Roses And Demons: Warbloom escrita por JulianVK


Capítulo 35
O Retorno dos Relâmpagos Negros


Notas iniciais do capítulo

Ninguém pediu por isso, mas tanto faz. William está de volta assim mesmo. Por sinal, agradeço Elierme e Guiga que me avisaram do erro ao postar ao capítulo anterior.



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Erika devorou com voracidade o café da manhã que consistia em peixes e frutas. Feliz por finalmente poder desfrutar de uma refeição decente após tanto tempo, ela mantinha um enorme sorriso em seu rosto. Elbio e Kate, que não conseguiam acompanhar o ritmo da empericiana, não a culpavam, afinal de contas ela teve de passar por uma situação horrível.
-Eu realmente não tenho como agradecê-los o suficiente. Estou livre e ainda por cima recuperei as minhas adagas. Muito obrigada, mesmo. – Disse a filha de Jack.
-Já perdi a conta de quantas vezes disse isso, Erika. – Comentou Elbio.
-Falando nas suas adagas, elas contêm um tipo de magia que eu não conheço. Estou curiosa para aprender como são as artes das bruxas de Empericia. – Falou Kate.
-Nossa especialidade é encantar objetos, pois é algo que fazemos desde jovens. Constantemente reencantamos nossas armas para aumentar a duração da magia e também torna-la mais forte. – Explicou Erika.
Até mesmo Elbio, que antes entendia tão pouco de magia ao ponto de ser incapaz de seguir a lógica da nova amiga, compreendia os princípios desse tipo de feitiçaria. Mas quem realmente demonstrou grande interesse no assunto foi Kate.
-Eu preciso aprender esta magia! Parece ser muito eficiente e poderosa!
-A julgar pelo encantamento temporário que você colocou nas minhas adagas eu diria que você já tem um talento natural para isto, Kate. Sem contar que podemos aprender muita coisa compartilhando nossos conhecimentos! – Disse Erika, animada.
-Ei, garotas, eu não quero atrapalhar seu momento de melhores amigas, mas não podemos nos esquecer do objetivo principal!
Diante do comentário de Elbio, a bruxa de Empericia lembrou que ainda não sabia quais eram os planos da dupla responsável pelo seu resgate.
-Realmente, eu preciso voltar ao campo de batalha o quanto antes. Mas e vocês dois, o que farão?
-Estamos indo ao encontro da líder de um dos grupos de bruxas deste reino. Queremos nos informar a respeito do andamento da guerra e também saber em que podemos ajudar. – Explicou Kate.
-Entendi. Nesse caso peço que me deixem acompanhá-los, eu também não sei que rumo a batalha tomou depois que fui capturada.
Os dois chesordianos balançaram a cabeça afirmativamente, demonstrando que aceitavam o pedido de Erika. Saciados e descansados, eles partiram em direção ao esconderijo de Madame Papillon.

Meio-dia do dia seguinte. Sozinho em sua tenda, Agas Pyrath estudava alguns mapas do local e traçava linhas nos papéis. Sua concentração foi quebrada pela chegada de dois integrantes da Rosa Branca, uma dupla que o comandante havia convocado. Vulcano e Spectra.
-Estamos prontos para ouvir suas ordens, senhor. – Disse Spectra após uma reverência, atitude imitada pelo seu colega.
-Como eu comentei em nossa reunião anterior, acredito que nossos inimigos estão usando a região do Corredor Uivante como base de operações. Considerando a quantidade de dias que se passaram sem um confronto sequer, tenho quase certeza de que estão esperando reforços.
Enquanto explicava, Agas continuava a observar atentamente os mapas enquanto dezenas de ideias e possibilidades se desenrolavam em sua mente. Ele prosseguiu.
-Enviei um pequeno grupo para confirmar esta teoria, mas eles não retornaram. Claro que isto apenas aumenta minha certeza, mas eu preciso saber como estão as condições do lugar. A última coisa que quero fazer é enviar os soldados para uma armadilha.
-Nossa missão será espionar os inimigos, senhor? – Perguntou Vulcano.
-Precisamente. Toda informação que descobrirem será valiosa quando eu planejar nosso ataque derradeiro. Vamos expulsá-los deste reino e então garantir que eles não consigam invadi-lo novamente.
-Entendido. Não vamos decepcioná-lo, comandante. – Falou o controlador do magma.
-Mostraremos a Carbon que ele não é o único mestre da espionagem na ordem. – Comentou a controladora da névoa.

Muitas horas depois, Vulcano e Spectra caminhavam através de um bosque enquanto o sol de punha no horizonte. Ainda estavam longe do local de destino, mas sabiam que existia o risco de encontrar algum grupo de inimigos. Como seu objetivo era simplesmente conseguir informações, preferiam evitar confrontos que pudessem alertar os empericianos.
-Agora é o melhor momento para fazer uma refeição e descansar. Logo será noite e então poderemos avançar mais rápido.
A mulher aguardou até que estivessem num lugar adequado antes de dizer isto. Um córrego descia de uma encosta, formando uma pequena cachoeira, antes de seguir mata adentro. Várias rochas estavam dispostas ao redor do curso d’água e as árvores eram mais esparsas naquele ponto.
-Eu vou recolher lenha e ferver um pouco de água então. – Concordou Vulcano.
-Nesse caso vou procurar frutas ou outra coisa que possamos comer. Tome cuidado com batedores inimigos.
-Sim, serei cauteloso.
Assim que Spectra se foi, o menino começou a realizar as tarefas a que se dispôs. Invocou sua rapieira e a usou em conjunto com a manipulação de chamas para picotar uma árvore próxima, transformando-a numa pilha de lenha. Em seguida, criou um balde manipulando rocha e o limpou no córrego antes de começar a enchê-lo de água.
Subitamente, Vulcano se sentiu muito desconfortável, como se estivesse sendo observado por uma fera. Sua reação foi erguer os olhos na direção da encosta por onde a água descia e então ele viu que algo vinha de lá em sua direção. Foi tudo muito rápido e o controlador do magma não foi capaz de discernir o que era aquele borrão veloz, escuro e faiscante.
Não muito longe dali, Spectra ouviu um grito.
-Vulcano?!
A mulher correu de volta para o local onde havia deixado seu companheiro e o encontrou numa situação péssima: estava sendo segurado pelo pescoço por um homem que vestia apenas uma calça escura. Pequenos relâmpagos escuros cruzavam o corpo de Vulcano em alta velocidade enquanto ele gritava de dor.
-Maldito, solte-o agora mesmo!
Spectra lançou uma rajada de vento contra William, mas ele permaneceu no mesmo lugar enquanto tudo ao redor balançava violentamente. Em seguida ele virou seu olhar vazio na direção da inimiga recém-chegada e lançou Vulcano a ela, quase a derrubando quando agarrou o menino.
-Sinto muito, Spectra...
Ele tossiu, tremendo bastante nos braços da aliada.
-Foi muito rápido, eu nem vi ele chegando...
A mulher colocou o controlador do magma no chão e então invocou suas adagas, já preparada para o combate.
-Não se preocupe, eu vou dar um jeito nele. Pode descansar enquanto isso.
O braço direito de William começou a faiscar com mais intensidade enquanto a influência maligna se agitava em seu interior. Ele não aguardaria nem mais um segundo para saciar sua sede de sangue.


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Notas finais do capítulo

Spectra tem duas opções nesta luta: matar ou morrer.

Capítulo 136: Fantasmas e Demônios

Em breve.



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