Simplesmente Viver: Anos Um e Dois escrita por CR


Capítulo 11
Linha Mágica


Notas iniciais do capítulo

Obrigada por todos os vossos comentários! Estou super feliz!
Relembrar que o universo Harry Potter não me pertence mas sim a J K Rowling (quem diria?)

Boa leitura!!



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Siria acordou com o sol a bater-lhe nos olhos, tentava recordar-se por que razão estava num sítio que não conhecia e por que razão estava com tanta dor na sua mão esquerda. Olhou para esta e viu que ela estava completamente vermelha, mas havia uma linha preta que se distinguia, uma linha em forma de M. Olhou para o lado, o Prof. Snape olhava-a atentamente, o que a assustou, ele olhava para ela pensativamente, mas como se a analisasse. Tentou lembrar-se de alguma coisa da noite passada, mas só se lembrava de ter gritado na Sala Comum por alguém lhe ter feito aquele corte em forma de M. Siria sentia que aquilo era imensamente importante.

- Tenho muita sede, muita fome e estou muito cansada. - Não era bem aquilo que ela queria dizer, ela queria perguntar o que se passara, mas aquilo saiu-lhe naturalmente.

- Eu vou buscar alguma coisa à cozinha. Os elfos, a esta hora, estão muito ocupados.

- Não, Professor, também me parece bastante cansado. Eu vou lá à cozinha. - Siria tentou levantar-se, mas o cansaço era demasiado. - Eu espero até que os criados estejam disponíveis. - Siria não queria mostrar aquele cansaço.

- Trouxe comida para a paciente. - Mm. Pomfrey entrou na enfermaria com um tabuleiro com comida e bebida. Siria aceitou-o.

- Obrigada, Mm. Pomfrey. - Siria começou a comer e a beber calmamente.

- Bom, eu vou para dentro arranjar-me. - Disse a enfermeira, olhando timidamente para Snape e entrando para os seus aposentos.

Siria poisou o tabuleiro na mesinha de cabeceira ainda confusa com tudo o que se passara. Olhou para Snape, ela queria respostas.

- O melhor é esperar pelo Diretor, ele deve explicar tudo. - Disse Snape, levantando-se e preparando-se para sair.

- Não, Professor, o melhor é o senhor ficar aqui. - Siria não queria que Snape se fosse embora.

- Miss Sfear, eu passei toda a noite aqui a seu lado a aguentar a sua gritaria, estou cansadíssimo e preciso de tomar qualquer coisa para acordar. Acha que eu ficarei aqui apenas porque assim o quer? - Perguntou Snape, virando-se para Siria. Esta sentiu uma dor na palma da mão que tinha o corte.

- Professor, a minha mão continua a doer, não tanto mas continua. - Snape pegou na sua mão, examinando-a. Siria acompanhou o olhar do professor e viu o M da sua mão ficar completamente maior, quase enegrecendo a sua mão por completo.

- O que é que se passa consigo, Miss? - Perguntou Snape, passando a mão pelo corte de Siria.

- Nada, só me está a doer. Não pode ser bom sinal, Professor. O que é que isto significa? Pode ser estúpido, mas tenho medo. - Siria confessou.

- Ora, ora, ora, uma Gryffindor com medo... Acho que nunca conheci nenhuma. - Siria sorriu, a mão já não lhe doía.

- É claro que já conheceu. Todas as pessoas têm medo, só não o admitem. Mas isso não quer dizer que não sejam corajosas, a coragem não é a ausência de medo, é a sua superação. - Siria disse, olhando para a mão de Snape a contornar o M que tinha bem delineado. - E, neste momento, tenho medo. - Siria concluiu, olhando profundamente para Severus.

- Eu conheci, em tempos, uma Gryffindor que me admitia quando tinha medo. - Disse o professor pensativamente, recordando-se do passado.

- Agora já conhece mais uma. - Snape olhou para ela sobressaltado, talvez até assustado, Siria não saberia dizer.

- Vejo que já acordaste. Calculo que tenhas imensas questões, eu vou responder-te a todas. - Disse Dumbledore, entrando. Siria e Snape olharam para ele. - Primeira: Sim, o corte feito é muito grave; Segunda: Esse corte tem uma particularidade especial, Siria, é a tua linha mágica, é uma ferida que te pode custar o poder mágico, pode ficar tudo na mesma, o teu poder mágico até pode aumentar, mas o mais provável é que fiques sem ele por completo. São raras as pessoas que continuam com o poder mágico depois de um corte desses; Terceira: A tua saúde não será afetada. - Dumbledore anunciou, dando tempo para que Siria assimilasse tudo. Esta olhou-o furiosa. Como era ele capaz de lhe falar tão friamente, ignorando o que ela sentia ao receber toda aquela informação? Ela não queria mostrar-se desesperada.

