E O Avatar Resurge escrita por Nati
Notas iniciais do capítulo
Véi... na boa, eu acho que eu tenho que escrever um pouco de romance ^-^
Acordei com pressa, vesti minhas roupas normais e corri para o hospital. Cheguei ao quarto e Masami ainda estava dormindo.
-Ei, acorda rapaz. – beijei os lábios dele de leve.
-Nikki? – os olhos dele se abriram devagar.
-Sim, sou eu. – dei uma risadinha. – Como se sente?
-Ainda dolorido, mas logo vai passar.
-Eu não acredito muito nessas coisas de hospital então eu vou tentar te curar de novo. – fui até o banheiro e voltei com uma quantidade de água flutuando nas mãos.
-Isso é da torneira né? – Masami me olhou desconfiado.
-Não, é do vaso sanitário. – ironizei. – É claro que é da torneira. Agora fica quieto ai pra eu te ajudar.
-Se o médico entrar aqui ele vai ficar bravo. – Masami começou a afastar o cobertor de cima do curativo do ferimento.
-É por isso que você vai ficar de olho. – comecei a tirar o curativo.
-Ai! Toma cuidado, ainda está doendo. – ele reclamou.
-Fica quieto!
Coloquei a água sobre o ferimento, fechei os olhos e me concentrei. Quando abri os olhos a água estava brilhando.
-Consegui de novo!
-Que bom, se conseguir se apressar eu agradeço, daqui a alguns minutos o doutor vai entrar aqui. – Masami estava apreensivo.
Eu estava terminando, as propriedades curadoras da água estavam quase acabando.
Quando terminei ouvi passos no corredor.
-É ele Nikki! – Masami começou a colar os curativos de novo.
O cobri de novo e sentei na cadeira de acompanhante. O doutor entrou no quarto com uma prancheta na mão.
-E ai senhor Beifong, está se sentindo melhor? – o médico perguntou.
-Estou sim, acho que já posso até sair dessa cama. – ele tentou parecer bravo.
-Vou te examinar de novo e acho que pode ir hoje antes do almoço.
-Maravilha. – Masami sorriu.
O doutor abriu o curativo de Masami e observou o corte. Tocou em volta e trocou os curativos. Depois pegou um bastãozinho cheio de númerozinhos e colocou na boca de Masami.
-O que é isso ai? – perguntei.
-Isso é um termômetro, nunca viu? – o doutor me olhou sorrindo.
-Não. Pra que serve o termômetro?
-Ele mede a temperatura corporal da pessoa, se estiver alta quer dizer que a pessoa está doente. – ele explicou.
-Quer dizer que tem que estar bem baixa?
-Não, se estiver muito baixa a pessoa também está doente, a média normal é de trinta e seis graus e meio a trinta e sete.
-Bem, não entendi o que o senhor disse, mas tudo bem. Masami está com quantos graus? – perguntei olhando o termômetro na boca de Masami.
-Está com trinta e sete, acho que já pode ir pra casa. – o doutor olhou pra mim. – Você vai ter que ajudá-lo.
-E o que eu tenho que fazer?
-Precisa fazer mais seções de cura pra ele.
-Pode deixar, eu faço sim. – levantei os polegares.
-Então Nikki, pode ir para a recepção enquanto eu arrumo a papelada?
-Sim. – beijei a testa de Masami. – Até daqui a pouco.
Fui para a recepção e sentei em um banco perto da porta. Masami veio logo depois com uns papéis na mão, estava mancando um pouco, mas transparecia estar muito bem. Ele foi até a mesa da recepcionista e entregou os papéis e veio até mim sorrindo.
-Vamos pra casa?
-Com certeza.
Chegamos no palácio e alguns empregados levaram ele até um quarto na ala masculina, Ming, Lee e Meigh já estavam a minha espera.
-Não pode ficar um minuto longe dele? – Ming tinha a expressão fechada.
-Inveja né? – sorri.
-Sim, ela deve estar morrendo de saudades do Ziroh. – Lee começou a rir.
-Pelo menos não sou quem fala de noite: “Meiko... Aqui Meiko!” – Ming imitou a voz da irmã de um jeito engraçado.
-E quem falou que você também não fala enquanto dorme? Faz até biquinho quando pronuncia o nome do Ziroh. – Lee não conseguia parar de rir.
-Pois agora você é quem vai fazer biquinho quando eu te dar um soco! – Ming partiu pra cima da irmã.
Não estavam brigando de verdade, estavam brincando, mas mesmo assim quem olhasse sairia correndo por causa das labaredas enormes, azuis e laranjas.
