Roses And Demons: Warbloom escrita por JulianVK


Capítulo 51
Dever Cumprido


Notas iniciais do capítulo

Não foi pra evitar a fadiga que não escrevi semana passada, a vida tá **** mesmo...



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A mente do controlador das plantas estava tão focada em retornar ao acampamento que ele ignorou completamente o ataque que o derrubou. Contudo, isso foi suficiente para mudar seu foco para a ameaça imediata e, numa demonstração de habilidade marcial, agarrou um galho pequeno e deteve a queda brusca, para então ir ao chão com segurança.
-Vocês... mas como...?
Ent não imaginava que as pessoas que veria seriam justamente aquelas que procurava. Spectra, Vulcano, Sol e até mesmo Aurora estavam diante do velho, cada um com uma expressão diferente. Camilla permanecia impassível, observando o aliado como se nada houvesse acontecido. Thomas cobria o rosto com uma mão, demonstrando sinais de estar envergonhado. A controladora do gelo mantinha os olhos arregalados e ambas as mãos cobrindo sua boca aberta em espanto. Quanto ao controlador das estrelas, este coçava a parte de trás dos seus cabelos, dirigindo o olhar para o lado.
-Por que estão aqui? – Perguntou o velho.
-Não encontramos nada em nossa busca, então voltamos ao acampamento pouco depois de Aurora ter chegado. Ela nos contou o que estava acontecendo, por isso viemos de imediato. – Respondeu a mulher de cabelos cinzentos.
-Desculpe pelo susto, vovô. Quando eu ouvi você se aproximando, ataquei sem pensar duas vezes. – Disse Sol, ainda desviando os olhos.
-Isso não importa agora, Electron está enfrentando nosso inimigo! Precisamos ajudá-lo! – Declarou Ent.
-Ele está lutando sozinho? Vamos nos apressar! – Falou Aurora, disparando na frente.
-Ela tem razão, não podemos deixar que ele seja morto! – Comentou Vulcano, avançando também e sendo seguido pelos outros três.

A aparência de Electron era preocupante. Suas vestes rasgadas, queimadas e esfiapadas balançavam devagar, variando de acordo com a forma como o inimigo controlava o vento. A manga do braço esquerdo havia sido reduzida a uma mera tira de pano presa ao verso da indumentária, revelando os ferimentos e o sangue cobrindo o membro, assim como um pequeno bracelete dourado preso ao pulso. O rosto do rapaz estava repleto de sangue e sujeira, mas seu olhar permanecia firme.
William, por sua vez, embora não parecesse tão ferido, também demonstrava sinais da violência daquela luta. Seu corpo estava sujo, assim como suas calças, a única peça que roupa que usava. Por mais que sua situação fosse claramente melhor que a do adversário, ainda assim sentia um temor inexplicável.
-Você não passa de um homem morto que ainda insiste em caminhar! Eu vou colocar um ponto final em você, Electron! – Rugiu o manipulador do vento.
-Venha. Colocarei toda a minha alma no próximo ataque.
O ar explodiu com cargas elétricas em ambas as direções. Relâmpagos ligaram os céus e a terra, respondendo o apelo dos guerreiros que se preparavam para adentrar o momento derradeiro da batalha. Seus gritos retumbaram acima até do som do trovão e então as energias foram liberadas em toda a sua fúria, dois raios gigantescos que se encontraram em menos de um segundo, novamente tornando o mundo monocromático.
-“Morra! Desapareça desse mundo, seu verme!” – Era o pensamento gravado nas trevas.
-“Eu não vou falhar, vou proteger a todos e vencer esta batalha!” – Contrapunha-se o pensamento reluzindo na luz.
Os raios explodiram e então se ergueram às nuvens, finalmente dissipados. O som trovejante balançou com violência as árvores e pôde ser ouvido a quilômetros de distância. Depois disso restou apenas o silêncio, que apertava os corações dos guerreiros da Rosa Branca como uma garra gelada. De onde estavam era impossível saber quem teria vencido aquele embate monstruoso.

A sensação que percorria o corpo de Leonard Thoulash era a de estar flutuando na superfície da água. Já sua mente estranhamente afundava numa calmaria inesperada para alguém até alguns momentos atrás envolvido numa batalha mortal.
-“Então é assim a morte?”
Tudo ao redor era uma extensão branca, radiante como a luz, mas que não feria a visão. Sentia-se tão à vontade que demorou um pouco para se lembrar de um detalhe que talvez agora não tivesse mais tanta importância.
-“Será que eu venci?”
Algo frio e úmido tocou o rosto de Electron e escorreu por sua bochecha. A sensação logo se multiplicou em outros pontos do corpo e o rapaz abriu os olhos, vendo nuvens escuras ao alto e gotas de água caindo do céu. Não fazia ideia de quanto tempo estivera desacordado, mas agora estava claro que a vida se recusava a deixar seu corpo.
-Inacreditável... – Era a voz sombria de William, que o loiro logo viu sentado sobre um tronco caído. – Mesmo depois disso tudo você ainda está vivo.
A adrenalina estava invadindo seu corpo novamente, mas nem mesmo isto era o suficiente. Já havia alcançado o limite e não tinha como mover um músculo sequer.
-Você merece um elogio, menino. Toda a potência do meu ataque foi anulada pelo seu, naquele momento seu poder se igualou ao meu. Foi um belo show de luzes, mas conseguiu apenas me deixar desnorteado por pouco tempo.
O manipulador do vento se ergueu, caminhando devagar na direção do inimigo caído. Electron já havia desistido de tentar reagir, pois sabia que era inútil.
-E pensar que mesmo usando tanta energia você ainda tinha forças para sobreviver. É melhor eu arrancar sua cabeça de uma vez.
O fim havia chegado, Leonard podia apenas assistir, indefeso, enquanto William alinhava os dedos de sua mão para desferir o golpe de misericórdia.
-Adeus, Electron. Você foi um inimigo divertido.
O garoto de cabelos negros sumiu do campo de visão, sendo substituído, apenas por um instante, por uma linda explosão onde o fogo e a luz dançavam juntos.
-Cuidado, você pode machucar o Leonard! – Protestou Aurora.
-Não se preocupe, eu controlei o meu ataque para se expandir apenas na horizontal. Tenho certeza de que ele não se feriu. – Retrucou Sol.
Realizando um esforço sobre-humano, o controlador do relâmpago virou seu rosto para o lado e viu seus aliados. Raízes então se enroscaram em seu corpo, carregando-o até os braços de Ent.
-Você fez um bom trabalho, rapaz. Não se preocupe, nós assumimos a partir daqui. – Disse o experiente guerreiro, aliviado por constatar que não havia perdido um aliado.
-“Não foi o bastante para derrotar William, mas eu consegui detê-lo tempo o bastante para que meus aliados chegassem aqui. Creio que tenho o direito de dizer que meu dever foi cumprido.”
Após este último pensamento cruzar sua mente, Leonard perdeu a consciência. Seu espírito de luta, aquilo que o permitiu sobreviver à tremenda provação, agora reverberava na alma de seus companheiros. William via diante de si cinco guerreiros com um único objetivo em mente: derrotá-lo.
-A minha paciência já se esgotou. Vou massacrar todos vocês num instante!


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Notas finais do capítulo

William VS Ordem da Rosa Branca. Uma batalha sem restrições de ambos os lados.

Capítulo 152: Poder Imensurável

Em breve.



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