correu a socorrê-lo, ajoelhando-se a seu lado. O professor estava inconsciente.

- O que é que tu lhe fizeste? - Perguntou Dumbledore a Siria.

- Eu não fiz nada, eu só lhe dei a minha varinha, eu juro. - Siria tinha os olhos arregalados, não percebia nada daquilo.

- Siria, acalma-te. - Pediu McGonagall, tentando erguer Siria do chão. Esta não cedeu, começando a chorar.

- Eu não pedi isto, eu juro. Professor, acorde. - Mandou ela deseperada, abanando Snape com toda a sua força.

- Tu só estás a piorar a situação, Siria. Deixa-me vê-lo. - Mandou Dumbledore. Siria levantou-se afastando-se com a sua varinha, metendo-a em cima da mesa de reunião, junto do lugar onde o Diretor se sentaria. Siria sentou-se, tentando acalmar-se, enquanto via Dumbledore proferindo feitiços numa tentativa de o acordar.

- Siria, tem calma, o que aconteceu pode acontecer a qualquer um. - Minerva tentava confortá-la com a mentira. A verdade é que ela achava aquilo muito estranho.

- Minerva, eu tinha razão, ela parece ser muito querida e muito doce, mas veja o que aconteceu. - Disse Trelawney.

- Cala-te. - Mandou McGonnagall, batendo palmas. Siria rezou para que fosse Figus a vir.

- Siria, porque estar a chorar? - Perguntou o elfo logo que veio.

- O Prof. Snape está inconsciente, Figus. Quando fico nervosa, começo a chorar. - Respondeu ela.

- Figus trazer algo para acalmar. - Figus estalou os dedos, fazendo aparecer um chá bem quente.

- Obrigada, Figus. - Siria acalmou-se ao beber o chá. O prof. Snape acordou.

- Adeus, Siria. - Disse Figus, Desaparecendo.

- Vamos começar a reunião. - Anunciou Dumbledore. Todos se sentaram.

A reunião não parecia ser tão má quanto Siria imaginou. Já se tinham sentado há cerca de 3 minutos e ainda ninguém tinha falado, nem mesmo o Diretor. Parecia que nenhum dos professores sabia o que dizer. Siria sabia que o silêncio dos professores se devia a uma ordem de Dumbledore, via-o nos olhos do diretor e dos outros professores, exceto nos de Snape, suspeitava que o professor não falava simplesmente por pensar que ela não valia as suas palavras. Siria não se sentia mal com o silêncio das pessoas que a rodeavam. Sabia que era uma estratégia de Dumbledore para a fazer sentir-se mal, mas o silêncio era uma coisa que não a afetava, muito pelo contrário, o silêncio dava-lhe espaço para pensar.

- Bom, já que ninguém tem nada a dizer, não sei o que estou a fazer aqui, supostamente devia estar a dar uma aula. - Falou Severus friamente. Os outros professores olharam para ele chocados, como que a perguntar, com o olhar, como podia ele desobedecer a uma ordem direta do Diretor Albus Dumbledore. Siria sorriu, tentando não soltar uma gargalhada. Snape podia ser uma pessoa fria, mas fazia-a divertir-se de vez em quando.

- Severus... - Repreendeu-o Dumbledore aborrecido.

- O Prof. Snape tem razão. Acho que todos nós já chegámos à conclusão que a tática do silêncio não está a fazer algum efeito. - Falou Siria seriamente.

- Então vamos começar a reunião. - Falou Snape. - Bom, Miss Sfear, tem alguma coisa a dizer aos professores sobre o seu poder mágico? - Perguntou ele repentinamente.

- Sim, tenho, eu sei que o meu poder mágico é muito, mas porque mo disseram. Para mim, é apenas normal. - Respondeu ela, olhando para todos os professores.

- E o que percebes tu de magia? - Perguntou Dumbledore tão friamente, que fez os pêlos dos braços de Siria se arrepiarem.

- Neste momento, não muito, mas espero que isso mude com as aulas, costumo ser uma aluna muito inteligente e de uma rápida aprendizagem. - Respondeu Siria, fingindo não ter reparado na frieza de Dumbledore.

- Mas faz alguma ideia do quão grandioso é o seu poder? - Perguntou o Prof. Quirrel a gaguejar e com notório interesse em Siria.

- Eu já disse que não o acho tão grandioso assim, Prof. Quirrel. Sou apenas uma adolescente vulgar, só mais uma adolescente.

- Mas se o Prof. Dumbledore diz que é muito poderosa, em algo ele se baseou para ter tanta certeza disso. - Insistiu ele, olhando Siria profundamente, sempre a gaguejar.

- Não sou diferente dos outros do meu ano, apenas mais crescida. - Defendeu-se Siria um pouco desconfortável com o olhar de Quirrel.