Era divertido ter as duas por perto, quer dizer, as duas eram divertidas e não se pareciam nada com princesas bem comportadinhas que ficam sentadas no trono atrás do pai.
Meigh apareceu lambendo os dedos e com o rosto alegre.
-Oi meninas! – ela nos cumprimentou.
-Oi Meigh! – eu acenei.
-Oi Meigh! – Ming e Lee param de brigar.
-Como está Masami? – ela me perguntou.
-Está no quarto, mas não posso ir vê-lo na ala masculina. – dei ombros.
-Que bom que ele está bem então. Vamos continuar o treinamento? – Meigh colocou as mãos na cintura.
-Claro, só se for agora! – sorri.
O treino foi muito bom, minha dobra de ar foi leve, ironia? Não, não, foi leve mesmo, aprendi a planar. Meigh me deu um planador igual ao dela. A parte mais difícil foi a parte de pular, de controlar o ar e de planar, o resto foi sossegado.
-Meigh... Meigh! Não quero fazer isso. – eu estava na ponta de um penhasco próximo a Ba Sing See.
-VOU TE MOSTRAR MAIS UMA VEZ! – Meigh gritou enquanto planava por cima da minha cabeça.
Meigh pousou e eu dei espaço. Ela se afastou uns trinta metros da ponta, posicionou o planador, correu a até a ponta com um sorriso que me deu medo, pulou para a provável morte certa e então subiu com o planador nas costas, fazia giros no ar, piruetas e outras coisas sempre com o sorriso no rosto.
-SUA VEZ! – ela gritou.
-Tá bom... – falei hesitante.
Me distanciei da ponta e corri, peguei o máximo de velocidade e pulei. Bem, quando a morte está na sua cara de dando boas vindas não é uma sensação muito boa, mas quando arrumei o planador e de algum modo o ar me obedeceu, a impressão de liberdade e leveza era incrível. O planador subiu como um jato e eu consegui ficar perto de Meigh. Ming e Lee estavam eufóricas, pulando e batendo palmas.
-VIVA A NIKKI! - Ming berrou.
Fiquei feliz por ter conseguido planar, queria dizer que meu treino estava no fim.
Passei o dia treinando, eu estava tão ansiosa pra dobrar os quatro elementos que a ansiedade mal cabia em mim. A tarde passou rápido e a prova de dobra de ar iria ser no outro dia, então eu poderia curtir a noite, e nada melhor pra curtir a noite do que uma sessão de cura com o meu namorado ferido.
Masami estava sentado na cama tomando alguma coisa.
-E ai? Parece estar melhor. - coloquei a cabeça pra dentro do quarto.
Ele se assustou quando falei, cuspiu tudo o que estava bebendo.
-Opa! Desculpa, não queria te assustar. – sentei ao lado dele.
-Não foi nada, eu estava entretido tomando o remédio, que é horrível. – ele fez cara de nojo.
-Eu já disse pra não tomar isso, eu é quem vou te curar. – tomei o copo da mão dele.
-Hum... Isso é ciúme? – ele me olhou brincalhão.
-Ciúme do que? Do remédio? – dei risada. – Você é muito divertido. Acontece que eu quero aprender a curar e o único ferido aqui é você.
-Está me usando como cobaia? – ele arqueou as sobrancelhas.
-Sim, estou e se tiver algo contra continue tomando remédios que não ajudam em nada. – sorri.
-Tudo bem então. – ele deu de ombros.
-Agora deita e tira a camiseta.
Um sorriso involuntário surgiu no rosto dele, eu não sei, mas deve ter sido pelo que eu disse. Deitar e tirar a camiseta sempre é sinal de outra coisa. Quando Masami tirou a camiseta fiquei um tempo sem reação, eu nunca havia visto ele sem camiseta e quem diria, o corpo bem definido tinha os músculos de tamanho perfeito, nem exagerado e nem escondido, simplesmente perfeito.
-Pode começar quando quiser. – Masami falou me tirando do transe.
-Ah sim, claro, sem problema. – sacudi a cabeça.
Peguei a água de um balde ao lado da cama e comecei a dobrar sobre o ferimento quase são de Masami. A água parecia reconfortar Masami, ele sempre sorria quando eu fazia as sessões de cura. Masami tinha um sorriso tão lindo, um sorriso alegre e luminoso. O queixo quadrado dava um ar de responsabilidade e os olhos verdes penetrantes podiam te fazer ficar olhando ele por horas. Um rosto perfeito.
Terminei a sessão e Masami ficou deitado me olhando.
