Unidos pelo Destino 1 escrita por Camila Dornelles


Capítulo 22
Capítulo 21




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      Todas as aulas foram suspensas, todos os exames adiados. Alguns estudantes foram retirados as pressas por seus pais da escola nos dias que seguiram.

      Em uma manhã fria e sem sol, Os Escolhidos se encontravam na mesa da Grifinória, Hermione mexia distraidamente em seu café. Não estava tento muito apetite nos últimos dias.

- Gatinha? – chamou Draco baixinho lhe estendendo uma torrada – Coma um pouco, por favor.

- Não consigo, serio, não desce nada pela minha garganta.

- Tente. Pelo menos uma, por favor.

      Ela pegou a torrada amanteigada das mãos dele, e deu uma mordida.

- Obrigada – disse ele se voltando para seu suco de abobora.

      A professora McGonagall se levantou e o silencio reinou no Salão Principal.

- Esta quase na hora – começou ela. - Por favor, acompanhem os diretores de suas Casas até os jardins. Alunos da Grifinória e Escolhidos venham comigo.

      Eles deixaram seus bancos, quase em silencio. Slughorn estava à frente dos alunos da Sonserina. Todos seguiram em direção ao lago. Haviam dispostas centenas de cadeiras enfileiradas com uma passagem pelo centro, e uma mesa de mármore á frente das cadeiras. Varias e varias pessoas já ocupavam cadeiras, os fantasmas do castelo também estavam lá, flutuando quase invisíveis pela claridade. McGonagall colocou Hermione, Harry. Gina. Draco, Rony e Luna na primeira fileira de cadeiras, e os outros alunos atrás. Do outro lado da primeira fileira, estavam os professores de Hogwarts e o Ministro, Scrimgeour.

      Ouviu-se então uma musica estranha e sobrenatural. Muitas cabeças se viraram a procura de sua origem.

- Lá dentro – sussurrou Gina apontando para o lago.

      Um coro de sereianos cantava em uma língua que os garotos não conheciam. Cantavam claramente sobre o desespero e a perda.

- Olhem – sussurrou Gina outra vez.

      Hagrid vinha andando pela passagem entre as cadeiras. Chorava silenciosamente e trazia nos braços, envolto em veludo roxo salpicado de estrelas douradas. Hermione estremeceu, era o corpo de Dumbledore. Já caiam lagrimas dos rostos dela, de Gina e de Luna.

      O meio gigante colocou o corpo cuidadosamente sobre a mesa, e voltou para a ultima fila, se sentando ao lado de Grope, seu irmão. 

      Um homenzinho com cabelos em tufos e vestes pretas se levantou e parou frente ao corpo de Dumbledore. Ele começou a falar, mas os murmúrios de vozes eram tanto que não se escutava nada.

      Hermione sentia como se uma lança em chamas lhe cortasse o coração.

      O homenzinho parou de falar e muitas pessoas gritaram. Vivas chamas irromperam em torno do corpo de Dumbledore e da mesa em que jazia, subiram espirais de fumaça branca no ar. Uma fênix voou para o infinito e um tumulo de mármore branco surgiu, encerrando o corpo de Dumbledore e a mesa em que repousara. O tumulo levitou e atravessou o Lago Negro até uma pequena ilha, e lá foi deixado.

      De repente, uma saraivada de flechas rompeu o ar, Hermione entendeu como a homenagem dos centauros.

      Seu rosto estava vermelho por chorar, Draco franzia a testa, mais branco que normalmente.  Gina e Harry cochichavam algo que Hermione não estava interessada em ouvir.

- Podemos falar? – sussurrou ela para Draco – Em particular.

- Claro.

      Eles se levantaram, se despediram de Luna e Rony que os olhavam com um aceno de cabeça. E seguiram para dentro do castelo.


•••


- O que quer falar comigo? – perguntou ele apoiado na grade da Torre de Astronomia.

- Estive pensando. – respondeu se apoiando também na grade – Pra onde você vai? Digo, não pode voltar para sua casa. Todos sabem que você é um escolhido.

- Não tinha pensado nisso. – respondeu olhando o horizonte.

- Eu vou voltar para minha casa trouxa, e vou estar sozinha. Porque não vai comigo?

- Ir? – perguntou, a encarando – Com você? Pro mundo trouxa?

- Sim. – ela deu um sorriso fraco – Se não quiser, vou entender, foi só uma sugestão.

- Eu adoraria. – respondeu ele mais animado – Nunca fui pra lá. Meu pai não gosta e... Ah você sabe.

- E como sei...

- Mas não tem problema mesmo?

- Claro que não. Eu moro sozinha.

- Obrigada – ele a abraçou.

- Não agradeça.


•••


      O expresso de Hogwarts acabara de chegar à Estação King’s Cross. Ao saltar para a estação, Hermione encarou a locomotiva vermelha com pesar.

- Não consigo suportar a idéia de que talvez nunca voltemos – disse ela baixinho – Como é que Hogwarts pode fechar?

- Talvez não feche – respondeu Ron. - Que é que você acha, Harry?

- Não vou voltar nem que reabra. Voltarei mais uma vez para a casa dos Dursley e depois partirei para sempre. Tenho que rastrear as outras Horcruxes, não é?

- Estaremos lá – disse Ron com firmeza.

- Que?

- Na casa dos seus tios. Então vamos com você aonde for.

      Gina e Luna assentiram animadas.

- Não! – disse Harry depressa.

- Harry! Chega! Somos os Escolhidos. Temos que fazer isso juntos!

- Com ele não Hermione! – ele apontou para Draco.

- Ora, Potter. Saiba que também não faço questão da sua companhia.

      Os dois sacaram as varinhas e apontaram um para o outro.

- PAREM! – Hermione se pois em frente a Draco e Ron segurou Harry pelos ombros.  – Vocês não acham que já esta bom? – ela berrou – Pelo amor de Merlin! Vocês têm 16 anos! Não 11! JÁ NÃO ESTA NA HORA DE ACABAR COM ESSA BIRRA DE MENINOS DO PRIMEIRO ANO, E SE COMPORTAREM COMO DOIS HOMENS QUE VÃO SALVAR O MUNDO?

- Hermione? – perguntou Harry abismado – Como pode dar razão a ele?

- Não estou dando razão a ninguém Harry! Já chega! Porque vocês não crescem?

- Eu cresci Hermione! Mas não posso fazer isso com ele! – Harry apontou para Draco – Não confio nele! Como posso confiar em ágüem que tem a Marca Negra no braço?

- Harry! – Hermione ofegou horrorizada – Ele não matou Dumbledore! Você sabe disso! Ele pode ter sim a Marca no braço, mas ele não é o que parece! Você estava lá, você ouviu Dumbledore!

- Não ligo! Com ele eu não vou!

- Harry, por favor. – sussurrou Gina – Somos seis, e não cinco.

- Ele vai ficar comigo, no mundo trouxa. Na minha casa. Vejo vocês no casamento de Gui e Fleur.

      Ela pegou seu malão e puxou Draco pelo pulso. Os dois se posicionaram na barreira da Plataforma 9 ¾ e juntos a atravessaram para o mundo trouxa.

      Encontraram Olho-Tonto esperando por eles em um beco próximo a estação. E depois de dar o endereço de sua casa para o auror, e sem saber o que esperar, para dali a três meses.

      Hermione e Draco aparatam para a casa dos Granger.

     

                             Fim.


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Notas finais do capítulo

É isso ai gente. Nos vemos em Unidos pelo Destino 2



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