Mr. And Mrs. Oliver escrita por lsf


Capítulo 7
Not yet


Notas iniciais do capítulo

Boa noite galera!
Desculpem a demora (novamente!)
Agora, eu temo em anunciar que estamos chegando ao fim... O próximo possivelmente será o penúltimo capítulo ))):
Acabei de escrever esse e já vou começar a escrever o oitavo, uma vez que eu pretendo postá-lo sábado ou domingo ainda, para recompensá-los.
Ah sim, eu desenhei uma capa para a fanfic. Espero que gostem, pois isso são as roupas que eu imagino Bade casando.
Mais uma vez, obrigada a TODOS pelos reviews, pelas recomendações, pelas favoritações. NOSSA, vocês fazem o meu dia. Prometo, ainda nessa fanfic (vou me eleger, só q não LSKALÇSK) fazer um agradecimento com todos os nomes de usuário que vem me acompanhando. MUITO obrigada por serem pacientes e tudo mais e vocês são muito lindos.
Aproveitem :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/260322/chapter/7

POV Jade

Eu não sei o que o Beck estava esperando. Mas sério, ele não pode querer que eu seja amável com ele. Eu sou Jade West. Bruxa Malvada do Oeste. Rainha do Gelo. É, e mais alguns apelidos que eu aposto que dizem nas minhas costas. Não, não. Eu não vou ser amável com ele. Tudo bem que eu possa, talvez, gostar dele... Não, não. Ok. Eu gosto dele. Mas eu não sei nem o que pensar. Fiquei em conflito, deitada na minha cama até ouvir o meu despertador. Tomei um banho e voltei para o quarto para me vestir. Hoje é uma terça feira, após eu e o Beck termos passado a noite juntos. Cheguei lá e estranhei, pois a Cat estava sentada na cama me esperando. Nada normal.


“Você tem três segundos.” – Ela deu uma risadinha por causa do número três.


“O número três é tão legal!” – Ela disse, e deu um pulinho. Então eu olhei pra ela com uma carranca no rosto. Ela se acalmou. “Ok. O vovô quer falar com você.” – Ela disse e então eu suspirei. Nada de bom poderia surgir dessa conversa.


“Em dez minutos eu vou estar lá embaixo.” – Eu disse e ela respondeu um ‘kay kay’. Tanto faz. Terminei de me arrumar e desci as escadas. Estava apenas o meu avô na cozinha.


“Você não vai para a escola hoje.” – Ele disse, com um tom um pouco autoritário.


“E você não manda em mim.” – Respondi, quase da mesma altura.


“Talvez. De qualquer forma, nós precisamos conversar.”

“É sobre aquela coisa de eu ter que me casar com o Beck?” – Eu perguntei, servindo uma xícara de café. Ele assentiu. “Já estava na hora. Estava começando a pensar que o Ryder tinha mentido para mim.” – O que com certeza seria uma péssima coisa. Para ele.


“Ele é um ótimo rapaz, mas acontece que você já tem dono.” – Ele disse e eu sorri em descrença. Então eu dei uma risada um pouco sádica.


“Jade West? Dono de Jade West? Você só pode estar brincando!” – Eu disse e então larguei a xícara na pia.


“Olha, Jade, você querendo ou não você vai ter que se casar com aquele tal de Beckett. Não é algo que você possa escolher.”


“É o que vamos ver. Aliás, quero ver quem é que vai me forçar a casar com ele.” – Ele deu um sorriso tal qual o meu.


“E eu quero ver o que vai impedir você de casar com ele. Jade, Jade, eu posso não ter convivido muito com você, mas eu te conheço melhor do que muita gente. Eu posso ver nos seus olhos que você gosta dele. Você não usa uma máscara para mim. Para eles” – Ele apontou para a porta. “Você pode ser a tão temida Jade West, mas para mim, você é só a pequena Jadelynn.” – E, como a gota d’água da conversa, eu peguei a minha bolsa e saí andando. Não sabia direito para onde ir, então só fui para o parque. Tinha algumas crianças brincando lá, mas nada que eu não pudesse lidar. Sentei-me e fiquei ali, pairando por um tempo. Então eu vi o carro do Beck estacionando do outro lado. Suspirei alto. Não era o momento. Só depois fui perceber a cabeça vermelha saindo de dentro do carro e falando algo, depois correndo até mim. Cat veio, sentou-se ao meu lado e colocou a cabeça no meu ombro.


