Unidos pelo Destino 1 escrita por Camila Dornelles


Capítulo 12
Capítulo 11




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      Na semana seguinte, Hermione não se encontrou com Malfoy, pois o garoto se encontrava na enfermaria, e Madame Pomfrey não a deixou visitá-lo. Segundo ela, ele sairia de lá neste Domingo, então Hermione precisou esperar. No domingo depois do almoço, Hermione pegou a caixa de sua avó, se agasalhou bem, pois ainda estava muito frio, e foi para a beira do lago. Sentou-se abaixo uma arvore, e a abriu a caixa. Pegou a maior foto que havia ali. Uma garota com vestes da Sonserina acenava e sorria. Era como se Hermione olhasse o espelho, elas eram realmente parecidas. Com as diferenças dos olhos, os de Hermione eram cor de mel, e os de Elizabeth eram verdes. E os cabelos, de Elizabeth eram lisos até a cintura, num tom de loiro escuro, e os de Hermione, castanhos e encaracolados.

      Pois a foto de lado e pegou outra, um pouco menor que a primeira, onde ela e Tom Riddle se abraçavam e acenavam. Deviam estar no quinto ano. A terceira foto era de um quarteto, um pouco mais velhos, provavelmente no sétimo ano. No verso dizia: Lizzie, Tom, Abraxas e Eileen. Uma lagrima caiu do olho de Hermione, ela depositou a foto junto às outras, num canto e pegou outra foto que havia ali. Elizabeth e Riddle se beijavam e sorriam acenando, ela usava um anel de compromisso, prateado com cinco pedrinhas verdes. Hermione depositou a foto com as outras, e vasculhou a caixa. Varias outras fotos se mexiam ali, a maioria do quarteto, juntos em duplas ou em trios, mas sempre os quatro, juntos. Um saquinho preto de veludo a chamou a atenção, o pegou e abriu, um anel caiu de lá junto com um papel amassado. Era o mesmo anel que Lizzie usava na foto que acabara de ver. 

      Ela desamassou o papel do melhor jeito que pode e viu ser uma foto. Nela, Riddle estava ajoelhado e segurava a mão de Lizzie, e o fitava de olhos arregalados e em seguida sorria e se jogava em seus braços. No verso uma frase rabiscada: Tom pedindo Lizzie em namoro, até que em fim. - Abraxas "

      Hermione riu baixo, mas depois suspirou, não acreditando. Sua avó e Tom Riddle? Juntos? Namorados?

      Era muito para sua cabeça. Mas ela devia continuar. Encontrou um pergaminho meio velho e amassado e o abriu, lá, uma bela caligrafia preenchia o papel inteiro.

“     Tom.

      Meu Tom.

      Escrevo esta carta com muito pesar. Estou sentada no meio da neve e esta anoitecendo. Está ficando realmente frio aqui e minha letra está horrível porque minha mão está tremendo. Então, serei rápida.

      Olha... Eu sei que não devia ter ido embora sem você. Desculpe-me por isso. Mas... Sabe, eu não me arrependo de nada, a não ser de não tê-lo impedido de começar tudo isso. Eu acho que teria conseguido, não?

      Se eu te pedisse para escolher entre mim e o Poder, o que você teria escolhido? Se um dia nos encontrarmos novamente, vou cobrar esta resposta.

      Tom. Isso tudo é loucura. Por favor! Ainda da tempo de desistir de tudo. Tom, você pode ser feliz! Deixe tudo isso pra lá!

      Eu lhe imploro.

      Por mim.

      Por nós.

      Por tudo o que já vivemos.

      Eu não posso deixar que você faça o que quer fazer. Por isso, não encontrará nada mais que um pedaço de papel neste oco de arvore. Sim, eu peguei o diadema. Ele não pertence nem a mim nem a você. E assim que puder, vou devolvê-lo ao seu lugar de origem.

      Tom... Eu ter amo.

      Sempre te amei e sempre vou te amar, aconteça o que aconteça.

      Desculpe-me.

                  Sua eterna Lizzie”

      Hermione arfou. Então esta era o tal bilhete que Elizabeth mencionara na memória. Então Riddle realmente estivera na Albânia e achou a tal arvore. A garota colocou o anel no dedo e ergueu a mão para fitá-lo caixinha pequena e negra de plástico. Sem conter a curiosidade, ela a briu e arfou quando uma coisa de menos de trinta centímetros pulou de lá de dentro.

- AHHHHHHHHHHHH! – Guinchou a coisa.

- AHHHHHHHHHHHH! – berrou Hermione.

      A criaturinha estava sentada na neve e usava um pedaço de pano fino como roupa, tinha orelhas grandes como as de um morcego e olhos esbugalhados e azuis, do tamanho de bolas de tênis.

