Unidos pelo Destino 1 escrita por Camila Dornelles
No dia seguinte, depois das aulas, Hermione foi passar o tempo livre com seus amigos, Ron, Harry e Gina. Os quatro estavam sentados junto à lareira na sala comunal. Gina e Hermione brincavam com Arnaldo e Bichento, e Ron e Harry jogavam xadrez de bruxo. Os tempos livres eram raros, então eles aproveitavam o quanto dava. De repente...
Craque.
Hermione soltou um gritinho, Arnaldo e Bichento saltaram e se esconderam debaixo do sofá. Ron deixou as peças de xadrez caírem a seus pés, e Harry exclamou:
- Monstro!
O elfo domestico fez uma profunda reverencia.
- O senhor disse que queria relatórios regulares sobre o que o garoto Malfoy esta fazendo, por isso Monstro veio apresentar...
Craque.
Dobby apareceu ao lado de Monstro.
- Dobby esteve ajudando também, Harry Potter – guinchou lançando a Monstro um olhar rancoroso – E Monstro deve avisar a Dobby quando vem ver Harry Potter para fazer os relatórios juntos!
- Que é isso? – perguntaram Gina e Hermione juntas.
- Bem... – hesitou o moreno – eles estão seguindo Malfoy para mim. Então, descobriram alguma coisa?
- O senhor anda com uma nobreza que condiz com o seu sangue puro – crocitou Monstro – com uma exceção. Uma sangue-ruim.
Ele olhou mortalmente para Hermione.
- Draco Malfoy é um garoto mal! – berrou Dobby.
- O senhor Malfoy come no Salão Principal, dorme no dormitório de monitor nas masmorras, assiste as aulas, estuda na biblioteca com a sangue-ruim. – ele apontou para Hermione.
- Não chame Hermione de sangue-ruim! – brandiu Harry severamente
- Ele tem ido muito ao sétimo andar, Harry Potter! – disse Dobby.
- Na sala precisa! – exclamou Gina.
– Obrigado aos dois. Agora, você – apontou para Monstro – Cai fora.
Monstro fez uma reverencia e desaparatou. Hermione pegou um livro e começou uma leitura, às vezes escutava Harry e Rony falando de coisas como Poção Polissuco, Sala Precisa e Malfoy. Mas ela não quis escutar. Já estava cheia dessa implicância dos amigos com Draco. Quando o relógio bateu seis da tarde, Hermione pegou seu material, se despediu dos amigos e foi rumo à biblioteca. Caminhou tranquilamente pelos corredores, ao entrar no local, procurou o loiro com o olhar, mas ele não estava lá.
- Granger? – alguém a chamou.
Virou-se e Draco Malfoy estava encostado na porta da biblioteca, com a mochila nas costas.
- Porque não vamos a outro lugar? – perguntou o loiro.
- Onde?
- Venha.
Ela voltou pelo corredor onde Hermione acabara de passar, ela indecisa caminhou atrás dele e logo o alcançou.
- Onde? – tornou a perguntar.
- Você vai ver.
- Olha aqui Malfoy! – ela se, pois na frente dele – Quer parar de asneira e me dizer aonde vamos?
- Já disse, você vai ver! Agora vamos!
Ela a pegou pelo cotovelo e a arrastou até o sétimo andar. Pararam frente à tapeçaria de Barnabas, o Amalucado. Ele a soltou e passou frente ao corredor três vezes, indo e voltando. Uma porta de madeira com uma maçaneta antiga e enferrujada se materializou na frente deles.
- O que? Na Sala Precisa? Ficou louco Malfoy? – exclamou a garota.
- Aqui tem o material necessário, agora vamos Granger, entre – ele deu um sorriso malicioso – ou esta com medo que eu te ataque?
- Até parece – disse com azedume e adentrou a sala.
Ao visualizar bem o local, viu que não se tratava de um lugar com livros e poltronas – era o que ela imaginava - , estava diante de um aposento grande e vazio, todo revestido com espelhos, quase igual ao lugar onde a Armada de Dumbledore treinava antigamente.
