Simplesmente Viver: Anos Um e Dois escrita por CR


Capítulo 2
Harry Potter


Notas iniciais do capítulo

Aqui se conta um pouco da relação de Siria com Harry, espero que gostem



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Harry Potter


Siria tinha cinco anos quando entrou para a escola. Na sua escola foi apadrinhada por um aluno do quarto ano e apadrinhou um aluno da creche que havia ao lado da escola. O aluno chamava-se Harry Potter e tinha três anos. Siria ia vê-lo todos os intervalos, tomava conta dele como se fosse seu irmão mais novo. Ela gostava muito dele apesar da cicatriz em forma de raio que ele tinha na testa. A cicatriz metia-lhe medo, mas Siria gostava do menino mesmo muito. Apesar de ele ainda não compreendê-la muito bem, Siria falava com ele como quem fala com uma pessoa da mesma idade:


- Os meus pais fazem de tudo para ficarem comigo, mas a minha avó Lóthis é que fica comigo, é a mãe do meu pai. - Siria contava. - Eu vejo os meus pais lá mais para a noite, que é quando eles vêm do trabalho. Eles trabalham no mesmo sítio, dizem que vão atrás dos maus, acho que significa que são polícias. - Os pais de Siria eram Aurors, capturavam feiticeiros negros que espalhavam o terror à sua volta. - Pronto, o meu avô Hughut é o marido dela só que fica em casa, não trabalha, mas gosta de ficar em casa, acho que ele acha aborrecido tratar de uma criança. A minha avó Lindis é muito bonita para a idade que tem, não que ela seja muito velha, não é tão velha como os meus avós paternos, tem para aí uns quarenta e alguns... não sei ao certo. O marido dela morreu quando a minha mãe ainda era nova. A minha mãe, Milirian, tem 22 anos e o meu pai 23. Eles são os dois muito bonitos. Eu não conheço muita gente, por isso é que falo muito, porque se eu conhecesse mais gente, dizia um bocado a cada pessoa, né? A minha família é muito boa, não é? - Perguntou ela, o menino não respondeu, mas ela não se importou, sabia que eles tinham um laço forte.


Quando Siria tinha sete anos e Harry cinco, os dois já conversavam normalmente e ambos sabiam que aquela amizade era muito bela e que seriam melhores amigos para sempre. Ambos se compreendiam mutuamente, não era preciso palavras para saberem quando estavam tristes ou aflitos... eles simplesmente sabiam.


- Harry, podes vir conhecer a minha avó Lindis? - Perguntou Siria um dia quando eles estavam a andar de baloiço. - Eu não contei nada aos meus pais acerca de ti, alguma coisa me diz para não o fazer, mas gostaria de contar à minha avó. Importas-te? Ela deve estar ali fora, vem buscar-me hoje.


- Vamos lá. - Harry e Siria sairam e Lindis mostrou-se surpreendida, nunca pensou que o destino queria assim tanto que Siria descobrisse o seu caminho como Feiticeira. - Olá, Mrs. Lindis, o meu nome é Harry Potter. - É claro que Lindis sabia quem era Harry, mas não mostrou isso.
- Harry, és tu o melhor amigo da minha neta querida? - Perguntou ela, abraçando-o quando ele acentiu. - Trata-me por tu. Não deve haver cortesias, a Brianna é a minha neta e tu és como um irmão para ela, logo fazes parte da família. - Ela separou-se do abraço.


- Brianna? - Perguntou Harry.


- Sim, a minha avó trata-me por Brianna, que é o meu segundo nome, como tu sabes. Siria Brianna Rimile Sfear. - Informou Siria. - Eu e o Harry vamos ser amigos para sempre. Nunca mais nos vamos separar. - Siria disse sonhadora. - Nós temos tanto em comum... quero dizer, os tios do Harry é que o criam e são maldosos para ele, mas de resto... até os mesmos sonhos nós temos em comum. Eu e ele estamos sempre a sonhar que somos Feiticeiros.


- Pois é. - Confirmou Harry, sorrindo. - E sonhamos com dragões e outros animais fantásticos. - Lindis sorriu sem se mostrar chocada, ambas as crianças tinham um coração tão puro...


- Muito bem.


- Eu agora tenho de ir para casa. - Disse Harry, despedindo-se delas. - Até segunda, Siri.


- Até segunda, Harry. - Siria virou-se para a avó quando Harry desapareceu pela esquina. - Então?


- Tu criaste uma amizade muito bela, Brianna. Tenho muito orgulho em ti. - A avó disse-lhe, metendo-se à sua altura. - Por isso, tenho uma prenda para te dar. - Ela deu-lhe um lenço azul para o pescoço de Siria, que o aceitou.


- Obrigada, avó. Mas tenho a te dizer que eu ainda estou a criar a amizade com o Harry, ela há-de crescer ainda mais. - Ambas sorriram e foram para casa.


