You Are My Past And My Future escrita por Funny Horan


Capítulo 1
Tudo mudou tão rápido...


Notas iniciais do capítulo

Oiii genteee!! Essa é a minha segunda fic, mas ainda sou um pouco inexperiente!! (entrem no meu perfio e leiam as outras fics também, ok?? ;)
BEIJOCAS



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Choro. Essa palavra resumia tudo o que eu estive fazendo nos últimos dois meses. Meus pais estavam se separando depois de dezesseis anos juntos. Desde que nos mudamos para Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, minha mãe vinha reclamando que não suportaria ficar mais tempo longe das irmãs e dos pais, já meu pai, que aceitou o emprego pois valia muito a pena, estava realizado na carreira. Muito prazer, sou a Fernanda Sikler, nasci em São Paulo, mas me mudei para o sul quando tinha onze anos. Sou filha única, infelizmente, meu maior sonho sempre foi ter um irmão, mas essa não era uma opção na minha vida.

Meus pais estavam assinando os papeis do divórcio na sala, enquanto eu começo a desidratar em meu quarto. Agarra a minhas pernas, olho em volta e tenho uma terrível sensação de perda. Não que alguém tenha morrido, mas que de agora em diante uma parte da minha vida será o passado e o que restar é o meu futuro. Escuto o barulho de porta bater e tenho certeza de que o advogado foi embora. Enxugo o rosto na manga de minha camiseta de cupcakes e me olho no espelho, está mais que evidente que eu andei chorando pelos cantos. Olheiras profundas invadem minha face, me fazendo parecer ter mais de quarenta anos de idade. Tenho dezesseis, a propósito. Lavo o rosto e minha barriga da o primeiro sinal de que estou com fome. Respiro fundo e abro a porta. Escuto um choro abafado vindo do banheiro do quarto de casal, provavelmente minha mãe. Acho melhor dar um tempo para ela pensar na situação, nunca é bom tomar decisões de cabeça quente. Continuo a andar até a cozinha, passando pela sala, vejo meu pai assistindo TV com a cara amarrada, ele nunca chora, apenas fica emburrado e se exclui do mundo. Dizem que eu sou um clone dele, que se ele fosse menina seria a minha cara. Já eu penso que sou a cópia da minha mãe, cabelos lisos e castanhos, olhos brilhantes, porém também castanhos. Se pudesse mudar uma coisa em mim, com certeza mudaria os olhos, a genética não me ajudou muito com relação a isso, meu pai é loiro de olhos azuis.

                Entro na cozinha e abro a geladeira, pego suco de maçã e uma fatia de melancia. Devoro tudo na cozinha mesmo. De uns tempos para cá não tenho tido tanta fome quanto tinha antes da separação, comia, comia e comia, parecia a Magali. Termino o lanchinho da tarde e volto para o quarto, no corredor vejo que minha mãe saiu do banheiro e está deitada em sua cama. Vou até lá e me deito ao seu lado.

- Quer que eu faça alguma coisa, mãe? – pergunto delicadamente

- Não precisa Fê – ela diz respirando fundo – Tenho que te contar como você fica diante dessa situação. – ela diz se referindo ao casamento – Você pode visitar seu pai quando quiser, porém como ele mora um pouco longe, optamos por fazer a visita mensal, onde você vê ele uma semana ou duas por mês, o que acha? – apenas assinto com a cabeça, pois me conheço e sei que se eu abrisse a boca o choro escaparia – Eu quero que saiba que isso não tem nada a ver com você. Apenas não deu mais certo. – ela já tinha me dito inúmeras vezes isso, eu até já me acostumei – Vai arrumar as suas malas, vamos pro aeroporto pela manhã. – a obedeci e fui para o meu quarto.

                Terminei as malas em uma hora, liguei a TV e estava passando o show do Justin Bieber na Nickelodeon. Não me considero belieber, mas curto a musica dele. Minha mãe bate na porta e diz que o jantar está pronto, desligo a TV e vou rumo ao paraíso que costumo chamar de cozinha. Da sala começo a sentir cheiro de macarronada, como uma quantia considerável e dou boa noite para eles. Fecho a porta do meu quarto e tomo banho. Embaixo da água, minhas lágrimas correm sem medo de serem pegas no flagra. Me enxugo e coloco o meu pijama favorito, o de vaquinha, que ganhei de aniversario das minhas amigas. Pego meu notebook e entro de baixo das cobertas, minhas redes sociais estão quase que abandonadas. Entro no twitter e vejo as novidades, nada que valha a pena ser mencionado. Posto que chegarei em São Paulo pela manhã e logo minhas amigas comentam.