- Diretor, eu tenho mais uma pergunta, a mais importante de todas. - Albus olhou para ela desconfiado. - Se eu ficar sem o meu poder mágico, serei expulsa de Hogwarts, não serei?

- Hogwarts só ensina pessoas com poder mágico, Siria. - Ele respondeu friamente sem transparecer pena por Siria.

- Quem é que me fez isto? - Perguntou a rapariga com a raiva a fazer virem-lhe lágrimas aos olhos. Se ela não pudesse continuar em Hogwarts... Ela morreria sem Harry a seu lado.

- Diz-me tu, Siria, a Mm. Pomfrey disse-me que tu não sabias, pois estavas a dormir.

- Eu não sei mesmo, eu não vi ninguém, mas foi uma dor horrível. Quem me dera descobrir quem me fez isto.

- Não sabes mesmo quem é que te fez isso, se é que alguém te fez? - Perguntou Dumbledore, olhando desconfiado para Siria. Esta ficou magoada com o Diretor, mas estava demasiado cansada para uma discussão.

- Eu preciso de descansar, estou muito fraca, sem forças para nada. Desculpe não continuar a nossa agradável conversa. - Disse Siria, deitando-se, Snape levantou-se da cama dela para a deixar mais confortável. Siria adormeceu exausta.

- Severus, podes explicar-me o que se passa contigo?

- Comigo, tu é que não estás nada bem, Albus. Tu queres espezinhar a Siria e, só depois, expulsá-la, é isso que queres? É que se for, estás a fazer um óptimo trabalho. A miúda admira-te, Albus, mas tu queres que ela te odeie e eu percebo bem porquê, já passei por isso, mas acho que, com a Siria, não vais conseguir alcançar o teu objetivo. Ela é demasiado inteligente e sábia, já percebeu o teu jogo. Ela sabe que fazes tudo para que ela te odeie, pois não queres sentir-te mal por não gostares dela, ela sabe isso, Albus, tenho a certeza. - Snape disse demasiado confiante.

- Severus, eu quero apenas que ela saia de Hogwarts e não pratique magia, é isso que eu quero.

- A Siria vai conseguir recuperar o seu poder, Albus, ela já passou por tanto para chegar aqui, não ia acabar assim, não ia. Eu espero bem que não acabe.

- Ela é apenas mais uma aluna, Severus, porque estás tu tão apegado a ela? - Perguntou Albus incrédulo.

- Porque só tu não vês o quanto a Siria é especial, Albus. O quanto ela é generosa, o quanto ela se preocupa. Ela confessou-me que tinha medo do corte, Albus, ela admitiu que tem medo, não é uma Gryffindor qualquer que admite. Ela é realmente boa pessoa, uma criança espetacular, apenas mais uma aluna, é verdade, mas dá para ver quem ela é verdadeiramente. Agora tenho que ir tomar uma poção. - Snape saiu. Passado um bocado, Dumbledore fez o mesmo.

Uma semana e meia se passou. Harry, Ron, Hermione, Fred e George iam constantemente visitar Siria à enfermaria. Siria já tinha revelado o que Dumbledore lhe dissera e eles iam para lá apoiá-la, incitando-a para que ela tentasse fazer pequenas magias, mas nada. Tinha havido um pequeno contratempo com Malfoy, nada de muito extraordinário, mas Harry, Ron, Neville e Hermione tinham visto um enorme cão de três cabeças, que mais tarde vieram a saber que se chamava Fluffy e pertencia a Hagrid, a guardar alguma coisa, mas ainda não sabiam bem o quê. Harry agora estava na equipa de Quidditch e recebera uma Nimbus2000, estava agora a aprender as regras do jogo com Wood, o capitão da equipa de Gryffindor.

- Siria, tem calma, também não seria assim tão rápido. - Disse Hermione, com um caderno no colo. - Mas, digo-te, a matéria de poções não é nada fácil, quando voltares, vai ser difícil recuperares, mas tenho a certeza que conseguirás. - Siria sorriu, era bom saber que Hermione acreditava na sua recuperação, quando nem Siria o fazia.

