Roses And Demons: Warbloom escrita por JulianVK


Capítulo 39
A Ordem Vai à Caça


Notas iniciais do capítulo

...eu quero um copo de guaraná...

Enfim, eis a imagem da Scythe:
http://img12.imageshack.us/img12/2896/scythef.png



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Samantha Datch era uma figura familiar para Elbio e Kate, mas seu comportamento estranho os fazia até mesmo duvidar de que se tratava realmente da manipuladora das trevas. Contudo, a semelhança existia em todos os detalhes, fossem eles aparência, acessórios ou poderes.
A mais confusa do grupo era Erika Secrett, pois por desconhecer completamente a bruxa das trevas não sabia o que pensar a respeito dela ou da situação em que se encontrava. Sua única certeza era de que as chances de iniciar um combate eram elevadas, mas a princesa empericiana não desejava ferir alguém que poderia ser amiga das pessoas que a salvaram.
-O que deu em você, Samantha? Sou eu, Elbio Lumarc, nós já nos encontramos aqui antes!
-Não importa, vocês não são bem-vindos aqui. Só o que lhes aguarda é a morte! – Retrucou Samantha sem nenhuma sutileza.
-Deixe de loucura e nos solte de uma vez! Estamos todos do mesmo lado, esqueceu?! – Gritou Kate, enfurecendo-se.
-Cale-se, você será a primeira.
Ignorando os outros, a bruxa se aproximou de sua vítima, mantendo o braço direito já preparado para desferir um golpe com as garras. Sem perceber sequer um mínimo de hesitação da parte da manipuladora, Elbio decidiu que teria de agir. Urrando de raiva, ele destroçou as amarras que o prendiam ao liberar energias mágicas através de todo o corpo.
-Mas que surpresa. – Comentou Samantha, virando apenas os olhos na direção do rapaz.
-Não deixarei que encoste um dedo nela! – Jurou Elbio, moldando sua energia espiritual numa forma que lembrava uma espada, azul e tremeluzente.
-Então encostar garras nela eu posso? – Respondeu a manipuladora, cortando a arma improvisada com as lâminas de sua mão esquerda. Como resultado, a espada de magia se desfez.
-Não pode ser! – Elbio já estava pronto para atacar de outra forma, mas relaxou ao ver que as sombras estavam libertando suas amigas. As garras também desapareceram dos punhos de Samantha.
-Mas que diabos foi isso, sua louca?!
Kate colocou-se diante da bruxa das trevas, tão irritada que Elbio pensou que a briga ainda continuaria por um bom tempo. Porém, a discípula de Ancara tinha bom senso suficiente para saber algo assim não terminaria bem. Então se limitou a um último comentário.
-Por favor, me diga que tinha uma boa razão.
-Enquanto eu retornava para a base depois de uma missão, senti uma incrível energia mágica na floresta. Quando notei que ela vinha do seu amigo ali, resolvi descobrir do que se tratava. – Disse Samantha, completamente calma.
-Como é? Isso tudo foi só um teste para que você pudesse ver meus poderes?! Você é doida, mulher?! – Falou Elbio, também prestes a ter uma crise nervosa.
-Eu admito que nunca vi algo assim. Parece que de agora em diante vou ter que chamá-lo de bruxo.
-Bruxo, eu? – Por alguma razão, ser chamado assim deixou o rapaz mais contente.
-Mudando de assunto, quem é a loira que veio com vocês? – Prosseguiu Samantha, observando atentamente a garota que desconhecia.
-Ela é uma bruxa de Empericia. Tinha sido capturada pelo inimigo, mas Elbio conseguiu libertá-la. – Explicou Kate, agora mais calma.
-Uma bruxa? Hoje é mesmo um dia cheio de surpresas. Mas podemos conversar mais depois, depois do susto vocês devem estar morrendo de fome. Vamos rápido para o esconderijo. – Disse a manipuladora, seguindo seu caminho.
Erika, que havia permanecido calada durante todo aquele tempo, aproximou-se de Kate e falou baixo, para que apenas ela pudesse ouvir.
-Essa garota é sempre assim?
-Pelo que ouvi sobre ela, costuma ser pior.

