Unidos pelo Destino 1 escrita por Camila Dornelles


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora pra postar! Fiquei uns 4 dias sem pc e agora to de volta *-*



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      Depois de sair do escritório de Dumbledore, Draco rumou sozinho para as masmorras. Sentiu uma dor aguda no braço esquerdo, sua Marca Negra. Correu para o banheiro da Murta, estava vazio. Sentiu o braço queimar, a dor o estava cegando. Encostou suas costas na pia de mármore e se deixou cair.


      Um escolhido, que ridículo! Seja homem e renuncie a isso! Você serve a mim Draco!

     

      Voldemort sussurrava.


      Você serve a mim! Vi seu coração e sua mente! É a garota, você gosta dela! A morena sangue-ruin! Que desgosto você vai dar a sua família.


      As lágrimas brotaram no rosto do garoto e ele as deixou cair.


      Se afaste dela! Ou ela morrerá por sua culpa! Nem pense em dizer a ela que você é um de meus seguidores, ou ela vai morrer! Se afaste agora!


      O garoto se levantou, abriu a torneira e lavou o rosto, soltou os quatro primeiros botões de sua camisa social, tirou sua gravata e a jogou longe. Precisava respirar, e as roupas o atrapalhavam. Então o fantasma da Murta-que-Geme saiu de dentro de uma privada.

- Me conte... Conte-me qual é o problema – disse ela – Posso ajudar você...

- Ninguém pode me ajudar – respondeu Draco sem saber que era observado, todo o seu corpo tremia – Não posso fazer isso... Não posso... Não vai dar certo... E seu eu não fizer logo, ele diz que vai me matar...

      Levantou a cabeça para o espelho rachado e viu um par de olhos azuis o encarando. Virou nos calcanhares puxando sua varinha, Harry fez o mesmo. Seu feitiço passou raspando por Harry e quebrou um lampião na parede. A luta estava travada, feitiços voaram para todos os lados.


•••


      Hermione estava em seu quarto lendo um livro, quando sentiu uma dor aguda no peito. Pegou o medalhão dos Escolhidos, a ametista cor de rosa brilhava e queimava.

      Sem controlar seus sentidos, ela se levantou e correu para o banheiro da murta-que-geme, não sabia por que, mas sabia que deveria estar ali.


•••


- Cruci...

- SECTUM...

- Harry, não! – berrou Hermione entrando  no banheiro

- ...SEMPRA! – urrou Harry antes de Draco

      O sangue espirrou do rosto e do peito de Draco como se ele fosse um regador jorrando água. Ele recuou, caindo no chão e deixando cair à varinha da mão direita.

- NÃO! – exclamou Hermione e correu para ele.

      A garota caiu de joelhos ao lado de Draco, tremendo e chorando descontroladamente.

- CRIME! CRIME! CRIME NO BANHEIRO! CRIME!

      A porta se escancarou e Harry ergueu a cabeça. Snape invadira o banheiro. Ele correu para Draco e se ajoelhou – ao lado oposto de Hermione -, tirou a varinha e passou por cima dos profundos corte, murmurando um encantamento que parecia quase uma canção. Os cortes começaram a se fechar devagar.

- Srta. Granger me ajude aqui. – disse ele levantando Draco.

      Hermione passou um braço de Draco por seu pescoço, fazendo-o se apoiar nela e Snape fez o mesmo com o outro braço.

- Você precisa de ala hospitalar. Venha... – disse se encaminhando para a porta – E você, Potter... Espere por mim aqui...

      Hermione e Snape carregaram Draco para a ala hospitalar. O professor falou algo com Madame Pomfrey e se foi, Hermione pensou – para o banheiro matar o Harry -.

      Ela e madame Pomfrey puseram Draco em uma das camas, e a mais velha foi buscar ditamno. Hermione se sentou na cadeira ao lado e olhou para a gravata verde e branca em usas mãos. – Ela a pegara não chão, quando se ajoelhara -. Draco gemia baixinho de olhos fechados.  Hermione pegou sua mão esquerda e a segurou firme. Viu uma mancha preta no braço dele, e puxou a camisa de mangas compridas.

