Hell Road escrita por Absolem the oracle


Capítulo 2
Capítulo 2 - Não segure em minha mão


Notas iniciais do capítulo

MANDEM REWIEEERSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS POR FAVOOOOOOOOOOORRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR! POR FAVOR MESMOOOOOO



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Hanah continuou a pedalar e quinze minutos depois chegou ao centro da cidade. Do centro pro outro lado havia apenas um mar infindável de residencias.

– Perigoso demais... cheio de gente, e cheio deles...

Havia um imenso parque no centro da cidade, com árvores e grama verde. Tudo parecia calmo demais. Hanah largou a bicicleta e começou a caminhar segurando seu pedaço de madeira sempre pronto. Seguiu vagarosamente pelas ruas. Entrou preocupada em uma farmácia e pegou um punhado de comprimidos no balcão.

Uma mulher, pelo menos foi o que Hanah achou que era pois esta muito deformada mas usava um vestido, gemeu ao fundo da farmácia.

Hanah tinha a percebido mas tentou passar despercebida. Tentou em vão.

– Merda! - Hanah falou irritada.

A mulher grunhiu e seguiu em passos vagarosos na direção da garota que saiu rapidamente da farmácia e correu. De repente vários deles pipocaram pelo lugar. Apareceram como se brotassem da terra.

Ela entrou o mais rapidamente possivel em uma velha doceria, ainda alimentada pela energia de um gerador. Se jogou no primeiro armário que viu. Haviam restos de alguem ali dentro. O cheiro era insuportavel, mas de certa forma familiar. Hanah o sentia praticamente todo dia desde que tudo tinha virado de cabeça pra baixo.

Ela ouviu o ruidos de um deles que entrou na doceria enquanto tentava respirar o minimo possivel. Ele esbarrou em algumas coisas e deixou alguns potes de vidro cairem o que chamou a atenção de mais alguns. eles vagaram durante duas horas e depois sairam da loja.

– Meu deus! meu deus! Que inferno! Mas que merda é essa.... - Hanah falou baixinho. Cantaria se pudesse, por que sair daquele armário tinha sido o paraiso.

– Você... ei! - um sussurrou veio de um canto escuro do lugar.

Hanah virou assustada. De dentro de um alçapão no chão saiu uma mulher com roupas brancas de enfermeira, mas a maior surpresa era que ela estava grávida.

– Jenna. - ela estendeu a mão.

– Hanah. - Hanah apertou a dela.

– Passou por um sufoco hein?! Pra eles é mais interessante na area residencial. - ela riu.

– Por que? - Hanah franziu o cenho.

– Ainda tem gente lá.

– Ahhh. Você tá... - Hanah olhou indiscretamente para a barriga de Jenna.

– É. Mas eu não prevejo o futuro! Não sabia que isso tudo ia acontecer. Devia ter tirado minha licença...

– Melhor irmos... - Hanah resmungou preocupada.

– Verdade. Vamos pra clinica. Lá é seguro.

As duas saíram da doceria e Hanah deitou Jenna a guiar pela cidade. Ali próximo havia uma clinica de ortodontia. O primeiro andar estava abarrotado de entulhos. Era impossível passar por ali.

Jenna de alguns pulinhos para alcançar a escada de incêndio. As duas subiram e entraram no segundo andar do prédio.

– Esse prédio só tem dois andares.

– Por que ficou aqui? Não conseguiu fugir? - Hanah perguntou deixando a imensa mochila no chão.

– Não. Conheço essa cidade bem. Cresci aqui. Essa clinica é segura e tem tudo pro meu bebê nascer.

– Como você vai sair daqui depois? Como vai criá-lo? - Hanah realmente estava curiosa. Como ia criam uma criança no meio daquelas coisas?

– Ah! Eu vou tentar ir levando... - Jenna suspirou - Mas e você? quantos anos tem? Dezoito? Dezenove? Uma garota tão nova com aquelas armas todas? - ela apontou para a mochila, dava para ver o cano da armas pra fora - Como você sobreviveu sozinha?

– Meu pai. Militar. Ele me ensinou a ter frieza o suficiente pra matar ate meu irmão.

– Meus pezames.

– Ah, não se preocupe. Eu consegui matar ele de vez.

– Minha nossa! - Jenna se chocou com a reação da garota.

– Eu sinceramente só quero ficar viva. O resto é o resto. - Hanah começou a se sentir incomodada com as perguntas - Você tem comida? To morrendo de fome e queria tomar um banho...

– Ah tem sim! - Jenna disse levantando. Hanah pulou e ficou de pé rapidamente. Pegou a mochila e seguiu Jenna.

Jenna levou Hanah a uma pequena copa da clinica pegou duas latas de milho de deu a Hanah. Ela comeu tão rapidamente que quando percebeu só ficaram as latas. Depois Jenna a levou ao banheiro da aparente sala do chefe.

– Tem um suprimento que vem de um poço artesiano... Sempre disse que era gasto de dinheiro, mas ele está me salvando.