A reunião entre os membros da Rosa Branca, realizada juntamente com Agas, estava finalmente acabada. Spectra e Vulcano, que haviam chegado há pouco tempo, não se fizeram presentes devido ao cansaço e necessidade de cuidados médicos. As informações que a dupla trouxe não eram as que o comandante esperava, mas exigiam sérias mudanças de planos.
Embora nenhum de seus colegas que haviam enfrentado William apresentasse ferimentos graves, Electron estava muito preocupado com ambos. Por este motivo apressou-se em ir ao encontro de Vulcano tão logo a reunião findou, encontrando o rapaz preocupado em conseguir um novo par de óculos.
“Não que eu usasse um par especial antes, mas se as lentes não forem adequadas de nada vai adianta” foi o que o garoto disse. Então o controlador dos relâmpagos explicou as decisões do grupo e Vulcano ficou ainda mais sério.
Em seguida Electron foi em direção à tenda ocupada por Spectra, apesar de ela ter dito anteriormente que não desejava ser perturbada. Ele pretendia apenas garantir que estava tudo bem com sua aliada e lhe contar o resultado da reunião. Seria rápido e não a atrapalharia no que quer que estivesse fazendo.
Ele estava enganado, pois quando entrou lá percebeu que Camilla estava dentro de uma banheira de madeira cheia de água. Entendo que estava interrompendo o banho dela, o rapaz tentou sair de imediato sem chamar a atenção. Contudo...
-Eu pensei que havia dito que não queria ser perturbada. – Disse Spectra em tom glacial.
-S-Sinto muito, eu não imaginei que você estaria... – Electron nem sequer sabia como conversar com ela naquela situação. Mantinha o rosto virado, considerando a possibilidade de sair correndo de lá.
-Tomando banho? Suja de lama e sangue como eu estava, o que esperava que eu fizesse? Enfim, se tem algo a me dizer, vá em frente.
-Agas decidiu que aquele manipulador que vocês encontraram representa uma ameaça grande demais para ser ignorada. Como Empericia parece estar concentrada em lamber as feridas da última derrota, vamos organizar grupos de busca para encontrar o alvo e eliminá-lo o mais breve possível.
-É mesmo? E cada grupo terá quantos integrantes? – Questionou a controladora da névoa, curiosa para saber como Agas pretendia lidar com o inimigo.
-Vamos nos dividir em dois trios. Nós concordamos em dispensar ajuda dos soldados, já que isso provavelmente resultaria apenas em mais baixas.
-Muito bem, mas espero que o meu grupo tenha a sorte de encontrar aquele monstro. Eu devo uma surra a ele.
Houve um momento em que o silêncio foi quase total, onde o único ruído era aquele causado por Spectra enquanto lavava seus cabelos. Electron logo compreendeu que era sua vez de dizer alguma coisa.
-Era apenas isto que eu queria falar, vou me retirar agora. Desculpe interrompê-la.

Pouco tempo depois, Electron sentiu um leve tapa nas costas enquanto almoçava. Uma sensação imediata de perigo o fez virar o rosto num instante, mas para seu alívio era Ent, não Spectra, que o observava.
-Calma rapaz, ainda não estamos sob ataque. – Disse o velho, sorrindo.
-Eu sei, mas só de pensar na batalha que temos pela frente eu fico preocupado.
-Mesmo que tenhamos perdido os pilares, estamos todos vivos. Ainda temos algo importante para proteger, portanto não é hora de demonstrar fraqueza. Tenho certeza de que não seremos derrotados novamente!
-Sim, você tem razão, Ent.
-A propósito, você está vermelho como um tomate. Aconteceu alguma coisa?
-N-Não foi nada! – Electron virou o rosto novamente para sua comida e ignorou o controlador das plantas por completo.
-Você que sabe. Se quiser conversar sobre seus problemas, sabe que estou sempre disposto a ajudar. – Disse o velho antes de seguir seu caminho.


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Notas finais do capítulo

Ent, Electron e Aurora. Spectra, Sol e Vulcano. Estes são os dois grupos que partem em uma missão de busca e destruição.

Capítulo 140: William Deve Morrer

Em breve.



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