- Meu Deus! – exclamou horrorizada.

      A marca Negra dançava no braço do garoto. Uma lágrima caiu do seu olho, então era verdade? Harry estava certo? Cobriu rapidamente o braço dele, antes que Madame Pomfrey visse. A senhora correu para Draco e lhe deu o remédio.

- Ele vai ficar aqui por um bom tempo. Você pode ir, ele vai dormir agora.

- Vou ficar – disse Hermione com firmeza.

- Pelo menos vá tomar um banho e troque de uniforme.

      Hermione olhou para sua própria roupa e se assustou a constatar que estava toda suja de sangue.

- Layla!

      Um estalo anunciou a chegada do pequeno elfo.

- Senhora Hermione.

-Layla, eu preciso de um favor. Vá até meu quarto e me traga outro uniforme, e alguns livros, por favor.

- Sim senhora. – e desaparatou.

      Layla voltou, deu o uniforme e três livros grossos para Hermione e voltou para a cozinha. A garota tomou banho na ala hospitalar mesmo, não queria deixar Draco, de jeito nenhum, voltou a sua cadeira, pegou um dos livros, e começou a ler.

      O loiro dormira o dia todo, não acordara de jeito nenhum.

      Hermione já lera os três livros inteiros quando ele se remexeu e murmurou algo. 

- Her-mio-ne – gemeu ele inesperadamente.

      A garota se levantou num salto e segurou à mão fria de Draco, ele murmurou mais uns dois “Hermione”, mas não acordou. A morena passou quase a noite inteira acordada, foi pegar no sono depois das quatro da manhã.

      Hermione acordou às sete e meia com a visita de Dumbledore, ele autorizou que ela faltasse às aulas e ficasse o dia todo com Draco. Ela chamou Layla e pediu seu café da manhã, pois sabia que não conseguiria mais dormir.

- Granger? – chamou o loiro ao acordar.

- Bom dia dorminhoco. Você me deu um susto e tanto. – disse ela ficando de pé.

- O que houve?

- Tem certeza que não se lembra?

- Eu... – disse puxando pela memória – Eu estava sendo esfaqueado! Senti milhares de facas entrarem na minha pele. Eu cai, num buraco escuro, quando cheguei no fim do buraco eu vi você. Eles te levavam embora! Pessoas vestidas de preto levavam você embora, tiravam você de mim. Eu gritei, te chamei varias vezes, berrei seu nome. Mas você não voltou, eu já estava fraco, estava prestes a desmaiar, te chamei mais três vezes e estava aqui, na ala hospitalar.

- Calma. – ela se sentou ao lado dele em seu leito e segurou sua mão que tremia – Foi só um pesadelo sem sentido nenhum. Eu fiquei aqui a noite toda. E ninguém te esfaqueou, foi um feitiço.

      Ele respirou fundo e encarou a garota, como se buscasse algum vestígio de mentira em seu olhar, era verdade. Mas parecia tão real! Ele caiu, realmente caiu. “Sem sentido nenhum”, dissera ela, mas teve sentido sim, para ele. Voldemort sussurrou “afaste-se dela ou ela morrera” ele cumpriu o que dissera a levou embora, a tirou dele.

- Vou chamar Madame Pomfrey pra te examinar. – disse ela.

- Não! – ele segurou com força a mão dela – Não me deixe sozinho! Por favor, fica.

- Esta tudo bem – garantiu ela bocejando – eu fico.

      Draco puxou-a fazendo a garota se deitar com ele na cama, ela adormeceu poucos minutos depois, ele não, se pois a mirar a linda morena que dormia tranqüila em seus braços. Tocou com a ponta dos dedos as bochechas da garota, constatando que sua pela era incrivelmente macia e cheirosa. Parecia uma boneca, uma boneca de porcelana. Não, uma boneca seria se ela tivesse rosto de bebe, e ela não tinha. A garota ali, do seu lado tinha feições de mulher, uma mulher forte, corajosa, decidida, uma bailarina. Uma bailarina de porcelana, sua bailarina de porcelana.



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