– Tem agua quente?

– Nao... infelizmente.

– Tudo bem. Obrigada.

Jenna saiu do banheiro e disse que voltaria com toalhas.

Havia um resto e sabonete, mas o vidro de shampoo estava completamente vazio.

– Quem precisa disso? - ela falou jogando o vidro longe.

Tiroua roupa vagarosamente.

Tirou a arma do cinto, este que ela sempre usava pra caçar com o pai. O cinto era definitivamente util com espaços para colocar carregadores e duas armas. Seu pai era um caipira, no fim, para dar aquilo se presente de aniversário a Hanah, mas depois que Liza, sua esposa, morreu ele nunca mais foi o mesmo.

Ela colocou a arma numa prateleira vazia que era usada provavelmente para colocar shampoos e condicionadores.

Sempre estava em companhia de sua Glock com silenciador.

Abriu a água que estava gelada e mais ainda por causa da febre.

– Água gelada vai fazer a febre ceder... - Hanah falou com a voz tremida enquanto dava pulinhos para aguentar o frio.

Terminou o banho rápido e Jenna voltou com as toalhas.

– Acho que você vai precisar de mais uma... seu cabelo é imenso!

– Você teria um... pente? - Hanah sorriu bobamente.

Já anoitecia e Jenna ascendeu uma vela em um lugar ao fundo da clinica. Na fachada uma imensa janela de vidro que cobria toda a parede. Ela via a rua e haviam vários deles caminhando a esmo.

Enquanto os observava penteava os cabelos que batiam na altura das coxas.

– Você não pensa em cortar?

– An? - Hanah respondeu surpresa. Não tinha percebido Jenna chegar - Não. Eu gosto deles assim.

Jenna pegou um cacho ruivo. Os cabelos de Hanah eram vermelhos como o fogo e tinham cachos grandes e cheios.

Ela se afastou da janela e de seus pensamentos e foi guardar a mochila com as armas. Encontrou um ótimo lugar no duto de aquecimento. Mesmo que alguem entrasse ali não pensaria em procurar armas no aquecimento que já não funcionava mais.

– Precisamos de mais comida... - Jenna resmungou.

– As vezes eu queria eles fossem vampiros sabe, derretessem no sol. Seria bem mais fácil.

– Mas não são... Não sei direito o que eles são, mas vi ser difícil pegar comida amanha.

– São zumbis. Agora agradeço por ter lido os quadrinhos. Não tinha muito pra fazer alem de caçar e cuidar da fazenda, então as vez eu lia...

– Zumbis, tipo os dos filmes?

– Sim. Nunca percebeu que se você acerta a cabeça eles... tipo, morrem?

– Eu nunca....matei um. Só fugi.

– Amanha vamos conseguir comida. Te apresento uma doze. - Hanah levantou a arma - Tambem conhecida como punheteira. Que nome horrível.

– Vou levar alguma arma?

– Sim. - Hanah entregou a Glock - Espero não ter que usar essa arma. - ela olhou para a doze - Apesar de ser potente ela é muito barulhenta. Derrubaria facilmente uns cinco zumbis se eles estivessem juntos só com um tiro mas o barulho ia chamar atenção demais.

– Você tambem percebeu? A luz e barulho chamam atenção deles... - Jenna disse pensativa. Ela puxou Hanah ate a janela - Tá vendo ali? - ela apontou - É uma loja de conveniência. Tem tudo ali.

– Então amanhã vamos lá.

Hanah não conseguiu dormir. Ficou pensando em rotas de fuga e o que faria se elas fossem cercadas. Na pior das hipoteses ela preferia morrer a virar um deles.

O sol raiou e Hanah não tinha pregado os olhos. Jenna se levantou animada.

– Vamos! - Ela puxou Hanah.

Já na rua lateral da clinica as duas iam em passos rápidos. Jenna levava uma bolsa lateral para as coisas que ela precisavam. Passaram rapidamente pela rua e Hanah entrou na frente dentro da loja.

– Vazia! - ela falou do fundo - Vamos rápido! Pegue logo o que precisa.

Jenna pegou algumas latas de comida, álcool e sabonetes. Hanah não resistiu e pegou um chocolate. O comeu inteiro.

– Come devagar... pode passar mal com essa pressa toda! - Jenna disse rindo - Tem uma galeria de lojas aqui do lado. Acho que esse lugar está vazio, então o que acha de pegar umas roupas limpas?

– Hum... pode ser. - Hanah respondeu pensativa.

Jenna a levou por uma saida lateral da loja. Ali haviam várias lojas pequenas. 

– Duz

Hanah saiu da loja e viu Jenna pegando alguns vestidos em uma loja perto da saida.

As duas andaram ate a metade do quarteirão. Lá havia uma ótica, com uma vitrine imensa. Provavelmente tinha sido uma loja grande rica e o principal... cara.

Hanah entrou na loja. As portas de vidro automáticas ainda funcionavam. O passos cautelosos a levaram para dentro a procura de algo que pudesse ser util>

As duas saíram correndo pela rua. Os zumbis estavam agitados, começaram a pipocar pelas ruas.

