Unidos pelo Destino 1 escrita por Camila Dornelles


Capítulo 13
Capítulo 12




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/260463/chapter/13

No dia seguinte, depois das aulas, Hermione foi passar o tempo livre com seus amigos, Ron, Harry e Gina. Os quatro estavam sentados junto à lareira na sala comunal. Gina e Hermione brincavam com Arnaldo e Bichento, e Ron e Harry jogavam xadrez de bruxo. Os tempos livres eram raros, então eles aproveitavam o quanto dava. De repente...

Craque.

      Hermione soltou um gritinho, Arnaldo e Bichento saltaram e se esconderam debaixo do sofá. Ron deixou as peças de xadrez caírem a seus pés, e Harry exclamou:

-  Monstro!

      O elfo domestico fez uma profunda reverencia.

- O senhor disse que queria relatórios regulares sobre o que o garoto Malfoy esta fazendo, por isso Monstro veio apresentar...

Craque.

      Dobby apareceu ao lado de Monstro.

- Dobby esteve ajudando também, Harry Potter – guinchou lançando a Monstro um olhar rancoroso – E Monstro deve avisar a Dobby quando vem ver Harry Potter para fazer os relatórios juntos!

- Que é isso? – perguntaram Gina e Hermione juntas.

- Bem... – hesitou o moreno – eles estão seguindo Malfoy para mim. Então, descobriram alguma coisa?

- O senhor anda com uma nobreza que condiz com o seu sangue puro – crocitou Monstro – com uma exceção. Uma sangue-ruim.

      Ele olhou mortalmente para Hermione.

- Draco Malfoy é um garoto mal! – berrou Dobby.

- O senhor Malfoy come no Salão Principal, dorme no dormitório de monitor nas masmorras, assiste as aulas, estuda na biblioteca com a sangue-ruim. – ele apontou para Hermione.

- Não chame Hermione de sangue-ruim! – brandiu Harry severamente

- Ele tem ido muito ao sétimo andar, Harry Potter! – disse Dobby.

- Na sala precisa! – exclamou Gina.

– Obrigado aos dois. Agora, você – apontou para Monstro – Cai fora.

      Monstro fez uma reverencia e desaparatou. Hermione pegou um livro e começou uma leitura, às vezes escutava Harry e Rony falando de coisas como Poção Polissuco, Sala Precisa e Malfoy. Mas ela não quis escutar. Já estava cheia dessa implicância dos amigos com Draco. Quando o relógio bateu seis da tarde, Hermione pegou seu material, se despediu dos amigos e foi rumo à biblioteca. Caminhou tranquilamente pelos corredores, ao entrar no local, procurou o loiro com o olhar, mas ele não estava lá.

- Granger? – alguém a chamou.

      Virou-se e Draco Malfoy estava encostado na porta da biblioteca, com a mochila nas costas.

- Porque não vamos a outro lugar? – perguntou o loiro.

- Onde?

- Venha.

      Ela voltou pelo corredor onde Hermione acabara de passar, ela indecisa caminhou atrás dele e logo o alcançou.

- Onde? – tornou a perguntar.

- Você vai ver.

- Olha aqui Malfoy! – ela se, pois na frente dele – Quer parar de asneira e me dizer aonde vamos?

- Já disse, você vai ver! Agora vamos!

      Ela a pegou pelo cotovelo e a arrastou até o sétimo andar. Pararam frente à tapeçaria de Barnabas, o Amalucado. Ele a soltou e passou frente ao corredor três vezes, indo e voltando. Uma porta de madeira com uma maçaneta antiga e enferrujada se materializou na frente deles.

- O que? Na Sala Precisa? Ficou louco Malfoy? – exclamou a garota.

- Aqui tem o material necessário, agora vamos Granger, entre – ele deu um sorriso malicioso – ou esta com medo que eu te ataque?

- Até parece – disse com azedume e adentrou a sala.

      Ao visualizar bem o local, viu que não se tratava de um lugar com livros e poltronas – era o que ela imaginava - , estava diante de um aposento grande e vazio, todo revestido com espelhos, quase igual ao lugar onde a Armada de Dumbledore treinava antigamente.

