POV.  Bianca

Depois de mais alguns xingamentos direcionados ao Mateus, nó s decidimos examinar o DVD e ver o que mais ele era vagabundo. E sim, ele também era vagabundo em outros aspectos. A merda da sinopse era de Desesperate House Wifes, e não de Jogos Vorazes.

Você sabe o que é Desesperate House Wifes? Não. Você não deve saber, Desesperate House Wifes fala sobre Donas De Casa que tem aventuras, segundo a sinopse. Não preciso dizer que fiquei doida da vida, né?

POV.Clara.

                Bianca deu a louca e saiu correndo do quarto e gritando : “Donas de casa é o caralho!”, revirei os olhos e a segui, ela estava no meio da sala gritando com o meu pai:

-Me dê esse bolinho! – gritava ela.

-Não – dizia meu pai se abraçando ao bolinho.

-Sim!

-Não!

-Sim!

-Não!

-Não!

-Sim – gritou meu pai, logo percebendo que caiu na armação.

-HAHA, me dê o bolinho – meu pai fechou a cara e deu o bolinho pra ela, que sorriu  e sentou no sofá, feito um Derp.

-Vou comprar outro bolinho – diz meu pai e sai pela porta.

-Tanto faz – digo e me sento no sofá ao lado de Bianca – Izaura! Trás um pedaço de bolo pra mim! – grito para a empregada, que segundos depois trás um pedaço de bolo de chocolate – valeu – como o bolo calmamente e depois deixo o prato em cima da mesinha de centro.

                 Bianca abre a boca para falar algo, mas nessa hora todas as luzes se apagam e gritos são ouvidos, na verdade eram os meus gritos, mas okay.

                POV.Bianca.

                Teve um apagão, e em seguida um cheiro de fumaça, eu e Cla nos olhamos e vamos até a varanda, onde dava ara ver claramente a fumaça saindo de um prédio, eu e Clara ficamos tentando enxergar melhor e em uma dessas tentativas a gente quase caí da varanda.

~Le 2 horas depois~

Era impossível fazer qualquer coisa, considerando que estava SEM LUZ NENHUMA! Clara estava com medo, agarrada a um coisa qualquer, enquanto eu tentava dormir. Minutos depois a luz volta.

-Obrigada, meus duses! – grita Clara e eu levanto do sofá.Logo a empregada vem até a sala e pega os pratos, mas Clara a impede.

-Não pegue o meu prato – ela pede.

-Porque ele é importante pra mim, foi nele que eu e agarrei durante o apagão, não leve embora o Larry! – Clara diz.

-Tá certo, eu hein – ela pega meu prato e se manda pra cozinha, me sento no sofá de novo, tentando ignorar o fato de que Clara estava agarrada a um prato, até que sinto uma grande necessidade.

-Izaura! – grito – Izaura! – a empregada vem até a sala.

-Que foi, Bianca? – pergunta ela, também tentando ignorar Clara passando o rosto no prato e murmurando coisas como : “Meu precioso”.

-Tem um grande problema – digo preocupada, ela fica com a expressão preocupada – abre a janela? – pergunto apontando para a janela que estava a 1 metro e meio do sofá.Ela faz cara de ofendida e volta para a cozinha.

-O nível da Izaura tem decaído bastante.- eu digo balançando a cabeça.

-Ah, VSF, dona Bianca!- grita Izaura lá da cozinha.

-Pelo menos te chamou de dona Bianca- diz Cla- Educação é tudo.

-NO – digo e o telefone toca, atendo – Piririm, piririrm, algo ligo pra mim, quem é?!

-Oi Bianca – diz o tio Jorge.

-Oi titis, o que contas?

-Nada, a fila pra comprar bolinho está grande, eu esqueci a chave e a Izaura irá dormir cedo, fiquem acordadas pra abrir a porta pra mim.

-Tá belê.

-Ok, tchau – diz e desliga na minha cara.

-Tá - digo – Cla, já passamos por muitas doideras, hora de ir dormir.

-Tá  - diz e sai saltitante agarrada com Larry, o prato. Eu subo as escadas até o meu quarto, bom, na verdade era um quarto de hóspedes, mas eu chamava de meu. Boto meu moleton do Bob Esponja e uma calça jeans folgada e caio na camada, dormindo sem sonhos.

~De manhã~

 Eu e Clara acordamos e decidimos dar uma volta, pegamos nossos óculos escuros, o dia estava cinzento, mas somos chiques.

Ao sair da casa dela, assim que abrimos a porta vemos o tio Jorge todo molhado, agarrado a um bolinho dizendo : “Eu mato a Bianca, eu mato”.Então em lembro.

-Ei Cla, a gente tem que abrir a porta pro teu pai – ela me olha tipo : Está brincando comigo? E sai andando.

Eu aceno pro tio Jorge.

-De boa na lagoa, tio? – ele me olha demoníaco e grita:

“Bianca!”

Então eu saio correndo.