Roses And Demons: Warbloom escrita por JulianVK


Capítulo 41
A Expedição das Bruxas


Notas iniciais do capítulo

Com um pouco de sorte semana que vem a imagem do Quartzo estará pronta. Enfim, este capítulo tem umas informações adicionais sobre magia que ajudarão a explicar a razão de não existirem bruxos no esconderijo de magia e bruxaria de Chesordwarts.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/260301/chapter/41

Erika sentia certa plenitude emanando de Madame Papillon, algo que a fazia recordar de sua própria mestra, Anya. Mesmo se ignorasse o fato de que estava diante de uma anfitriã que a permitia permanecer quanto tempo quisesse no esconderijo ou desconsiderasse que estava lidando com a líder de um grupo aliado de bruxas, simplesmente por ter a capacidade de sentir magia latente a princesa se via obrigada a respeitar.
-Então você é filha do rei de Empericia? É um prazer conhecê-la, mas estou surpresa que ele nunca tenha mencionado que sua filha era bruxa.
Assim que soube dos recém-chegados, Papillon foi encontrá-los. Embora outras bruxas pudessem pensar que ela queria apenas lhes dar as boas-vindas, na verdade seu principal motivo era saciar sua curiosidade de conhecer uma bruxa de outro país e um “bruxo”, duas coisas que jamais vira, mesmo com toda sua experiência.
-Na verdade meu pai não sabe que eu sou uma bruxa. É uma história complicada, mas resumindo ele pensa que estou me dedicando a outro tipo de estudo. – Explicou-se Erika.
-Parece que a situação das bruxas de Empericia, embora muito melhor que a nossa, está longe de ser agradável. – Comentou a mestra.
-Não se preocupe, Madame Papillon, nós vamos mudar tudo isso. E pra começar acabaremos com as perseguições que vocês sofrem em Chesord. – Declarou Elbio, cheio de confiança.
-Quem diria que você conseguiria me surpreender tanto, rapaz. Quando Samantha disse que você tinha desenvolvido um grande poder mágico eu mal pude acreditar, mas agora posso senti-lo com clareza. O ritual das almas unificadas é mesmo incrível!
-A senhora sabe que foi assim que ele conseguiu toda essa energia espiritual? – Perguntou timidamente Kate.
-Eu sou uma bruxa muito experiente e meu conhecimento é extenso. Não há nenhuma outra forma de criar algo que poderíamos chamar de bruxo.
-Desculpe interromper a conversa, mas agora que mencionou eu gostaria de saber por que não existem bruxos. Por acaso homens são proibidos de estudar magia? – Questinou Fernand.
-Você é mesmo um imbecil, sabia disso? Nós não proibimos os homens de aprender as artes das bruxas, eles é que não são capazes disso! – Respondeu Samantha em tom seco.
-Calma, Samantha, você sabe que para um leigo magias parecem todas iguais. A verdade é que existem dois tipos, a Airanul e a Airalos, sendo que somente as mulheres conseguem utilizar a primeira e somente os homens a segunda. – Explicou Papillon.
-Grupos como nós, as bruxas, ou os sábios da corte se especializam num tipo específico de arte mágica que é compatível com suas energias espirituais. Eu poderia até estudar os fundamentos da magia Airalos, mas mesmo que entendesse como os feitiços funcionam, não conseguiria utilizá-los. – Prosseguiu Kate.
-É por isso que não existem bruxos, da mesma forma que não existem mulheres que usam magia na corte do rei Follet. Se bem que eu tive que passar horas aprendendo como funcionam os rituais Airalos para conseguir derrubar os pilares. – Completou Samantha.
-Espera um pouco, então se o Elbio consegue usar essa tal de Airanul, quer dizer que ele-
-Que ele só consegue fazê-lo porque pode usar a força espiritual da alma de uma bruxa, simples assim. – Disse a líder, interrompendo o manipulador da terra.

Nove bruxas estavam reunidas no acampamento do exército empericiano, dentre elas Anya Wald, Gabrielle D’Illusie e Jenipher Chaneel. Todas ouviam com atenção as orientações da líder, pois sabiam que a missão seria tão arriscada quanto crucial para o sucesso.
-Espero que tenham entendido. Preciso explicar mais alguma coisa?
Suas subordinadas responderam em uníssono com “Não, senhora.” e a mulher prosseguiu.
-Se os dois grupos conseguirem sucesso tanto melhor, poderemos usar isso a nosso favor. Porém, isso talvez seja otimismo demais. Se por algum acaso tiverem que enfrentar inimigos, tentem se reagrupar depois. Pelo menos um grupo precisa ter sucesso.
As garotas continuaram ouvindo em silêncio e Anya percebeu embora ainda quisesse dizer mais coisas a elas, já não havia mais necessidade de explicações. Assim sendo, ela decidiu dar um último aviso.
-E o mais importante de tudo, pode ser que vocês sejam mortas ou até mesmo capturadas. Se alguma de vocês quiser desistir, terá que fazer isso agora.
Ninguém se manifestou.
-Muito bem, então preparem tudo que precisarão, vocês devem partir em trinta minutos.
Assim que as oito bruxas se separaram, deixando a líder sozinha, Lince Walters se aproximou dela. A seriedade no rosto do capitão já era corriqueira, prova do quão forte era o estresse que ele vinha enfrentando. Anya não podia deixar de admirar a resistência mental de alguém tão jovem forçado a enfrentar uma situação como aquela.
-Jenipher é uma peça fundamental do nosso plano, tem certeza de que é sábio enviá-la para esta missão? – Perguntou o rapaz.
-Ela é uma de minhas discípulas mais poderosas e uma das poucas que dominam o ritual que precisam realizar. Sem contar que sua clarividência vai ajudá-la a evitar situações de risco.
-Mesmo assim algo pode acontecer com ela. É impossível criar contingências para todas as situações que possam acontecer.
-Eu sei, mas eu confio nas minhas irmãs. Afinal de contas, uma das ordens que eu dei para as outras sete foi que a protegessem com suas vidas se fosse necessário. Por isso eu sei que Jenipher voltará sã e salva, mesmo que todas as outras morram.
-Deve ser difícil para você ter dado uma ordem dessas... – Comentou Lince com pesar.
-Eu preferiria ir no lugar delas, mas o tempo urge e somente eu sou capaz de completar a parte mais trabalhosa do plano.
-Certo, então eu também preciso me esforçar ao máximo agora. Vou preparar meus soldados para o momento derradeiro. Pode ter certeza, Anya, nós vamos vencer!

Horas depois, um dos quartetos, liderado pela própria Jenipher, deteve seu avanço bruscamente quando a bruxa ruiva cambaleou, permanecendo imóvel por alguns momentos.
-Tudo bem com você, Jenipher? – Perguntou uma das garotas que a acompanhava.
-Isso é ruim. Os manipuladores inimigos estão a caminho, e eles são muito poderosos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Um encontro inevitável.

Capítulo 142: Rosas e Bruxas

Em breve.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Roses And Demons: Warbloom" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.