Allergic To Love escrita por Camila Dornelles


Capítulo 1
Prólogo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/260447/chapter/1

-Harry! O que está fazendo aqui?

-Calma Hermione, você tem que reconsiderar...

-RECONSIDERAR O QUE HARRY POTTER? Reconsiderar  que o seu amigo é um trasgo?

-Ele não pretendia dizer aquelas coisas para você Mione.

-Não quero saber, mantenha Ronald Weasley longe das minhas vistas.

-Hermione...  Você tem que...

O que, na opinião de Harry, Hermione tinha que fazer, ela nunca saberia. Pois naquele exato momento Dobby apareceu bem do lado deles, derramando uma jarra de água em cima da cama.

Os olhos do elfo se encheram de lagrimas e ele se adiantou á pegar o pesado livro de Transfiguração, e bateu-o na própria cabeça, antes que os dois pudessem impedir.

Quando Harry conseguiu tirar a arma das mãos pequeninas do elfo, notou um galo enorme se formando.

-Dobby mau, Dobby precisa se castigar Harry Potter.

-Não Dobby! Chega.

-Dobby tem um recado do Professor Dumbledore para a amiga de Harry Potter.

-O que foi Dobby?

-O diretor quer vê-la na sala dele, o mais rápido possível.

-Obrigada. Volto logo Harry.

Em segundos, tanto a garota, quanto o elfo não estavam mais lá.

Quando ela entrou no gabinete de Alvo Dumbledore, teve uma sensação estranha, e sentiu um cheiro de petúnias no ar.

Era o cheiro do perfume de sua mãe.

Sentiu-se em casa.

-Minha menina.

O ancião disse se aproximando lentamente da garota, com os olhos azuis brilhando, e o sorriso bondoso no rosto.

-Professor.

-Tenho algo á lhe pedir Srta. Granger.

-Claro.

-Está disposta á manter total segredo sobre o que lhe direi, até daqueles que mais ama?

-Sim.

-Há muitos anos nessa escola Tom Riddle sentou-se nessa mesma cadeira em que você está, e nós discutimos sobre seu futuro.  Ele era um garoto brilhante, que escolheu a coisa errada á qual dedicar todo o seu talento. Mas talvez, só talvez, haja um jeito de nós mudarmos o rumo das coisas, e se tudo der certo nós livraremos o mundo do Lorde Voldemort. Mas para isso, preciso de sua ajuda Hermione.

-Farei o que puder para ajudar á terminar com essa guerra.

-Descobri um jeito experimental de viajar no tempo...

-Como?

-São segredos de um velho querida. Mas permitiria, na teoria, que alguém passasse cerca de seis meses á um ano no passado.

-Mas diretor, e as conseqüências físicas e mágicas disso?

-Teoricamente, o corpo do bruxo se deterioraria e a mágica seria drenada pouco á pouco. Mas aí que entra o Severo.

-O professor Snape.

-Sim, e também um grande mestre de poções que descobriu uma formula nova, uma poção que impede os efeitos da viajem no tempo. Basta você tomá-la á cada três meses e ficara bem, preparei um frasco que deverá durar um ano.

-Hm, professor. O que exatamente eu tenho que fazer?

-Tem que voltar ao passado, ao ultimo ano de Tom Riddle nesta escola.

-Para que?

-Não sei, talvez com sua inteligência, e sua gana pelo conhecimento, tão parecida com a dele, você consiga convencê-lo de que a amizade é um dom.

-O senhor acredita que dará certo?

-Não sei, mas é um esforço válido. Você aceita?

Hermione pensou em tudo, e seu cérebro foi pesando todas as conseqüências. Lembrou-se das palavras grosseiras de Rony no café da manhã. Sim, ela faria.

-Aceito.

-Está ciente dos perigos que correrá?

-Sim, mesmo assim, eu quero fazer.

-Tudo bem. Resolva o que tem que resolver e volte ao meu escritório com seus pertences em meia hora.

-Tudo bem diretor, o que direi aos garotos?

-Diga que voltará para casa. É melhor que não saibam, para que não façam nenhuma besteira. Agora vá Hermione.

-Sim.

A garota correu pelos corredores até chegar á sua Sala Comunal. 

Jogou suas coisas dentro do malão e o arrastou rapidamente até o retrato da mulher gorda.

Não queria se despedir dos amigos.

Então planejava partir sem vê-los. Mas Harry estava parado com Rony do lado de fora da Sala.

-Aonde vai com esse Malão Hermione?

O moreno perguntou, olhando-a nos olhos.

-Para casa.

-Por quê?

-É por minha causa Mione?

-Não Ronald, não tem nada a ver com vocês. Meus pais estão doentes, e ficarei lá até que eles melhorem.

-Mas Hermione...

-Me deixa Ronald.

Ela abraçou Harry apertado, seu medo era de voltar e descobrir um mundo diferente do que tinha deixado.

Deu um aceno de cabeça na direção de Rony e partiu.

Chegando ao escritório de Dumbledore ela tinha lagrimas nos olhos.

Amava os garotos, e por isso faria aquilo.

Queria que Harry pudesse ter a chance de crescer com os pais.

Dumbledore deu inúmeras voltas no vira-tempo e pendurou-o no pescoço da garota.

-Quando estiver pronta para voltar, quebre-o.

-Tudo bem.

-Pronta?

-Sim.

-Boa sorte.

-Obrigada.

Ele deu a ultima volta e Hermione fechou os olhos, depois, era tudo escuridão. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!