- Siria, já chegaste, filha. Obrigada por a ires buscar, mãe. - Milirian estava na sala de estar com Gilbum quando Siria os abraçou aos dois.


- Vocês não deviam estar a trabalhar? - Perguntou ela, metendo-se no meio dos dois toda contente.


- Entrámos de férias hoje. Este fim-de-semana, vamos viajar até França. O que me dizes? - Perguntou Gilbum para a filha.


- França? Francês? Mas eu nem sequer sei falar francês! - Os pais riram-se. - Podíamos ir a Portugal, eu já aprendi algumas coisas na escola.


- Mas nós já fomos a Portugal o ano passado. - Disse Milirian, pondo a filha em cima dos seus joelhos.


- Eu sei, está bem... que seja França. - Siria cedeu, não se importava do destino desde que estivesse com os pais. - Bom, eu vou fazer os deveres.


Alguns anos depois...


Siria estava de férias, era dia 31 de Agosto. Harry tentara contactá-la, mas Siria estivera com os pais nas várias florestas de Inglaterra e agora não a havia contatado mais. Tinha agora 13 anos e estava em sua casa. Ninguém estava lá com ela. Siria tocava guitarra quando se fartou. Foi tomar banho ao lago que havia no jardim de sua casa apesar de estar a chover, era uma chuva miudinha, mas Siria desistiu quando a chuva se tornou tempestade e foi para dentro. Vestiu-se e foi até ao escritório dos pais, ela sabia que não podia entrar lá sozinha, mas a curiosidade há muito que a moía e ela não resistiu. O escritório era cheio de várias estantes de livros e Siria queria ler um para desanuviar. Estava a ver os livros quando um lhe chamou a atenção...


- Siria, o que se passa? - Perguntou a mãe quando encontrou Siria a dormir no sofá. Siria estava com muito mau aspeto. Tinha descoberto tudo: ela era feiticeira e devia estar em Hogwarts naquele momento, mas os pais tinham escondido tudo, os pais e a restante família. Harry também o era e tinha uma triste história, os pais dele tinham sido mortos por Aquele Cujo Nome Não Deve Ser Pronunciado, cujo nome era Voldemort, mas o feiticeiro malvado queria matar Harry, só que não conseguiu, pois quando lhe lançou a maldição da Morte, ele desapareceu e Harry ficou com aquela cicatriz na testa.


- Nada, mãe. - Siria respondeu cansada. Não era capaz de encarar os pais naquele momento, mas ela sabia que podia finalmente ir para um lugar onde pertenceria, isto é, se a deixassem entrar em Hogwarts com 13 anos e no dia em que as aulas começavam. Tinha que tentar contatar o Director da Escola de Magia e Feitiçaria de Hogwarts, Albus Dumbledore. Já era uma da manhã. - Eu adormeci aqui, vou tomar banho e dormir. - Siria assim fez e ficou imediatamente com melhor aspeto depois de tomar banho. Começou a escrever uma carta para Albus Dumbledore:


"Caro Diretor Albus Dumbledore,
o meu nome é Siria Brianna Rimile Sfear, tenho 13 anos e só agora descobri que era feiticeira, a minha família escondeu isso de mim e eu estou profundamente triste. Eu, até hoje, não descobri o meu lugar e sinto que Hogwarts é o lugar que eu procuro. Por favor, Diretor, eu peço-lhe que me aceite em Hogwarts. Eu sei que é possível eu não entrar devido à minha idade, mas eu quero tentar. Se eu não tentasse entrar em Hogwarts, arrepender-me-ia, por isso eu tento. Eu sei que o Harry está aí, eu quero vê-lo, eu preciso de o ver, de falar com ele, de me abrir. E ele precisa de mim, eu sei que precisa, ele quer falar comigo sobre o que descobriu acerca dos pais e de Voldemort. Nós precisamos um do outro e de Hogwarts, nós precisamos de estar juntos no lugar ao qual pertencemos e esse lugar é Hogwarts. Eu sinto a Magia dentro de mim, Diretor, e eu sei que o Diretor me compreende, pelas suas fotografias e os elogios que eu li, parece ser um grande homem que compreende muita coisa. Por favor, compreenda-me. Eu quero ser feliz e sei que é em Hogwarts que vou conseguir ser. Mais que saber, eu sinto-o, Diretor. Nem que passe por muito sofrimento, é em Hogwarts que eu vou encontrar a minha felicidade, a felicidade a que eu tenho direito. Aceite-me em Hogwarts, eu peço-lhe mais uma vez.
                                                                  Atenciosamente,  Siria Sfear."


Siria saiu pela janela até ao correio azul, onde meteu a carta para Hogwarts e rezou para que a resposta chegasse o mais depressa possível. Voltou para casa com o espírito de Missão Cumprida. Tinha corrido atrás da felicidade, agora já não dependia dela, mas sim de Albus Dumbledore.


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Notas finais do capítulo

Bem, o que acharam da decisão de Siria? E o que acharam do Harry?
Comentem, por favor