“Jadey, se você não quiser se casar com o Beck, eu posso fazer isso.” – Ela me olhou, com um olhar tanto chateado. “Não que eu goste dele como você faz, mas... Você já fez tanto por mim. Eu poderia me casar com ele e então quando você estivesse pronta, ele ficaria com você. Só para segurar a barra.” – Ouvir algo assim da sua irmãzinha não é algo fácil. Cat querendo segurar a barra por minha causa... É simplesmente demais para mim.


“Não, maninha. Não me entenda mal... Não é que eu não queira me casar. Não quero me casar agora. Quero sair para ver o mundo, quero escrever para que o mundo veja e não ficar em casa, cuidando de crianças ou cozinhando. Nem tenho 17 anos ainda e estão me pedindo para salvar a família, como se eu não fizesse isso a anos.” – Eu disse, tirando tudo o que eu sentia. Afinal, era a Cat. Alguém que eu posso confiar totalmente.


“Jadey... Você é a garota de quase 17 anos mais corajosa que eu já conheci. Você já passou por coisas que a maioria das pessoas nunca vai imaginar e você continua sendo você mesma. Acha realmente que o Beck vai te forçar a ficar em casa? Você, ou melhor, nós, passamos uma barra quando ele foi embora, mas ele também passou e lá, ele não tinha a ninguém. Realizar os seus sonhos faz parte dos sonhos dele também. Ele te ama de um jeito que ninguém mais faz. E se, ainda assim, você não quiser cumprir isso, tudo bem. Eu vou e eu cumpro pra você. Mas, pensa bem. Não é a mim que ele ama, e não sou eu quem amo ele.” – Ela terminou e então voltou para o carro do Beck. Eu fiquei olhando para o espaço, agora vazio, do lugar em que antes estava o carro do Beck. Não tinha mais o que decidir. Peguei o meu carro, passei no Nozu, comi sushi e voltei pra casa. Tomei um banho demorado, embora nem fizesse diferença, já que eu não estava mais cuidando as horas. Tranquei a porta do meu quarto, desliguei as luzes, me enrolei numa coberta e dormi tudo o que não tinha dormido na noite passada.

Acordei com o meu despertador, por incrível que pareça. Dormi muito tempo, mas ainda me sentia cansada. Não estava com vontade de sair dali, mas da mesma forma o fiz. Troquei de roupa e saí do quarto, olhando o meu celular. Algumas chamadas não atendidas do Beck, da Cat, da Tori, e do Andre. A última era a que me preocupava mais, mas deve ter sido por eu não ter ido para a escola ontem. Tomei uma xícara de café e esperei pela Cat, já dentro do meu carro. Não, eu não tinha comido por muito tempo, mas também não sentia fome. Resumindo, eu não sentia nada.


Depois de uma viagem de 15 minutos que pareciam intermináveis, chegamos à escola. Tinha algo diferente, estavam... Estavam me escondendo alguma coisa. Eu abri a porta do carro e vi um garoto da nona série voltando correndo para a escola. O estacionamento vazio. Entrei, fiz as trocas necessárias dos meus materiais no meu armário e ponderei ir direto para a sala, quando eu recebi um sms da Cat, me pedindo para ir ao Café Asfalto. Fui. Com calma, claro. Ainda achando estranho não ter ninguém na sala. E, realmente foi algo que me surpreendeu, porque todos estavam no Café Asfalto. Então, uma música começou a cantar. Era o Beck e, pelo número de vezes que ele tinha dito 365 days, o nome da música deve ser esse. Volta e meia tinha o meu nome na música e eu tenho certeza de que o Andre o ajudou a escrever. Havia um circulo em volta de mim, então Beck continuou cantando e, em alguma pausa, ele desceu as escadas e começou a cantar mais baixo, chegando mais perto de mim. A música foi abaixando e ele cantou uma última frase quando estava na minha frente.


I'll try three hundred and sixty five days, three hundred and sixty five ways to get to you.” – Eu pude ouvir o suspiro de todas as meninas que estavam ali presentes. Muitas de inveja, outras porque acharam tudo muito fofo. Arg. Fofura demais para mim. Então eu vi Beck se ajoelhando e não pude conter minha boca abrindo em um o. “Senhorita West, você quer ser a senhora Oliver?” – Ele disse, e abriu um sorriso tanto quanto nervoso. Sorri e então respondi:


“Não.”