- E ai? O que achou? – perguntou o loiro.
- Porque estamos aqui?
- Dumbledore me pediu para treinar o Feitiço do Patrono, e sugeriu este lugar. – ele deu os ombros e foi para o lado oposto de onde Hermione estava – Podemos começar quando quiser.
- Comece ora! – berrou ela caminhando até ele – Pense em algo feliz e canalize a emoção no feitiço.
- Tudo bem.
Ele respirou fundo varias vezes e tentou uma, tentou duas, tentou três. Mas não adiantou, nada saiu de sua varinha.
- Não consigo! Não tenho lembranças felizes. – disse se sentando no chão.
- Como você conseguiu na sala do diretor? - perguntou a garota correndo até ele.
- Não tenho idéia.
- O que pensou? – disse se sentando ao seu lado.
- Pensei... – hesitou – em você.
- O que? – Hermione arregalou os olhos.
- Sim, quando eu tentei entrar de penetra na festa de Natal do Clube do Slugue, eu vi você deixando o McLaggen no vácuo abaixo de um visco. E isso me fez rir, um pequeno momento de alegria verdadeira.
Hermione parou, pensou um pouco e uma luz se acendeu em sua cabeça.
- Você gosta de voar, certo? – perguntou ela.
- Gosto, mas porque a pergunta?
- Venha comigo.
Ela se levantou do chão e ele também. Saíram da Sala Precisa, Hermione praticamente corria, e Draco corria seguindo-a.
- Onde vamos? – perguntou ele.
- Você vera. – disse somente.
Eles saíram do castelo e Hermione seguiu para a cabana de Hagrid. Eles chegaram lá, e viram Bicuço deitado no chão descansando. Hermione se aproximou lentamente e fez uma profunda reverencia, o hipogrifo repetiu o ato segundos depois.
- Sua vez. – disse Hermione – Com calma, e não o insulte.
- O que diabos vamos fazer?
- Faça a reverência agora! - ordenou a morena.
Draco se aproximou temeroso do bicho, sentiu uma pontada no braço que fora machucado por Bicuço há alguns anos mas ignorou e fez uma profunda reverencia. E para a surpresa sua surpresa, o animal devolveu-a animadamente, se levantou e esticou as asas. Hermione sabia que detestava voar, mas faria isso por Draco. Respirou fundo.
- Vamos dar uma volta. – disse – Você vai gostar, e conseguira fazer um patrono decente. Suba.
O loiro não fez objeção montou no bicho e Hermione montou atrás dele. O enorme hipógrifo balançou as asas e criou vôo.
- Ai meu Merlin! – brandiu Hermione para si mesma, mas Draco ouviu.
- Esta com medo Granger? – zombou.
- Claro que não!
Ao dizer isso, Bicuço deu um mergulho e ela soltou um gritinho. Draco riu maliciosamente e puxou a mão direita de Hermione - que estava presa nas penas laterais do animal – e, pois sobre sua cintura, fez o mesmo com a mão esquerda. Ao ter o que segurar, Hermione se sentiu um pouquinho mais segura.
Asafugaz voou por toda a Hogwarts, contornou o castelo, passou por cima dos terrenos e depois de uns vinte minutos voando, ele pousou próximo a cabana de Hagrid. Draco desceu e ajudou Hermione a fazer o mesmo, pois suas mãos na cintura da garota que estava descoberta – ela usava uma blusa curta, um pedaço de sua barriga aparecia – e sentiu-a estremecer sobre suas mãos gélidas. Sorriu internamente e a pois no chão.
Os dois voltaram para o castelo rindo do acontecido, Hermione seguiu para a torre e Draco para as masmorras.
Ele deitou-se em sua cama de monitor chefe, e dormiu com um sorriso nos lábios, sabendo que a partir daquele dia, poderia criar o melhor Patrono do mundo.
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