Quando O Amor Fala Mais Alto escrita por Samyy


Capítulo 8
Capítulo 07 - Uma data


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpa, mas meu computador é maluco! Tudo culpa da bateria do PC que deu a loca esses dias, mas enfim... A partir do próximo capítulo as coisas vão tomar um novo rumo...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/260475/chapter/8

Estava nevando. Este era um fato inesperado naquela época do ano.

As árvores e a grama verde, decorados de branco davam um ar sereno ao castelo. Da janela de seu quarto Hermione via as casas no vilarejo cobertas de um branco encantador. Era algo curioso e, sinceramente, belo.

Por cima de seu vestido azul, com babados, usava um casaco grosso feito de lã escocesa, para se proteger do intenso frio que fazia.

Escutou Bichento ronronar. Deitado em sua cama, o gato descansava de nada ter feito. Ao contrário do que Rony tinha dito, o único problema dele era ser folgado e preguiçoso. Gostava de receber atenção exagerada e comida de graça - até porque gatos, ou nenhum animal, pode comprar sua própria comida. Não tinha lhe causado nenhum problema sério, a não ser comer e dormir demais, parecia um bebê: Dormia, comia e fazia suas necessidades.

Quem não gostava dessa mordomia era Annelize. Para ela, um animal deveria ter classe, e Bichento deixava muito a desejar.

Snape, por sua vez, o defendia, coisa que deixava Hermione intrigada, pois pelo o que ela lembrava ele era alérgico a gatos, tanto é que quando ela se aproximava dele com o animal ou Snape recuava, ou alegava ter coisas a fazer para se distanciar.

Sentou-se na cama ao lado do gato e se pôs a acariciar lhe a orelha esquerda, recebendo como resposta um longo ronronar. Pensando bem, até que sua mãe tinha um pouco de razão, estava acostumando mal aquele bichano. Escutou leves batidas na porta. Quem seria?

Pediu que entrasse. Após o barulho do ranger da porta, uma das cinco arrumadeiras do castelo irrompeu.

— Com licença senhorita - pediu ao entrar. - A rainha pediu que a chamasse. Tem visita, e é um moço bastante bonito. - acrescentou ficando rubra. Viviam lhe dizendo que não deveria reparar nos rapazes que por lá passavam, não importava o quão bonito fosse.

— Obrigada Hanna, já irei. - Bichento protestou ao parar de receber agrados.

— Estou às ordens. - se retirou deixando uma Hermione confusa para trás.

Deveria ser Harry, então por que tanta formalidade? Ele já era praticamente de casa. Estranho...

O corredor de seu quarto estava congelando. Quem fora o maluco que deixara as janelas abertas? Estava fazendo um frio de gelar até aos ossos. Agarrando-se mais ao seu casaco desceu os dois lances de escada. Deveria ter perguntando onde estavam. Não tinha a mínima ideia de onde, mas o lugar mais obvio seria na sala de visitas.

Inicialmente pensou que estivesse vazia, mas ao olhar bem percebeu que seus ocupantes disputavam um espaço junto à lareira. Realmente estava frio.

— Ah, filha! - Annelize foi a primeira a vê-la chegar. - Junte-se a nós!

Impressão sua ou aquela era a parte mais fria do castelo. Talvez porque fosse frienta, seus dentes bateram provocando um barulho irritante. Mesmo usando o casaco sentiu seus pelos se eriçarem.

Caminhou a passos lentos. Reparando melhor notou que ela não estava só, e quem a acompanhava certamente não era Harry.

— Hermione, este é o filho de Severo, Vitor.

Snape tinha um filho? Mais quantas coisas sobre ele ela não sabia?

— Não sabia que ele é casado.

— E non é. - o tal Vitor falou. Tinha um sotaque bastante carregado. - Prrazer. Minha mãe darr o golpe em papai. Quand eu nascer ela fugir e me deixarr com ele.

— Ah... Sinto por isso. - falou sinceramente. - Eu sou Hermione.

— Sim, eu saberr.

Vitor era quase um filho adotivo de Snape, já que foi fruto de um golpe. A tal mulher lhe roubou até o último centavo que tinha...

— Eu não sabia disso. - alegou Hermione.

— Severo é reservado, poucos sabem. - falou Annelize. - Bom, eu queria apresentá-los, já que iremos ver Vitor constantemente aqui. Está passando férias, certo?

— Ya, eu alugar uma quarrt.

Vitor conseguiu manter um conversa cordial com Hermione, mesmo com a dificuldade da fala. Não era acostumado com inglês, mas arriscava algumas palavras e entendia perfeitamente o que lhe diziam. Era um bom rapaz, pelo o que Hermione percebeu, mais legal que o pai.

Iria passar um tempo na Inglaterra, a pedido de seu pai, que o queria por perto, para não aprontar nenhuma besteira.

23 anos e solteiro. Estranho... Se pelo menos ele fosse feio, tudo bem, mas não...

— Filha, está ficando tarde e, Harry virá com os pais amanha cedo, é melhor ir dormir.

Estava mesmo cansada, embora não tivesse reais motivos para estar. Despediu-se de Vitor e foi dormir.

Presa pelos pulsos ela não podia fazer nada. Sem auxílio, desesperada. Gritava por alguém que parecia longe de seu alcance.