Depois do que pareceram horas intermináveis de sussurros, talvez não tão baixos, eu resolvi sair e deixá-lo ali, ainda ajoelhado. Ele estava de cabeça baixa e, embora eu tenha dito não, tudo o que eu tinha vontade de fazer era abraçá-lo ali mesmo e nunca mais deixá-lo ir. Continuei andando meio que sem rumo até que ouvi uma voz.


“Hey! Jade!” – E então ela veio correndo. “Jade! Espera! Acho que nós precisamos conversar.”


“Acho que não.”


“Porque você disse não ao meu irmão?” – Ela disse, com um sorriso caído no rosto. Oh, Tori.


“Porque eu tinha que dizer sim?” – Eu respondi, sádica.


“Porque você o ama.” – Ela disse, dando de ombros.


“Você nunca vai entender, não é?” – Eu disse e voltei a andar. Dessa vez ao menos eu tinha uma direção: o meu carro. Tori começou a me seguir mais rápido e grunhiu alguma coisa. “Deixa pra lá, pequena miss Sunshine. Você nunca vai entender.” – Eu disse, na esperança de que ela me deixasse ir.


“Você tem razão.” – Eu ouvi a voz dela, agora parada. Sem emoção. Obriguei-me a parar. Virei e tentei encontrar os olhos dela. “Eu provavelmente nunca vou entender, mas aquele garoto lá, que estava ajoelhado por você, que se humilhou na frente de gente que ele mal conhece por você. Porque ele quer passar o resto da vida dele com você.”


“Será mesmo, Tori? Ou será que ele quer passar o resto da vida não sendo um miserável? Tendo dinheiro, talvez?” – Eu indaguei.


“Do que... Do que você está falando?” – Ela gaguejou.


“Agora vai dizer que você não sabe? Não sabe que se eu e o Beck não nos casarmos a família de quem recusou perde tudo?” – Eu a encarei nos olhos e observei a reação dela ruir. “Ah, tão doce e inocente. Não sabe de nada mesmo.” – Eu sorri fracamente, talvez um pouco diferente do que eu imaginei que ia acontecer. “Beckett não me ama. Ele ama o que ele tem.” – Eu me virei para sair. Até que a Tori gritou novamente.


“Você está errada.” – E então eu me virei e vi lágrimas nos olhos dela. Eu estava segurando as minhas.


“Eu estou errada? Você não vê, não é? Eu que estou abrindo mão do dinheiro. A única família com a qual me preocupo de verdade é a Cat e o resto é que se dane. Sou eu que estou abrindo mão de tudo que eu tenho, e não ele. Veja bem, Vega, eu não me importaria de passar a vida toda com ele, debaixo de uma ponte, se fosse o caso. Eu não me importaria de não saber onde a gente vai dormir amanhã, ou talvez o que a gente vai comer na próxima refeição, desde que eu estivesse com ele. Mas ele não, Tori. Ele pode até querer que fiquemos juntos por mim e não pelo dinheiro, mas ele vai ter que provar isso. Ele é quem está errado.” – E então, eu vi como seu queixo caiu. Ela percebeu que eu havia admitido coisas que dificilmente admitiria de novo. E eu vi como ela gravou cada palavra em sua mente.


“Jade, eu não ligo pra uma palavra sobre dinheiro e muito menos ele. Você nunca notou, não é? Como os olhos dele brilham quando ele chega perto de você e... Você não faz ideia de como o cabelo dele era ruim lá na Inglaterra. E, depois de um tempo, eu percebi que não era pelo clima, ou pelo estilo ou qualquer merda dessas, era porque ele não tinha porque estar bom. O cabelo dele só é bom quando você está por perto. Você e ele se completam. Vocês são o preto e o branco, mas nunca sendo distinguidos. Vocês dois tem tanto o preto quanto o branco e ninguém pode dizer exatamente qual é qual, porque não existem mais duas pessoas, existe uma.”


“Ótimo, então diga para ele me mostrar isso. De uma forma que eu compreenda.” – Eu disse.


“Sexta, lá em casa, fazemos uma festinha igual a que fizemos esse final de semana. Vocês se entendem lá, independente se for sim ou não. Só... Se entendam.” – Eu assenti, e então fui embora.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então! Voltamos ao ponto central da fanfic :3
O que acontece agora que a Jade não quer se casar com o Beck??? Haha. Reviews, please :3