- Calminha – disse Hermione ao ver que se tratava de um elfo domestico - Quem é você?

- Layla. – disse o pequeno ser e a fitou, os olhos brilhando rapidamente - Menina Lizzie?

- Não. Eu sou Hermione. Sou neta de Lizzie.

- Ah...

- E o que você faz aqui? Nesse frio, sem agasalhos, pequenina?

- Layla não tem para onde ir. Layla não tem senhores. – disse batendo os dentes de frio. 

- Ai Merlin! – disse Hermione – Venha comigo.

      Ela tirou sua touca de lã que usava, e estendeu para o elfo entrar. Ela o fez, e se enrolou na touca de Hermione. A garota correu para dentro do castelo, foi direto para a sala de Dumbledore. Passou pega gárgula de pedra, e subiu as escadas. Bateu rapidamente na porta. Ao ouvir uma afirmação, entrou na sala circular cheia de bugigangas.

- Srta. Granger – disse Dumbledore sorrindo – Em que posso ajudá-la?

- Professor, olhe o que eu encontrei lá fora, neste frio.

      Ela, pois a touca em cima da escrivaninha, e o pequeno elfo saiu de la de dentro. Dumbledore arregalou os olhos.

- Como se chama? – perguntou o mais velho ao elfo.

- Layla senhor. – disse fazendo uma reverencia.

- Tem senhores?

- Não senhor. - respondeu ela - Layla nasceu num porão de uma casa senhor, mas os senhores não quiseram Layla, então chutaram Layla para a rua. Layla viajou sozinha por ai senhor. Sem comer, nem beber nada. Até que um menino encontrou Layla. Ele era bonito. O menino Tom. E ele me deu de presente para a menina Lizzie. Ela era boa. Eu adorava a menina Lizzie, e a menina Michele também, sua filhinha. - Layla sorriu encantada enquanto balançava as orelhas – Mas então, um dia, a menina Lizzie me pediu para ajudá-la a escolher um vestido para a garota Michele, elas iriam para um baile num castelo. Eu ajudei ela a escolher, e ela me deu essa caixinha. – ela apontou para a caixinha que Hermione segurava – Ela disse para Layla entrar na caixinha e não sair até que a caixinha fosse aberta. É grande lá dentro. Layla tem brinquedos, e uma cama confortável. E sempre o menino Tom coloca comida pra mim, sempre. Até que ele parou, e Layla ficou sozinha, até a menina Hermione abrir a minha casinha.

- Layla, sou Alvo Dumbledore – e estendeu a mão para o elfo que tocou com a ponta dos dedos – E esta é sua senhora, Hermione Granger.

- Sua senhora? – repetiu Hermione estática. – Professor, eu não quero escravizar um elfo. Ela pode até ser minha, mas como igual. 

- Sabia que a senhorita diria isso. Mas, foi você que a encontrou, ela pertence a você. Sem contar que os elfos passam de geração em geração, se Lizzie era a dona, depois sua mãe, e agora, você.

- Ela pode trabalhar no castelo e ser minha? – perguntou Hermione – Dobby pode olhá-la para mim, não pode?

- Claro que pode. Ela é sua então.

- Obrigada professor. Vou mostrar a torre da Grifinoria para ela, e fazer umas roupinhas novas – disse Hermione feliz.

- A senhora, dará roupas a Layla? – perguntou o pequeno elfo com os olhos brilhando.

- Claro que sim! Obrigada professor. Vamos Layla você vai conhecer meus amigos. – e estendeu a touca de lã.

      O elfo sorriu, fez uma reverencia a Dumbledore e pulou na touca de Hermione.

- Obrigada de novo professor. – disse a garota antes de sair da sala.

      Ela mostrou a Layla os quadros de Hogwarts no caminho.

      Quando topou com Draco Malfoy indo na direção oposta.

- Ola Granger.

- Ola Malfoy.

- O que é isso? – perguntou ele olhando a touca de lã.

- Sou Layla senhor – disse o elfo sorrindo e acenando para Draco.

- Eu a encontrei lá fora, e Dumbledore a deixou ficar.

      Draco passou a mão na cabeça do elfo, que sorriu de orelha a orelha. E se foi.

- Layla gostou dele! – esganiçou feliz.

- Eu também gosto dele. – disse Hermione parando frente à Mulher Gorda.

      Disse-lhe a senha (Leão Corajoso) e entrou Harry, Ron e Gina estavam sentados frente à lareira .

- Ola pessoal! – disse Hermione se sentando ao lado de Gina – Essa é Layla.

      O pequeno elfo pulou da touca e caiu no tapete.