Outrem, vestes negras e encapuzado, ria de seu infortúnio.

— Mostra teu rosto estranho! - ela ordenou.

O encapuzado passou a rir mais.

— Isso eu não farei - disse com uma voz grave e sonora. - Mas sou aquele que poderá te desgraçar! Cuida-te.

Sentiu um tremor percorrer sua espinha e, sem pensar em algo mais concreto, voltou a gritar pela mesma pessoa.

Hermione acordou com um susto. Estava suando e seu coração batia descompassado. Há quanto tempo não tinha pesadelos? Há muito tempo. Não costumava ficar com medo de muitas coisas, mas aquela noite...

A claridade entrava no quarto pelas cortinas finas. Significava que tinha amanhecido. Como todas as manhas, uma banheira de água morna e sais a esperava no banheiro. Essa era uma das coisas que mais gostava, tomar um banho relaxante.

Não fazia tanto frio quanto o dia anterior, alias, o tempo estava aberto e o sol refugiava nas mais altas montanhas.

Como teria equitação logo de manha, vestiu uma calça branca meio justa, camisa de mangas compridas igualmente a anterior, um blaiser preto, um capacete, para proteção, bota de couro e pegou uma vara, que não entendia o real sentido daquele acessório, nunca sentiu necessidade de usá-lo.

Praticava montaria há dois ou três anos. Queria ter aprendido com o pai, como ele tinha prometido, mas não seria possível, então tinha que se contentar (ou não) com seu professor.

Desceu para tomar café da manha, e surpreendeu-se ao ver Harry.

— Eu avisei que ele viria.

— Pensei que seria mais tarde.

Annelize saiu dizendo que iria conversar com os Potter. Hermione teria de ficar com Harry. Seguiram-se vários minutos incômodos de silêncio, até Harry quebrá-lo.

— Então, Hermione, Gina entregou o livro?

— Sim, obrigada por lembrar. Eu comecei a ler, e estou adorando.

— De nada, caso tenha outro livro que queira ler e não esteja ao seu alcance, eu verei o que posso fazer. – sorriu amigavelmente.

— Você é legal demais comigo!

— Você vai fazer equitação? – ela assentiu. – Eu posso te acompanhar? Não tenho nada para fazer. – Hermione deu de ombros.

— Para mim tanto faz, só não ria de algum tombo que levarei.

Mal terminou de comer e saiu da mesa quase voando. Cavalgar, para ela, era um jeito de voar sem voar. Sentir o vento passando rápido por seu cabelo e os bagunçando. Uma maneira de se sentir livre, leve e solta.

Seu instrutor chamava-se Córmaco, um sujeito esquisito e mal encarado, que quando queria se mostrava uma boa pessoa, principalmente quando o assunto era cavalos, que são sua paixão.

Hermione não era uma expert em montaria, mas tentava aprender o básico, como comandar o cavalo, fazê-lo parar e essas coisas.

— Mantenha a postura Hermione, não vai querer cair, né?

Após a rápida aula, em uma conversa relâmpago, Hermione soube que Harry gostava de andar de cavalo pelas mesmas razões que ela.

— Dá uma sensação de aventura tão fascinante. - ele disse.

— Ah... Ai estão vocês! - uma Gina com os cabelos esvoaçantes os chamou. - Como vão?

— Bem. - responderam em uníssono.

— Perfeito, minha tia pediu que os procurasse, parece que tem algo importante para contar. Não tenho a mínima ideia do que seja.

— Só indo para descobrir. - Harry saiu na frente.

Dentro do castelo, Annelize e os pais de Harry os esperavam, juntamente com Alvo. Se ele estava ali era algo bastante importante, deduziu Hermione, seus pais sempre o trataram como um membro da família.

— Que bom que chegaram, não podiam faltar em um momento especial como este.

Hermione ergueu a sobrancelha sem entender nada.

Ouviram um ranger vindo da porta e em seguida um farfalhar de botas.

— Ah, Severo, que bom que veio, é importante que todos estejam presentes neste momento. – ele lhe deu um sorriso canto de boca.

Afinal, o que era? Hermione estava ficando aflita.

— Mãe, diga logo o que é, por favor, está me deixando curiosa!

— Que bom que falou. Bem, eu, Lily e James estávamos conversando e decidimos marcar o casamento para daqui a um mês.

Hermione arregalou os olhos. Ah... Então tinham marcado o casamento sem consultá-la? Ela deveria pelo menos

— Legal, vocês nem perguntaram o que achamos sobre. - Hermione disse ironicamente. - Sabem, somos os noivos e nem quiseram nossa opinião. Conseguiu se superar, né mãe? - sem esperar qualquer tipo de manifestação saiu sem olhar para trás.

Um mês... Em um mês teria sua vida mudada... Para pior.

Ninguém percebeu, mas além de Hermione, outrem também havia ficado transtornado.

Ele tinha menos de um mês para por seu extraordinário plano em ação. Hermione não poderia casar com o Potter, não podia, e só porque ele não queria. Vitor deveria ser alguém da realeza, já que não era ninguém, pelo menos isso.

Agiria o mais rápido possível...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Feliz dia das crianças atrasado... Eu ganhei presente e vocês? Ah, todo mundo fala do jeito que escrevo... Eu não sei como é, mas obrigada pelos elogios, eles me deixam bastante alegre!