Ela começou a ficar desesperada. Correu e olhou para trás e Jenna pareceu entender, por que também correu o mais silenciosamente possível.

Os zumbis se juntavam atrás delas.

– Corre Jenna, corre! - Hanah gritou.

Jenna soltou um guincho.

Hanah fez a curva para a rua lateral da clinica e no final dela o pior esperava. Zumbis aos montes, seguiam em direção as duas. Jenna tinha ficado um pouco para trás mas Hanah a ouvia. Ela correu ate a metade da rua onde ficava a escada e subiu o mais rapidamente possível. A doze complicava a subida e ela escorregou e quase caiu, mas agora estava a salvo.

Jenna vinha mais devagar, estava grávida e não podia correr tão rápido. Ela tentou subir, mas cada passo era realmente difícil com a imensa barriga.

– Rápido Jenna! - Hanah gritou vendo os zumbis extremamente próximos.

Jenna soltou um grito, mas conseguiu subir.

– O que houve? - Hanah arregalou os olhos.

A perna de Jenna sangrava muito. Ela franzia o cenho com dor.

– O que houve? - ela gritou.

– Eu não sei! Eu tava subindo... Acho que cortei minha perna na escada.

– Na escada? - Hanah deu alguns passos para trás. Olhou melhor a perna de Jenna e percebeu quatro cortes paralelos - Como se fossem quatro dedos... - ela resmungou.

– Vamos entrar logo! Quero passar álcool nisso antes que infeccione.

– Jenna... Eu não posso.

– Eu não to me sentindo bem. - ela sentou.

Hanah colocou a mão na testa de Jenna. Estava fervendo.

– J-Jenna, por acaso um deles te arranhou? Existe a possibilidade?

– Ah... talvez... acho que sim. Eu senti uma coisa puxando a minha perna, mas mesmo assim! Só quando a gente é mordido que vira um deles.

Hanah a olhou fixamente. Não ia correr nenhum risco.

– Jenna... me desculpe. - Hanah disse virando de costas.

– Pelo que? - Jenna perguntou confusa - Ah, eu fui arranhada, mas é só limpar!

Hanah levantou a arma. Atirou.

– Desculpe por isso. - ela encarou o olhos chocados de Jenna nos últimos segundos de sua vida. Seu rosto estava ensanguentado. O tiro tinha atravessado a cabeça dela.

O som ecoou por todo o quarteirão deixando os zumbis mais agitados ainda. Eles disputavam ferozmente as gotas de sangue de Jenna que caiam pelo buracos da "varanda" da escada de incêndio.

Hanah se aproximou e pegou a Glock das mão de Jenna.

– Ela nem teve tempo de reagir... - Hanah constatou.

Nada mais poderia ser feito. Era a hora de sair da cidade. Ali estava ficando cheio demais. Ela foi ao banheiro, pegou as lentes de contato e colocou por cima dos olhos azuis.

– Amarelas? - Hanah resmungou com os olhos marejados. Ela sofria por Jenna, mas precisava continuar.

Se olhou no espelho. Os cabelos ruivos cacheados caiam sobre o rosto delicado. Os olhos agora eram amarelos por causa da lente. Aquilo era estranho, mas no momento necessário.

Hanah pegou sua mochila no duto de ventilação e guardou a doze ficando apenas com a Glock. Voltou a escada de incêndio e empurrou o corpo de Jenna para o mar de zumbis. Eles destroçavam seu corpo enquanto Hanah subia para o terraço do prédio.

O predio ao lado era grudado na clinica. Ela entrou por uma janela e se viu em um prédio de escritórios. Correu procurando as escadas e desceu rapidamente. O prédio era um de esquina. Ela saiu pela porta dupla e correu na direção oposta a rua. Procurou desesperadamente por uma bicicleta. A única que encontrou estava presa por uma corrente com um cadeado grande em um bicicletário. Ela não sabia dirigir, então outro veiculo não era uma opção. Atrás um mar de zumbis vinha em sua direção.

– Merda... Merda! - ela tentava abrir o cadeado em vão.

Mirou com a Gock e atirou e denovo. Com dois tiros finalmente quebrou o cadeado.

Teve que atirar em três zumbis próximos. Tinha apenas mais um tiro e os pentes estavam dentro da mochila.

Hanah praticamente arrancou a bicicleta do bicicletário e subiu desajeitada. Pedalou com força. Quanto mais longe mais segura. Agora ela passava pela parte residencial da cidade. Lá estava infestado. Os zumbis andavam a esmo próximos a casas dando espaço para Hanah passar pela rua.

Enquanto ela pedalava pensou em como tudo aquilo poderia estar acontecendo. Aquilo seria o apocalipse? Se fosse estava bem diferente do que estava escrito na biblia. O apocalipse foi a unica parte que Hanah realmente leu. Ela se impressionava com o quanto deus poderia ser perverso.


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