- Obrigada, Hermione, obrigada por acreditares em mim, mas acho que não vou recuperar. - Siria disse. Ela já não estava tão cansada, limitava-se a vaguear pela enfermaria e a estudar a quantidade de poções que esta possuia, era muito interessante.

- Tu vais recuperar. Tu tens que recuperar, eu olho para o Dumbledore e vejo que ele quer que tu não recuperes, mas tu és melhor que ele, ele é muito estúpido.

- Ele é cinco estrelas, Mi, só é um bocadinho estúpido comigo. Ele e muitos colegas meus. - Siria estava a ser constantemente alvo dos insultos por parte dos colegas. Inventavam os mais horriveis rumores sobre a presença de Siria na enfermaria.

- Tu és realmente fantástica, mesmo ele não gostando nada de ti, tu ainda o defendes. Se fosse...

- Hermione! - Siria interrompeu Hermione o que a aborreceu um pouco, mas, ao ver a cara da amiga, ela depressa se tornou alerta. Siria estava completamente estática, sorrindo com expectativas.

- O que é que se passa, Siria? Fala comigo. - Mandou ela, abanando-a.

- Tem calma, Mi, eu só estou com uma sensação de... - Siria não queria ter falsas esperanças.

- Siria, será que o teu poder voltou? - Perguntou Hermione entusiasmada. - Experimenta alguma magia, Siria, tenta esticar-me o cabelo. - Siria olhou para ela com a sobrancelha erguida. - Ajudávamo-nos uma à outra.

- Se calhar, era melhor tentar um feitiço mais simples. - Observou Siria, Mione pareceu ofendida. - Está bem, vamos lá. - Siria concentrou-se como se a sua vida dependesse daquilo e, para ela, até dependia. Nos cinco minutos seguintes, Hermione já tinha o cabelo todo esticado. - Eu consegui, Hermione, eu consegui, eu consegui, eu consegui, eu consegui, eu consegui... - Siria e Hermione mandavam gritinhos histéricos. - Mm. Pomfrey, pode dar-me alta? - Perguntou Siria, gritando.

- Já te sentes melhor? - Ela não perguntou se ela já estava com o seu poder de volta, só queria saber se ela estava melhor. Siria respondeu positivamente. - Então, não há problema, podes recuperar fora da enfermaria e, assim, não perdes tantas aulas.

- Obrigada, tchau, Madame. Vamos.

- Isto é fantástico, Siria, tu és realmente muito especial. - Disse Hermione.

- O que fazes aqui, Siria? - Perguntou Dumbledore, cruzando-se com elas as duas.

- A Siria já recuperou o poder mágico, Diretor, ela conseguiu, ela conseguiu, ela esticou-me o cabelo, é realmente grande. - Dumbledore encarou Siria.

- É verdade?

- Sim, e sinto-me muito mais poderosa agora. Bom, tchau, Diretor, vêmo-nos por aí.

Siria disse a todos que queriam saber, ela estava super contente, não ia sair de Hogwarts e era simplesmente espectacular.

- Ela conseguiu. - Snape ouvia Dumbledore falar sobre a recuperação de Siria.

- Eu sabia que ela ia conseguir, eu sabia. Eu disse-te, não seria isto a destruí-la, não seria. - Snape mostrava-se contente.

- Temos que nos concentrar, Severus, ela não pode ter tanto poder, ela tem que sair de Hogwarts.

- Não contes comigo, ela não merece o teu desprezo. Não merece o desprezo de ninguém só porque é demasiado poderosa. - Disse Severus.

- Eu pensava assim quando o Voldemort entrou nesta escola, por isso não me preocupei com ele, não o desprezei, porque ele não merecia. Olha no que ele se tornou, Severus. Não me venhas com essas lições porque tu não sabes nada de nada. Estás comigo nisto?

- Eu sempre estive do teu lado, Albus, infelizmente. - Snape saiu do gabinete do Diretor.

:::::::::::::::::::::::::::::::::::Espaço de agradecimentos:::::::::::::::::::::::::::

A Darkane: muito obrigada pelos seus comentários, eu amo-os ler.

A Darkson: Bem vindo à história de Siria, eu espero que continues a ler. E muito obrigada pelo teu comentário.


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Notas finais do capítulo

Esta explicação da linha mágica foi o melhor que eu consegui fazer, se não perceberem, por favor não tenham medo de mo dizer.

Espero pelos vossos comentários ansiosamente

Kiss kiss,
CR