                ‘’WHAT? Você me disse que levaria um tempo :(  !!‘’ (by:Julia)

                ‘’Nanda, como assim amanhã??’’ (by: Debby)

                ‘’Fê, finalmente você vai voltar!!’’ (by: Rafaela)

                Respondi para a Julia e para Debby que sim, seria amanhã, e disse também que morreria de saudades. Para a Rafa, respondi que eu ligaria assim que pudesse. Depois de uma hora mais ou menos, desliguei o notebook e me deitei. Fiquei pensando em como seria dizer adeus novamente, já que quando o fiz pela primeira vez aos onze anos, não gostei muito. Acabo adormecendo quando noto que começou a chover.

                Meus olhos são forçados a se abrirem quando meu despertador grita a musica What Makes You Beautiful. Directioner? Claro e óbvio! Totalmente assumida como senhora Horan. Escovo os dentes e coloco um shorts detonado com botons da Inglaterra e uma camiseta de bigode. Abro a porta e vejo que todos acordaram menos eu. Vou para a sala e dou bom dia aos dois. Tomo café e meu pai nos leva até o aeroporto. Embarcamos as malas e minha mãe já entrou na sala de embarque para que eu possa me despedir do meu pai sem nenhuma influencia alheia.

                - Tchau Fê, fica bem. – ele diz e me abraça em seguida – Não se esqueça de que quando a saudade bater, é só me ligar que eu faço o possível e o impossível para ir te ver, ok? – sorrio e assinto – Eu te amo minha gata! – ‘’minha gata’’, apelido de infância, eu nem ligo mais

                - Também te amo pai! – digo e permito que uma lágrima escorregue pela minha bochecha. O abraço mais uma vez e entro na sala de embarque.

                Dois anos depois...

                - Mããããeee! – grito da para que ela venha antes que eu perca o voo. Ela chega e me abraça apertado – Vou te ligar assim que possível, tá? Já estou até com saudades! Te amo mom! – digo e ganho um beijo na testa

                - Juízo menina! Cuidado com os londrinos! E fala pro seu pai que eu mandei um ‘’oi!’’. Ah! Mais uma coisa, fiquei sabendo que a nova mulher do seu pai tem filhos, cuidado com eles! Seja educada e nada de palavrões! – sorri com todo o sermão e prometi ser uma boa menina – Te amo!

                - Também te amo! – digo e entro na sala de embarque internacional.

                Quem diria? Estou em um avião que vai me levar direto para Londres, para onde meu pai estará me esperando com meus novos irmãos. Sabe qual é a melhor parte de meu pai ter se casado de novo? Eu ganhei irmãos. Não sei quantos, não sei os nomes e nem as idades, mas são meus irmãos, são meus sonhos! Para que o tempo passe mais rápido, ligo meu IPhone no modo avião e coloco para tocar o CD Up All Night. Acho que estou apaixonada por esses cantores, acho não, tenho certeza. Enquanto toca One thing, a pessoa que senta ao meu lado chega e eu tenho que levantar para dar passagem a ela. Acabo batendo a cabeça no bagageiro e fico impossibilitada de olhar em seu rosto, apenas dou passagem e volto a me sentar. Agora a vejo com clareza. Cabelos encaracolados e longos, tem cara de ser simpática, mas não vou dar o braço a torcer. O avião decola e com a pressão, meu copo de água cai, molhando a mim e a tal garota.

                - Ai, me desculpa, foi sem querer! Sou desastrada mesmo, desculpa! – tento reparar o erro, mas não dá muito certo

                - Hey! Fica calma, esse não é o fim do mundo! – ela diz abrindo a bolsa – Eu sempre tenho uma roupa extra!

                - De qualquer modo me desculpe. – sorrimos e ela vai se trocar no banheiro. Volta depois de alguns minutos, parece que retocou a maquiagem. Ela se senta e começamos a conversar sobre o que iremos fazer em Londres. – Vou passar um tempo com meu pai e a nova família.

                - Eu vou fazer faculdade ano que vem, esse ano mesmo é só passeio e curtição. – ela diz e eu automaticamente simpatizo com ela – Estamos conversando, mas não sei seu nome.

                - Nanda, e você?

                - Anne. Já sabe onde vai ficar durante sua estadia na cidade?

                - O primeiro mês na casa do meu pai, mas nos outros dois, ainda tenho que ver um apartamento.

                - Idem! Quando achar algum legal me avisa, quer meu numero?

                - Claro, minha única amiga na cidade. – trocamos os números uma da outra e dormimos depois de um tempo

                Sou acordada pela aeromoça dizendo que iniciamos nosso processo de pouso. 


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Notas finais do capítulo

REVIEWS do 1st capitulo?? me digam o que acharam da apresentação dos personagens!! beijooo



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