-Bom trabalho. Acho que não preciso tomar remédio nenhum. – ele sorriu.
-Muito obrigada. Agora eu vou torcer pra todo mundo se machucar. – rimos.
Deitei ao lado dele, era muito bom ficar com Masami por que eu sentia que existia uma coisa muito forte entre nós dois, não éramos só namorado e namorada, tinha algo a mais, algo antigo, parecia até que já nos conhecíamos desde crianças. Fiquei deitada no peito dele, a respiração tranqüila dele me tranqüilizava também.
-Eu nunca vou te deixar, demorei quase dezesseis anos pra te achar e nunca mais vou te deixar. – percebi pelo movimento do peito que ele estava sorrindo.
-Isso me deixa muito feliz, é bom saber que alguém gosta de mim pelo que sou e não por quem sou. – sorri também.
-Você não é somente o Avatar, você é uma menina muito meiga, doce e inteligente, forte e decidida além de ser linda e ter os olhos mais lindos de todos.
-Meus olhos? Meus olhos super esquisitos parece que eu tenho só a pupila. – olhei pra ele.
-Por isso são lindos, eu nunca vi ninguém com os olhos tão claros iguais aos seus. – Masami tirou uma mecha de cabelo do meu rosto e colocou atrás da minha orelha.
-Muito obrigada então Senhor Galanteador. – cheguei mais perto do rosto dele e o beijei. – Vou dormir com você hoje. – enrosquei minhas pernas na dele e o abracei.
-Olha, gostei dessa idéia, vou ter uma companhia essa noite. – Masami passou a mão no meu cabelo.
Perto de Masami meu coração parecia que iria bater asas e sair voando pela minha boca, minha cabeça girava a mil por hora e minhas pernas tremiam. Isso não era ruim, era ótimo por eu tenho certeza que é dele que eu gosto. Ficar ali na cama com ele não me parecia errado, eu não iria fazer absolutamente nada somente dormir com o meu namorado. Masami parecia não se incomodar acho até que ele gostou e muito. Tive uma das melhores noites da minha vida.
Acordei com Masami me olhando.
-Bom dia avatar. – ele me saudou sorrindo.
-Bom dia. – bocejei.
-Dormiu bem?
-Dormi muito bem. – sorri.
-Minha noite também foi ótima.
-Que bom então. – sentei-me na cama e me espreguicei. – Hoje é a minha prova da dobra de ar. – esfreguei os olhos.
-E você está preparada?
-Muito preparada eu diria.
-Isso é muito bom. – ele me abraçou.
Levantei da cama e fui em direção ao banheiro, mas algo me fez parar de andar. Uma pontada na minha cabeça, a mesma pontada antes de vir a Ba Sing See, cai de joelhos no chão, minha visão ficou embaçada, turva e cheia de pontinhos. Antes de desmaiar senti as mãos de Masami segurando minha cabeça.
Minha visão voltou a clarear, vi a cidade de Ba Sing See, estava calma até eu ouvir um grito vindo do palácio.
-SOCORRO! – era o grito de Ming.
Corri até o palácio, derrubei alguns guardas e artefatos do templo e cheguei até o meu quarto. Derrubei a porta e quase cai pra trás. Um homem estava segurando Ming pela gola do kimono, ela lutava pra se soltar, mas as rajadas de fogo não o atingiam. Ele estava com uma faca na mão, a faca estava apontada para o coração de Ming.
-Agora você vai começar a perder, Avatar Nikki. – o homem esfaqueou Ming, na minha frente.
-NÃO! – gritei em vão.
Quando olhei de novo os olhos de Ming estavam arregalados, mãos e pernas desfalecidas e a faca estava ensangüentada.
Acordei nos braços de Masami, fiquei desesperada e corri até o meu quarto. Ming e Lee estavam arrumando os cabelos quando entrei quase quebrando a porta.
-Mas o que foi isso? Uma debandada de Cavalo-avestruz?! – Ming parou de pentear o cabelo quando me viu.
-Ah graças aos espíritos, eu tive uma visão e não foi nada divertida. – apoiei minhas mãos nos joelhos.
-O que você viu? – Lee veio até o meu lado.
-Eu... – senti uma lágrima descer no meu rosto. – Eu não quero falar disso, mas quero que vocês tomem muito cuidado, quero que não andem sozinhas e nem fiquem sozinhas em nenhum momento. Tudo bem? – sequei as lágrimas do meu rosto.
-Sim Nikki, vamos tomar cuidado. – Ming largou o pente e veio me abraçar.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O que acharam? Sei escrever romances? ~eu acho que não~