- Há uma coisa que temos todos que concordar, Siria. Tu tens muito poder mágico, mas isso não é uma coisa má, por isso podes estar descansada que ninguém te vai julgar. - Assegurou McGonagall com um sorriso reconfortante. Siria olhou para Dumbledore, reagindo ao que a professora dissera. Se o Diretor já a julgava, imaginem se ela admitisse que realmente possuia um grande poder mágico.

- Eu ouvi dizer que o facto de ter um grande poder mágico, não significa que somos maus. Somos maus apenas se nos deixarmos envolver pelo poder, mas sendo esta magia um poder meu, eu consigo controlá-lo. Este poder faz parte de mim, logo é controlado por mim. - Disse Siria, olhando para todos os professores.

- É claro. Como tu sabes, Siria, eu sou o Prof. Quirrel e sou professor de Defesa contra a Magia Negra. Se for tua vontade, eu dar-te-ei aulas extra devido ao teu poder mágico, acho melhor assim para conseguires controlar o teu poder. - Propôs Quirrel, gaguejando. - Podia ser todas as quartas feiras a partir das 4 da tarde.

- Não. - Disse Snape friamente. Todos olharam para ele. - Acho melhor darmos tempo para a Miss. Sfear se habituar a Hogwarts, e se virmos necessidade de haver aulas extra, daremos, mas esta é só a minha opinião. Eu não sei se a Miss. Sfear concorda comigo. - Disse ele, olhando profundamente nos olhos de Siria. Esta sentiu-se ainda mais desconfortável com o olhar de Snape do que com o de Quirrel.

- Eu concordo com o Prof. Snape, eu preciso de me habituar a tudo isto.

- Sim, talvez seja melhor. - Disse McGonagall.

- Vocês são todos loucos. Se dependesse apenas de mim, ela já estaria fora daqui. - Disse Trelawney. - Eu já vos disse, ela vai ser a destruição deste mundo.

- Acho que já toda a gente tem conhecimento do teu ponto de vista, Sibila. - Disse o Prof. Flitwic aborrecido. - Eu concordo que a Siria tem que se habituar primeiro e depois analisaremos o seu caso. Adoraria dar-te aulas extra, Siria, pareces ser muito inteligente e tenho a certeza que não me desiludarias. - Disse ele simpaticamente. Siria sorriu.

- Sim, pode ser assim. - Gaguejou o Prof. Quirrel. - Mas eu estou disponível todas as quartas depois das 4, Siria, por isso já sabes.

- Obrigada. - Siria agradeceu a Quirrel mais por cortesia do que por outra coisa qualquer.

- Então parece que já decidiram tudo sobre a Siria. Pronto, a reunião chega ao fim assim, agradeço pela presença de todos os professores. - Agradeceu Dumbledore, não escapou a ninguém o facto de ele não dirigir o agradecimento a Siria também. Quirrel pareceu estar muito interessado pelo modo hostil com que Dumbledore tratava Siria, parecia que esse facto o divertia e o agradava ao mesmo tempo. Um a um, todos os professores se foram embora até ficarem apenas Dumbledore, Snape e Quirrel. Siria estava com eles.

- O que é que ainda estás aqui a fazer? - Perguntou Snape friamente.

- Eu só quero a minha varinha de volta. - Respondeu Siria, pegando na varinha.

- Não queres mostrar-nos alguma magia? - Perguntou Quirrel com um sorriso que não agradou a Siria. - Tenho a certeza que sim. Qual é o adolescente que não gosta de mostrar os seus dotes mágicos? Ainda por cima, sendo um Gryffindor e uma mulher? Todas as mulheres são vaidosas.

- Hey! - Siria estava irritada. - Hum, bom... Talvez para outra altura. - Respondeu Siria com azedume.

- Claro, claro, não me interpretes mal, Siria, eu só queria valorizar-te, porque sei que há pessoas que não entendem o quão é difícil ter um grande poder mágico e, como não entendem, não te valorizam. - Disse ele simpaticamente.

- Pois, o meu problema é mesmo com as que me valorizam demais. - Afirmou Siria, guardando a varinha e reparando que Quirrel acompanhava o gesto de Siria com o olhar. - Adeus.

- Adeus. - Snape foi o único que se deu ao trabalho de lhe retribuir a despedida, mas Siria nem ligou muito a isso. Só conseguia pensar em todos os acontecimentos que vivera naquele dia.

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Darkane: eu vou respoder aos teus comentários individualmente no espaço próprio, só quero agradecer por estares a dar uma oportunidade a esta história. A Siria vai ter que passar por muitas provações ao longo do seu primeiro ano, e no próximo as provações vão ser ainda maiores. Por favor, continua a ler e a comentar, adoro os teus comentários, pois mostram interesse :D


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Notas finais do capítulo

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CR