Respirar.

Algo involuntário, impossível de controlar. Você não pode deixar de respirar de uma hora para a outra, você não se controla perante a isso, apenas é obrigado a voltar a inspirar e expirar o ar invisível que nos cerca, tão necessário para nossa pequena sobrevivência.

Apenas algo pode mudar essa sua contínua dependência por algo que não pode ser visto, mas que também não pode ser deixado de lado.

A morte.

*

Algumas vezes há algo mais importante que lhe faz permanecer respirando. Uma vontade, uma lembrança, um cheiro... ou até mesmo uma pessoa.

Mas, e quando, por acaso, essa pessoa não é completamente real? Quando ela é como o ar...

Apegar-se em alguém intocável, invisível em vários momentos... Seria isso loucura? Uma maneira de fugir de uma triste realidade solitária? Ou apenas um sentimento inesperado, deveras proibido pela lógica humana, que não pôde ser controlado?

Oh, quantas perguntas! Tantas dúvidas!

“Alguém assim deveria estar internado em um manicômio!” Deve ser isso o que você está pensando.

Mas acredite, nem tudo é o que parecer ser.

O real desaparece, enquanto o irreal se torna cada vez mais presente na vida de algumas pessoas.

*

Mas afinal, o que uma coisa tem a ver com a outra?