Fred e Hermione:Um amor Fora de Série escrita por Yan Bertone


Capítulo 21
O Lorde das Trevas




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Pov. Harry Potter

Não sei o que estava sentindo àquela hora, mas prazer com toda certeza não era. Estava em um lugar totalmente novo e desconhecido, mas nem um pouco convidativo. Mais parecia um cemitério.

Independentemente do que estava acontecendo eu tinha ganhado o Torneio Tribruxo, mas do que adiantaria se não pudesse comemorar com meus amigos, nem mesmo sabia onde eles estavam. Seria aquilo mais uma etapa para conseguir completar a prova?

Andei ao redor do local, mas nada indicava que eu deveria ir a algum lugar ou fazer alguma coisa. Se for um cemitério eu não sabia, mas era realmente parecido e tinha uma casa ao fundo, ela parecia mais sombria do que o próprio lugar.

Nada podia ser ouvido até aquele momento então me sentei debaixo de uma arvora, onde imaginava poder ver tudo e esperei até que alguém pudesse vir e pediria informações.

O dia estava realmente quente e foi no momento em que cheguei a esse lugar que percebi que era apenas no labirinto onde havia anoitecido, onde estaria Cedrico e Fleur agora, teriam sido levados para fora do labirinto ou seriam obrigados a encontrar a saída sem a ajuda de ninguém?

Minutos se passaram e nada acontecia, o tempo estava esfriando e caso isso fosse uma prova logo que saísse daqui eu reclamaria com Dumbledore sobre tudo isso. Nem mesmo deram um aviso ou coisa do tipo.

Ouvi os passos de alguém se aproximando rapidamente para o meu lado e não soube o que fazer naquele momento. Segurei minha varinha e esperei.

-Largue a varinha aí Potter- disse uma voz até então desconhecida.

Coloquei a varinha no chão calmamente. A grama estava seca e sem vida igual à voz atrás de mim. Seja lá de quem for sentia a varinha em meu pescoço, mas nada podia fazer a respeito.

-Ande- ordenou novamente a voz. A princípio pensei em recusar e ver quem era que estava fazendo tudo aquilo, mas não tive outra alternativa, sabia que poderia ser morto a qualquer momento e tinham sangue frio suficientemente para realizá-lo.

Estava sendo levado para a direção do cemitério, mas nada me dava medo naquela hora, pelo contrário, a vontade de virar e ver quem era o infeliz que fincava a varinha em meu pescoço cada vez mais.

-Muito bem Rabicho- disse uma voz conhecida demais para ser confundida. A frase foi seguida de uma grande gargalhada e logo depois foi possível ver Belatrix. Estava apoiada em uma lápide e tinha um grande sorriso no rosto- Achei que nunca conseguiria trazê-lo até aqui tão facilmente.

-Não vai conseguir o que quer- eu disse- Seja lá o que estiver querendo.

Ela deu uma grande gargalhada e sacou uma faca da cintura. Olhou diretamente para meu braço, mas não se mexeu.

- Vá fazer o que se deve- disse ela a Rabicho- Deixe que cuide dele.

Fui solto por Rabicho, poderia fazer o que quer que fosse naquela hora, mas era arriscado demais. Belatrix segurava sua varinha na outra mão e poderia soltar um feitiço em mim a qualquer momento.

Foi exatamente o que ela fez, mas não era para me matar, apenas para me deixar imóvel. Os minutos se passaram e logo Rabicho voltou com um caldeirão na mão, não sei o porquê de não tê-lo conjurado ali mesmo, mas resolvi não discutir.

-Perfeito- disse Belatrix- Agora só falta uma coisa.

Uma poção estava dentro d caldeirão e não tinha uma cara nem um pouco boa. Belatrix estava se aproximando de mim com a faca em sua mão. Em questão de segundos, ela havia retirado meu sangue e estava indo em direção ao caldeirão.

-O que vai fazer com isso? – perguntei.

-É o único modo do Lorde das Trevas voltar. – disse ela.

Percebi logo depois de tudo aquilo acontecer que nada fazia parte da tarefa. Era somente um plano para que Voldemort pudesse retornar e que o mundo ficasse desequilibrado.

-Nunca vai conseguir com que ele volte – eu disse – E mesmo que consiga nada vai me impedir de detê-lo.

O modo como eu dizia aquilo tudo era confiante demais em minha opinião. Muitas coisas que eu dizia poderiam não fazer sentido, como eu conseguiria impedi-los sendo que eu estava preso a tudo aquilo e sem minha varinha?

Belatrix não dava ouvidos ao que eu estava dizendo. Aos poucos, o líquido de dentro do caldeirão começou a borbulhar, obrigando Rabicho a se afastar.

-Está pronto-disse ele. – O caldeirão estava quase que transbordando, mas nada parecia o impedir de que faria o que tanto desejava.

Colocou a mão dentro do caldeirão. O líquido parecia estar quente não foi um desafio para ele. Um grande sorriso estava no rosto dos dois e um embrulho foi tirado do caldeirão.

Seja lá o que for que estava dentro desse embrulho, tinha vida ou somente era capaz de se mexer. Rabicho e Belatrix pareciam que estavam segurando um bebê nas mãos, mas certamente aquilo era bem pior do que um simples e inofensivo bebê e também mais abominável que muitos homens.

-O Lorde das Trevas. - disse Rabicho – Quanto tempo de espera e finalmente conseguimos.

A felicidade em suas palavras era tamanha que uma grande tristeza preencheu meu corpo. Seria esse o fim? Não conseguia me mexer e estavam livres para fazer o que quer que fosse comigo.

- Onde está o menino? – perguntou Voldemort – Preciso vê-lo.

Parecia vulnerável nos braços de Rabicho, mas no momento em que ele soltou o embrulho e parecia que Voldemort cairia dentro do caldeirão, mas foi nesse momento ele se desenrolou e o embrulho branco se transformou em uma capa preta e seu corpo estava todo ali novamente como se tudo o que eu tinha feito nos anos anteriores tivesse sido perdido.

- Como você consegue? – perguntei. – Sempre te derroto e depois você aparece novamente.

- Os bons sobreviveram para contar a história. – disse Voldemort – Enquanto os fracos só vão morrer dolorosamente. Pense que sorte você está tendo de poder morrer hoje, sem precisar seus amigos morrendo e ficando tristes por eles. Logo o Ministério vai ser meu e depois disso nada vai poder me parar.

Voldemort falava de um modo cruel, até mesmo vindo dele, mas eu não podia fazer nada. Todas as indicações era que eu morrera ali mesmo, sem ao menos poder me despedir dos outros ou contar o que aconteceu.


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