Olha só em que situação eu fui parar! Cara, isso é problemático. Em uma resumida pratica, eu havia acabado de chegar de missão e estava olhando as nuvens quando o Kiba aparece desesperado no portão da vila chorando, e depois percebi o porque. Ele carregava Akamaru desacordado em suas costas, pedi pra que Kiba o colocasse no chão, não sou nenhum tipo de veterinário, mais assim que examinei o mesmo pude confirmar minhas suspeitas, Akamaru havia morrido, assim que disse isso ao Kiba ele me abraçou e começou a chorar ainda mais, fiquei paralisado na hora, mais logo correspondi. Agora estou eu aqui, no velório do Akamaru, vendo a pessoa que eu acho que amo chorando (sim, eu estou com uma suspeita de que eu amo o Kiba, e eu sei que isso é problemático, mais eu não posso fazer nada).

     A mãe dele se despediu e disse que tinha uma missão e que precisava ir, a vila estava quase vazia, todos que conhecíamos estava em missão, Kiba estava sozinho próximo aos pés do caixão, me aproximei e coloquei a mão em seu ombro, e quando ele olhou pra mim senti meu coração doer, estendi a mão e ele a segurou se levantando, passei um dos braços em volta de seu ombro e fomos a caminho de sua casa, ele ainda chorava muito.

-Não fique assim Kiba, Akamaru não gostaria de lhe ver triste – digo tentando o consolar, e eu não sou muito bom nisso (deu pra perceber né?!)

-Ele era um grande amigo sabe? Talvez o único que eu tinha – ele diz cabisbaixo

-Mas... é o Shino? – pergunto

-Ele é um companheiro de equipe, e apesar de estar sempre comigo e com a Hina, ele é muito estranho, fica se isolando, não da pra ser amigo dele.

-hn, e a Hinata? – pergunto (ele tem que ter um amigo né?!)

-Minha vida toda eu gostei dela não só como amiga, mais agora que ela não esta mais na minha equipe, e esta namorando Naruto, as coisas mudaram.

-Entendo – digo cabisbaixo – mais e eu? – ele me olha com cara de cadê – Não sou seu amigo? – pergunto e ele se empolga um pouco sorrindo pela primeira vez até agora

-Você me considera um amigo? – ele pergunta feliz, confesso que nunca conversamos muito, mais como eu ia fazer isso com essa duvida dentro de mim.

-Mais é claro, você não me considera um amigo? – pergunto e ele sorri.

-Considero! – ele diz e voltamos a andar.

     Chegando lá ele me convida pra entrar, entrei e ele se sentou no sofá, ficamos em silencio até que ele se pronuncia:

-Arigatou Shikamaru – ele diz ainda com voz de choro.

-É isso que os amigos fazem não é? – digo isso com uma dor no peito, por que só amigos? Que problemático.

-Hn, acho que é – ele diz triste mais já havia parado de chorar desde nossa conversa no caminho pra cá.

     Ficamos em silencio novamente, e isso não esta ajudando. Eu estou confuso, sinto vontade de abraçá-lo novamente, (e é obvio que eu não posso fazer isso) eu estou me sentindo estranho, isso não é algo muito normal, mais já se faz meses que ando pensando nisso.

-E-eu preciso te dizer algo – digo meio corado e ele me encara, quando vou abrir a boca novamente a porta da casa do Kiba é aberta e um ANBU entra.

-Nara, Tsunade-sama esta te chamando, e pediu que você entregasse o relatório da missão.

-Só isso? – pergunto torcendo pra que a resposta seja sim (não interrompa minha declaração, maldito).

-Parece que você tem uma missão – ele fala se virando pra ir embora – AGORA – diz o ANBU se retirando.

-Problemático. – resmungo levantando-me – Até mais Kiba – digo indo até porta.

-M-mas, o que ia me dizer? – ele pergunta se levantando.

-Nada não, é algo problemático, quem sabe outro dia eu te conto – saio de lá e vou a sala da Hokage sem presa.

          (***)(***)(***)(***)(***)

     Já se passou três semanas desde o ocorrido com Akamaru, Kiba anda triste, mais já esta melhorando, o pior é que com a correria que esta na vila, ninguém deu falta de Akamaru ainda, e isso irrita muito Kiba. A Hokage deixou que ele ficasse na vila por um tempo, até se sentir melhor, estou sempre ocupado e não pude conversar com ele desde aquele dia, no dia em que eu quase me declarei...

-O que foi Shikamaru, você anda tããããão distraído – diz Ino com aquele tom de interesse ¬¬

-Não é nada Ino – digo com tédio na voz

-Hn, ótimo, mais você já percebeu que chegamos na vila faz uns dez minutos e você continuou andando em círculos né?! – ela me pergunta com aquela cara de ‘te peguei’ paro de andar em círculos e a encaro

-Mais é claro que eu percebi, mais fazer exercícios é muito bom, você devia fazer, é bom pra perder peso – digo e em um piscar de olhos ela já esta: correndo, fazendo abdominais, polichinelo, e... dançando(?) Éééé, não me pergunte como ela fez isso

-O que ouve cara? – Chouji pergunta pegando a ultima batatinha do pacote e me encarando

-Nada, eu tenho que ir – digo pegando a batatinha da mão dele e saindo correndo, ele começa a correr atrás de mim mais eu a coloco na boca e ele para e se senta em um banco pra descansar, e logo em seguida abrindo outro pacote de batatas (Observação: a Ino ainda esta fazendo seus exercícios)

          (***)(***)(***)(***)(***)

     Voltei pra casa e tomei um banho, nem jantei, não estou com fome, estou deitado em minha cama mais não consigo dormir, me levanto, me troco, e saio pela janela, não agüento mais, tenho que dizer isso a ele.

     Ao chegar na casa do mesmo, sua mãe me informa que ele não esta em casa, que foi ao cemitério ver Akamaru, vou até lá e o encontro dormindo apoiado no tumulo. Me aproximo e ele acorda

-O que faz aqui? – pergunto e ele me encara

-Vim fazer uma visita ao meu amigão - ele diz tentando parecer alegre

-Hn, posso te fazer companhia? – pergunto me aproximando dele

-Claro – ele diz e encara o tumulo – e... o que ia me dizer outro dia? – ele pergunta me olhando de esguelha enquanto eu sento ao seu lado

-Bom, como eu disse é problemático, não sei se tenho coragem de dizer – ele me encara, e seus olhos estão vidrados nos meus

-Pode dizer – ele diz calmamente – não precisa ter vergonha de mim – ele sorri de canto e eu percebo agora que minhas bochechas estão quentes, eu estou muito corado

-E-eu... – tento desviar o olhar mais ele segura meu rosto me fazendo o encarar, estamos bem próximos º////º

-sim – ele me encoraja a continuar

-E-Eu... Aishiteiru Kiba – digo rápido e em um tom bem baixo, mais ele pode ouvir e quando o encaro ele puxa meu rosto pra perto do dele fazendo nossos lábios se tocarem, arregalo os olhos na hora e fico imóvel, mais logo correspondo ao beijo, ele pede passagem com a língua e eu abro um pouco os lábios concedendo a passagem pedida por ele, nossas línguas começam a dançar em uma disputa por espaço, nos separamos por falta de ar, e eu o encaro confuso

-Aishiteiru Shikamaru-kun! – ele diz corado e sorridente e nos beijamos de novo.