- E ai? O que achou? – perguntou o loiro.

- Porque estamos aqui?

- Dumbledore me pediu para treinar o Feitiço do Patrono, e sugeriu este lugar. – ele deu os ombros e foi para o lado oposto de onde Hermione estava – Podemos começar quando quiser.

- Comece ora! – berrou ela caminhando até ele – Pense em algo feliz e canalize a emoção no feitiço.

- Tudo bem.

      Ele respirou fundo varias vezes e tentou uma, tentou duas, tentou três. Mas não adiantou, nada saiu de sua varinha.

- Não consigo! Não tenho lembranças felizes. – disse se sentando no chão.

- Como você conseguiu na sala do diretor?  - perguntou a garota correndo até ele.

- Não tenho idéia.

- O que pensou? – disse se sentando ao seu lado.

- Pensei... – hesitou – em você.

-  O que? – Hermione arregalou os olhos.

- Sim, quando eu tentei entrar de penetra na festa de Natal do Clube do Slugue, eu vi você deixando o McLaggen no vácuo abaixo de um visco. E isso me fez rir, um pequeno momento de alegria verdadeira.

      Hermione parou, pensou um pouco e uma luz se acendeu em sua cabeça.

- Você gosta de voar, certo? – perguntou ela.

- Gosto, mas porque a pergunta?

- Venha comigo.

      Ela se levantou do chão e ele também. Saíram da Sala Precisa, Hermione praticamente corria, e Draco corria seguindo-a.

- Onde vamos? – perguntou ele.

- Você vera. – disse somente.

      Eles saíram do castelo e Hermione seguiu para a cabana de Hagrid. Eles chegaram lá, e viram Bicuço deitado no chão descansando. Hermione se aproximou lentamente e fez uma profunda reverencia, o hipogrifo repetiu o ato segundos depois.

- Sua vez. – disse Hermione – Com calma, e não o insulte.

- O que diabos vamos fazer?

- Faça a reverência agora! - ordenou a morena.

      Draco se aproximou temeroso do bicho, sentiu uma pontada no braço que fora machucado por Bicuço há alguns anos mas ignorou e fez uma profunda reverencia. E para a surpresa sua surpresa, o animal devolveu-a animadamente, se levantou e esticou as asas. Hermione sabia que detestava voar, mas faria isso por Draco. Respirou fundo.

- Vamos dar uma volta. – disse – Você vai gostar, e conseguira fazer um patrono decente. Suba.

      O loiro não fez objeção montou no bicho e Hermione montou atrás dele. O enorme hipógrifo balançou as asas e criou vôo.

- Ai meu Merlin! – brandiu Hermione para si mesma, mas Draco ouviu.

- Esta com medo Granger? – zombou.

- Claro que não!

      Ao dizer isso, Bicuço deu um mergulho e ela soltou um gritinho. Draco riu maliciosamente e puxou a mão direita de Hermione - que estava presa nas penas laterais do animal – e, pois sobre sua cintura, fez o mesmo com a mão esquerda. Ao ter o que segurar, Hermione se sentiu um pouquinho mais segura.

      Asafugaz voou por toda a Hogwarts, contornou o castelo, passou por cima dos terrenos e depois de uns vinte minutos voando, ele pousou próximo a cabana de Hagrid.  Draco desceu e ajudou Hermione a fazer o mesmo, pois suas mãos na cintura da garota que estava descoberta – ela usava uma blusa curta, um pedaço de sua barriga aparecia – e sentiu-a estremecer sobre suas mãos gélidas. Sorriu internamente e a pois no chão.

      Os dois voltaram para o castelo rindo do acontecido, Hermione seguiu para a torre e Draco para as masmorras.

      Ele deitou-se em sua cama de monitor chefe, e dormiu com um sorriso nos lábios, sabendo que a partir daquele dia, poderia criar o melhor Patrono do mundo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Unidos pelo Destino 1" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.