- Hermione! – sibilou Ron. – Isso é um elfo domestico?

- É sim. Por quê?

- Da onde você tirou? – perguntou o ruivo.

- Layla gosta do cabelo da senhora. – disse apontando para o cabelo de Gina.

- Obrigado pequena. Este é Arnaldo. – Ela mostrou o mini-pufe cor-de-rosa.

      O bichinho pulou e ele e elfo começaram a brincar. Hermione contou a eles sobre o elfo.

- Layla – chamou à morena – Essa é Gina, ele é Ron e ele Harry.

- Harry Potter? – esganiçou o elfo e o moreno assentiu – Layla ouviu muito falar do senhor, é aquele que derrotou você-sabe-quem.

- Sim sou eu. – disse envergonhado.

- Layla gosta do cabelo do senhor também – disse pulando no ombro de Harry – Mais Layla prefere o cabelo do loiro que vimos no caminho, àquele que cumprimentou minha senhora.

- Que loiro? – perguntou o ruivo desconfiado para Hermione.

- O Malfoy.

      Depois de um silencio constrangedor, Hermione subiu para seu dormitório com Layla. Ela mostrou-o para ela e disse que ia arrumar lhe arrumar uma cama. O elfo só faltou explodir de tanta alegria. A morena a vestiu com um casaco de lã, feito para outro elfo de Hogwarts, e é claro, ficou muito grande. Com um aceno da varinha coube perfeitamente.

      As duas caminharam de volta ao salão comunal, só que agora Lilá Brown estava ali ao lado de Ron.

- ECA! – berrou a garota – O que diabos é isso?

- Isso – disse Hermione seca – É um elfo, o meu elfo.

- E você tem autorização para ter esse bicho?

- Em primeiro lugar, não é um bicho, é uma criatura mágica e é mais inteligente que você Brown. E em segundo, sim eu tenho autorização, do próprio Dumbledore, alias foi ele que me deu a Layla.

- Nossa não precisava ser grossa! Sua sabe-tudo irritante!

- Escolha outro apelido! Esse o Malfoy já cansou de usar comigo – disse Hermione com antipatia.

- Sua sangue-ruim.

      O Salão Comunal grifinorio inteiro parou. Sangue-ruim era uma ofensa horrível.

      Foram ouvidos passinhos rápidos, em estalo de uma coisa pesada e um grito de dor. Layla tinha saltado da touca de Hermione, corrido até Lilaá e a acertado com um livro pesado no meio da cara.

- Não vai falar mal da minha senhora Hermione! – guinchou o elfo enquanto Gina e Harry riam e Ron segurava o riso com dificuldade.

      Então o pequeno elfo voltou para a touca e Hermione saiu de lá o mais rápido possível. Elas caminharam rindo para a cozinha, ao entrarem avistaram vários elfos ali. Um elfo vez uma reverencia a Hermione.

- A senhorita deseja alguma coisa?

- Eu quero falar com o Dobby, ele esta aqui?

- Sim. Um momento.

      O elfo correu e voltou segundo depois com Dobby a seus calcanhares.

- Senhorita Hermione! – guinchou ele sorrindo – Amiga de Harry Potter! Veio visitar Dobby! O que deseja?

- Dobby, vim te pedir um favor. Esta é Layla -  apontou para o elfo na touca – Ela é minha, Dumbledore me deu, ela vai ficar aqui com você, tudo bem?

- Claro senhora! Dobby adora fazer novos amigos!

- Você cuida dela para mim? No final do dia, ela vai dormir no meu quarto.

- Tudo bem senhora! Dobby cuidara de Layla.

- Obrigada.

      Ela deixou Layla na cozinha, dizendo que qualquer coisa, era para avisá-la. Layla concordou feliz. Poucos segundo juntos, já adorava Dobby.

      Hermione então saiu feliz da cozinha, e caminhou para o salão principal, já era hora do jantar. Ao adentrar, viu seus amigos na mesa da Grifinoria, mas seu olhar vagou para a mesa da Sonserina. Avistou seu alvo, Draco Malfoy estava sentado entre Goyle e Crabbe e brincava com a comida em seu prato, sem sequer comer. Então, sentou-se entre Gina e Neville, e comeu rapidamente. Os garotos voltaram ao salão comunal depois de 40 minutos, Hermione já em seu quarto de monitora, arrumou uma espécie de cama para Layla, uma hora e meia depois, chamou o pequeno elfo para dormir. Layla sorridente, contou para Hermione o que acontecera no seu primeiro dia na cozinha. Disse que os elfos foram muito legais com ela, conheceu Winky, e conversou bastante com Dobby. E ajudou a preparar o jantar.

      Depois de conversarem, as duas foram dormir.


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