Roses And Demons: Warbloom escrita por JulianVK


Capítulo 42
Rosas e Bruxas


Notas iniciais do capítulo

Sim, ele está aqui. O irmão mal-amado da Yasmin, Roger Pyrath, aka Quartzo.

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As chamas mágicas devassavam as trevas, mas não geravam qualquer tipo de calor. “É assim até mesmo no verão, sempre frio”. Foi esta a explicação que uma garota pálida lhe deu. Quanto mais conhecia as bruxas que viviam naquele esconderijo, mais notava certas semelhanças. A tonalidade esbranquiçada da pele, as personalidades reservadas, cheias de desconfiança, e principalmente os olhos melancólicos. Bruxas que sobreviviam na escuridão.
Conhecer a realidade difícil em que vivam suas irmãs de Chesord apenas aumentava o desejo que Erika Secrett sentia de retornar ao campo de batalha. Contudo, a gota d’água foi ouvir da própria Madame Papillon a notícia de que Lince Walters enfrentava uma situação difícil após uma derrota avassaladora. Com a morte de Otrom, a responsabilidade de conduzir as tropas cairia sobre o capitão e Anya, algo que a princesa sabia muito bem.
Ela devia se juntar aos dois a qualquer custo, mas não conhecia Chesord. Erika precisava de ajuda e sabia exatamente a quem pedir.
-Partiremos amanhã mesmo. Eu também estou ansioso para me juntar ao exército de Empericia e lutar para proteger as bruxas. – Disse Elbio, respondendo ao apelo da loira.
-Eu ficarei aqui, já que não sou uma especialista em combate. Creio que serei mais útil oferecendo apoio a Samantha e os outros manipuladores. – Comentou Kate.
-Tome cuidado. Depois do que eu vi aqui nem quero imaginar o que poderia acontecer com você caso fosse capturada. – Falou Erika, com genuína preocupação.
-Olha quem fala, você é quem vai se deparar com situações de vida ou morte o tempo todo a partir de agora! Trate de não ser capturada de novo. – A morena sorriu.

Musgo e hera cobriam paredes arruinadas e estátuas irreconhecíveis. No coração do pequeno labirinto de pedras e árvores cinco figuras esculpidas formavam um círculo de quatro metros de diâmetro. Assim como o restante daquelas ruínas, as imagens estavam desgastadas, mas Jenipher tinha um palpite a respeito de quem elas representavam. Era um lugar ideal para realizar o ritual.
-Preparem-se, vamos começar imediatamente. – Disse ela.
-Mas Jenipher, você disse que haviam inimigos a caminho. É mesmo seguro iniciar o ritual agora? – Perguntou uma das bruxas que a acompanhava.
-A nossa segurança não é um problema, pois na minha visão era o outro grupo que combatia os manipuladores chesordianos.
-Sendo assim deveríamos alertá-las! Ou então ajudá-las a enfrentar os inimigos! – Exclamou uma terceira garota.
-Não, é melhor assim. Teremos tempo suficiente para cumprir a missão, que é nossa obrigação mais urgente. Depois podemos ir ao auxílio de nossas irmãs. – Justificou a última integrante do grupo.
-Então vamos deixar que elas corram risco de morte apenas para garantir uma vitória para o exército do tal Walters? – Protestou a bruxa impetuosa.
-Na situação em que estamos o sucesso dos soldados é o nosso sucesso e se falharmos colocaremos em risco todas as nossas irmãs. Além disso, estamos falando de quatro bruxas experientes, sendo que uma delas é a Gabrielle. Elas não serão vencidas tão facilmente. – Falou Jenipher, encerrando a discussão.

A vila estava completamente deserta, disso as bruxas não tinha dúvidas. Num primeiro momento pensaram em manter distância, mas a falta absoluta de sinais de vida naquele local chamou a atenção. Cautelosamente elas se aproximaram, avaliando as casas simples dispostas de forma desordenada, até que finalmente chegaram à conclusão de que não corriam risco lá. Ou, pelo menos, risco imediato.
-Eu não entendo, onde estão todos os camponeses? – Perguntou uma das discípulas de Anya.
-Esta vila está muito perto da fronteira, então o mais provável é que tenha sido evacuada às pressas. – Respondeu outra.
-Acho que esse é o melhor lugar para realizar o ritual. Podemos aproveitar o que foi deixado para trás, como armas ou suprimentos. Sem contar que eu duvido que o exército de Chesord tenha planos de visitar essa vila novamente tão cedo, ou não a teriam abandonado desse jeito. – Argumentou Gabrielle.
-Certo então, vamos ser rápidas e seguir as instruções que estão no pergaminho que a Mestra Anya nos entregou. – Disse a quarta integrante da equipe.

Cerca de uma hora depois, não muito longe daquela vila, Ent deteve, no meio de um bosque, a busca do grupo que liderava, composto também por Aurora e Electron, para verificar a carcaça de um animal grande e escamado.
-O que foi, Ent, por que paramos? – Perguntou o controlador do relâmpago.
-Dê uma boa olhada nisso. Há contusões por todo o corpo deste pseudodragão e as escamas estão queimadas. Ele definitivamente não morreu de causas naturais. – Explicou o velho.
-Será que foi ele quem fez isso? – Perguntou a controladora do gelo, referindo-se a William.
-É possível. E mais importante que isso, foi algo recente. Significa que quem quer que tenha sido responsável ainda pode estar por perto. – Prosseguiu Ent.
-Nesse caso vamos procurar ao redor desta área. – Sugeriu Electron.
-Sim, façamos isso. – Concordou o controlador das plantas.

Quase quarenta minutos depois, o trio decidiu verificar a vila. A princípio o local parecia abandonado, como eles já esperavam que estaria, mas Ent insistiu em investigar a fundo. Estava com uma má impressão e sua experiência o ensinou a nunca ignorar tais sentimentos.
Andando cautelosamente para não despertar atenção indesejada, logo todos os três sentiam algo estranho no ar, mas não sabiam definir o quê. Contudo, o motivo deste se tornou claro assim que eles notaram que um grupo de quatro garotas estava ao lado de um pequeno altar no centro da vila, recitando palavras ininteligíveis.
-Será possível, elas são... – Começou Aurora.
-Bruxas, sem sombra de dúvida. – Completou Ent.
-O que faremos agora? – Perguntou Electron, fazendo surgir sua lança.
-Deixe-me pensar um momento. Isto pode muito bem ser uma armadilha, talvez elas até mesmo estejam controlando o nosso alvo. – Foi a resposta.
De súbito, uma das bruxas baixou os braços que antes mantinha estendidos para frente. Seu rosto se virou na direção de onde os integrantes da Rosa Branca observavam, parcialmente ocultos, e então ela exclamou.
-Não estamos sozinhas!
O ritual foi interrompido no mesmo instante e as bruxas recolheram do chão as armas que trouxeram consigo.
-Não tem outro jeito, a nossa busca termina aqui. Vamos derrotá-las e então levá-las até o acampamento para que sejam interrogadas. – Disse o velho, pronto para lutar.


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Notas finais do capítulo

Gabrielle D'Illusie possui uma habilidade que as outras bruxas não comandam.

Capítulo 143: Uma Bruxa Excepcional

Em breve.



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